quinta-feira, 31 de julho de 2014

Foi o que Restou

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SanLorenzo/


Como os clubes brasileiros foram todos eliminados nas quartas-de-final, as emissoras não estão cobrindo a Libertadores com a mesma assiduidade de outrora e, por isso, menos informações estão sendo geradas a respeito da competição sul-americana.

O Nacional do Paraguai, na base da retranca, segurou o também defensivo Defensor do Uruguai e está nas finais. E o San Lorenzo da Argentina goleou o Bolívar no jogo de ida por 5x0 e segurou os bolivianos na altitude, conseguindo sua vaga na decisão.

Não gosto de nenhum desses times. Eu estava na torcida para que equipes como Cruzeiro, Lanús, Vélez, Atlético Mineiro, Universidad de Chile ou Cerro Porteño chegassem até aqui, mas farei coro com o Papa Francisco e vou torcer para que o Ciclón conquiste seu primeiro título na competição. A equipe argentina, apesar de ser um tanto truculenta, ainda tem alguns bons meias que compensam e seu time tem um pouco de ofensividade.

Obvio que gostaria que equipes que jogam um bom futebol estivessem na decisão, mas eu me contento em torcer para o ofensivo time do Papa.

As partidas serão no dia 6 de agosto no Defensores del Chaco (Paraguai) e no dia 13 de agosto no Nuevo Gasómetro (Argentina), ambas às 22:00h (horário de Brasília).



Imagem extraída de https://www.facebook.com/SanLorenzo/

Parar Pra Que?

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/


Gostaria de saber o que os times brasileiros realmente fizeram durante a pausa para a Copa do Mundo. A maioria dos clubes realizou intertemporada e, em teoria, manteve-se em atividade durante os quase dois meses em que o futebol brasileiro esteve parado.

Dois meses é tempo mais do que suficiente para recuperar atletas lesionados (exceto lesões mais graves, como ruptura de ligamento cruzado), contratar, treinar e acertar o time. Havia tempo, inclusive, para treinar os fundamentos que tanto fazem falta ao futebol brasileiro e que os "professores" tanto reclamam que não conseguem praticar devido ao calendário apertado.

E o que vejo com o retorno do Brasileirão? Observo que pouquíssima coisa mudou desde junho. Os times pouco mudaram seu jeito de atuar e praticamente não saíram do lugar na tabela. Já se passaram três rodadas desde o reinício da competição e tudo parece exatamente como na nona rodada, quando o campeonato parou.

Os treinadores e jogadores sempre têm uma desculpa na ponta da língua para justificarem os maus desempenhos. Uma das respostas-padrão é justamente a falta de tempo para treinarem. Nestes quase 60 dias de paralisação, havia tempo para dar folga aos jogadores e treinar. Então, por que nenhum time mudou seu jeito de jogar? Por que as equipes continuam apresentando as mesmas falhas de outrora? Por que não houve progresso no desempenho dos times?

Nem mesmo os grandes jogos e lances espetaculares exibidos durante a Copa do Mundo serviram para influenciar as partes envolvidas -jogadores, treinadores e dirigentes- a mudarem alguma coisa nos times. Nada foi mudado com relação a maio.

Quase dois meses para mudar algo e praticamente nada mudou. Então, qual o que impede os times de se aperfeiçoarem se não é a falta de tempo para treinar?



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quarta-feira, 30 de julho de 2014

O Fim de Uma Era

Imagem extraída do Facebook oficial de Ronaldinho Gaúcho- https://www.facebook.com/RonaldinhoOficial/


Agora é oficial: Ronaldinho está de saída do Galo. Foram dois anos de futebol artístico, gols e, claro, muitos títulos. O pentacampeão, inclusive, ajudou o Atlético a conquistar sua primeira Libertadores em 2013.

O camisa 10 havia "desaparecido" após a conquista da Recopa Sulamericana o que gerou muitas expectativas de que o craque estaria de saída o Galo. Mensagens deixadas pelo atleta nas redes sociais foram interpretadas pelos veículos de imprensa como "pistas" da rescisão contratual do meio-campista.

A especulação se confirmou nesta semana e o meia vai mesmo embora. Não se sabe ao certo o motivo que levou Ronaldinho a sair do Atlético, mas muitos jornais e sites esportivos chegaram a noticiar possíveis desentendimentos entre o atleta e o treinador Levir Culpi, o que foi desmentido pelas duas partes.

Ainda não se sabe qual será o destino do craque após a saída do Galo. O atleta, inclusive, deixou em aberto a possibilidade de voltar. Clubes da Inglaterra, Turquia e Estados Unidos estariam interessados em contar com o futebol de Ronaldinho.

Valeu, Ronaldinho! Sou fã de seu futebol desde os tempos de Barcelona, clube onde você é reverenciado até hoje! Espero que você ainda tenha uma longa e próspera carreira!

Boa sorte nesta nova fase de sua carreira!


Imagem extraída do Facebook oficial de Ronaldinho Gaúcho- https://www.facebook.com/RonaldinhoOficial/

Raúl, o Azarado

Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid/


Relendo meu post a respeito de Michael Ballack, lembrei-me de outro grande jogador que, infelizmente, nunca ergueu um troféu pela seleção de seu país. Este atleta, assim como Ballack, deixou de representar seu país justamente quando sua seleção começou a colher os frutos de seu planejamento e ganhou seus merecidos títulos.

Raúl González Blanco, ou simplesmente Raúl, era um dos poucos atletas revelados pela base do Real Madrid que possuía cadeira cativa no time em meio aos "galácticos" da década de 2000 -Figo, Ronaldo, Zidane, Roberto Carlos, Beckham, ...

Ele tinha um enorme prestígio, tanto pelo seu clube quanto pela seleção de seu país. Foi o capitão merengue entre 2003 e 2010, e capitaneou a Furia entre 2002 e 2006. Obviamente, ele não vivia apenas de sua fama: era um grande centroavante, goleador nato e detentor de inúmeros recordes nos campeonatos europeus. Também conquistou dezenas de títulos pelo Real Madrid, incluindo seis Campeonatos Espanhóis, três Champions Leagues e dois Mundiais Interclubes.

Raúl, infelizmente, deixou a seleção de seu país em 2006 aos 29 anos, justamente quando a Furia sairia da fila, conquistaria duas Eurocopas (2008 e 2012) e sua primeira Copa do Mundo em 2010. Se tivesse permanecido, teria sido ele, e não Casillas, o responsável por erguer a taça em Joanesburgo. O centroavante ainda estava em plena forma naquele período, fazendo muitos gols pelo Schalke 04 e teria condições de jogar pela seleção de seu país.

A idade, provavelmente, não seria problema para que ele permanecesse na Furia no ciclo 2006-2010. Puyol, apenas um ano mais novo, estava firme e forte no mesmo período, tanto pelo Barcelona quanto pela Seleção Espanhola. E conquistando muitas taças como titular de ambos.

Raúl é mais um daqueles grandes jogadores que tristemente nunca teve o privilégio de erguer um troféu pela seleção principal de seu país. Não sei dizer se ele surgiu na época errada ou se aposentou cedo demais.

O fato dele jamais ter conquistado um troféu pela Furia, contudo, não mancha sua trajetória brilhante e nem apaga sua imensa contribuição para o futebol mundial.

Raúl,contudo, merecia estar lá na África do Sul. Seria a cereja do bolo para sua brilhante carreira e também um justo reconhecimento por tantos anos de serviços prestados ao futebol de seu país.



Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid/

terça-feira, 29 de julho de 2014

Ele Saiu!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/AFASeleccionArgentina/


Uns chegam, outros saem.

O treinador vice-campeão da Copa do Mundo 2014, Alejandro Sabella (foto), anunciou hoje que deixará a Seleção Argentina. Não se sabe o motivo da saída do treinador, mas especula-se de que Sabella estaria interessado em comandar alguma equipe no futebol europeu.

Sabella recuperou o futebol bonito da Argentina ao fazer a equipe jogar com a bola no chão e compensar a vulnerabilidade defensiva da equipe com marcação dupla, mas pecou ao colocar volantes demais e meias de menos no time, obrigando Messi a ter de voltar para buscar a bola, fazendo o melhor atacante do mundo ter de atuar como um meio-campista comum. Por sinal, o mesmo erro cometido por alguns de seus antecessores.

É uma pena que o treinador tenha deixado a seleção de seu país pois, apesar das críticas que fiz, ele estava recolocando a Argentina no caminho certo após a crise que assolou a Albiceleste entre 2006 e 2011. E arrisco dizer que os Hermanos têm tudo para voltarem aos seus dias de glória no próximo ciclo, dada a grande quantidade de meias e atacantes talentosos que estão sendo formados pelo país.

Gerardo Martino (ex-Barcelona), José Pékerman (técnico da Seleção Colombiana), Ramón Días (ex-River Plate) e Diego Simeone (treinador do Atlético de Madrid) são os mais cotados para assumirem a vaga de Sabella.

Muito obrigado, Sabella e boa sorte em seu novo time, seja qual ele for.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/AFASeleccionArgentina/

Ele Voltou!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/


Felipão está de volta ao Grêmio. Quase duas semanas após deixar a Seleção Brasileira, o treinador gaúcho foi anunciado pelo Imortal, clube onde ele ficou famoso nos anos 90 ao conquistar muitos títulos, incluindo uma Copa do Brasil (1994), uma Libertadores (1995) e um Brasileirão (1996).

Felipão, à essa altura, já deve ter sido apresentado e já deve conceder suas primeiras entrevistas como treinador do Grêmio, substituindo Enderson Moreira que caiu no último domingo após o Tricolor perder em casa diante do Coritiba.

É fato que Felipão é um treinador que tem história e identificação com o Grêmio. Mas também é fato que Felipão não é o tipo de treinador que o Imortal precisa para brigar pelos títulos.

Enderson Moreira estava escalando o Grêmio com três volantes e sua equipe era muita raça para pouco futebol, e Felipão é um treinador cujo estilo não difere muito do antecessor. As únicas vantagens de Scolari com relação a Enderson são o seu passado vitorioso e que o treinador gaúcho sabe motivar sua equipe.

Felipão merece reconhecimento pela sua história gloriosa no Grêmio, mas os dirigentes não podem usar o passado como projeção para o futuro. Os cartolas, como a maioria dos brasileiros, preferem a "segurança" de um caminho já trilhado ao invés de arriscarem novas possibilidades.

As críticas que faço à escolha de Felipão nada têm a ver com seu recente fracasso na Seleção Brasileira, e sim pelo fato de que ele dificilmente mudará o estilo de jogo do Grêmio. Ele apenas deve mudar alguns jogadores, talvez a formação tática e deve continuar apostando no jogo defensivo de seu antecessor.

Espero estar errado com tudo o que escrevi aqui e que o treinador me surpreenda da melhor forma possível. Uma equipe da grandeza do Grêmio merece algo melhor do que apenas uma vaga na Copa Sulamericana.


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segunda-feira, 28 de julho de 2014

A Agonia do Fogão

Imagem extraída de https://www.facebook.com/BotafogoOficial


Não basta perder o clássico para o rival Flamengo que, até então, segurava a lanterna do Brasileirão.

O Fogão, em uma crise sem precedentes, ameaça abandonar o Campeonato Brasileiro caso o governo não libere as verbas bloqueadas.

O Glorioso está naufragado em dívidas e, segundo o presidente da entidade, estaria com 100% de suas receitas bloqueadas por uma decisão judicial.

O Botafogo já estava apresentando problemas desde o começo do ano, com atrasos nos salários. Mesmo assim, o clube contratou muitos jogadores para a disputa da Libertadores.

O sonho acabou logo, com eliminação ainda na fase de grupos. Não obstante, o Fogo sequer chegou às semifinais do Campeonato Carioca deste ano. Um título no Brasileirão ou mesmo uma vaga para a Libertadores parecem totalmente improváveis para salvar a temporada do clube.

Triste situação para um clube que já foi a base da Seleção Brasileira em seus tempos áureos junto com o Santos.

Triste situação para um time que já teve estrelas como Garrincha, Didi, Gérson, Zagallo e tantas outras estrelas que não cabem em um texto como este.

O Botafogo já foi a chama do legítimo futebol brasileiro, com tantos craques e seus lances geniais.

Hoje, mais parece uma pequena brasa que ameaça se apagar a qualquer instante devido a tantos erros cometidos.



Leia mais:

Lance- Botafogo diz a Dilma que pensa em largar Série A por bloqueio de receitas: http://www.lancenet.com.br/botafogo/Botafogo-Dilma-abandonar-Serie-receitas_0_1181281994.html

Globo Esporte- Rebaixamento e desfiliação: possíveis penas para atitude extrema do Bota: http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2014/07/rebaixamento-e-desfiliacao-possiveis-penas-para-atitude-extrema-do-bota.html

Blog do Juca Kfouri- Um desastre chamado Maurício Assumpção: http://blogdojuca.uol.com.br/2014/07/um-desastre-chamado-mauricio-assuncao/

Entrega Logo a Taça pro Cruzeiro

Imagem extraída de https://www.facebook.com/ricardogoulart


Já escrevi isso em outros posts e volto a repetir: o Cruzeiro é o único time do Brasil que me alegra. É a única equipe daqui que atua no ataque, apresenta coletividade, joga com a bola no chão e tem excelentes opções no banco de reserva caso seja necessário.

Destaco no elenco o bom goleiro Fábio, o esforçado zagueiro Dedé (também gosto do Manoel, recém-contratado), o meia Ricardo Goulart que está em excelente fase e os dois pontas, Éverton Ribeiro e Willian, que considero os craques do time. Aliás, os dirigentes da Raposa fizeram muito bem em segurar seu camisa 25.

Tivemos outra exibição de gala do Cruzeiro no sábado, com uma goleada por 5x0 em cima do Figueirense. Quando o rival é fraco tem que meter gols sem piedade: isto faz os próximos adversários te respeitarem mais além de ser muito mais gostoso jogar tendo o controle da partida.

Os outros times vão ficar brigando pelas migalhas deixadas pelo time mineiro, afinal nenhum deles chega aos pés da equipe de Marcelo Oliveira. É uma vergonha que o Brasil se considere o "País do Futebol" apresentando um campeonato totalmente nivelado por baixo e com tantas equipes que não têm competência para brigar pela ponta com a Raposa.

O Corinthians se deu bem contra o Palmeiras aproveitando a fragilidade do arquirrival, mas ainda deixa muito a desejar em termos de criatividade. O Timão não consegue ficar com a bola e vive dando calafrios no seu torcedor com os recuos exagerados promovidos pelo "professor" Mano Menezes. Pelo menos, o Coringão acertou com o retorno de Elias: ele é um excelente volante, com boa saída de bola e sabe o que fazer com ela. Já o Verdão, não consegue jogar bem nem com o técnico novo e tampouco com os reforços recém-chegados. Tudo bem que foram apenas quatro partidas, mas os campeonatos estão correndo e os rivais estão ficando cada vez mais longe.

O meu São Paulo mais parece a Seleção da Bélgica: tem muita posse de bola mas não sabe o que fazer quando a tem nos pés. O time apresenta lampejos de jogo coletivo, tem bom elenco e meio-de-campo criativo, mas peca nas finalizações e apresenta problemas defensivos. Já foram duas derrotas diante de rivais considerados "fracos". Time que deseja ser campeão não pode perder pontos em partidas fáceis pois estes tentos dificilmente serão recuperados com os rivais mais difíceis.

Para compensar, outras equipes que apresentam lampejos de bom futebol venceram na rodada. O Flu e o Inter conquistaram vitórias fora de casa e o Santos goleou a Chapecoense na Vila Belmiro. E o meia Alex, do Coritiba, mostrou porque é craque e fez toda a diferença contra o "cascudo" Grêmio em plena Porto Alegre. Azar do treinador Enderson Moreira, que foi demitido após esta derrota em casa.

domingo, 27 de julho de 2014

Enquanto Isso, na Terra da Rainha...

Imagem extraída do Facebook oficial do Liverpol- https://www.facebook.com/LiverpoolFC/


A Inglaterra foi mal na última Copa do Mundo ao cair ainda na primeira fase, mas deixou uma excelente impressão para este blogueiro. A equipe, em processo de renovação, apresentou jogadores mais jovens e leves em campo, alimentando minhas esperanças de que o English Team pode melhorar no futuro.

Os jogadores que mais me agradaram na Inglaterra foram o atacante Daniel Sturridge e o atrevido meia Rahem Sterling, por sinal, ambos parte do elenco do Liverpool, que também apostou em um elenco mais enxuto, com atletas mais jovens, leves e coletividade. Os Reds fizeram bonito na temporada passada e, por pouco, não ficaram com a taça da Premier League, causando muita comoção nos comentaristas.

O Liverpool, de cara, perdeu sua principal estrela, o atacante Luis Suárez, para o Barcelona, mas tratou de buscar reforços para fazer bonito em seu retorno à Champions League. Chegaram Rickie Lambert, Adam Lallana (ambos presentes na Seleção Inglesa que disputou a copa), o meia alemão Emre Cam, o winger sérvio Lazar Marković e o zagueiro croata Dejan Lovren, além do retorno do veterano goleiro Pepe Reina que estava emprestado ao Napoli. Os novatos são todos atletas jovens e dão continuidade à proposta dos Reds de apostar na renovação do elenco.



Imagem extraída do Facebook oficial do Arsenal- https://www.facebook.com/Arsenal/


O Arsenal começa a temporada com uma nova fornecedora de materiais esportivos, a Puma. Além dos novos uniformes, os Gunners trouxeram o lateral-direito francês Mathieu Debuchy para o lugar do compatriota Bacary Sagna (que foi para o City), o atacante chileno Alexis Sánchez e o goleiro colombiano David Ospina, além do atacante costarriquenho Joel Campbell que estava emprestado ao Olympiacos. Alguns jornais cravam, ainda, que o volante alemão Sami Khedira pode desembarcar no Emirates Stadium.

O Arsenal, que entra animado com a conquista da FA Cup após anos sem títulos, terá os playoffs da Champions League pela frente e ainda não está garantido na competição europeia.


Imagem extraída do Facebook oficial do Chelsea- https://www.facebook.com/ChelseaFC/


O Chelsea, por fim, "aposentou" os veteranos Ashley Cole, Samuel Eto'o e Frank Lampard, mas trouxe um verdadeiro pacotão de reforços do Atlético de Madrid -Diego Costa, Filipe Luís e Thibault Courtois. Além deles, chegaram Cesc Fàbregas e Didier Drogba.

A equipe azul ficou bem perto da taça em várias competições, mas cometeu tropeços inacreditáveis diante de equipes pequenas e acabou de mãos vazias na temporada 2013-14. Aliás, isso fica de aviso para os times daqui: mais importante que vencer os jogos difíceis, é não perder pontos em partidas contra adversários considerados fáceis, pois os tentos perdidos podem fazer muita falta  na reta final.

Mas eu volto nesse assunto amanhã nos comentários para a décima-segunda rodada do Brasileirão...

Jogando com o Nome

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc


O São Paulo deve promover hoje a reestreia de Kaká (foto) contra o Goiás, em partida válida pela décima-segunda rodada do Brasileirão 2014. É o retorno do meia após 11 anos longe do Tricolor -o jogador fora negociado com o Milan em 2003.

Pergunta-se: por que o São Paulo traria um jogador caro, com 32 anos de idade, várias lesões no histórico e muitos altos e baixos ao longo da carreira? Kaká é um craque, é verdade, mas decepcionou nos mundiais de 2006 e 2010, além de ter feito exibições apagadas no Real Madrid. De que forma ele poderia contribuir no Soberano?

O primeiro motivo é óbvio: Kaká é bom de bola, mas sua maior contribuição em campo é jogar com o nome. Faz sete anos que ele foi eleito melhor do mundo, mas sua fama ainda impõe respeito em campo por mais tempo que tenha se passado. Os rivais respeitam muito um jogador com a reputação de Kaká e tendem a jogar com muito mais cautela diante de um atleta como ele.

O segundo motivo é o baixo nível do futebol Brasileiro. Kaká já não é mais o mesmo que brilhou em 2007, mas talento não envelhece. Acho que ele ainda pode fazer muita diferença em campo, ainda mais em um campeonato onde o futebol-arte está sendo substituído pelo de resultados. Lembram quando Seedorf jogou no Botafogo entre 2012 e 2013? Ele estava com mais de trinta anos e já era considerado "ultrapassado" em muitos clubes europeus, mas o seu "pouco" em campo foi "muito" nos gramados brasileiros. O volante trouxe valores para o Brasil que estavam esquecidos pelo pragmatismo dos "professores". Penso que Kaká pode fazer o mesmo pelo São Paulo.

Há também o marketing envolvido na contratação. Sabe-se que a presença de jogadores de renome atrai lucro para is clubes e a renda obtida acaba compensando os altos salários destas estrelas. Por que o próprio São Paulo trouxe Adriano em 2008 e Luís Fabiano em 2011? Por que o Corinthians trouxe Ronaldo em 2009 e Pato em 2013? Por que o Santos repatriou Robinho em 2010 e pretende repetir a dose nesta temporada? Porque estes atletas geram receita para as instituições, atraindo patrocinadores interessados em ver as estrelas vestindo suas marcas, vendem muitos produtos relacionados aos atletas e também atraem torcedores para os estádios interessados em ficar próximos aos astros.

Se Kaká vai ou não fazer a diferença nos gramados brasileiros, só o tempo dirá, mas ele deve trazer muitos lucros ao Soberano independente de seu desempenho.


magem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc

sábado, 26 de julho de 2014

O Futebol Italiano de Pernas Para o Ar

Imagem extraída do Facebook oficial da Juventus- https://www.facebook.com/Juventus/


Não foi só a eliminação prematura da Azzurra na Copa 2014 que agitou a Itália durante as férias do futebol europeu.

O treinador da Azzurra, Cesare Prandelli, comentou a dificuldade de se encontrar bons jogadores no país para montar uma seleção competitiva devido às dificuldade de se formar atletas no país. E pediu demissão após a entrevista.

O treinador da Juventus, Antonio Conte (foto), também pediu demissão há alguns dias atrás. Muitos jornais noticiaram que o agora ex-treinador da Juve estaria insatisfeito com a política de contratações do clube. Outros especularam que Conte pretendia fazer uma "troca" com Prandelli e assumiria a Seleção Italiana, enquanto o ex-treinador da Azzurra comandaria a Vecchia Signora. Prandelli acabou acertando com o Galatasaray e o cargo de técnico da Itália segue vazio.

A Juventus ficou a cargo de Massimiliano Allegri, ex-treinador do Milan. Allegri foi demitido do clube Rossonero no começo deste ano e vai reencontrar seu ex-atleta de Milan, Andrea Pirlo. Alguns veículos de imprensa publicaram que Allegri teria sido o responsável pela saída de Pirlo do Milan para a Juve e, desde então, a Vecchia Signora faturou três Campeonatos Italianos consecutivos enquanto o Rossonero não ergueu mais taças desde então.

Por falar em Milan, tanto o clube Rossonero quanto a arquirrival Internazionale ficaram fora da Champions League 2014-15 -os Nerazzurri ainda conseguiram uma vaga para a Europa League. Muito pouco para a grandeza dos dois clubes milaneses, acostumados a colecionar troféus.

O Milan tenta se reerguer apostando em um novo técnico, o seu ex-atacante Filippo Inzaghi, enquanto a Internazionale, recém adquirida por empresários da Indonésia, tentará algo mais em 2014-15 com um elenco renovado.

Para compensar, a Roma está de volta à Champions após anos de ausência. A diretoria Giallorossa acertou ao apostar em um elenco mais leve e jovem, e também ao contratar o francês Rudi García, ex-treinador do Lille. Os frutos do investimento aparecem aí. Resta saber se a equipe da capital italiana vai ter cacife para segurar seus principais jogadores, muitos deles bastante valorizados pela Copa do Mundo e visados pelos rivais de maior poder aquisitivo.


Imagem extraída do Facebook oficial da Roma- https://www.facebook.com/officialasroma/

1994: A Muleta da CBF

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/


Vocês notaram como os cartolas da CBF valorizam em demasia o título conquistado no mundial de 1994? Eles sempre se apegam à conquista do tetra nos bons e, principalmente, nos maus momentos.

Em 2002, após Felipão ter deixado a Seleção após a conquista do penta, retornaram Carlos Alberto Parreira e seu eterno auxiliar Zagallo, ambos presentes no banco de reservas da equipe tetracampeã. Com o fracasso na Alemanha em 2006, saíram Parreira e Zagallo para a entrada de Dunga e Jorginho, ambos jogadores presentes na campanha de 94. Em 2012, com a demissão de Mano Menezes, Felipão retornou trazendo Parreira como coordenador técnico. E agora, Dunga, Gilmar Rinaldi, Taffarel e Mauro Silva assumem o comando da Seleção, todos ex-jogadores presentes na copa realizada nos Estados Unidos.

Reconheço a importância do título de 94, afinal foram 24 anos de jejum em copas do mundo. Até então, o último título em mundiais havia sido o de 1970.

A Seleção campeã de 94, contudo, nem de longe pode ser considerada a melhor de todos os tempos. Conquistou o título mas nem de longe possui o encanto dos times dos anos 60 e 70. Romário era o único craque do time. Alguns lampejos de Bebeto, Raí e Zinho ajudavam o Brasil a sair da monotonia em campo.

Os dirigentes da CBF sempre valorizam em demasia o título de 94. É como se o futebol só existisse depois do tetra. Concordo quando Caju diz que os times de 58, 62, 70 e também o de 82 mereciam ser mais valorizados por representarem a verdadeira essência do futebol brasileiro, bonito, plástico e ofensivo. Preocupamo-nos muito mais com quantidade de títulos do que com a qualidade do futebol.

Apenas para citar um exemplo recente, vejam a Alemanha que fez o caminho inverso em relação ao nosso. As equipes de antigamente eram muito pesadas e os zagueiros se destacavam muito mais que os atacantes. Hoje, a Mannschaft tem um time leve, ofensivo, coletivo e que joga um futebol de encher os olhos. Kroos, Götze, Özil e Müller desfilam em campo com muita leveza e elegância. Os cartolas alemães acreditaram no projeto de Jürgen Klinsmann e Joachim Löw, mantendo a base a despeito da demora para os troféus chegarem.

O título de 94 foi importante, mas ele não serve como justificativa para todas as decisões dos cartolas. Aquele troféu não pode ser usado como um escudo contra os críticos e nem como argumento único para o futuro.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Oi?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/fifaconfederationscupbrazil2013/


Era só o que faltava. Depois de defenderem o discurso de "renovação" na Seleção Brasileira para o ciclo da Copa 2014, alguns disseram que foi um "erro" de Felipão não ter levado Robinho, Adriano, Kaká e Ronaldinho Gaúcho para o último mundial.

Dos mencionados, eu levaria apenas Ronaldinho que havia feito uma grande temporada em 2013 e ainda mostra-se em boa forma. Kaká, talvez: ele até fez boa temporada no Milan em 2013-14, mas o clube Rossonero não fez muita força para segurá-lo na negociação com o Orlando e o meio-campista tem um histórico muito grande de lesões. Robinho e Adriano eu não levaria: o Rei das Pedaladas nunca mais foi o mesmo desde que deixou o Santos e o Imperador dificilmente volta aos gramados.

Muitos críticos, aliás, afirmaram que o "excesso de estrelas" em 2006 teria prejudicado a Seleção no mundial da Alemanha. Quando o Brasil caiu diante da França naquele ano, torcedores e comentaristas pediram a saída dos astros, e agora a ausência deles teria prejudicado o desempenho da Canarinho na Copa 2014.

O Brasil jogou mal na última copa e isso é fato. Mas também é fato que Alemanha e Holanda eram equipes muito superiores, tanto pelos talentos individuais, quanto pelo estilo de jogo. Não dá para jogar a culpa apenas em nossa seleção. É preciso reconhecer também os méritos dos adversários.


Imagem extraída de https://www.facebook.com/fifaconfederationscupbrazil2013/

Van Gaal Vai Deixar o Manchester Mais Divertido

Imagem extraída do Facebook oficial do Manchester United- https://www.facebook.com/manchesterunited/


Que sorte têm os torcedores do Manchester United. Os cartolas dos Red Devils aproveitaram que o treinador da Seleção Holandesa, Louis Van Gaal (foto), ficaria sem contrato após a Copa do Mundo -ele pretendia se aposentar após o mundial- e fizeram uma proposta ao comandante holandês.

Van Gaal pode até ser considerado um treinador polêmico, afinal ele já teve problemas com a imprensa e não hesita em tirar os principais jogadores do time. Suas equipes, no entanto, dão show em campo. Movimentação, toque de bola e lances bonitos. E ele soube compensar os problemas defensivos de sua equipe com muita ofensividade. Em seu extenso currículo, constam passagens e, claro, títulos pelo Ajax, Barcelona e Bayern München.

Mais do que isso, Van Gaal é um adepto do estilo de jogo adotado pelo saudoso Rinus Michels. Assisti a alguns vídeos da famosa Holanda de 1974 e notei muitas semelhanças entre aquela equipe e a de 2014. Os jogadores não tinham posições definidas, se movimentavam bastante em campo atacavam por todos os lados.

Pena que nenhum time do Brasil, nem mesmo a Seleção, tenha admitido a fraqueza de nosso futebol e aprendido alguma coisa com as outras seleções. Holanda, Alemanha, Argentina, Colômbia, Chile e Croácia fizeram grandes exibições em campo com muita posse de bola e ofensividade. Algumas dessas seleções tinham defesas pouco sólidas mas compensavam isso ficando com a bola e/ou compensando com pressão ofensiva. Se fosse um "professor" daqui, provavelmente colocaria sua equipe totalmente recuada e implorando para ter alguma chance de bola parada.

Os ingleses do Manchester United se deixaram encantar pelas grandes exibições da Holanda de Van Gaal e prontamente trouxeram o treinador. Fizeram bem. Muito bem!


Imagem extraída do Facebook oficial do Manchester United- https://www.facebook.com/manchesterunited/

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Paz

Imagem extraída do Facebook oficial Edin Džeko- https://www.facebook.com/edindzeko/


Ainda estou ensaiando para escrever um texto para homenagear meu ídolo Edin Džeko (à esquerda na foto). Ele e Aleksandar Kolarov (à direita na foto), seu amigo e colega de Manchester City, nasceram em países que já foram inimigos no passado. Hoje os dois jogadores unem forças para que nunca mais haja confrontos na antiga Iugoslávia.

Uma imagem, contudo, vale mais do que mil palavras. Bósnios e sérvios não apenas podem conviver pacificamente como também podem ser amigos. Edin e Aleks treinam juntos, jogam juntos, concedem entrevistas juntos e se divertem juntos.

Observando as atuais animosidades entre nações, quase sempre motivadas pelo nacionalismo exacerbado, fico pensando como a amizade entre Aleks e Edin é exemplar, não apenas para o futebol, mas também para todos os países. Eles nasceram em meio a confrontos também motivados pelo nacionalismo, deixaram as diferenças de lado e hoje lutam para que a tragédia que marcou o passado de ambos nunca mais aconteça.

"... Tento mostrar a crianças que a origem do nome não é importante, assim como se somos muçulmanos ou católicos. Quero mostrar que o mais importante é ser um bom homem, uma boa mulher. Vejam Aleksandr. O que é importante para mim é que alguém seja uma boa pessoa, e ele é um bom homem. Não é importante se ele vem da Sérvia, apesar do que aconteceu entre os países. Não importa se ele é da Croácia, de Gana, da Bósnia ou da Inglaterra" (Edin Džeko).


Imagem extraída do Facebook oficial Edin Džeko- https://www.facebook.com/edindzeko/


Leia mais:

Para Ariano

Imagem extraída de https://www.facebook.com/sportclubdorecife


Faleceu ontem um dos três escritores brasileiros que mais admiro, Ariano Suassuna -os outros dois são Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos.

Ariano nasceu em João Pessoa (Paraíba) em 16 de junho de 1927, mas viveu por muitos anos em Recife (Pernambuco), onde estudou e se formou em direito. Foi através das artes cênicas e literárias onde Ariano alcançou fama. Escreveu muitas peças, sendo a mais famosa O Auto da Compadecida, de 1955 que foi transformada em livro e, mais tarde, em minissérie e depois filme.

Toda a sua imensa contribuição para a arte brasileira rendeu a Ariano uma nomeação como membro da Academia Brasileira de Letras em 2000.

O autor era torcedor fanático do Sport Recife, clube que prestou muitas homenagens ao seu ilustre torcedor através das redes sociais. E muitas outros tributos devem vir nos próximos jogos.

Ariano Suassuna faleceu em decorrência de complicações geradas por um acidente vascular cerebral.

Ariano, o que quer que eu escreva, será muito pouco para descrever toda a sua importância para a cultura brasileira, bem como para homenagear tudo o que fez pelo nosso país.

Escrevo isto como fã e admirador de seus trabalhos. Tive o prazer de ler sua obra mais famosa em 1998 e, um ano depois, pude assistir à excelente minissérie exibida pela Globo baseada em seu mais famoso trabalho. Nem sei como escrever o quanto lamentei sua partida.

Vai em paz, Ariano. Desfrute de seu merecido descanso após tantos anos de serviços prestados à cultura brasileira. E continue torcendo daí de cima para o seu Sport, seu time do coração que lhe concedeu tantas alegrias!


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Leia mais:


Globo Esporte- Ariano Suassuna deixa paixão pelo Sport como marca de sua trajetória: http://globoesporte.globo.com/pe/noticia/2014/07/ariano-suassuna-deixa-paixao-pelo-sport-como-marca-de-sua-trajetoria.html

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Abstinência

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Já se passou mais de uma semana desde o final da "Copa das Copas" mas continuo sentindo falta do evento. A saudade fica ainda maior quando temos de voltar à realidade do futebol sul-americano com a brutal Copa Libertadores e o Brasileirão totalmente nivelado por baixo.

Que saudades dos lances bonitos, do jogo coletivo e dos craques que enfeitavam as partidas com seus lances bonitos. Como era divertido ver Robben, James Rodríguez, Thomas Müller, Messi e outros desfilando em nossos gramados com seus lances bonitos. E aqueles jogos emocionantes como Alemanha X Argélia? Quase chorei junto com Vahid Halilhodžić quando a partida terminou.

Os jogos de agora só mostram os jogadores maltratando a bola e o gramado. E não é só por culpa dos atletas que o nível técnico está ruim. Os "professores" teimam em jogar com o regulamento sob o braço sem nenhuma ousadia para atacar, muitos dirigentes colocam interesses pessoais acima dos coletivos e há times com salários atrasados. Como pode haver espetáculo em um cenário como esses?

Todas as vezes em que eu me lembrava que o Brasileirão ainda estava em progresso, eu torcia para que a copa não acabasse. Não queria que aqueles lances bonitos terminassem e fôssemos obrigados a ter de aturar novamente aqueles armários que só sabem dar carrinho que impregnam nosso futebol. Infelizmente, tudo que é bom dura pouco.

Senti tanta falta da copa em alguns dias que muitas vezes eu voltava do trabalho e não encontrava absolutamente nenhuma inspiração para escrever. Ou será que algum time do Brasil joga um futebol bonito o bastante para servir de inspiração para um texto? Apenas o Cruzeiro consegue me alegrar um pouco por aqui.

Como sempre, estou na expectativa que a temporada 2014-15 comece logo na Europa para que eu possa, ao menos, ver os craques em campo novamente. Muitos deles deixaram o mundial bastante valorizados e jogarão por grandes clubes europeus, onde terão a oportunidade se se aprimorarem ainda mais atuando ao lado de outros craques.

Enquanto isso, vou aqui, sofrendo minha crise de "abstinência" da copa e dos lances bonitos protagonizados pelos craques.


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Risco Europa

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Há algum tempo, escrevi a respeito da dependência das seleções sul-americanas do mercado europeu. Praticamente, todas as seleções da América do Sul são formadas por atletas que jogam no futebol europeu.

É sempre muito cômodo para os treinadores de seleções convocar jogadores que atuam no futebol da Europa, afinal esses atletas treinam e praticam fundamentos nos clubes de lá, eles valorizam os times em todos os sentidos e também impõem respeito em campo. Quem não tem medo de enfrentar um Messi ou um Suárez?

Em meu texto publicado em outubro de 2013, contudo, pontuei que a crise econômica da Europa tornou-se um entrave para que os jogadores sul-americanos ingressassem no mercado europeu. Quem não se lembra dos anos 90 quando milhares de jogadores brasileiros eram negociados com o Velho Continente e rapidamente faziam fama e fortuna por lá?

Hoje, contudo, os tempos mudaram. Os clubes medianos já não podem mais pagar o que os cartolas daqui pedem pelos seus jogadores enquanto os grandes clubes só aceitam atletas de qualidade comprovada. O Barcelona, por exemplo, só aceitou contratar Neymar porque ele é, de fato, diferenciado.

Outros problemas, contudo, podem dificultar ainda mais o ingresso de jogadores de fora da Europa no Velho Continente. Muitos países europeus, em decorrência da própria crise econômica, estão fechando suas portas a estrangeiros e partidos de extrema-direita estão ganhando a preferência dos eleitores locais. A FIFA e a UEFA vêm apresentando esforços para combater o preconceito e a xenofobia no futebol, mas dificilmente as políticas que limitam ou impedem o acesso de estrangeiros deixariam de respingar no esporte.

O sucesso da Alemanha e Espanha nos últimos mundiais também pode se tornar um entrave indireto aos jogadores sul-americanos. Um dos motivos para os referidos países faturarem os dois últimos mundiais foi o forte investimento na formação de atletas. O ex-treinador da Itália, Cesare Prandelli, pontuou que seu país não estava investindo nas categorias de base o que teria dificultado que o comandante montasse um time competitivo. Se o discurso de Prandelli for adotado por mais seleções, será mais difícil exportarmos jogadores para as nações europeias, que optarão por fortalecer o futebol de seus países.

Por fim, cada vez mais jogadores sul-americanos estão optando por defenderem seleções europeias. Deco, Cacau, Paulo Rink, Pepe, Diego Costa, Thiago Motta, Sammir, entre outros, são alguns dos brasileiros que se naturalizaram por países europeus e defendem ou defenderam outras seleções. Se os países sul-americanos pensavam em exportar jogadores com o objetivo de formar uma seleção com atletas que atuam na Europa, agora correm o risco de perdê-los para as outras delegações.

Como os países sul-americanos poderiam contornar esses possíveis problemas? Fortalecendo seus campeonatos nacionais, investindo forte nas categorias de base e melhorando a qualidade técnica dos jogos. Isto diminuiria a dependência do mercado europeu para a formação de seleções competitivas em caso de uma eventual crise no Velho Continente.

Obviamente, a adoção de tais medidas requer um planejamento minucioso e objetivos traçados a longo prazo. No entanto, muitos na América do Sul, principalmente no Brasil, pensam apenas em soluções e lucros imediatos.

terça-feira, 22 de julho de 2014

A Croácia em Evidência Novamente

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O desempenho da Croácia na última copa do mundo foi abaixo do esperado, afinal a Hrvatska tinha tudo para avançar às oitavas-de-final, dividindo um grupo com o México em crise e Camarões cheio de problemas internos. Eu realmente lamentei a eliminação prematura da Croácia no último mundial, tanto como torcedor, quanto como apreciador do futebol-arte.

Engana-se, contudo, quem acredita que os esforços da Seleção Croata e do treinador Niko Kovač foram em vão. A seleção enxadrezada jogou um futebol agressivo, ousado, ofensivo e contou com meias bastante criativos, com muita qualidade no passe. As atuações de Modrić, Rakitić, Perišić e Kovačić me agradaram bastante. Dá gosto vê-los trocarem passes, criarem chances de gol e se movimentarem em campo.


Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid


A boa fase de muitos jogadores, contudo, já vinha desde a temporada passada, com destaque para Luka Modrić, o novo maestro do Real Madrid (lembrando que Gareth Bale e Ángel Di María são wingers), que demonstrou boa visão de jogo e também qualidade na marcação. Cheguei a acreditar que havia sido um erro do meia croata em trocar o Tottenham (onde era titular absoluto) pelo clube Merengue (onde Özil era o dono da posição). Um misto de sorte e perseverança fizeram Modrić ganhar a vaga para vencer da Copa del Rey e também a Champions League em 2013-14.


Imagem extraída do Facebook oficial do Sevilla- https://www.facebook.com/SevillaFutbolClubSAD


O meia Ivan Rakitić (foto acima) também veio de temporada fantástica. Sua moral no Sevilla estava tão alta que ele era o capitão dos nervionenses. A conquista do tri na Europa League serviu para coroar a grande fase de Rakitić e, de quebra, permitiu ao capitão oferecer um belo presente de despedida ao seu torcedor, uma vez que o Barcelona tratou de contratá-lo e o meia croata vai defender o clube blaugrana na próxima temporada. Sua contratação seria uma resposta do Barça ao sucesso de Modrić no Real?

A Croácia já era conhecida pelo seu futebol ofensivo desde os tempos em que fazia parte da Iugoslávia, seleção que chegou a ser comparada ao Brasil pela sua vocação ofensiva. E vejo que o gosto pelo ataque continua.

O futebol croata, por enquanto, tem apenas aquela surpreendente campanha de 1998 como referência para a atual geração de jogadores. O sucesso individual de alguns de seus jogadores e as boas impressões deixadas pela Hrvatska em 2012 e 2014, contudo, mostram que os jogadores podem muito mais do que a fase de grupos no futuro. Muitos outros atletas croatas, inclusive, são especulados em grandes clubes como prova de que o futebol da Croácia agradou em 2014.

Kovačić, Rakitić, Perišić e Rebić, que têm 25 anos ou menos, deverão ser as referências para o próximo ciclo. O treinador Niko Kovač também está confirmado.

Espero que o belo futebol croata se mantenha e os jogadores não deixem a peteca cair nesta próxima fase.

Sretno Hrvatska!

Apoiar ou Secar?

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Será anunciado hoje o novo técnico da Seleção Brasileira, que terá a missão de reerguer o Escrete Canarinho após a surra da Alemanha e também de montar um novo time para este ciclo, que terá o mundial de 2018, a ser realizado na Rússia, como principal objetivo.

A imprensa cravou que Dunga será o novo treinador, mas ainda tenho pequenas esperanças de que outro técnico seja escolhido. Caso o ex-volante esteja mesmo de volta à Seleção, não será surpresa. O brasileiro sempre tende a se apegar à segurança de um caminho já trilhado do que arriscar um novo.

Como deveria encarar o provável regresso de Dunga à Seleção? Nunca concordei com sua filosofia de trabalho a despeito dos títulos conquistados (Copa América 2007, medalha de bronze nas Olimpíadas 2008 e Copa das Confederações 2009). Também nunca fui fã de seu estilo de jogo, marcada muito mais pela raça do que pela técnica.

Um amigo sugeriu que eu fizesse campanha para "secar" a Seleção Brasileira. Não considero a ideia nem um pouco ruim, afinal os nossos dirigentes não mostram nenhuma vontade de mudar o futebol brasileiro, os nossos treinadores vivem apostando na "eficiência" e os jogadores se destacam muito mais pela raça do que pelo talento, salvo por um ou outro Neymar da vida. Por que eu deveria torcer por uma seleção que não representa meus ideais e, tampouco, o verdadeiro futebol brasileiro?

Durante a última copa, contudo, pensei friamente no que andei escrevendo aqui no blog e no que dizia durante as rodinhas de conversa. A Seleção estava muito ruim, mas não dava gosto de torcer contra o time de Felipão, ainda que ele não representasse o nosso futebol. Eu declarei abertamente meu apoio às seleções que jogam um bom futebol (Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia e Chile), além do Uruguai (apenas por mera simpatia), da Croácia e da Bósnia-Herzegovina (que encontraram no sucesso do futebol uma maneira de superar as tragédias recentes). Mas a medida que o Brasil foi avançando, perdi um pouco o gosto de ser o "do contra" e cheguei a desejar em alguns momentos que o selecionado realmente conseguisse o hexa.

Darei uma chance ao próximo treinador, independente de quem for. Se vier o próprio Dunga, darei-lha uma chance de se "redimir" pelo futebol feio praticado pelos seus times, embora eu duvide que o técnico mude sua filosofia de trabalho.

Prefiro deixar as vaias ou aplausos para o momento em que a Seleção Brasileira tiver escolhido o seu caminho.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Apenas o Cruzeiro

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O Cruzeiro, após 11 rodadas, já abriu cinco pontos de vantagem para o segundo colocado e caminha a passos largos rumo ao segundo campeonato consecutivo.

A Raposa não apenas teve mais competência em campo como também contou com os tropeços dos rivais diretos. O Corinthians, por exemplo, visitou um Vitória na zona de rebaixamento, abusou do direito de errar passes e acabou no lucro com o empate. E que tal o meu São Paulo que perde em pleno Morumbi para a fraquíssima Chapecoense? O Timão e o Tricolor tinham tudo para não deixarem a equipe de Minas disparar, mas deixaram o rival abrir cinco pontos de vantagem.

O Cruzeiro é a única equipe que joga futebol neste Brasileirão. Toque de bola, dinamismo, ofensividade e coletividade fazem da Raposa um time muito acima dos rivais que se apoiam no regulamento ao invés de buscarem o resultado. E os "professores", ao invés de admitirem a superioridade do rival mineiro, insistem nessas de recuar o time e buscar gols nos contra-golpes ou bolas paradas. Azar deles e dos torcedores que apoiam os outros times.

O estilo de jogo do Cruzeiro não deveria servir de exemplo para as outras equipes que disputam o Brasileirão, mas também para a própria Seleção Brasileira. Tenho certeza de que se a Canarinho jogasse como a Raposa, nossa campanha na Copa do Mundo seria bem mais tranquila e teríamos algo muito melhor do que uma quarta colocação, que ficou de bom tamanho para uma equipe tão pragmática.

Torço para o São Paulo, mas pelo futebol-arte, seria ótimo que a Raposa conquistasse mais um título nacional.


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Não Era Culpa Dele, Afinal

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Vendo o Flamengo amargar a lanterna do Brasileirão 2014, imediatamente me lembrei do treinador Jayme de Almeida, injustamente demitido em maio deste ano. Tantos anos dedicados ao Clube de Regatas do Flamengo ignorados na pressa pelos resultados ou por pressão nos bastidores.

Não digo que o Mengão estaria melhor com Jayme, afinal a equipe apresenta muitos problemas, mas a atual situação do time da Gávea mostra como a demissão do treinador foi injusta. Não foi culpa de Jayme, afinal.

O substituto de Jayme, Ney Franco, já balança no cargo após dois meses de trabalho. As duas derrotas consecutivas após o reinício do Brasileirão e a incômoda lanterna esquentaram o clima no time. E o Mengão terá um adversário complicadíssimo na próxima rodada, o arquirrival Botafogo. Seria a última chance para Ney e uma derrota seria a gota d'água para o treinador.

Penso, contudo, que o Mengão não cai para a Série B. Acho que não cai porque é um clube muito grande, conta com uma torcida que faz a diferença e há alguns atletas capazes de tirar o Rubro-Negro do buraco. Isso sem falar que ainda há muito chão pela frente, muitos pontos em disputa e haverá muitas reviravoltas até dezembro, quando o Brasileirão termina.

A equipe carioca, contudo, não pode vacilar. Muitos grandes times já tiveram o dissabor de descerem um degrau e terem de viver o inferno da Série B. Nenhum time, por maior que seja, não é imune à queda.

Se há algo de bom na má fase do Flamengo, acho que a crise, ao menos, tira o peso dos ombros de Jayme. Sua demissão levava a crer que a sequencia de resultados desfavoráveis era culpa do treinador.

A continuidade da crise do Flamengo após a saída do técnico, contudo, mostra que Jayme é totalmente inocente pela situação do time.

domingo, 20 de julho de 2014

O Brasil de Hoje, a Alemanha de Ontem

Imagem extraída do site oficial da FIVB- http://www.fivb.org/


O Brasil bem que tentou, mas não conseguiu superar os Estados Unidos na final da Liga Mundial 2014. Exceto pela Copa dos Campeões do ano passado, o Brasil está desde 2010 sem títulos fora de seu continente. Parece uma grande crise no voleibol brasileiro, mas de 2010 pra cá, nossa seleção masculina deixou poucas competições de mãos vazias, com muitas medalhas de bronze e de prata.

Imediatamente me lembrei de uma certa seleção do futebol, que não levantava uma taça desde 1996 mas que, de 2002 pra cá, conseguiu muitas medalhas de bronze e também de prata. Até que veio o ano de 2014 e a vez dela chegou.

Sim, queridos leitores. Falo da Seleção Alemã de futebol, aquela que ficou 24 anos sem ganhar uma Copa do Mundo. Houve aquela geração de Jürgen Klinsmann mas ela parou pelo ano de 96. A Mannschaft, apesar disso, manteve sua regularidade e continuou na briga a despeito das crises e do jejum de títulos.

A seleção masculina de vôlei teve aquela geração de Nalbert, Giba e Ricardinho na década passada que ganhou tudo o que disputou. Mas a equipe envelheceu -o primeiro indício se deu nas Olimpíadas de 2008, quando o Brasil foi surpreendido e perdeu o ouro para os Estados Unidos- e, com a mudança da geração, a Seleção não mais conseguiu se manter no topo.

Óbvio que o fato do Brasil ficar tanto tempo sem títulos não é bom. O nosso vôlei mesmo não vai muito bem com tantos clubes fechando as portas, as denuncias de irregularidades na CBV e a divulgação restrita da modalidade pela mídia, o que diminui o interesse do público e também dos anunciantes.


Imagem extraída do site oficial da FIVB- http://www.fivb.org/


As várias oportunidades em que o vôlei brasileiro bateu na trave, no entanto, não podem ser consideradas em vão. Vocês viram como o Brasil derrotou a Rússia com autoridade após dois anos de freguesia? E o 3x0 fantástico sobre a Itália na casa da rival durante as semifinais após várias surras ainda na primeira fase? As derrotas, ainda que dolorosas, possibilitaram que o selecionado brasileiro corrigisse suas falhas, aprendesse com os adversários mais fortes e se aperfeiçoasse no processo.

Com a Seleção Alemã de Futebol não foi muito diferente. A Mannschaft aprendeu com a recente algoz Espanha e praticou um futebol que tinha traços do Tiki-Taka sem, contudo perder a forte defesa que a caracterizou desde os tempos de Beckenbauer ou a verticalização praticada pelo Bayern de Jupp Heynckes.

Mesmo sem títulos, o Brasil manteve-se regular nos recentes torneios e esteve entre os primeiros colocados campeonato após campeonato, lembrando muito a Alemanha no futebol. Não faturaram os troféus mas se mantiveram na briga e ainda trouxeram medalhas.

Não desanimem, portanto, com o desempenho da Seleção Masculina de Vôlei. Eles deram seu melhor em quadra e, se mantiverem a regularidade, terão a taça cedo ou tarde. Exatamente como a Alemanha de Joachim Löw.

Parabéns à Seleção Masculina de Vôlei! Foi um grande campeonato! Vocês deram o seu melhor em quadra! Obrigado por seu esforço! E boa sorte nos próximos campeonatos.


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Mais do Mesmo

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Jornais cravam como certo o retorno de Dunga (foto) como técnico da Seleção Brasileira devido à sua proximidade com Gilmar Rinaldi, novo diretor de seleções nomeado pela CBF. Os nomes de Tite e Muricy correm por fora. Há quem peça os nomes de Mano Menezes, Abel Braga, e por aí vai.

Praticamente não há treinador aqui no Brasil com o perfil adequado para mudar a nossa seleção, a meu ver. Todos os nomes mencionados acima rezam pela mesma cartilha de jogar pelo regulamento e evitar uma derrota a qualquer custo.

Dunga: sua envelhecida seleção se destacou muito mais pela raça do que pela técnica ou talento. Muricy: venceu três Brasileirões seguidos retrancando a equipe e fazendo gols só de bola parada. Tite: seu Corinthians fazia um gol e depois causava calafrios no torcedor de tanto que sua equipe recuava. Mano: idem. Abel: vide o jogo Inter x Barcelona de 2006. Ou seja, nenhum desses treinadores difere muito de Felipão pelo estilo de comando ou de jogo adotado.

A Seleção precisa respirar novos ares. Precisamos aprender com outras escolas de futebol. As ideias do futebol brasileiro se esgotaram e pararam no tempo, tanto que todo o nosso Brasileirão 2014 continua nivelado por baixo, exceto, talvez, pelo Cruzeiro.

Não devemos copiar outros estilos de futebol, mas deveríamos, ao menos, abrir nossas portas a treinadores estrangeiros e, com isso, trazermos novas ideias ao nosso futebol. As seleções do Chile e da Colômbia, por exemplo, foram comandadas por treinadores argentinos e fizeram muito sucesso, seja pelo estilo de jogo, seja pelo desempenho acima do esperado. O Real Madrid da Espanha venceu sua décima Champions League comandada por Carlo Ancelotti, um italiano. O Atlético de Madrid voltou a vencer um Campeonato Espanhol após 18 anos sob o comando de Diego Simeone, um argentino. O Manchester City foi campeão inglês sob a batuta de Manuel Pellegrini, um chileno. Temos, ainda, o catalão Josep Guardiola no Bayern. E por aí vai. Todos estes treinadores não fizeram sucesso apenas devido à qualidade dos seus elencos, mas também porque trouxeram inovações ao futebol dos países mencionados.

É fato que somos os maiores vencedores em copas do mundo com cinco títulos e que o futebol é tradição em nosso país. Mas também é fato que paramos no tempo e sentamos na nossa fama enquanto os outros países estão se aprimorando cada vez mais, em especial a Espanha e a Alemanha. A Itália e agora a Alemanha já têm quatro títulos. Se vencerem mais um mundial, se igualarão ao Brasil em número de títulos e não haverá mais a "zona de conforto" na qual os dirigentes tanto se apoiam.

Caso a vinda de um treinador estrangeiro não seja possível, sugiro a contratação do treinador Marcelo Oliveira (foto abaixo), que atualmente comanda o Cruzeiro. Ele, ao menos, tem as ideias das quais nossa seleção necessita para voltar a jogar um bom futebol. No ano passado, a Raposa venceu o Brasileirão com sobras e agora tem tudo para repetir o feito em 2014.


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sábado, 19 de julho de 2014

A Casa Caiu?

Imagem extraída do site oficial da FIVB- http://www.fivb.org/


O Brasil, já classificado para as semifinais (e não "quadrangular final", como erradamente escrevi na sexta) foi derrotado ontem  pelo Irã e deu de cara contra a Itália de Zaytsev. Os italianos haviam derrotado o Brasil duas vezes durante a primeira fase e estava fazendo uma campanha arrasadora a despeito de já estar classificada para a segunda fase.

Para a minha surpresa, a Itália foi derrotada pelo Brasil sem oferecer muita resistência. Vitória brasileira por 3x0 sets com parciais de 25-11, 25-23 e 25-20. Pesou a juventude da equipe? O time italiano sofreu um apagão?

O fato é que o Brasil se classificou para a segunda fase a duras penas, cresceu na competição com uma vitória incontestável contra a carrasca Rússia e agora um atropelo sobre os donos da casa.


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O adversário do Brasil serão os Estados Unidos, que também tiveram muita dificuldade para alcançarem a segunda fase devido a dificuldade do grupo, composto pelas fortíssimas Sérvia, Bulgária e Rússia. Os norte-americanos derrotaram o Irã também por 3x0 sets com parciais de 25-18, 25-22 e 25-16.

Será que o Brasil conquista seu décimo título na competição? Descobriremos amanhã, às 15:30h (horário de Brasília) com transmissão no canal pago Sportv.


Imagem extraída do site oficial da FIVB- http://www.fivb.org/

sexta-feira, 18 de julho de 2014

O Bom, o Mau e o Feio

Imagem extraída de https://www.facebook.com/cruzeirooficial


Começando pela parte boa: o Cruzeiro, o único time que joga um pouco de futebol no Brasileirão, goleou o Vitória por 3x1 e segue mais líder do que nunca, com três pontos de vantagem sobre o Corinthians e o São Paulo. Faz tempo que estou escrevendo para que os demais clubes brasileiros se espelhem um pouco na Raposa e mudem seu estilo de jogo, mas os "professores" continuam pensando pequeno e acham que o negócio é ficar com o time todo acuado. Azar o deles. O grande desempenho do time mineiro está aí para provar que precisamos de mudanças radicais em nosso futebol.

O meu São Paulo também está jogando um bom futebol. Ainda não está uma maravilha, afinal o Tricolor ainda comete muitas faltas e recuou demais o time no segundo tempo, quando deveria ter aproveitado e enfiado uma sacola no desfalcado Bahia. O meio-de-campo, no entanto, agrada e o time joga com a bola no chão.

Também tivemos vitórias do Timão sobre o Inter e do Peixe no clássico contra o Verdão (ambas não foram televisionadas em São Paulo).

A parte má: várias grandes equipes parecem com vontade de cair para a Segunda Divisão. O Flamengo, que perdeu em casa para o irregular Furacão, e o Coxa, que perdeu para o ex-lanterna Figueirense, são dou exemplos de times que já foram campeões e estão correndo o risco de queda. O mesmo para o Fogão, que está com sérios problemas financeiros e isto vem afetando o desempenho da equipe.

A parte feia: depois dos mais de trinta dias de Copa do Mundo, é duro voltarmos à realidade de nosso futebol. Estamos com uma escassez danada de talentos e a maioria de nossos times não sabe fazer o básico em campo, como tocar a bola, finalizar, cabecear, se posicionar em campo, ...

Comparem com a Alemanha e a Holanda, que vieram para o Brasil com muitos desfalques importantes e, mesmo assim, fizeram grandes campanhas no mundial porque tinham substitutos à altura dos titulares e não dependiam de um único atleta. A nossa seleção perdeu o Neymar por lesão e o time morreu na semifinal. Se houvesse um talento à altura, talvez fosse possível até irmos à final, mas nossos clubes preferem dar chances a brucutu pela sua estatura em detrimento a um baixinho talentoso.

Estou na torcida para que o futebol apresentado pelas seleções no mundial sirva como influência para os nossos clubes. Quero ver nossas equipes jogando um futebol bonito, e não um monte de brucutus dando botinada. Ou será que a surra que o Brasil levou da Alemanha ainda não foi o bastante para nos conscientizarmos disto?


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