quarta-feira, 30 de abril de 2014

Será que Alguém Merece Vencer?

Imagem extraída do Facebook oficial do Chelsea- https://www.facebook.com/ChelseaFC

Com toda a honestidade, gostaria que a Champions 2013-14 tivesse terminado ontem com a goleada do Real Madrid sobre o Bayern (farei comentários mais detalhados amanhã), mas uma das vagas da grande decisão, infelizmente, será preenchida por uma equipe que pratica muito mais o anti-futebol do que o futebol.

Chelsea e Atlético de Madrid retornam a campo hoje no Stamford Bridge para descobrirem quem disputará a "orelhuda" com o Real em maio. A primeira partida terminou em 0x0 em um jogo marcado muito mais pelo pragmatismo do que pelos lances bonitos por parte de ambas as equipes e não apenas do Chelsea, como muitos comentaristas disseram e escreveram. Não gosto do Mourinho e de seu estilo de jogo, mas abomino a vilanização do treinador.

O placar está aberto e qualquer time avança com vitória simples. Empate sem gols leva à prorrogação e depois pênaltis, e empate com gols dá a vaga aos Colchoneros. Se o Atlético marcar um único gol, joga a responsabilidade ao Chelsea, que terá de anotar dois. Mas será que uma equipe que não fez valer o mando de campo durante a partida de ida consegue anotar um único tento na casa lotada do rival e com um ônibus estacionado na frente da grande área? Eu duvido muito.

Ambos os times têm artistas da bola em seus elencos. O Chelsea tem Hazard (que volta de lesão e é dúvida para o jogo) e Oscar, enquanto o Atlético tem um meio-de-campo que sabe jogar com a bola no chão e Diego Ribas com seus dribles e chutes de fora da área, mas podem ter a certeza de que os volantes e zagueiros vão trabalhar muito mais que os jogadores de bola. Se valer o retrospecto das duas equipes, vamos ter outro jogo travado e que fatalmente será decidido na "loteria" dos pênaltis.

Já escrevi e repito: faço críticas mais brandas ao Atlético por se tratar de um clube sem os mesmos recursos técnicos e financeiros que os outros três semifinalistas, mas nenhuma das equipes merecia ser finalista de um torneio do nível da Champions League com um futebol tão pragmático em campo.

E, independente de quem vencer hoje, vou torcer para o Real Madrid faturar o decacampeonato em Lisboa.

Ah! A partida será transmitida no canal Esporte Interativo a partir das 15:45h, no horário de Brasília. Vale a audiência enquanto o trânsito para o feriado não diminui.

Força, Vôlei Amil!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/VoleiAmil

Uma notícia bombástica divulgada ontem pegou os fãs do vôlei de surpresa. A Amil, patrocinadora do Vôlei Amil Campinas, anunciou que não irá mais apoiar o clube. O motivo, segundo a empresa, é meramente uma mudança na estratégia de marketing, sem nenhuma relação com os resultados do time em quadra. Informações apuradas pelo site Melhor do Vôlei aformam que o patrocinador estava tendo dificuldades em bancar os salários das atletas.

O Vôlei Amil foi um projeto iniciado em 2012 e contou com o treinador da Seleção Feminina de Vôlei, José Roberto Guimarães. O clube trouxe muitas grandes atletas para formar uma equipe competitiva que pudesse fazer frente ao Unilever, Molico (antigo BCN, Finasa e depois Sollys) e Sesi. Vieram jogadoras consagradas como Natália, Tandara, Carol Gattaz e Walewska. Nesses dois anos de existência, a equipe não conquistou títulos, mas mostrou-se mais do que um páreo para os times mencionados.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/VoleiAmil

A equipe estava passando por um momento de reformulação. O treinador Zé Roberto já havia anunciado pouco antes do final da temporada que estava deixando o clube para se dedicar exclusivamente à Seleção Brasileira, provavelmente preparando a equipe para fazer bonito neste ciclo olímpico que terá o Brasil como palco. O auxiliar de Zé Roberto, Paulo Coco, havia sido efetivado ao cargo de treinador e o clube havia anunciado a contratação da oposta Monique Pavão (ex-Banana Boat/Praia Clube) além das renovações de Natália, Walewska e Angélica.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/VoleiAmil

É a dura realidade do vôlei brasileiro, que não dispõe dos investimentos do futebol e acaba ficando totalmente à mercê de um patrocinador disposto a bancar grandes projetos na modalidade. Nos últimos anos, clubes como Cimed, Vôlei Futuro e Medley/Campinas tiveram de fechar as portas por falta de investimentos. Mesmo o meu Molico Nestlé chegou a anunciar o fechamento do clube em 2009, quando se chamava Finasa/Osasco e acabou sendo resgatado pela Nestlé quatro dias após o anúncio.

Torço para que o Vôlei Amil consiga um novo patrocinador e possa se reerguer, afinal um clube a menos significa menos oportunidades para formarmos e treinarmos novos atletas para o vôlei brasileiro, que é sempre esperança de medalhas em competições. Temos uma grande tradição na modalidade desde os anos 90 e é obrigação de mantermos esta hegemonia.

Segue uma nota oficial da Amil publicada no Facebook do clube:


A direção da Amil decidiu nesta terça-feira (29) encerrar o patrocínio ao time de vôlei feminino de Campinas. A medida foi tomada em função de reposicionamento de estratégia de marketing. Em nenhum momento a empresa questionou os resultados obtidos por um projeto vitorioso e que conquistou não só a região de Campinas, sede do projeto, mas todo o Brasil.

A Amil sente-se orgulhosa de ter montado, em tão pouco tempo, uma estrutura considerada uma das melhores do país e criado uma equipe de alto nível, que chegou por dois anos consecutivos à fase semifinal da Superliga, principal competição nacional da modalidade.

Amil


Imagem extraída de https://www.facebook.com/VoleiAmil

Força, Vôlei Amil! O vôlei brasileiro não pode morrer!


Leia mais:

Saque Viagem- Amil anuncia fim de patrocínio a time de Campinas: http://www.saqueviagem.com.br/volei/noticias_detalhe.php?idPost=13692258


Globo Esporte- Patrocinador encerra investimento, e Campinas deve fechar as portas: http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/04/patrocinador-encerra-investimento-e-campinas-deve-fechar-portas.html

terça-feira, 29 de abril de 2014

Pontos de Vista

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc

Deixei os comentários a respeito do jogo entre o Cruzeiro e o meu São Paulo reservados para um post à parte do resumo da 2ª rodada, afinal foi uma partida controversa em todos os sentidos.

Começa pelas tradicionais reclamações dos atletas, treinadores e dirigentes. Reclamaram do gramado, do sol, da falta que originou o gol de empate do Tricolor, ... Até aí, tudo normal.

Foi engraçado, contudo, ver e ouvir os comentários dos analistas a respeito da partida. Todos eles divergiram a respeito do desempenho das equipes e do jogo. Alguns disseram que a partida foi ótima, outros disseram que o jogo foi um verdadeiro tédio. Muita gente diz que o Cruzeiro foi melhor em campo e que merecia a vitória, outros disseram que o São Paulo foi superior e que o empate foi merecido.

Polêmicas até mesmo na hora de se avaliar o desempenho individual dos atletas. Para se ter uma ideia desta discordância, o blogueiro Daniel Perrone do site Globo Esporte afirmou que o atacante Osvaldo teve desempenho fraco, enquanto o jornal Lance afirmou que o camisa 17 foi muito bem ao acrescentar movimentação em campo e cobrar a falta que originou o gol de Antônio Carlos. E aí? Quem tem razão?

Minha opinião: a Raposa foi um pouco melhor ao ser mais objetiva e também por ter a marcação mais eficiente, mas o time da casa pecou ao relaxar após o gol marcado por Júlio Baptista. A equipe mineira deveria ter feito outro gol para matar logo o jogo, mas estava pensando no Cerro Porteño, baixou a guarda e o Tricolor se aproveitou disso. Para o meu São Paulo, puxões de orelha para o senhor Rodrigo Caio que já foi expulso na derrota para o CRB na quarta e ontem cometeu a falta que gerou o gol de Júlio Baptista no domingo.

Os dois times, a despeito disso, foram bem em campo. Ambas as equipes têm propostas parecidas em campo, com trocas de passes, jogo coletivo e sem rifar a bola. Não a toa, a partida foi muito equilibrada e a posse de bola foi quase de 50% para cada lado. O empate acabou sendo um resultado mais do que justo.

Muita gente acha isso chato, mas é questão de opinião. Curto jogo assim por influência dos meus times favoritos na Europa, o Barcelona e o Borussia Dortmund. Aliás, a partida respondeu à uma dúvida que eu tinha: o que acontece quando duas equipes entram em campo com a proposta da valorizar a posse da bola? A pergunta foi respondida pela Raposa e pelo Tricolor.

A partida terminou com "dois candidatos ao título" (segundo parte da imprensa -algo que ainda acho prematuro afirmar) deixando o gramado com um ponto cada. Houveram as tradicionais reclamações, mas os dois times se reencontraram no aeroporto ontem e o clima foi muito amistoso entre as delegações. Adversários apenas nas quatro linhas. 

2º Round

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern

E aí? Gostaram do jogo de ida entre Real e Bayern na semana passada? Deu para sentir o gostinho do confronto entre dois gigantes do futebol europeu? Foi só um gostinho mesmo, porque nenhum dos treinadores entrou em campo com força total. Ainda não me conformo que Guardiola mudou o time e que Ancelotti não deixou seus melhores jogadores, Ronaldo e Bale, juntos em campo.

O Real venceu o primeiro jogo, mas acho o placar de 1x0 muito perigoso. Basta ver aqueles joguinhos da Libertadores em que os "professores" mandam os seus times vencerem pelo placar mínimo nas partidas de ida e depois ficam tomando sufoco até serem eliminados por 2x0 na volta. E o Real tinha time para enfiar pelo menos mais um tento no Bayern e jogar mais tranquilo hoje em Munique.

O Bayern, por sua vez, terá de buscar a virada em casa e terá de vencer pela diferença de dois gols -três, caso os Merengues consigam anotar algum tento na Allianz Arena. Não são resultados impossíveis, mas o Bayern está lidando com um adversário do seu tamanho desta vez.

Seja quem for o vencedor desse confronto, terá a minha torcida na grande final em Lisboa. Eu me recuso a torcer para o covarde Chelsea que deixa todos os seus atletas plantados na área ou para o violento Atlético que me decepcionou profundamente nas partidas recentes com muitas faltas. Aquela goleada por 4x1 em 2012 dos Rojiblancos sobre os Blues parece ter sido apenas um lampejo. Mas, pensando bem, dou um pequeno desconto ao Atlético e seu comandante Diego Simeone por se tratar de uma equipe considerada "menor".

Tudo pelo bem do futebol-arte.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ruim Demais

Imagem extraída de https://www.facebook.com/sePalmeiras

Que legal, hein, Verdão? Além de perder em casa para o Fluminense (gol de Rafael Sóbis), o Palmeiras também corre o risco iminente de perder o atacante Alan Kardec para o São Paulo. O centenário é do Palestra, mas quem ganhou o presente foram os Tricolores, sendo que o Flu ganhou três pontos graças à atitude covarde e apática do Verdão em campo, e o Soberano ganhou um atleta com potencial para ser valorizado.

Eu gostaria de saber que tipo de planejamento é esse que os dirigentes do Verdão fizeram para o centenário, perdendo atletas importantes, jogando um futebol sem organização ou criatividade e fazendo contratações muito mais baseadas na quantidade do que na qualidade. Do jeito que a coisa vai, o centenário do Palmeiras vai ser "sem ter nada". O torcedor alviverde não merece isso. Pelo Flu, ignoro, por hora, o imbróglio envolvendo a Portuguesa e bato palmas ao bom futebol apresentado pelo time comandado pelo ex-volante Cristóvão e pelos atletas de bom nível técnico -Conca, Fred e Sóbis.

Ainda no sábado, Coritiba e Santos protagonizaram um jogo de nível técnico baixíssimo, salvo pela bicicleta de Zé Love, como bem observou o grande Juca Kfouri. Nem aguentei ver a partida inteira, tamanha a quantidade de faltas, passes errados e pragmatismo. Como pode um campeonato que é considerado a "elite do futebol brasileiro" apresentar um nível técnico digno de uma várzea?

A última partida que acompanhei na rodada foi a boa vitória do Grêmio sobre o Atlético Mineiro. Não foi uma grande partida, mas o Imortal com time misto derrotou um adversário direto pelos títulos da Libertadores, do Brasileirão e ganha moral para reverter o revés contra o San Lorenzo na próxima quarta. E se a diretoria gremista tivesse dado ouvidos aos poucos torcedores que pediram a cabeça do treinador Enderson Moreira, como estaria o time agora, hein? A resposta está no próprio Galo, que trocou de treinador no calor da derrota de quarta-feira e agora pagou o preço. Coitado do Levir Culpi...

Tivemos ainda uma boa vitória do Corinthians por 2x0 sobre o Flamengo na despedida do Pacambu -o Timão passará a mandar seus jogos na Arena Corinthians- e apagou a má impressão deixada na estreia. Espero que o treinador Mano Menezes coloque o time mais no ataque daqui para frente. O lugar do Coringão é lá no topo da tabela brigando por títulos, e não por vaga na Sulamericana, ficando no meio do caminho empilhando empate seguido de empate.

Eu acompanhei, ainda, o jogo entre Cruzeiro e São Paulo, mas as opiniões dos comentaristas a respeito desta partida foram tão discordantes que farei uma análise a parte, a ser publicada amanhã.

Um Futebolista com (Muito) Conteúdo

Imagem extraída do Facebook oficial do Beşiktaş- https://www.facebook.com/Besiktas

Estou ansioso para escrever uma resenha em homenagem ao treinador e ex-zagueiro Slaven Bilić (foto), mas como ele não é muito conhecido no Ocidente, fica muito difícil encontrar material em português, inglês ou espanhol a respeito do técnico. Quem sabe se eu conseguir me aprimorar no idioma croata...

Bilić foi zagueiro e esteve presente na estreia da Seleção Croata em Copas do Mundo no ano de 1998. Na ocasião, os enxadrezados surpreenderam o planeta e conquistaram um ótimo terceiro lugar, superando seleções de muito mais tradição, como a Alemanha e a Holanda. Com um pouco mais de sorte, poderiam até mesmo ter feito a final contra o Brasil, mas pouco poderiam fazer ante a França, empurrada por sua torcida e contando com um elenco magnífico (Thierry Henry, Zidane, Blanc, Petit, Pirès, ...).

Minha admiração por Bilić, contudo, começou em 2012, quando tive o prazer de acompanhar a atual geração da Croácia comandada por ele durante a Eurocopa daquele ano. O futebol era bem executado, com passes, movimentação e coletividade. O comandante ganhou definitivamente o meu respeito quando fez duras críticas ao seu próprio torcedor, que entoou cânticos racistas contra o atacante Mario Balotelli. Bilić chegou a considerar esses torcedores como "estúpidos".

Bilić também tem algumas semelhanças com um grande gênio da bola, o finado Doutor Sócrates. Ambos têm diplomas de nível superior (Sócrates era médico enquanto Bilić é formado em direito) e os dois são admiradores do socialismo. O nível cultural do croata ainda surpreende pelo fato do ex-zagueiro falar fluentemente quatro idiomas -croata, italiano, inglês e alemão- e pelo fato do treinador ser guitarrista da banda Rawbau. Não sei o quanto Bilić foi influente na política de seu país, algo que Sócrates foi, mas não acho um exagero comparar seu nível intelectual com o do nosso Doutor da Bola.

Apenas lamento que Bilić não virá ao Brasil em junho. O ex-zagueiro deixou a Seleção Croata ainda em 2012 após a Euro daquele ano e o nível técnico do time caiu um pouco desde então, com mais força e raça do que técnica e talento. Hoje, Slaven está à frente do Beşiktaş na Turquia, equipe que comanda desde 2013. Que o seu nível cultural e intelectual seja bem aproveitado pelo clube.

Slaven Bilić pode não ter sido o craque candidato aos troféus, mas ele é um pensador dotado de rara capacidade intelectual e cultural, algo que faz muita falta ao futebol. Um futebolista com (muito) conteúdo.


Imagem extraída do Facebook oficial do Beşiktaş- https://www.facebook.com/Besiktas

domingo, 27 de abril de 2014

Obrigado, Fofão!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/Fofao7Oficial

Chegou ao fim a Superliga Feminina 2013-14, com o Unilever fazendo valer o mando de casa e o melhor retrospecto no torneio em relação ao rival SESI. O eneacampeonato foi muito festejado e marcado também pelo final da carreira de uma das maiores lendas do voleibol feminino, Fofão (foto).

São 44 anos, 29 dedicados ao vôlei, muitos títulos, alegrias e emoções. Fofão deixa tudo isso como legado aos seus fãs que a reverenciam por sua imensa e inestimável importância à modalidade. Mesmo sendo torcedor do arquirrival Molico Nestlé, eu me curvo ante esta verdadeira lenda das quadras e que fará muita falta ao nosso vôlei, afinal como imaginar a modalidade sem uma das atletas que atua desde os tempos em que nosso voleibol profissional ainda engatinhava no Brasil? O tempo passa para todos.

A partida teve altos e baixos, mas o Unilever brecou a reação do SESI (que já havia surpreendido o Molico nas semifinais) ao anotar 3x1 (parciais de 21/11, 21/12, 13/21 e 21/16). A regularidade e a consistência das cariocas prevaleceu, somada à força de sua torcida que compareceu em peso para apoias as meninas de Bernardinho.

Não posso deixar também de parabenizar as "súditas" de Fofão. A líbero Fabizinha (que eu já disse e repito que é a melhor líbero do Brasil), a oposta Sarah Pavan (um verdadeiro cérebro em quadra), a ponteira Gabi (excelente sacadora e atacante), a central Juciely (sofreu com as lesões, mas foi uma guerreira em quadra ao resistir à dor e atuar em alto nível), a levantadora Roberta (boa sacadora, levantadora e herdeira da vaga de Fofão) e a ponteira Régis (que também conviveu com lesões, mas demonstra muita precisão e força no ataque).

Ao mesmo tempo, digo que a campanha do SESI de maneira alguma fica manchada pela perda do título. Foi uma reação fantástica, de uma equipe que perdeu várias atletas importantes por lesão e que buscou a reação na metade do campeonato. Pesou muito o talento das atletas (da quais destaco Fabizona, Ivna, Suelle e Dani Lins) e a liderança do novato Talmo de Freitas. Brilhante, professor! Você soube tirar proveito de sua experiência em quadra para transmitir tranquilidade às suas comandadas. Vocês também estão de parabéns!

E, claro, não podemos deixar de aplaudir o meu Molico Nestlé, terceiro colocado e dono de uma campanha impecável nos pontos corridos, mas que apresentou muita ansiedade em quadra no mata-mata. Mas por que deveríamos tirar os méritos de uma equipe tão talentosa e que é um dos alicerces da Seleção Brasileira? Vocês foram magníficas, honraram a camisa que vestem e merecem todos os aplausos do torcedor. Parabéns também ao time (destaque para Thaísa, Sheilla, Fabíola, Brait, Sanja e Adenízia) e ao treinador Luizomar de Moura!

As premiações individuais foram marcadas por surpresas, afinal apenas três das semifinalistas foram premiadas. As demais vieram de equipes que eram consideradas "coadjuvantes" na Superliga, mas que demonstraram muito esforço e garra a despeito de suas equipes não terem como competir financeiramente e tecnicamente com os times que ocuparam as quatro primeiras posições nos pontos corridos.

As premiadas foram:

Melhor saque: Tandara (Vôlei Amil)
Melhor ataque: Andréia (Pinheiros)
Melhor bloqueio: Thaísa (Molico Osasco)
Melhor recepção: Verê (Brasília Vôlei)
Melhor defesa: Monique (Banana Boat/Praia Clube)
Melhor levantadora: Macris (Pinheiros) 
MVP: Fofão (Unilever)


À Fofão, faço um último pedido: sinta-se livre para escolher o caminho que bem entender, mas se possível, continue no vôlei, por favor! Alguém com sua longa experiência em quadra tem muito o que transmitir às futuras gerações, mesmo estando fora das quadras. Torne-se treinadora, dirigente, comentarista, enfim, continue contribuindo com a modalidade. Ex-atletas podem e devem revindicar por mais espaço nos esportes porque vocês sabem como ninguém como ensinar os fundamentos às novatas, dizer quem é craque e quem não é e analisar as minúcias do esporte. Dois exemplos são justamente os dois treinadores finalistas desta temporada, Talmo e Bernardinho, foram atletas de alto nível, medalhistas olímpicos e sabem utilizar suas vivências em quadra para tirarem o melhor de suas jogadoras.

Assim encerra-se a Superliga 2013-14, mas não a temporada. SESI e Molico ainda têm o Mundial de Clubes pela frente. Nada de se deixar abater pela perda do título do campeonato nacional! É hora de levantar a cabeça, concentrar e lutar por este título! Vocês serão o Brasil lá na Suíça! Boa sorte e muito sucesso!


Imagem extraída de https://www.facebook.com/confederacaobrasileiradevoleibol

Teoria Contra Prática

Imagem extraída do Facebook oficial de Cristiano Ronaldo- https://www.facebook.com/Cristiano

O grande Tostão já explicou em sua coluna que a execução das jogadas independe da formação tática. O futebol é dinâmico e não estático, e os atletas não passarão o jogo inteiro guardando suas posições. Jogadores que atuam no ataque (meias e atacantes) podem tranquilamente voltar para marcar e atletas que defendem (zagueiros, volantes e laterais) têm a possibilidade se subirem ao campo ofensivo ou oferecer assistências.

Mutas vezes, não basta que a equipe entre com três atacantes e dois meias ofensivos em campo para garantir um time com o propósito de atacar. Nada impede que um time entre em campo com cinco homens ofensivos, mas atue de maneira extremamente pragmática. Assim foi a Seleção Portuguesa, que entrava em campo com dois meias (Raul Meireles e João Moutinho) e três atacantes (Nani, Hélder Postiga e Cristiano Ronaldo), mas a equipe apresentava um futebol chato, com vários trombadores em campo e que só se salvava pelo talento de Ronaldo e pelo esforço de Moutinho. O restante, ou só marcava, ou só atuava na trombada e na raça.


A Seleção de Portugal no 4-3-3 durante a Euro 2012.  No papel,
é um esquema muito bonito e ofensivo, mas na prática, só Ronaldo
 e Moutinho jogam bola nesse time (imagem obtida via this11.com).


Não apenas a Seleção Portuguesa, mas também a Grécia atua de forma muito parecida. Durante o pré-jogo, você vê o time grego adotando uma formação com três atacantes e espera por um espetáculo cheio de ofensividade e posse de bola. Quando a partida começa, o jogo desanda de tal forma que muitos atletas parecem ter vindos de Esparta... Só faltaram Kratos e o Rei Leônidas.


Seleção Grega no 4-3-3 durante a Euro 2012. Três atacantes, mas
quem mais trabalha nesse time são os zagueiros e os volantes
(imagem obtida via this11.com).


Há equipes que, por outro lado, vão a campo com três zagueiros e, às vezes, até três volantes, mas não deixam de ter volume de jogo e ofensividade a despeito de terem até sei atletas voltados para a defesa. Assim é a Seleção do Chile, que foi formada por Marcelo "El Loco" Bielsa, continuou com Claudio Borghi e agora é orquestrada por Jorge Sampaoli. Toque de bola, movimentação e jogo coletivo. Tudo o que eu gosto tem na Roja e até me esqueço que o treinador escalou três zagueiros e três volantes.


Seleção do Chile no 3-4-3 durante o último amistoso contra a
Alemanha. Acredite! Este time atuou com três defensores (Isla,
Medel e Jara) e três volantes (Vidal, Gutiérrez e Silva) e, mesmo
assim, teve muito mais posse de bola, volume de jogo e chances
de gols do que a Alemanha (imagem obtida via this11.com).


Chegamos à conclusão que, a partir desde post, o futebol desenhado na prancheta nem sempre corresponde ao que se vê em campo, o que corrobora, mais uma vez, com a teoria de Tostão de que a execução de jogadas não depende da formação tática. Obviamente, ter mais meias e mais atacantes ajuda o time a ter mais volume de jogo, assim como ter mais defensores e volantes permite a equipe segurar mais o ímpeto do rival. Mas isto é apenas teoria e na prática um volante pode ter uma excelente qualidade no passe ou na armação, enquanto um atacante pode exibir suas virtudes na marcação ou nos desarmes.

sábado, 26 de abril de 2014

Feliz Aniversário, Mestre!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/JohanCruyff14

Ontem foi aniversário daquele que considero o maior treinador de todos os tempos, o Mestre Johan Cruyff.

Cruyff foi um gênio dentro e fora dos gramados, como atleta e como treinador. E continua sendo com suas análises críticas e opiniões sinceras, que são mal-interpretadas por muitos, infelizmente.

O eterno camisa 14 teve passagens brilhantes por Ajax (clube que o revelou e o homenageou com a retirada da camisa 14 após a aposentadoria do Mestre), Barcelona (onde foi nomeado presidente de honra) e pela maior Seleção Holandesa de todos os tempos, aquela de 1974 que era chamada de "Laranja Mecânica". O holandês sempre foi sinônimo de futebol-arte.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/JohanCruyff14

Como treinador, Cruyff foi influenciado pelo seu mentor Rinus Michels (seu treinador na Oranje e no Barça) e criou a sua própria versão do Carrossel Holandês no Barcelona, em um estilo de jogo que combinava movimentação intensa e toque de bola que renderam ao time blaugrana seu primeiro título na Champions League (antiga European Cup) em 1992. Anos mais tarde, esse estilo daria origem ao Tiki-Taka de Josep Guardiola, que foi jogador de Cruyff no Barça.

Me faltam palavras para descrever a importância de Cruyff para o futebol. Fico triste que alguém tão genial quanto o Mestre não tenha a atenção merecida nos dias de hoje. Suas opiniões podem até ser consideradas duras, mas dotadas de uma verdade que os atuais dirigentes se recusam a admitir. Sempre digo que quem tem vivência em campo é quem mais entende de bola, e o Mestre provou isto ao repetir no banco de reservas todo o sucesso que teve nos gramados. E seu estilo gerou muitos adeptos que, felizmente, vem repetindo o sucesso de Cruyff e mostrando que o futebol bonito e bem jogado pode também ser eficiente.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/JohanCruyff14

Meus parabéns, Mestre! Desejo tudo de bom e de melhor ao Senhor! Cruyff é gênio dentro e fora dos gramados! E para os que duvidam de minhas palavras, vejam no vídeo abaixo como era o Barcelona sob a batuta do Mestre.



Não Enrola, Verdão!

Imagem extraída do Facebook oficial de Alan Kardec- https://www.facebook.com/AlanKardecOficial

Alguém pode me explicar por que o Palmeiras está demorando com a renovação do atacante Alan Kardec (foto), cujo contrato se encerra no próximo mês? Se rendimento do jogador estivesse ruim ou se ele estivesse tumultuando o clima nos vestiários, eu até daria razão aos dirigentes, mas Kardec é um dos principais jogadores da equipe e um dos poucos no elenco que sabem jogar bola. O clube só começou a agir depois que o São Paulo ameaçou cobrir a proposta do Verdão. Os clubes realmente desejam o jogador ou querem meramente enfraquecer o adversário?

Acho justo que o jogador seja adquirido em definitivo pelo clube, afinal ele é um dos poucos no elenco que têm um pouco de lucidez para efetuar uma boa jogada além de ser o artilheiro do time. E, pensando a longo prazo, Kardec ainda é jovem (tem 25 anos), tem potencial para chegar à Seleção Brasileira assim que o ciclo para a próxima Copa do Mundo se iniciar (ele chegou a atuar pelas categorias de base da Amarelinha) e pode ser muito valorizado em uma futura transação. Acho que vale a pena desembolsar a quantia que o Benfica, detentor de seus direitos, está pedindo pelo atacante.

Li recentemente na coluna do apresentador Neto que o presidente Paulo Nobre desembolsou R$ 80 milhões para cobrir os rombos do clube. Se a história procede, acho que o clube consegue fazer um esforço para manter Kardec no time, algo que o vice-capitão Valdívia, o técnico Gilson Kleina e o torcedor vêm pedindo.

Uma crítica que fiz ao Verdão no começo do ano foi o excesso de contratações fechadas pelo clube. Obviamente, ter muitas opções no banco ajuda o time, a maioria dessas transações foi gratuita e as contratações sempre empolgam o torcedor, mas muitos desses atletas que mal serão aproveitados e pagar salários a jogadores que não entram em campo é sempre prejuízo para o clube. Não seria mais prudente ter contratado menos e utilizar a verba economizada para ficar com Kardec de uma vez?

Se realmente não for possível renovar com o atleta, então que os dirigentes abram logo o jogo e deixem isso claro aos torcedores e ao time para não criar falsas expectativas. Porém, segundo o apresentador Neto, isto enfraqueceria o presidente Paulo Nobre na política do clube. Isso significa que, caso o clube realmente não tenha condições de manter o jogador, isto só virá à tona no último dia do prazo.

E mais uma coisinha: Hernán Barcos e Henrique deixaram o Verdão pela porta dos fundos, mas ficou muito evidente que o atacante e o zagueiro não eram exatamente os vilões da história...

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Para Sempre Tito

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona

Foi com grande tristeza que recebi a notícia de que o ex-treinador do meu Barcelona, Tito Vilanova (foto) perdeu sua luta contra o câncer. O técnico estava hospitalizado com problemas gástricos em decorrência de complicações geradas pelo tumor na paratireóide, que havia sido diagnosticado em 2013.

O treinador, que foi auxiliar técnico de Pep Guardiola entre 2007 e 2012, precisou se afastar duas vezes do cargo para se tratar da doença, uma em meio a temporada 2012-13 quando foi substituído pelo seu auxiliar Jordi Roura, e outra ao final da mesma temporada quando se afastou em definitivo da função.

Durou pouco menos de uma temporada a passagem de Tito à frente do Barcelona, time que ele defendeu como jogador durante os anos 80 e depois viria a comandar quase trinta anos depois. Foi uma passagem curta, marcada pelo dilema de manter a filosofia do jogo bonito com a necessidade de se reinventar ante os adversários retranqueiros. Tito e Jordi encararam a missão e fizeram uma grande campanha em 2012-13, conquistando a Liga BBVA e chagando às semifinais da Champions League e da Copa del Rey.


Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona

Eu estava feliz com o retorno de Tito em meados de 2013. Ele e o lateral Abidal estavam travando duras lutas contra o câncer e receberam uma homenagem emocionante do clube quando voltaram ao trabalho. Digo isso porque como farmacêutico conheço a maneira como o câncer é terrível e perdi muitos parentes e conhecidos para a doença.

Ah, Tito, como queria te ver curado dessa maldita doença que consome milhares de vidas a cada ano e desafia a ciência por ter múltiplas causas possíveis. Como eu queria ver você de volta ao clube que te revelou, erguendo muitas taças, repetindo ou até mesmo superando o sucesso de seu antecessor e, quem sabe, iniciando um novo ciclo vitorioso no Barça.

Sua curta carreira como treinador deixa como lembrança o troféu do Campeonato Espanhol 2012-13 e a certeza de que vale a pena, sim, acreditar no futebol bonito mesmo após uma temporada marcada pelas derrotas diante daquelas equipes covardes que só sabem se defender e fazer faltas.

Já disse aquela sua famosa frase erradamente atribuída a Fernando Pessoa, "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem". Tito ficará para sempre na lembrança do torcedor catalão, seja pela sua filosofia de jogo, seja por sua luta contra o câncer até o final.

Obrigado, Tito Vilanova. Desfrute de seu merecido descanso após tantas lutas em sua vida.


Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona

Parabéns, Modinhas! Vocês Conseguiram!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/atleticooficial

Parabéns aos torcedores modinhas do Atlético Mineiro que picharam a sede do clube exigindo as saídas do treinador Paulo Autuori (foto) e do meia Ronaldinho Gaúcho! Parabéns, mesmo, afinal graças a vocês, foi demitido um treinador que estava prejudicando muito a equipe ao fazer uma campanha invicta na fase de grupos na Libertadores e conseguindo o quarto lugar geral entre os líderes!

Graças ao protesto sem nenhum fundamento lógico e baseado puramente na passionalidade, a diretoria demitiu um treinador que já foi campeão na Libertadores pelo São Paulo em 2005 e que estava conduzindo o Atlético ao mesmo rumo com boas chances aproveitando o bom time deixado por Cuca em 2013. Agora com um técnico novo, time e treinador vão levar algum tempo até se acostumarem a trabalhar juntos e uma equipe que vinha fazendo uma campanha estável corre o grande risco de viver a irregularidade típica das equipes que trocam de comandante o tempo todo.

Pena que os modinhas, que se declaram torcedores do Atlético Mineiro, ficaram tão empolgados com a brilhante campanha do Galo 2013 que se esqueceram de que o sucesso dos times pode não ser eterno e que a equipe não é invencível. Será que eles viram que o "todo-poderoso" Bayern München campeão de tudo foi derrotado recentemente pelo Real Madrid e pelo meu Borussia Dortmund (esse último de goleada por 3x0). Será que pela visão dos modinhas, o Bayern também não vale mais nada só porque foi perdeu essas duas partidas?

Esses torcedores de ocasião ficaram tão cegos a derrota para o Atlético Nacional (que era até esperada por causa da altitude colombiana) e se esqueceram que ainda há boas chances do Galo reverter a derrota (que foi apenas por 1x0) no Independência, bem como a excelente campanha que a equipe dirigida por Autuori fez na primeira fase. Com a mudança abrupta no comando, a classificação pode até ser ameaçada. Se a equipe cair na próxima semana, podem ter certeza que os torcedores de ocasião terão grande responsabilidade por isso.

A diretoria atleticana também errou feio ao acatar os protestos desses pseudo-torcedores, afinal o momento era de apoiar o grupo e motivar a equipe para reverter o revés ocorrido nos Andes. O Galo jogou e segurou o rival o quanto pôde, limitado pela baixa concentração de oxigênio na altitude. Infelizmente, deu azar em um chute de fora da área e não pôde trazer um resultado melhor, mas não foi um placar ruim diante das condições de jogo. Com a troca do treinador, o clima passa a ser de insegurança, dando a impressão de que os dirigentes não têm confiança no grupo.

Parabéns mais uma vez aos modinhas pelo seu grande feito! Se vocês fossem torcedores de verdade, estariam apoiando seus atletas e seu treinador, e não fazendo insultos. O verdadeiro torcedor ama seu time mesmo que ele esteja em crise e na segunda divisão (como aconteceu em 2006), e não apenas enquanto a equipe conquista os troféus.


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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Prioridade?

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Vai entender? As equipes europeias dão o sangue a cada temporada em busca de uma vaga na Champions League. A competição continental é sempre tratada como prioridade pelos clubes, e com razão. Aí, Ancelotti e Guardiola me entram em campo com equipes mistas. Vai entender?

Pelo Real, acho que todo mundo estava ansioso para ver a plenitude do time merengue com Gareth Bale e Cristiano Ronaldo entrando juntos em campo e justificando cada centavo investido na milionária dupla de atletas. Para a minha surpresa, o galês começou a partida no banco para a entrada de Di María.

No Bayern, não faltavam opções para o meio-de-campo. Surpreendentemente, Guardiola mudou o esquema de 4-1-4-1 para 4-2-3-1, com Lahm e Schweinsteiger de volantes e Kroos na armação. Müller e Götze começaram no banco. Kroos é meia de origem, mas pra mim ele faz muito mais a função de transição entre volantes e meias do que armar o jogo.

O jogo não foi ruim, ainda mais depois daquela pelada horrorosa entre Atlético de Madrid e Chelsea, mas eu esperava que os times entrassem em campo colocando em jogo o que têm de melhor em seus elencos, ainda mais levando-se em conta que a Champions deveria ser a prioridade dos clubes europeus e que o torcedor paga ingresso (caro) porque quer ver um espetáculo, quer assistir aos astros em campo, presenciar os times mostrando o que têm de melhor a oferecer.

A partida, ao menos, foi movimentada, teve passes, alguns lances bonitos e belos momentos de fair-play, como o instante em que Lahm tira a bola de campo para que o jogo fosse interrompido e seu adversário Pepe pudesse ser atendido. O juiz não iria parar o lance e o capitão tinha espaço livre para jogar, mas optou pelo cavalheirismo. Belo exemplo.

Guardiola só colocou seus armadores no final do jogo e o Bayern ganhou volume de jogo, enquanto Ancelotti se retrancou o quanto pode na metade final do segundo tempo -antes disso, estava marcando no campo de ataque e pressionando a saída de bola.

O Real venceu por 1x0 com gol de Benzema, mas poderia ter feito mais. Esse placar é muito perigoso apesar da vitória. O retranqueiro do Ancelotti poderia ter ousado mais e garantir uma vantagem mais folgada para o jogo de volta. Vai ser dureza segurar o Bayern na Allianz Arena.

Independente de quem for o vencedor desta partida, vou torcer para que o ganhador fature a taça. É um insulto ao futebol ver uma equipe como o Atlético ou o Chelsea ser campeã na Champions.

A Bela e A Fera

Montagem realizada com imagens extraídas de
https://www.facebook.com/FabianaVolei e https://www.facebook.com/Fofao7Oficial

Unilever e SESI surpreenderam o Amil e o Molico respectivamente ao vencerem seus dois jogos nas semifinais e realizarão a grande final no próximo domingo, dia 27 de abril, no Maracanãzinho.

O duelo marcará o encontro entre as duas capitãs das seleções femininas de vôlei que trouxeram o ouro nas duas últimas olimpíadas, Fabizona (foto à esquerda) capitã da Seleção medalhista em Londres 2012, e Fofão (foto à direita) capitã da Seleção campeã em Pequim 2008.

A Bela Fabiana Claudino é a central do SESI-SP. Aos 29 anos, Fabizona chama a atenção pelo seu sorriso extrovertido, pelos seus 1,94m de altura e por sua silhueta. Fabiana é a dona da rede, com seus bloqueios e suas cortadas precisas no fundo de quadra. Mais do que isso, Fabizona é o tipo de pessoa que consegue se manter calma mesmo nos momentos críticos com o time muito atrás no placar, sempre preservando aquele belo sorriso e a alegria de jogar vôlei. Não à toa, o treinador Zé Roberto a elegeu para a posto de capitã também na Seleção Feminina. Sua liderança e atitude em quadra são a força motivacional da equipe.

A Fera Hélia Souza é a levantadora e o cérebro do Unilever/Rio de Janeiro. Aos 44 anos, sendo 29 deles dedicados ao vôlei, Fofão viu e viveu o nascimento, a profissionalização e a consagração da modalidade no Brasil. Experiente, a levantadora se destaca pela qualidade do passe, pela organização de jogadas e pela visão de jogo. E ela sabe usar toda a sua vivência nas quadras em favor de seu time, dando verdadeiros banhos até mesmo em jovens consideradas talentosas. A jogadora nascida em São Paulo anunciou que irá deixar as quadras ao término desta temporada. Uma pena, afinal uma jogadora com tamanha importância para o vôlei e também para o esporte mundial sempre faz muita falta nas quadras.

Além das "protagonistas", SESI e Unilever fazem um duelo de grandes elencos.

O time carioca conta ainda com Fabizinha (considerada por muitos, inclusive por este blogueiro, como a melhor líbero do Brasil), a central Juciely (figurinha carimbada na Seleção), a oposta Sarah Pavan (versátil, cerebral e ofensiva, capaz de jogar na rede e no fundo de quadra) e a ponteira Gabi (dona de uma potente cortada e uma das apostas do time e também da Seleção Brasileira).

As paulistas têm a seu favor as levantadoras Dani Lins e Carol Albuquerque (ambas medalhistas olímpicas), a oposta Ivna (jovem com 24 anos, talentosa, atua no ataque e também no levantamento) e a ponteira Suelle (destaca-se pela potência e precisão no ataque).

Os treinadores também são um show à parte: o grande Bernardinho pelo Unilever (dispensa apresentações e cometários) e o promissor Talmo de Oliveira no SESI (discípulo de Zé Roberto e atleta medalhista em Barcelona 1992).

Quem vence a partida? Bem, o SESI está com um elenco melhor e não tem a responsabilidade de vencer por nunca ter sido campeão na Superliga, mas o Unilever tem uma campanha mais regular, um time mais consistente, um treinador mais experiente e ainda conta com o fator casa a seu favor. Acho que a equipe carioca ganha mais um troféu para a coleção. O Rio, inclusive, levou a melhor sobre o SESI no confronto direto.

A partida será exibida no domingo, às 10:00h (horário de Brasília) na Globo e na Sportv. Boa sorte às nossas duas capitãs: a Bela e a Fera!


Imagem extraída de https://www.facebook.com/unilevervolei

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Unfair Play Financeiro?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/BotafogoOficial

Caí de costas quando soube que o Botafogo está prestes a completar três meses de salários atrasados. Eu havia lido matérias a respeito de tal assunto durante o ano passado e acreditei que o clube tivesse resolvido o problema, ainda mais levando-se em conta que o Fogão foi um dos clubes que mais contratou na temporada.

O Botafogo trouxe muitos atletas para a disputa da Libertadores. Vieram Bolatti (foto), Jorge Wagner, Rodrigo Souto, Ferreyra, Airton, Júnior César e Zeballos. Após a eliminação da competição continental, o Fogo ainda contratou o técnico Vágner Mancini e o atacante Emerson Sheik. Diante dos fatos apresentados, pensamos que se o clube tivesse recursos para contratar e também para manter os salários dos atletas.

Já escrevi em outros posts que o Fogão errou já no começo da temporada ao perder o treinador Oswaldo de Oliveira (hoje no Santos) e o volante Clarence Seedorf (aposentado e hoje técnico do Milan). Os dois haviam sido fundamentais para o retorno do Glorioso à Libertadores após quase vinte anos de ausência. Perder o comandante e o capitão prejudica a equipe, que perde dois de seus alicerces e precisa começar tudo do zero, até que os novos líderes conquistem a confiança do elenco.

Se os atletas não recebem há três meses, significa que estavam jogando o Campeonato Carioca e a Libertadores de graça. Não à toa, o rendimento da equipe caiu. Se os jogadores tiverem feito corpo mole nas partidas em que o Fogão foi eliminado, digo que estavam cobertos de razão, afinal ninguém merece trabalhar de graça, independente do valor do salário. Em uma situação como essa, seria justo até mesmo os jogadores cruzarem os braços e se recusarem a entrar em campo, afinal que eu saiba todo funcionário pode fazer greve se os seus direitos trabalhistas não estiverem sendo respeitados.

E como o clube contrata mais jogadores se não tem condições de arcar com os salários e ainda disputa uma competição do nível de Libertadores nessas condições? Lá na Europa, clubes que gastam mais do que arrecadam são punidos até mesmo com perda de títulos e suspensão de campeonatos.

Palpitei que o Fogão passaria o Brasileirão aspirando no máximo a uma vaga na Sulamericana, mas nas condições em que se encontra, é capaz até mesmo de voltar à Série B no final do ano.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/BotafogoOficial

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Não Maltratem Madri Ainda Mais!

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern

Tive o desprazer de assistir à pelada entre Atlético de Madrid e Chelsea na tarde de ontem. Eu já não esperava muita coisa por se tratarem de duas equipes de mais pegada do que técnica. E o jogo conseguiu ser ainda pior do que a expectativa, com o Chelsea entrando em campo com três volantes (Mikel, Lampard e Ramires) e três zagueiros (Terry, Cahill e David Luiz -este último um pouco mais adiantado). A proposta dos Blues era claramente de segurar o empate e ficar destruindo jogadas ao invés de criar alguma coisa. E o Atlético só jogava na base dos chuveirinhos na área, na bola parada ou na trombada. Cadê os passes, os dribles e a criatividade? Cadê o Atlético fazendo valer o mando de campo?

Foi uma pelada mesmo, indigna de um campeonato do nível da Champions League. Pelo nível do futebol apresentado ontem, os dois times poderiam cair fora que não fariam falta alguma, mas infelizmente uma delas terá o direito de jogar a final em Lisboa. E não fui apenas eu quem achou o jogo uma droga. Vários outros comentaristas também não suportaram o anti-jogo das duas equipes no Vicente Calderón, como Juca Kfouri (do UOL) e Luís Prósperi (do Estado de São Paulo). Coitado do povo madrilenho que pagou ingresso para assistir à uma partida tão ruim no estádio...

Hoje, Madri receberá a partida entre Real Madrid e Bayern, que reeditam a semifinal da Champions 2011-12. São essas as equipes que mereciam estar na final por jogarem bola ao invés de darem trombada em campo.

O Bayern, agora sob a batuta de Pep Guardiola, joga combinando o jogo vertical do antecessor Jupp Heynckes com o Tiki-Taka do Barcelona. Não obstante, o time alemão se defende no 4-1-4-1, executando uma marcação ofensiva, armando uma linha com os quatro meio-campistas tirando o espaço dos contra-ataques e tomando a bola do rival no próprio campo de ataque. E o Bayern tem muitos talentos individuais, com destaque para os pontas Robben e Ribéry, dribladores, velozes, ajudam na marcação e com visão de jogo.

O Real não tem um jogo bonito, mas compensa com os talentos individuais. Benzema, Ronaldo (que estava lesionado, mas deve atuar), Bale e Di María são jogadores de bola e encantam o espectador com sua movimentação e seus lances individuais. A equipe ataca no 4-3-3 e se defende no 4-4-2 com as duas linhas de quatro, cujo funcionamento já expliquei na semana passada e com Bale e Di María abertos e prontos para puxar contra-golpes. O único defeito do Real são os zagueiros que são muito faltosos, em especial o luso-brasileiro Pepe.

Madri presenciou um verdadeiro show de horrores ontem no Vicente Calderón. E hoje? Teremos um espetáculo protagonizado por Real e Bayern, ou veremos outra pelada no Santiago Bernabéu?

A partida será exibida a partir das 15:45h (horário de Brasília) na Globo e na Band.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Jogo das Incertezas

Imagem extraída do Facebook oficial do Atlético de Madrid- https://www.facebook.com/AtleticodeMadrid

Faz quase dois anos que Atlético de Madrid e Chelsea se encontraram em partida válida pela Supercopa da UEFA. Os Blues haviam conquistado a Champions League 2011-12, perderam Drogba para o futebol chinês e contrataram Oscar e Hazard. Os Colchoneros vieram de uma temporada de recuperação ao superarem uma grave crise, conquistaram a Europa League 2011-12, mas haviam perdido o meia Diego Ribas para o Wolfsburg.

Há dois anos atrás, o modesto Atlético surpreendeu o milionário Chelsea ao enviar a campo um time no 4-1-4-1 com Gabi alternando as funções de marcador e armador. A linha de quatro meias no campo ofensivo tirou o espaço dos contra-ataques ingleses e a equipe de Simeone teve todo o espaço para trocar passes. O Chelsea passou o jogo inteiro acuado e correndo atrás da bola. Foi um belo 4x1 para o time Rojiblanco, que conquistou a minha simpatia após aquele grande feito. Foi uma das partidas mais divertidas da minha vida.


Em 2012, a linha no meio-de-campo do Atlético encurralou o Chelsea,
tirou os espaços da equipe azul e os Rojiblancos fizeram o que
bem entendessem em campo (imagem obtida via this11.com)

Hoje, tanto Chelsea quanto Atlético são times totalmente diferentes a despeito dos elencos terem mantido a maioria de seus jogadores daquela época. O Atlético perdeu Falcao García (substituído por Diego Costa e, eventualmente, David Villa) e o Chelsea perdeu Juan Mata (substituído por Willian). Os Blues também estão de treinador novo, o português José Mourinho.

O desempenho dos times surpreende, com o Atlético líder do Campeonato Espanhol à frente dos todo-poderosos Barcelona e Real Madrid e os Colchoneros ainda estão invictos na Champions sem nenhuma derrota na competição. O Chelsea, apesar de todo o poderio técnico e financeiro, está na segunda posição da Premier League cinco pontos atrás do Liverpool (que vem de muitas crises em temporadas anteriores) e chegou a tropeçar diante do modesto Basel da Suíça na Champions.

Eu palpitei que o Chelsea iria às finais da Champions por ter mais time e um título na competição, mas os desempenhos recentes dos dois times tornam a partida totalmente aberta. Ademais, temos uma equipe que carrega a responsabilidade de corresponder à fama criada e aos milhões investidos em seu elenco, enquanto a outra não tem nada a perder por ser considerada uma "azarona".

A partida será transmitida pelo canal Esporte Interativo, a partir das 15:45h (horário de Brasília) no Vicente Calderón. O Chelsea confirma o favoritismo, ou a zebra Rojiblanca faz mais uma vítima?

Um Réquiem para Luciano

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Não sabia como fazer uma homenagem ao jornalista e narrador esportivo Luciano do Valle, falecido no último sábado, dia 19 de abril. Foi algo repentino, abrupto e inesperado. O locutor estava a caminho de Uberlândia para a realização de mais um trabalho como tantos outros em sua carreira quando sentiu-se mal durante o voo que o transportava até Minas Gerais. Viria a falecer minutos depois.

Não fazia ideia do tamanho do respeito que a imprensa tinha para com Luciano. Foram homenagens de todos os tipos em todos os meios de comunicação possíveis, televisão, internet, jornais, rádio, ... Mesmo emissoras concorrentes como Globo e Record dedicaram longos minutos de suas programações para lembrar os grandes momentos do narrador. Neste final de semana, eu ouvi o locutor Galvão Bueno conceder uma extensa entrevista por telefone à Rede Bandeirantes, emissora onde Luciano estava trabalhando, numa clara demonstração de respeito e sensibilidade. Ontem, o Globo Esporte de Tiago Leifert fez questão de lembrar a passagem do locutor pelo programa. Concorrentes sim, inimigos não.

A primeira rodada do Campeonato Brasileiro 2014 começou de forma estranha, sem a tradicional voz de Luciano do Valle para narrar algum jogo. Homenagens foram feitas por todos os clubes da Série A. Seria a primeira vez que um Brasileirão não teria a voz de Luciano.

A voz de Luciano embalou momentos marcantes do esporte. Futebol, vôlei, basquete, boxe, corridas. Representantes de todas as categorias esportivas fizeram questão de exaltar a importância do jornalista na popularização das mais diversas modalidades. Isso ficou muito evidente nas palavras da ex-jogadora de vôlei Virna e do ex-pugilista Maguila, que estavam presentes no velório do locutor e lembraram os grandes momentos de suas carreiras narrados por Luciano.

A importância de Luciano do Valle no esporte e no jornalismo fica na memória dos que tiveram o prazer de acompanhar os grandes momentos narrados pela voz do locutor. Voz que infelizmente se calou para sempre em um sábado de forma triste e inesperada.

Descanse em paz, Luciano do Valle.


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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Faltou Ousadia

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Acompanhei três jogos da rodada de abertura do Brasileirão 2014: Internacional X Vitória, Atlético-MG X Corinthians e Criciúma X Palmeiras, além de alguns lances de São Paulo X Botafogo e Bahia X Cruzeiro.

Eu gostei muito do time do Inter que conta com um belo meio-de-campo formado por Charles Aránguiz (foto), Andrés D'Alessandro e Alex Raphael, além de contar com o veterano zagueiro Juan que sabe jogar bola. O volante chileno, aliás, me agradou com sua boa movimentação em campo e boa presença de área, não se restringindo apenas à marcação. Pena que o Colorado foi cauteloso demais e ofereceu espaços para o Nego jogar depois que Aránguiz abriu o placar. Abel Braga, você tem um excelente meio-de-campo com meias técnicos e que têm qualidade no passe, então aproveite bem o que você tem em mãos e mande seus atletas ficarem mais com a bola. Seu torcedor agradece.

O duelo entre Galo e Timão foi um verdadeiro tédio. O time de São Paulo entrou só para marcar enquanto o de Minas Gerais parecia estar com a cabeça na Colômbia, local do próximo jogo na Libertadores. Ninguém queria vencer a partida que inevitavelmente acabou em 0x0. E ainda acho que Mano Menezes deveria ter entrado com Guerrero mais cedo e no lugar de Ralf, que era pouco acionado no esquema de três volantes. No Galo, os únicos que pareciam um pouco mais interessados no jogo eram os pontas Fernandinho e Tardelli.

A pelada entre Tigre e Verdão foi marcada pelos erros de arbitragem. O Palmeiras só se salvou da derrota na bola parada e graças a boa atuação de Fernando Prass, porque se dependesse da criatividade do time...

O jogo que mais me agradou foi o do meu São Paulo, que aproveitou a fragilidade do Fogão e aplicou um sonoro 3x0 nos cariocas. E o Tricolor vem apresentando quase tudo o que eu gosto: toque de bola, dribles, coletividade, criatividade e ofensividade. Isso dá gosto de ver. Só espero que isso se repita nas próximas partidas.

O Cruzeiro também me agradou e se credencia ao bicampeonato ao bater o Bahia mesmo jogando fora de casa e com time misto. A Raposa demonstra que tem elenco e peças de reposição à altura dos titulares para a disputa dos títulos. E, convenhamos: o técnico Marcelo Oliveira e seu belo futebol merecem!

Risco Técnico

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Por volta da quarta ou quinta rodada nós teremos os primeiros treinadores demitidos dos times que estão na Série A. Podem esperar.

Dos treinadores, acho que apenas Muricy Ramalho (foto- treinador do São Paulo), Mano Menezes (Corinthians), Gilson Kleina (Palmeiras), Oswaldo de Oliveira (Santos), Marcelo Oliveira (Cruzeiro), Abel Braga (Inter) e, talvez, Paulo Autuori (Atlético-MG) e Jayme de Almeida (Flamengo) gozam de algum prestígio com os dirigentes e com os torcedores. Os técnicos mencionados, acredito eu, não correm o risco de serem demitidos, pelo menos até esta primeira parte do Brasileirão que antecede a Copa do Mundo.

Os demais técnicos estão atuando por clubes em princípio de crise ou em times pequenos. Nesse tipo de instituição a instabilidade no cargo é imensa, a pressão por resultados é intensa e os dirigentes quase sempre optam por demitir os treinadores. Como se um técnico pudesse resolver o problema de um time em quatro rodadas. Há, ainda, o técnico Enderson Moreira que está bem no Grêmio, mas como ele ainda não é um treinador de muito renome, talvez isto acabe pesando contra ele em uma eventual crise.

Já expliquei em dezenas de posts que treinadores precisam de confiança e estabilidade para realizarem seus trabalhos. De que maneira um técnico pode dar padrão de jogo ou entrosamento a um elenco em tão pouco tempo? Obviamente, nenhum time vinga se o treinador consegue realizar seu trabalho. Reparem que a grande maioria dos times que são rebaixados são equipes que trocaram de treinador mais de uma vez na temporada.

Talvez mesmo os treinadores que eu mencionei no começo desta resenha tenham de ter cautela, afinal o torcedor é volúvel e qualquer resultado ruim pode esquentar o clima nos bastidores. Tite, Felipão e o próprio Muricy são treinadores vitoriosos no Corinthians, Palmeiras e São Paulo respectivamente e, mesmo assim, o torcedor não hesitou em pedir a cabeça do trio, o que os dirigentes acataram.

Os treinadores não vão vencer todos os jogos e inevitavelmente algumas destas derrotas serão em torneios de mata-mata. Se o torcedor e o dirigente não apoiarem e confiarem no trabalho do técnico, o time vai realmente entrar em crise e não restará outra alternativa senão demitir o treinador. Além de elogiar o treinador nos bons momentos, é preciso dar um voto de confiança a eles nos maus momentos.

Arrisco dizer que se o São Paulo não tivesse demitido Muricy em 2009, a crise no Tricolor entre 2010 a 2013 não teria passado de uma marolinha, tanto que o treinador faturou muitos títulos desde que deixou o Soberano (incluindo uma Libertadores pelo Santos) enquanto o São Paulo ficou de 2009 a 2012 sem erguer uma taça. Assim como se o Palmeiras não tivesse demitido Felipão em 2012 não haveria rebaixamento. E se Tite tivesse permanecido no Timão, o Corinthians teria chegado ao menos nas semifinais do Paulistão deste ano.

Pensem bem, dirigentes e torcedores. Times que trocam constantemente de treinador são os mais propensos a caírem.


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domingo, 20 de abril de 2014

O Recordista

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Hoje o torcedor são-paulino teve muito o que comemorar, afinal foi uma boa estréia por 3x0 em cima do Botafogo no Morumbi, mas deixarei para falar dos resultados da 1ª rodada do brasileirão amanhã. Hoje vamos nos ater a um outro motivo de alegria para o São Paulo. Alias, um não: três.

Rogério Ceni, goleiro e capitão do São Paulo, recebeu hoje a oficialização de três recordes alcançados, pela renomada publicação Guiness World Records.

Atleta de futebol que mais vezes jogou como capitão de seu time, com 866 jogos de competição até 24 de novembro de 2013 (hoje são 885). Recorde de gols atualizado até os 113 que tinha até 13 de novembro do ano passado (hoje são 114) e recordista em número de jogos pelo mesmo time, com 1117 partidas. "Officially Amazing", ou "oficialmente incrível", está escrito em cada um dos três certificados.

Rogério vive um ano especial em sua carreira. Está com 41 anos e promete a aposentadoria ao final de 2014.

Nada como mais três reconhecimentos para coroar uma ocasião tão especial na carreira de um jogador que dedicou toda a sua vida profissional ao São Paulo Futebol Clube. E essa dedicação deve continuar, com o goleiro atuando como treinador ou, quem sabe, como dirigente da entidade.

Parabéns, Rogério! Muito sucesso e felicidades!


Leia mais:

São Paulo Futebol Clube (site oficial)- Rogério: "Consequência do trabalho": http://www.saopaulofc.net/noticias/noticias/futebol/2014/4/20/rogerio-consequencia-do-trabalho/

O Jogador É quem Vai À Luta

Imagem extraída de https://www.facebook.com/BotafogoOficial

Nunca fui fã do atacante Emerson Sheik (foto), mas não deixo de reconhecer seus méritos.

A transferência de Emerson do Corinthians para o Botafogo se concretizou nesta semana após semana de especulações. Fontes afirmam que o atacante estava sem clima no Timão, mas divergem quanto às causas. Brigas com o treinador Mano Menezes, indisciplina, queda de rendimento e a história do selinho são apontados como os motivos para a saída do atleta. Polêmicas sempre acompanharam a carreira de Emerson.

Penso, contudo, se o Corinthians pesou a importância do jogador na história do clube quando optou por cedê-lo ao Botafogo. Que eu me lembre, foi o jogador quem fez os dois gols que concederam ao Timão o primeiro título da Libertadores em sua história, algo que ídolos como Neto, Marcelinho Carioca ou Tévez não conseguiram fazer -não menciono aqui lendas como Rivelino, Casagrande ou Sócrates porque eles pertencem a outro patamar. Se o Sheik não estivesse no Coringão em 2012, talvez o time alvinegro ainda fosse o único grande clube paulista a não possuir um título na competição sul-americana.

Talvez o jogador tenha mesmo pisado na bola com o clube que pagava seus salários, mas será que não era questão de ter um pouco de paciência com o atleta? O meu São Paulo não teve paciência com Jadson, Cícero, Lúcio e Arouca e agora eles estão brilhando em outros outros clubes. Será que não bastava dar um tempo até que o jogador recuperasse o seu futebol e voltasse a ser o atleta que tanto ajudou o Timão no passado? O que ele fez era tão grave assim para justificar o seu afastamento?

É sempre bom lembrar que o jogador é quem conquista os títulos. É o atleta quem vai a campo, faz os gols, marca, corre e até se machuca pelos times. É graças ao suor e ao sacrifício deles que os clubes têm títulos e, me decorrência disto, fazem sucesso e conseguem os lucros. O jogador é a alma e o motor das entidades.

Vou além: a carreira de jogador é efêmera e só dura enquanto o atleta tem físico para atuar. Quando não conseguem mais correr em campo, os jogadores não valem mais nada e muitos clubes não hesitam em dar um pé na bunda dos atletas. Quantos jogadores fizeram atos heroicos por seus respectivos clubes e, mesmo assim, não foram valorizados ou respeitados como mereciam? Não sei se este foi o caso de Emerson, mas acho que ele merecia mais crédito pelos seus feitos no Corinthians.

Não digo que Emerson merecia uma estátua no Parque São Jorge pelos seus dois gols contra o Boca Juniors em 2012, mas que o Corinthians jamais se esqueça: foi graças a Sheik e ao seu futebol que o Timão tem o primeiro torneio continental em sua história.

sábado, 19 de abril de 2014

O Enigma Kiessling

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayer Leverkusen-
https://www.facebook.com/bayer04fussball

A Alemanha desponta como favorita ao título da Copa 2014 juntamente com o Brasil e a Espanha. A geração de atletas é boa e o time tem veteranos e jovens promissores jogando em altíssimo nível em todas as posições. Arrisco dizer que a Mannschaft fará boas campanhas por pelo menos mais duas copas do mundo mesmo após as aposentadorias de Lahm, Podolski, Mertesacker, Schweinsteiger e Klose, afinal muitos garotos de 25 anos ou menos estão jogando o fino da bola e garantirão a continuidade do ótimo trabalho de Joachim Löw.

Mas um time tão bom assim não tem alguma fraqueza? A Alemanha é uma equipe totalmente impecável? Bem, na verdade há um pequeno ponto fraco que não é sentido à primeira vista, mas que se torna evidente após uma análise mais aprofundada.

A Alemanha só conta com dois centroavantes de ofício. Um é Miroslav Klose, que está com 34 anos, convive com lesões frequentes e já está se preparando para deixar os gramados. O outro é Mario Gómez, que foi dispensado do Bayern München na temporada passada após o sucesso de Mandžukić e que também tem um grande histórico de lesões na carreira. Não obstante, os dois atletas mencionados não têm a velocidade como característica e eles necessitam de bons meias e alas para servi-los. Os dois, portanto, raramente vêm buscar a bola no meio-de-campo ou articulam jogadas fora da área.

Na artilharia da Bundesliga 2013-14, o cenário é igualmente desanimador. Os dois melhores goleadores são o polonês Robert Lewandowski (do Borussia Dortmund) e o croata Mario Mandžukić (do Bayern). logo abaixo, vêm Josip Drmić (suíço, joga pelo Nürnberg com 16 tentos) e Adrián Ramos (colombiano, defende o Hertha Berlin, também com 16 gols). Só na quinta posição aparecem os alemães Marco Reus (do Borussia Dortmund) e Stefan Kiessling (do Bayer Leverkusen), ambos com 15 gols. Desses dois últimos, apenas Kiessling (foto) é centroavante, Reus é meia-atacante e joga pelos flancos.

Kiessling esteve presente no último mundial disputado na África do Sul e está no auge de sua forma física com 30 anos. A fase do centroavante também é boa, apresentando um bom desempenho em campo e ajudando o Leverkusen a pleitear vagas na Champions League temporada após temporada.

O único problema de Kiessling atende pelo nome de Joachim Löw, atual treinador da Seleção Alemã. O atacante e o técnico se desentenderam. Segundo uma fonte, o centroavante não gostou de ter sido preterido para Max Kruse (do Borussia Mönchengladbach) alegando que merecia mais chances utilizando como argumento o seu bom desempenho na Bundesliga 2012-13, quando foi artilheiro da competição.

Kiessling não foi convocado para os últimos amistosos e, em decorrência disso, será difícil que ele venha para o Brasil em junho. Mas Löw é um treinador que sempre surpreende em suas listas e quem sabe não haja algo de bom para o camisa 11 do Leverkusen. Ou será que não?

Começa o Campeonato Brasileiro 2014. Ou Será que Não?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/cruzeirooficial

Fiquei em dúvidas se eu escreveria esta resenha, afinal as liminares da justiça desportiva e também da justiça comum estão colocando em risco a realização do Brasileirão 2014. A despeito disso, as emissoras dão como certa a execução do campeonato de pontos corridos. Serão 38 rodadas com 20 times em busca da taça.

Farei comentários sobre os times e darei meus palpites, mas vale lembrar que no segundo semestre tudo pode mudar, com a saída e contratações de atletas, a pausa para a Copa do Mundo em julho e o desenrolar dos campeonatos paralelos (Libertadores, Copa do Brasil e Sulamericana).


SÃO PAULO- o Tricolor era uma das equipes mais regulares da competição, nem sempre faturando títulos mas obtendo boas colocações ano após ano. Devido às crises políticas, contudo, o Soberano oscilou nos últimos anos e passou por muitas crises, sendo a de 2013 a mais grave. Para 2014, o São Paulo resgatou Muricy Ramalho, três vezes campeão brasileiro pelo Tricolor, e o time vem jogando um bom futebol, com menos pragmatismo e mais jogo coletivo. Ainda não é uma maravilha, mas já empolga. O atacante Osvaldo, o lateral Álvaro Pereira e o centroavante Luís Fabiano são os destaques da equipe.

Palpite- vaga na Libertadores


CORINTHIANS- o Timão está em uma fase de transição, quando o clube está se despedindo da geração que conquistou tudo o que era possível (Mundial, Brasileirão, Libertadores, ...) para começar uma nova equipe. Em decorrência disto, a equipe está apresentando muita irregularidade em campo e acredito que a equipe vai oscilar muito na temporada até o treinador Mano Menezes dar padrão de jogo e entrosar toda a equipe. Eu acho que o Corinthians só volta a brigar por títulos em 2015, quando a equipe der liga. O cerebral Jadson e o esforçado Luciano são os destaques da equipe.

Palpite- vaga na Sulamericana


PALMEIRAS- de volta após um ano de ausência, o Verdão conseguiu manter sua base e também o treinador Gilson Kleina. Vieram alguns reforços, mas o Palmeiras ainda sofre para criar chances de gol e seus melhores jogadores (Valdívia, Mendieta, Kardec, ...) tiveram problemas com lesões na temporada. O time alviverde não tem feito boas campanhas nos últimos anos e passou a maior parte das temporadas flertando com a zona de rebaixamento. O elenco atual é funcional mas não empolga e acho difícil que o Palestra consiga o sonhado presente de aniversário para o centenário.

Palpite- vaga na Sulamericana


SANTOS- a maioria dos jornais fala em irregularidade devido a inexperiência dos meninos, mas eu acho que o Santos pode, sim, surpreender na temporada. O time é impetuoso e ainda precisa jogar mais em grupo, mas há muitos atletas talentosos e o Brasileirão tem tudo para trazer o potencial dos meninos à tona. A experiência de Cícero, Dracena (que deve voltar no decorrer da temporada) e Damião (que é jovem, mas tem passagens pela Seleção e já jogou Libertadores) serão o contraponto da juventude do time.

Palpite- vaga na Libertadores


FLAMENGO- o time da Gávea manteve a base do ano anterior (construída por Mano Menezes) e o treinador Jayme de Almeida, campeão da Copa do Brasil de 2013. O título criou uma grande expectativa sobre o Rubro Negro, que acabou decepcionando novamente na Libertadores. O clube, no entanto, tem elenco para fazer uma boa campanha e, quem sabe, beliscar uma vaga para a Libertadores. Destaque para os experientes Elano, Chicão e André Santos.

Palpite- vaga na Sulamericana


FLUMINENSE- o Tricolor se salvou graças à irregularidade da Portuguesa e terá a chance de se redimir da fraca campanha de 2013. Vieram boas contratações como Walter e Conca, mas o Flu continua oscilando muito em campo e, como se isso não fosse o bastante, apresentou problemas nos bastidores com os desentendimentos entre diretoria e patrocinador. O Fluminense até tem elenco para brigar pela parte de cima da tabela, mas precisa evitar que problemas políticos respinguem no futebol. Vale ficar de olho no atacante Fred e no goleiro Diego Cavalieri.

Palpite- vaga na Libertadores


BOTAFOGO- foi um balde de água fria na empolgação botafoguense. Após voltar à Libertadores após quase 20 anos de ausência, o Fogão perdeu o técnico Oswaldo de Oliveira e o volante Seedorf. Resultado: sem dois de seus alicerces, o Glorioso fez feio no Campeonato Carioca e viu o sonho da Libertadores terminar de forma prematura. O Fogão tem atletas de nível técnico razoável e deve brigar por vaga na Sulamericana. O meia Lodeiro e o goleiro Jefferson são os melhores da equipe.

Palpite- vaga na Sulamericana


CRUZEIRO- o atual campeão brasileiro manteve sua base e continua apresentando o futebol que encantou o Brasil em 2013. A campanha cheia de altos de baixos na Libertadores, contudo, aumentou a desconfiança com relação à Raposa. Será que o time era tudo isso mesmo, ou eram as outras equipes brasileiras que tinham o nível técnico muito ruim? A equipe tem um ótimo conjunto, com destaque para o ala Éverton Ribeiro e o atacante Willian.

Palpite- candidato ao título


ATLÉTICO MINEIRO- de azarão a favorito. Desde 2012, o Galo deixou de ser um mero coadjuvante e passou a encantar o Brasil com um futebol vertical, veloz e ofensivo. O time perdeu o técnico Cuca e o meia Bernard, mas ainda joga em um alto nível técnico e os desempenhos na Libertadores e no Campeonato Mineiro são demonstrações de que o Galo ainda está firme na briga pelos títulos. Ronaldinho (sempre ele), o zagueiro Réver e o goleiro Victor são os destaques da equipe.

Palpite- candidato ao título


GRÊMIO- o Imortal também está firme com relação a 2013 e demonstra isso com seus desempenhos na Libertadores e no Gauchão. O elenco é bom, mas o futebol é um tanto pragmático com aquele monte de volantes. O clube trocou o treinador Renato Gaúcho por Enderson Moreira, o que não comprometeu  a força da equipe. Barcos e Zé Roberto são os que melhor jogam bola no time.

Palpite- candidato ao título


INTERNACIONAL- ano após ano, o Inter contrata um monte de medalhões, começa a temporada voando, perde o gás no segundo semestre e termina brigando só por Sulamericana. Vieram o treinador Abel Braga (lembrado pelos títulos da Libertadores e Mundial em 2006) e o volante Charles Aránguiz (titular da Seleção Chilena). Será que eles serão capazes de livrar o Colorado dessa triste sina? O driblador D'Alessandro e o cerebral Alex Raphael são o motor da equipe vermelha.

Palpite- vaga na Libertadores


ATLÉTICO PARANAENSE- vai entender? A equipe briga até o final por uma vaga na Libertadores e na hora H a diretoria resolve não renovar os contratos do treinador Vágner Mancini e do meia Paulo Baier. O resultado aparece aí: eliminação prematura na Libertadores e no Campeonato Paranaense. Ao menos, o atacante Ederson (destaque na temporada passada) e o promissor Mosquito (destaque na Seleção Sub-17) permanecem no elenco e podem trazer uma esperança ao Furacão.

Palpite- vaga na Sulamericana


CORITIBA- as coisas não estão fáceis para o Coxa. O time alviverde começou bem o ano de 2013 e terminou a temporada fugindo do rebaixamento. E a má fase continua, com a equipe sendo eliminada no Paranaense pelo modesto Maringá. A perspectiva para o Coritiba em 2014 não é boa e o time começa o Brasileirão de técnico novo, o gaúcho Celso Roth. Alex Cabeção é o craque e o alicerce da equipe.

Palpite- fugir do rebaixamento


GOIÁS- o sucesso tem seu preço. Após uma boa campanha em 2013, o Esmeraldino perdeu vários jogadores importantes, o meia Hugo e o atacante Walter entre eles, além do técnico Enderson Moreira. E o modesto Goiás pouco poderia fazer para segurar suas estrelas. O jogador mais conhecido do elenco é o meia Carlos Alberto, com passagens por Porto, Werder Bremen, Corinthians e Vasco. O goleiro Renan, remanescente da temporada anterior, também merece destaque.

Palpite- fugir do rebaixamento


VITÓRIA- o Nego quase chegou lá em 2013. O time manteve o treinador Ney Franco, o meia/volante Damián Escudero e o atacante Dinei, todos destaques da temporada anterior. Os experientes Souza (atacante, ex-Flamengo e Corinthians) e Hugo (meia, ex-Grêmio, Corinthians, São Paulo e Goiás) reforçam o Vitória em 2014. Será difícil repetir o desempenho de 2013, mas dá para brigar por vaga na Sulamericana.

Palpite- vaga na Sulamericana


BAHIA- o Tricolor praticamente fez uma troca com o arquirrival Vitória ao perder o atacante Souza e contratar o argentino Maxi Biancucchi. O goleiro Marcelo Lomba (ex-Flamengo) e o garoto Anderson Talisca (com passagem na Seleção Sub-20) também merecem destaque. O Bahia fez uma campanha ruim em 2013 e joga em 2014 sem grande expectativas.

Palpite- vaga na Sulamericana


SPORT- após um ano de ausência, o Leão da Ilha está de volta, contudo sem o glamour de 2008 quando surpreendeu a todos e conquistou a Copa do Brasil. Atletas conhecidos como Durval (remanescente daquela campanha de 2008), Rodrigo Mancha (ex-Santos e Coritiba), Magrão, Neto Baiano e Ferron (ex-Ponte Preta) compõem o elenco para 2014. A temporada começou bem para o Sport, que já é campeão da Copa do Nordeste e construiu um placar de 2x0 em cima do rival Náutico para o jogo de volta do Campeonato Pernambucano (a ser realizado na próxima quarta-feira). Dá para sonhar com uma Sulamericana.

Palpite- vaga na Sulamericana


FIGUEIRENSE- de volta à elite, o Figueira conta com a experiência do volante Marcos Assunção para permanecer na Série A. Thiago Heleno (ex-Palmeiras e Cruzeiro), Ricardo Bueno (ex-Atlético-MG) e Vítor Júnior (ex-Botafogo) são outros atletas conhecidos e incumbidos de cumprirem a difícil missão de garantir a sobrevivência do time catarinense.

Palpite- fugir do rebaixamento


CRICIÚMA- o Tigre perdeu o centroavante Lins, sua então principal referência do time. O meia Paulo Baier, o goleiro Galatto (ex-Grêmio e Atlético-PR), o lateral Sergio Escudero (ex-Corinthians e Coritiba) e o meia Lulinha (ex-Corinthians) são os jogadores mais conhecidos do elenco.

Palpite- fugir do rebaixamento


CHAPECOENSE- o caçula do Brasileirão terminou a Série B do ano passado em segundo lugar. Feito surpreendente se levarmos em conta que os catarinenses brigaram com equipes bem mais tradicionais, como o Sport e os rivais Figueirense e Avaí. O objetivo é fazer com que o sonho não acabe já em 2014 e Bruno Collaço (ex-Grêmio) e Tiago Luís (ex-Santos) tentarão ajudar nesta difícil missão.

Palpite- fugir do rebaixamento


Vale lembrar que os palpites e análises não levam em conta o desempenho das equipes em competições paralelas (os times tendem a poupar atletas no Brasileirão para a disputa dos torneios de mata-mata), a pausa para a Copa do Mundo, as transferências da janela de verão do futebol europeu e as liminares envolvendo a Portuguesa e o ICASA.

Qualquer um dos detalhes mencionados terá grande influência no Brasileirão 2014.