sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Cadê a Crise do Corinthians?

Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians- https://www.facebook.com/corinthians/



Só nesta semana, li pelo menos três textos afirmando que há uma "crise" no Corinthians.

Talvez seja verdade, afinal já havia lido textos afirmando que o Timão apresentava alguns problemas financeiros.

Eu, no entanto, jamais vi um time na quinta colocação do Brasileirão com 53 pontos -mesmo número do Inter (4º) e três atrás do São Paulo (2º)- em crise.

Eu diria que o Corinthians estaria em crise se estivesse despencando na tabela ou flertando com o rebaixamento.

O que realmente falta ao Corinthians eu já escrevi e repito: falta de ousadia.

Não adianta trucidar adversários do porte de São Paulo e Cruzeiro para depois perder pontos para rivais como Botafogo e Figueirense que, com todo o respeito, estão na parte de baixo da tabela.

O Corinthians simplesmente consegue vencer rivais do topo da tabala porque eles saem mais para o ataque e oferecem os desejados espaços para um contra-ataque.

O Timão perde pontos para rivais da parte de baixo da tabela porque eles tendem a jogar fechado e o Coringão não consegue criar chances de gol porque falta criatividade no meio-de-campo. Acaba sendo vítima de sua própria arma.

Quando o senhor Mano Menezes (foto) se der conta deste detalhe, tenho certeza de que o Corinthians dificilmente perderá pontos para os rivais que brigam contra o rebaixamento.

A tal "crise" do Corinthians ainda não se instaurou de fato, mas pode explodir caso o Timão fique fora da Libertadores 2015.

Experiência FC

Imagem extraída do Facebook oficial do Coritiba- https://www.facebook.com/coritibaoficial/



Pelo menos até segunda ordem, o meia Alex (foto acima) e o goleiro Rogério Ceni (foto abaixo) deixarão os gramados no final do ano. Gostem ou não, os dois são craques e tiveram grande importância no futebol como um todo.

Alex, com 37 anos, e Rogério, com 41, não têm mais o mesmo vigor da década passada, mas ainda impressionam em campo.

Alex, mesmo convivendo com as lesões e as limitações da idade, joga o que muitos jovens talentosos não jogam. Ele enxerga o jogo, cria as melhores chances de gol do Coxa e, muitas vezes, parece carregar a sua equipe nas costas. Ele é lembrado com muito carinho pelos torcedores de Fenerbahçe, clube turco que defendeu entre 2004 e 2012, e chegou a ser homenageado com uma estátua pelos dirigentes da entidade, tamanho o seu sucesso e importância por lá.

Rogério, detentor de inúmeros recordes e títulos (incluindo uma Copa do Mundo e dois Mundiais de Clubes), continua impressionando pela precisão nas cobranças de falta (sua marca registrada) e pelas suas defesas. Assim como Alex, ele briga com as lesões e as limitações da idade, mas compensa com sua experiência e liderança em campo.

Vendo como Rogério e Alex ainda se destacam apesar da idade, pensei como há trintões brilhando em nossos gramados mesmo em final de carreira. Uma teoria do grande Paulo César Caju é de que o nosso futebol está tão ruim que os nossos "velhinhos" acabam se destacando por saberem tratar bem uma bola mesmo em fim de carreira. Faz sentido.

Pensando nisso, reuni alguns atletas que nasceram até 1980 e que se destacam (ou se destacaram em tempos recentes) no futebol brasileiro e montei uma seleção de veteranos, com Rogério e Alex inclusos.



"Experiência FC", formada apenas por atletas que nasceram
até 1980, armada no 4-4-2 (obtido via this11.com).


LÉO MOURA (Flamengo): já foi considerado o melhor lateral-direito em nossos gramados no final da década passada. Ainda consegue ser decisivo em campo, mas também vem travando duras batalhas contras as lesões.

LÚCIO (Palmeiras): ainda mostra-se um bom zagueiro e confere solidez defensiva à zaga palmeirense. Foi o capitão da equipe durante boa parte do primeiro semestre.

JUAN (Internacional): seguro nos desarmes e com boa saída de bola. A zaga colorada sente a sua falta -ele está se recuperando de lesão no momento.

ZÉ ROBERTO (Grêmio): já foi volante, meia e agora foi testado na lateral-esquerda por Felipão. E com sucesso. Está com 40 anos, mas mostra-se em excelente forma física e continua desfilando talento em campo.

JOSUÉ (Atlético Mineiro): não vem atuado com tanta frequência, mas sua participação foi fundamental na conquista da primeira Libertadores pelo Galo.

PAULO BAIER (Criciúma): óbvio que esta seleção não estaria completa sem Paulo Baier. Aos 40 anos, ele é o mestre das bolas paradas. O Criciúma, muitas vezes, se limita a arrumar uma falta perto da área só pra ele bater...

DANILO (Corinthians): foi fundamental em 2012, quando o Timão ganhou a Libertadores e o Mundial Interclubes. Hoje ele é banco, mas ele continua decisivo nos clássicos.

LUÍS FABIANO (São Paulo): é mais raça do que técnica, mas ele tira da manga alguns dribles, algumas jogadas individuais e boas finalizações.

BORGES (Cruzeiro): hoje ele é banco, mas ele teve participação fundamental no título brasileiro da Raposa no ano passado.


Poderiam ainda constar: Dida (Inter), Émerson Sheik (Botafogo), Prass (Palmeiras), Durval (Sport), entre outros.

Se você tiver sugestões, escreva nos comentários!



Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Não Está Fácil Pra Ninguém

Imagem extraída do Facebook oficial do Molico/Nestlé- https://www.facebook.com/moliconestle/



Acompanhei os dois jogos de volta válidos pelas semifinais do Campeonato Paulista de Vôlei: Sexi X São Caetano (ontem) e EC Pinheiros X Molico Nestlé (hoje). E confesso que fiquei surpreso com a garra demonstrada pelos "coadjuvantes" São Caetano e Pinheiros.

O time do ABC já havia vencido o Sesi (que perdeu muitas atletas importantes como Dani Lins e Ivna) no jogo de ida e chegou a abrir 2x0 sets em plena Vila Leopoldina. O time paulistano ainda conseguiu levar a disputa para o tie-break, mas a "zebra" acabou levando a melhor sobre a equipe da Zona Oeste.

Hoje, o Molico (que perdeu Sheilla e Fabíola), que havia perdido por 3x0 sets em pleno José Liberatti para o Pinheiros, "acordou" e devolveu o placar. No golden set, o time de Osasco espantou a sua "zebra", mas não sem oferecer muitas "emoções" ao torcedor.

Emoções, aliás, os times considerados "coadjuvantes" de São Paulo vem nos oferecendo bastante. No masculino, no último sábado, Funvic/Taubaté derrotou o poderoso Sesi por 3x1 sets e faturou a taça.

Se os "coadjuvantes" já estão assim no Campeonato Paulista, fico ansioso para ver seus desempenhos nas Superligas que estão começando nesta semana. Lembrando que o São Cristóvão/São Caetano e o EC Pinheiros estiveram presentes nos playoffs da última temporada. São duas equipes que podem crescer e surpreender em 2014-15.

Olho neles.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/sesisp.volei/

Novos Ares

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



O treinador Óscar Tabárez soltou ontem a lista de convocados que defenderão a Seleção Uruguaia nos amistosos contra a Costa Rica (dia 13 de novembro) e contra o Chile (dia 18). Os adversários, aliás, foram boas escolhas dado o bom desempenho destes no último mundial e também a qualidade técnica dos times. O atrevimento de Joel Campbell (da Costa Rica) e o toque de bola chileno serão desafios perfeitos para que a Celeste se aprimore neste ciclo.

O treinador convocou o lateral-esquerdo Álvaro Pereira (foto -titular no São Paulo), o goleiro Martín Silva (titular no Vasco) e o meia Nicolás Lodeiro (reserva no Corinthians), além dos já conhecidos Muslera, Martín Cáceres, Maxi Pereira, Arévalo, Godín, Cebolla Rodríguez, Suárez e Cavani.

As demais convocações, no entanto, me surpreenderam no bom sentido e me deixaram animado. São quase todos atletas com 25 anos ou menos, sendo alguns atuantes aqui mesmo na América do Sul.

Eu estava preocupado com a maneira como o Uruguai faria sua preparação para este ciclo, afinal a Celeste mudou pouquíssimo a equipe que disputou a Copa 2014 em relação ao mundial anterior, o de 2010.

O Uruguai ainda conseguiu conquistar o título da Copa América em 2011, mas a equipe chegou em 2014 visivelmente envelhecida, praticando um futebol de muito mais raça do que técnica e, claro, distribuindo faltas à rodo. Era evidente a necessidade de se renovar a Seleção Uruguaia.

Espero que a renovação no elenco também implique em mudanças no estilo de jogo. Os uruguaios, por natureza, exaltam a determinação de seu elenco, mas uma grande equipe não pode viver apenas de raça.

Boa sorte ao Uruguai!



Imagem extraída de https://www.facebook.com/pages/Asociación-Uruguaya-de-Fútbol-Página-Oficial/

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Valeu Pelo Troféu

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona/



Acompanhei, ou melhor, tentei acompanhar à Supercopa Catalã (ou Supercopa Catalana, em catalão), realizada entre os dois maiores times da Catalunha em jogo único.

Barcelona e Espanyol se enfrentaram no Girona com equipes praticamente reservas. Para se ter uma ideia, o Barça utilizou Piqué, Alba e Suárez apenas durante o primeiro tempo, e Xavi e Rakitić no segundo.

Sem suas estrelas, o jogo nem de longe teve a beleza e a elegância tradicional catalã. Os reservas e garotos da  base visivelmente sentiram o peso de atuarem pela equipe principal. E o gramado do Girona contribuiu para prejudicar o espetáculo.

A partida terminou empatada em 1x1, com gol de Piqué pelo Barça em lance de bola parada, e de Arbilla pelo Espanyol.

Nos pênaltis, Xavi, Halilović, Grimaldo e Rakitić converteram para o Barcelona, enquanto Sandro desperdiçou. Pelo Espanyol, Sánchez e Jordan converteram, enquanto Arbilla e Abraham erraram.

A Supercopa Catalana foi considerada por alguns uma espécie de ensaio para a formação de um campeonato catalão de futebol, uma vez que a Catalunha há anos ensaia uma independência da Espanha e, provavelmente, isto teria impacto no futebol no caso de uma eventual separação dos países.

Se o jogo não foi tão bom tecnicamente, ao menos, tive o prazer de ver o Barça ganhar mais um troféu e de ver o agora capitão Xavi erguer um troféu.



Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona/

Colírio para os Olhos

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB



Bom dia, queridos leitores e leitoras!

Ontem à tarde eu estava passando pelos canais e vi que estavam transmitindo a partida do St. Pauli (clube da segunda divisão alemã) contra o Borussia Dortmund. E foi um imenso prazer assistir àquele jogo.

Tudo bem que o St. Pauli não ofereceu muita resistência. A equipe da casa passou todo o primeiro tempo encolhido nas suas duas linhas de quatro, ofereceu muito espaço para os artistas do Borussia desfilarem, tiveram apenas uma chance de gol durante toda a primeira etapa e ainda cometeram faltas à rodo.

Já o Borussia... Que espetáculo! Toque de bola, coletividade, movimentação e velocidade. A defesa do time de amarelo comete pouquíssimas faltas e mostra elegância até nos desarmes. E tome chances de gol, principalmente pelos lados. A equipe foi para o intervalo e o jogo já estava em 2x0 para o time aurinegro. E poderia ter sido mais se o time não perdesse tantos gols e o bandeirinha não tivesse anulado um gol legítimo de Immobile em um impedimento marcado incorretamente.



Nem as duas linhas de quatro tiraram o espaço do Borussia.
A equipe visitante criou muitas chances de gol pelos lados,
principalmente com Reus nas costas de Startsev. O Borussia,
no 4-1-4-1 adiantou a marcação e encurralou o St. Pauli. Immobile
foi bem, mas ficou muito na banheira (obtido via this11.com).



O time visitante tirou um pouco o pé no segundo tempo. A equipe aurinegra decidiu preservar seus atletas para o confronto contra o Bayern no sábado. O St. Pauli foi para o tudo ou nada enquanto o Dortmund articulava contra-ataques pelos lados. Em uma dessas, o goleiro Tschauner salvou um chute de Immobile, errou na reposição e entregou uma bola para Kagawa matar o jogo.



Sem opção, St. Pauli foi para cima e deu alguns sustos em Langerak.
Satisfeito com o resultado, Jügen Klopp trocou Reus por Bender,
mudando o esquema para 4-2-3-1, recuou o time e passou a jogar
em contra-ataques. Em uma dessas, o goleiro Tschauner errou a
reposição e deu um presente para Kagawa fazer o terceiro
(imagem obtida via this11.com).



A vitória colocou o Borussia Dortmund nas oitavas-de-final da DFB-Pokal 2014-15 e o próximo rival será decidido por sorteio.

Tudo bem que o St. Pauli não era um grande adversário, mas o Borussia demonstrou com a partida que ainda vale acreditar no futebol bonito e ofensivo. A equipe aurinegra até poderia ter feito mais gols, mas optou por se preservar pensando no confronto contra o Bayern.

Ainda bem que ainda existem Jürgen Klopp e o Borussia Dortmund para remarem contra a onda do futebol defensivo e pragmático.



Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Vitória e Recorde. E o Planejamento?

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



Antes de mais nada, parabéns ao meu São Paulo pela vitória de ontem sobre o Goiás, e também ao goleiro e capitão Rogério Ceni por mais um recorde alcançado. O arqueiro ontem atingiu a marca de 590 vitórias por um mesmo clube, superando a marca do meia galês Ryan Giggs que possui 589 pelo Manchester United.

O Tricolor, apesar dos tropeços, é um bom time, não depende mais tanto da bola parada, não atua mais no pragmatismo, troca mais passes e encanta o torcedor, seja pelo bom futebol apresentado, seja pelo bom elenco.

O São Paulo, no entanto, consegue alternar grandes exibições como a de ontem com momentos de apatia, como foi contra a Chapecoense na última quarta-feira. E ainda quase sempre deixa a peteca cair no segundo tempo, o que permite que rivais consigam empatar ou mesmo virar. Ontem mesmo, o Tricolor não voltou do intervalo tão vibrante como fora no primeiro tempo e viu o Goiás crescer na segunda etapa. Felizmente, Kardec fez o terceiro gol e jogou um balde de água fria na reação esmeraldina.

O treinador Muricy Ramalho melhorou muito com relação à sua passagem de 2006-2009. O "Muricibol" foi substituído por um lindo jogo coletivo, ofensivo e de troca de passes. Para ficar melhor, penso que o treinador poderia fazer como o Bayern em 2012-13 e promover rodízios em sua equipe, afinal o São Paulo tem condições de montar duas equipes em bom nível.

Há algum tempo, acreditava que o melhor a ser feito é jogar sempre com o mesmo time para que a equipe sempre tenha entrosamento, assim como Paulo César Caju escrevia em sua coluna. Hoje percebo o quanto a sequencia de jogos é pesada para os times brasileiros, tornando os atletas propensos a lesões e desgastes. Isso sem falar nas convocações que, por culpa da CBF, tiram os atletas mais importantes em jogos decisivos.

Com um pouco de planejamento, o Tricolor poderia minimizar os desgastes, jogar em bom nível em todas as competições disputadas e ainda suprir eventuais desfalques.



São Paulo FC 4-2-2-2 football formation
A "equipe titular" do São Paulo armada no 4-2-2-2, com
o "quadrado mágico" composto por Pato, Ganso, Kardec
e Kaká (imagem obtida via http://www.footballuser.com).



O banco de reserva do Tricolor possui boas opções e elas poderiam suprir sem problemas eventuais desfalques, bastando que os atletas tenham ritmo de jogo.



São Paulo FC 4-2-3-1 football formation
Um possível "time B" para o Tricolor, armado no 4-2-3-1.
Essa era a formação adotada pelo São Paulo no Paulistão
e também antes da pausa para a Copa do Mundo. Os dois
wingers ajudariam na marcação, oferecendo consistência ao
sistema defensivo (obtido via http://www.footballuser.com).



Já estamos em fim de temporada e creio que o time não terá mudanças a curto prazo, mas para 2015, gostaria que fosse feito um planejamento para melhor uso dos atletas, inclusive os do banco, prevendo eventuais perdas para convocações, lesões, suspensões ou vendas de jogadores. Como dizem por aí, um craque não pode ficar no banco.



Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/

A Alemanha de Pernas pro Ar

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB/



Que o melhor futebol do mundo atualmente é o alemão, ninguém discute, sobretudo após as aulas de futebol que o Bayern e a Seleção Alemã nos deram recentemente.

Quem está acompanhando o Campeonato Alemão, no entanto, deve estar estranhando, e muito, o desempenho das grandes equipes.

O Bayern vai muito bem, obrigado, liderando com folga na Bundesliga 2014-15, com quatro pontos à frente do vice-líder Borussia Mönchengladbach e sem nenhuma derrota por enquanto.

É estranho, no entanto, ver equipes do porte de Borussia Dortmund, Werder Bremen, Hamburger (ou Hamburgo) e Schalke 04 na parte de baixo da tabela. Todas as equipes mencionadas estão entre as maiores vencedoras do Campeonato Alemão. E o Dortmund e o Hamburger ainda foram campeões europeus.

Pensei, em princípio, que se tratavam de problemas relacionados à Copa do Mundo, levando-se em conta que atletas convocados tiveram férias reduzidas em decorrência do mundial deste ano e muitos deles perderam boa parte da pré-temporada. Seria um caso totalmente aplicável ao Dortmund e ao Schalke 04, mas não aos demais mencionados que cederam poucos atletas às seleções. E ainda temos o Bayern, que cedeu inclusive jogadores que são banco, como Shaqiri.

Perda de atletas importantes? Isto só se aplicaria ao Dortmund que perdeu Lewandowski para o Bayern e está com o departamento médico lotado. Os demais times promoveram verdadeiras faxinas em seus elencos e, em princípio, não têm grandes desfalques.

Crise? Apenas o Hamburger, que está mal das pernas desde a temporada anterior.

Não há, portanto, uma teoria que explique o mau momento de todos os clubes ao mesmo tempo, embora um amigo do trabalho acredite que os grandes clubes europeus planejem arrancadas apenas na metade da temporada, por volta de fevereiro ou março. É possível que as equipes ainda não tenham atingido seu "pico" de desempenho.

A paciência de torcedores e dirigentes, no entanto, têm limites e três treinadores já caíram na temporada. No Bremen, saiu Robin Dutt e entrou o ucraniano Viktor Skrypnyk. No Schalke, caiu Jens Keller e assumiu o italiano Roberto Di Matteo. No Hamburger, Mirko Slomka deu lugar a Josef Zinnbauer. E a lista pode aumentar com Jürgen Klopp sendo muito contestado com o mau início do Dortmund.

Ainda há 24 longas rodadas pela frente e muita água vai rolar até junho de 2015 quando a temporada termina, mas um quarto do campeonato já foi. É bom os clubes reagirem o quanto antes...



Imagem extraída do Facebook oficial do Schalke 04- https://www.facebook.com/S04/

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Ele Voltou!

Imagem extraída do Facebook oficial da Juventus- https://www.facebook.com/Juventus/



Sim, ele está de volta à Seleção Argentina!

A boa fase de Carlos Tévez pela Juventus o levou de volta à Albiceleste após muito tempo de ausência. E, sejamos francos, foi um retorno merecido, embora Tévez seja muito mais raça do que técnica.

Assisti a alguns minutos da partida entre Juventus e Palermo no domingo, mas logo desanimei apesar do gol de Arturo Vidal. A Juve perdeu sua elegância e maestria com a troca de treinador. Antonio Conte, que fazia a equipe jogar no toque de bola, deu lugar a Massimiliano Allegri, que mudou o estilo de jogo da equipe, no começo desta temporada. Não pude, portanto, avaliar o desempenho do ex-corinthiano em campo.

Penso que a Albiceleste tem a ganhar com o retorno de Tévez. Ele deve oferecer mais opções para o ataque, que apresentou problemas com as frequentes lesões de Messi e Agüero, isso sem falar em Higuaín, que decepcionou no último mundial. Tévez pode atuar como pivô ou, então, mais afastado da área.

O treinador Gerardo Martino também convocou mais meias-armadores e meias-atacantes, como Roberto Pereyra (Juventus), Érik Lamela (Tottenham), Nicolás Gaitán (Benfica) e Javier Pastore (PSG), diferindo-se do antecessor Alejandro Sabella, que armava sua equipe no 4-4-2 típico com meias centrais, intermediários entre volantes e armadores. Espera-se que com a mudança os atacantes tenham de voltar menos vezes para buscar a bola, em especial, Messi. Enzo Pérez (Benfica) e Lucas Biglia (Lazio), remanescentes da Copa do Mundo, também foram chamados e devem atuar mais recuados, como volantes típicos.

Espero que a Albiceleste faça boas exibições contra a Croácia (dia 12 de novembro) e contra Portugal (dia 18). O futebol argentino recuperou seu devido respeito com as boas exibições de seus clubes nos recentes torneios sul-americanos e também com o vice na Copa do Mundo. Em comum, os times apresentavam muita ofensividade e muito futebol bonito, baseado no toque de bola. E espero que assim permaneça.

Seja bem-vindo de volta, Carlitos! E boa sorte nos próximos jogos!



Imagem extraída do Facebook oficial da Juventus- https://www.facebook.com/Juventus/

O Talento Compensa. Mas Até que Quando?

Imagem extraída do Facebook oficial do Chelsea- https://www.facebook.com/ChelseaFC/



Fugindo da "baixaria eleitoral gratuita", assisti ao empate entre Manchester United e Chelsea. Foi um bom jogo, com bons craques em campo: Hazard, Oscar e Fàbregas pelos Blues, e Juan Mata, Van Persie e Di María pelos Red Devils.

O United, pelo jeito, ainda precisa melhorar muitas coisas. É verdade que a equipe estava muito desfalcada (Falcao García e Rooney estavam fora) e a equipe ainda está aprendendo a jogar sem sua zaga de confiança, que era formada por Vidić e Ferdinand durante muitos anos. O Manchester contratou um monte de estrelas e trouxe o renomado Louis Van Gaal para apagar a má temporada anterior, mas a equipe ainda não se firmou e, estatisticamente, o desempenho do treinador holandês ainda não foi muito melhor que o do antecessor David Moyes, como observou o narrador do canal ESPN.

O Chelsea foi um grande paradoxo para mim. Vi aqueles artistas todos (Willian, Fàbregas, Hazard e Oscar) desfilando seu talento entre as quatro linhas, mas o time azul cometeu faltas à rodo. Não achei a equipe tão retrancada como nos tempos de Di Matteo, mas os atletas do Chelsea bateram muito e o só não vaiei o time londrino porque os craques compensavam.

O time azul era melhor em campo. Defendia melhor e contava com a criatividade de seu meio-de-campo para abastecer Drogba, autor do gol do Chelsea.

Foi de tanto bater que o Chelsea levou cinco cartões amarelos contra apenas três do United, e ainda teve Ivanović expulso próximo à área de Courtois, gerando uma cobrança de falta que culminou no gol de empate dos Red Devils, anotado por Van Persie.

Entendi porque o Chelsea lidera a Premier League com folga e faz boa campanha na Champions League. O time é realmente bom e está menos pragmático em relação às temporadas anteriores, mas a equipe continua muito violenta e isto tira o brilho dos artistas.



Imagem extraída do Facebook oficial do Manchester United- https://www.facebook.com/manchesterunited/

domingo, 26 de outubro de 2014

Palpites para a Copa do Brasil

Imagem extraída de https://www.facebook.com/cruzeirooficial/



Serão realizadas também nesta semana as partidas de ida válidas pelas semifinais da Copa do Brasil 2014.

À exceção da vitória do Atlético-MG sobre o Corinthians, que eu considerei uma grande "zebra", os confrontos das quartas-de-final transcorreram de forma previsível, com as equipes em melhor momento levando a melhor sobre as em pior situação.

Cruzeiro, Santos, Flamengo e Atlético-MG lutam pelo título que dá ao seu detentor o direito de disputar a Libertadores do próximo ano.

Farei uma breve análise de como devem transcorrer as partidas e, claro, farei meus palpites.


CRUZEIRO X SANTOS: há algumas semanas, apontaria a Raposa como franca favorita, mas o Cruzeiro parece estar se aproximando de seu limite, com a perda de atletas importantes por lesões e também com o desempenho irregular nas últimas partidas. O Peixe, por outro lado, vem de uma campanha de recuperação e ascensão após um primeiro semestre inconsistente. O Cruzeiro possui uma equipe mais completa e tecnicamente superior, mas o Santos está em um momento melhor e compensa as deficiências com um ataque mais eficiente. Prevejo duas boas partidas, com muita ofensividade e futebol bonito. O jogo de volta será no Pacaembu, com o mando do Santos.

Palpite: Santos


FLAMENGO X ATLÉTICO-MG: duas equipes cujas torcidas fazem a diferença. O Galo, no entanto, possui uma equipe tecnicamente superior, está melhor na tabela do Brasileirão e joga um futebol mais agradável, com destaque para Dátolo e Tardelli, além do goleirão Victor. Como o jogo de volta será no Mineirão, o Mengo terá de dar tudo no primeiro jogo, abrir uma grande vantagem e, se possível, fazer um gol no jogo de volta para jogar a pressão para o outro lado se quiser ter chances para ir à final.

Palpite: Atlético-MG


As partidas acontecerão nas próximas duas quartas-feiras às 22:00h. Boa sorte às equipes e que prevaleça o bom futebol.



Imagem extraída do Facebook oficial do Atlético Mineiro- https://www.facebook.com/atletico/

Palpites para a Copa Sulamericana

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



Dos times brasileiros, restou apenas o São Paulo na edição de 2014 da Copa Sulamericana. Vitória, Bahia e Goiás foram valentes até o final, mas não conseguiram avançar às quartas-de-final.

Na chave do Tricolor, apenas o próprio São Paulo e o Atlético Nacional (da Colômbia) têm a minha simpatia por terem bom meio-de-campo e pelo fato de saberem atuar com a bola no chão. No outro lado, quase todos os times são bons de bola, incluindo o Boca Juniors (que, infelizmente, não conta mais com o gênio Riquelme), o Cerro Porteño e o River Plate. Tenho simpatia pelo Estudiantes, mas faz tempo que não os vejo atuar (da última vez, o treinador ainda era Alejandro Sabella) e o nível da equipe variou desde o toque de bola refinado até a brutalidade explícita.

E quem chegará às semifinais? Vamos às minhas expectativas e aos meus palpites para as artidas.


ATLÉTICO NACIONAL X CÉSAR VALLEJO- o Atlético não repetiu o bom futebol da Libertadores contra o Vitória, mas ainda é um time melhor e mais agradável que o César Vallejo. E os colombianos ainda possuem o fator altitude a seu favor. O time peruano, por outro lado, tem o mando do jogo de volta e isso pode trazer alguma esperança.

Palpite- Atlético


SÃO PAULO X EMELEC- o Emelec é uma equipe típica da escola equatoriana, com muita correria em campo. E ainda conta com alguns atletas que jogaram a última Copa do Mundo, como os já veteranos Bagüí e Guagua. O São Paulo é tecnicamente melhor, jogando mais com a bola no chão, mas sofre com o fator psicológico em partidas de mata-mata. Se o jogo de volta fosse no Morumbi, colocaria o Tricolor como favorito, mas como a partida de volta é na altitude equatoriana, isto pode complicar as coisas.

Palpite- Emelec


BOCA JUNIORS X CERRO PORTEÑO- há alguns anos atrás, credenciaria o Boca como franco favorito. O Cerro, no entanto, joga um futebol melhor, está em um melhor momento e terá o mando do jogo de volta a favor.

Palpite- Cerro Porteño


ESTUDIANTES X RIVER PLATE- é, subestimei o grande River Plate. Após amargar o rebaixamento, os Millonarios voltaram com tudo e estão na liderança do Campeonato Argentino. O Estudiantes atualmente vem patinando em seu país, ficando pelo meio da tabela. A partida de volta será no lendário Monumental de Núñez, casa do River.

Palpite- River Plate

sábado, 25 de outubro de 2014

O Clássico Deu Para o Gasto

Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras/



Fugindo do "tiroteio eleitoral" nas redes sociais, assisti ao clássico entre Palmeiras e Corinthians, partida que foi antecipada para hoje em decorrência da votação presidencial de amanhã.

A qualidade técnica das duas equipes foi melhor (ou "menos pior") em relação às partidas anteriores. Realmente, uma rivalidade tem o poder de motivar os atletas. Mesmo Valdívia, acusado de ser "chinelinho" em muitos momentos, deu o sangue no clássico e resistiu à dor até o final. E jogou bem.

As duas equipes atuaram bem menos na correria e rifaram menos a bola. O Palmeiras era um pouco mais ousado, motivado por sua torcida e animado pela boa fase. Mesmo Henrique, pouco habilidoso, aplicou alguns dribles e animou o seu torcedor.



As duas equipes atuam de formas parecidas, com apenas um
atacante de ofício e três volantes, mas o Palmeiras foi melhor
na primeira etapa e aproveitou os espaços deixados por
Fágner, onde conseguiu seu gol (obtido via this11.com).



O Verdão, que havia sido melhor no primeiro tempo, perdeu muitos gols no segundo tempo, recuou demais a equipe na reta final e ofereceu muitas chances de gol ao rival em faltas próximas à área ou ao ceder escanteios. O Timão, mais ofensivo na segunda etapa, chegou ao empate com justiça.



Timão aproveita o recuo do Verdão nos minutos finais, vai
para o "tudo ou nada" e é recompensado com o gol de
empate, anotado por Danilo (obtido via this11.com).



Efeito Diego Costa

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Mönchengladbach- https://www.facebook.com/borussia.global/



Dunga convocou cinco atletas que irão debutar pela seleção principal do Brasil: Luis Adriano, Douglas Costa, Neto, Casemiro e Roberto Firmino.

O quinteto, de fato, apresenta bom desempenho recente e suas equipes estão em alta no momento. Mesmo o modesto Hoffenhein, de Roberto Firmino, ocupa a surpreendente terceira colocação na Bundesliga e está invicto na competição.

Uma outra hipótese para as convocações é a possibilidade do Brasil "perder" alguns destes atletas para outras seleções, assim como aconteceu com Diego Costa. Mário Fernandes (que estava na convocação anterior), por exemplo, cogitou se naturalizar russo e disputar o próximo mundial em sua "casa".

Muitas das seleções europeias, com dificuldades em renovar seus elencos, optam por atletas naturalizados para tal fim, geralmente vindos da América do Sul, África e Leste Europeu. A Itália, por exemplo, disputou a última Copa do Mundo com um atleta nascido no Brasil (Thiago Motta) e outro na Argentina (Gabriel Paletta).

A "perda" de Diego Costa para a Espanha foi sentida por muitos brasileiros. Quando esteve no Brasil para a disputa da Copa, Diego foi muito vaiado por torcedores, o que demonstrava incômodo ou descontentamento pelo fato do atacante ter optado por defender outro país. E ele está fazendo sucesso no Chelsea, o que aumenta o lamento de muitos torcedores que gostariam de contar com seus gols em nossa Seleção.

Se minha hipótese estiver correta, o meia Raffael (com a camisa 11 na foto acima), do Borussia Mönchengladbach, pode figurar nas próximas convocações. Sua equipe está em boa fase (o Mönchengladbach é o vice-líder da Bundesliga), o atleta vem sendo muito elogiado pelas suas atuações na Alemanha e já é sondado para defender a seleção do país.

Raffael já é um atleta experiente com 29 anos e estará com 33 em junho de 2018, quando a próxima copa será realizada. Sua convocação iria na contramão do processo de rejuvenescimento da Seleção Brasileira, mas poderia ser interessante, levando-se em conta que faltam meias criativos para vestirem a amarelinha. Raffael jamais atuou profissionalmente no Brasil: ele teve uma passagem ainda como adolescente pelo Juventus da Mooca (clube da cidade de São Paulo) e logo se transferiu para o Chiasso da Suíça, onde começou sua carreira profissional.

Vale lembrar que a FIFA permite que os atletas defendam outras seleções desde que não tenham disputado jogos oficiais (partidas classificatórias e campeonatos) por outra delegação, o que permitiu que Diego Costa -que jogou amistosos pelo Brasil- defendesse a Espanha em outro momento.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Uma Mensagem à Portuguesa

Imagem extraída de https://www.facebook.com/portuguesaoficial/



Triste, mas há poucas chances da Portuguesa se safar do rebaixamento para a Série C. Na lanterna com apenas 21 pontos em 31 jogos, restando sete rodadas para o fim do Brasileirão e a 14 pontos do 16º colocado, as chances da Lusa se salvar são praticamente nulas.

A Portuguesa foi rebaixada para a Série B no ano passado após perder pontos com a escalação irregular do meia Héverton. De lá pra cá, o clube paulista travou dezenas de batalhas judiciais contra a CBF para reaver os pontos -sem sucesso- e ainda fez uma campanha totalmente pífia na Série B, complementada pela constante mudança de treinadores, algo que jamais salvou equipe alguma.

Não vejo nenhuma salvação a curto prazo para a Lusa, senão aceitar o destino e pensar no futuro.

Se os dirigentes a Portuguesa me permitem, faço algumas sugestões para que o clube possa, ao menos, recuperar sua dignidade ainda que a longo prazo.


1- Enxugar as finanças e buscar investidores para o clube

2- Investir nas categorias de base

3- Investir em infra-estrutura para o clube

4- Nada de trocar de treinador a cada quatro rodadas. O técnico precisa de estabilidade e tranquilidade para montar e entrosar uma equipe.

5- Convidar antigos ídolos para ajudar na administração do futebol. Eles poderiam trabalhar como treinadores de divisões de base, gerentes de futebol, olheiros, etc.


Parte destas medidas foram as que o ex-meia Juninho Paulista adotou pelo Ituano, campeão paulista deste ano. O cartola pegou um clube em frangalhos e tratou de buscar investimento para reerguer a entidade. O Ituano hoje tem categorias de base, CT, pessoal (nutricionista, preparador físico, médico, etc) e colheu os frutos do investimento em 2014 após anos de luta.

Se o modesto Ituano conseguiu se reerguer com tal modelo, por que a Portuguesa, que já foi um dos maiores clubes do Brasil, não poderia?

Novatos e Novidades

Imagem extraída do Facebook oficial do Hoffenhein- https://www.facebook.com/achtzehn99/



Dunga anunciou ontem a lista dos 23 convocados que disputarão os amistosos contra a Turquia em Istambul no dia 12 de novembro e contra a Áustria em Viena no dia 18 de novembro.

Sobre os adversários, não há muito o que comentar. A Turquia não possui mais aquela equipe de sucesso da década passada, quando conquistaram o terceiro lugar na Copa do Mundo de 2002 e chegaram às semifinais da Euro 2008. Seus atletas mais conhecidos são o volante Nuri Şahin (do Borussia Dortmund), os wingers Arda Turan (Atlético de Madrid) e Hamit Altıntop (ex-Bayern, atualmente no Galatasaray) e o meia Emre Belözoğlu, atual capitão e remanescente daquela geração da década de 2000. A Áustria, por sua vez, há muito tempo não disputa um mundial (o último foi em 1998 na França) e jogou apenas uma Eurocopa, a de 2008. Seu atleta mais conhecido é o lateral-esquerdo David Alaba, do Bayern. Os próximos dois amistosos, portanto, não devem oferecer grandes desafios à nossa Seleção.

O treinador Dunga promoveu mudanças em relação à última convocação. Os atletas que atuam no Brasil não foram chamados para alívio dos clubes. Já escrevi e repito: bastava que a CBF e a CONMEBOL adequassem seus calendários às chamadas "datas FIFA" para que o problema fosse resolvido. O jogador quer ter a honra de defender as cores de seu país e o treinador tem o direito de convocar quem quiser. Isso só cria um atrito desnecessário entre as partes envolvidas.

Os atletas convocados foram:


Goleiros:
Diego Alves (Valencia)
Rafael Cabral (Napoli)
Neto (Fiorentina)


Zagueiros:
Thiago Silva (Paris Saint-Germain)
David Luiz (Paris Saint-Germain)
Miranda (Atlético de Madrid)
Marquinhos (Paris Saint-Germain)


Laterais:
Danilo (Porto)
Filipe Luís (Chelsea)
Alex Sandro (Porto)
Mário Fernandes (CSKA)


Volantes:
Luiz Gustavo (Wolfsburg)
Fernandinho (Manchester City)
Rômulo (Spartak)
Casemiro (Porto)


Meias:
Oscar (Chelsea)
Philippe Coutinho (Liverpool)
Douglas Costa (Shakhtar Donetsk)
Roberto Firmino (Hoffenheim)


Atacantes e Wingers:
Neymar (Barcelona)
Luiz Adriano (Shakhtar Donetsk) 
Lucas Moura (Paris Saint-Germain)
Willian (Chelsea)


As únicas convocações que não concordei foram as de Luiz Gustavo (muito faltoso) e a de Rômulo (era presença constante na "Era Mano Menezes", mas pouco correspondia às expectativas).

As partidas da Champions realizadas nesta semana parecem ter influenciado o treinador, o que justificaria as convocações de Luiz Adriano e Douglas, ambos com atuações elogiadas na goleada sobre o BATE Borisov. Dunga também ofereceu chances para dois goleiros jovens (Rafael e Neto, com 24 e 25 anos, respectivamente) provavelmente visando uma renovação para a posição, lembrando que Jefferson, Cavalieri e Victor estão com mais de 30 anos.

A convocação mais surpreendente foi a do meia Roberto Firmino (foto acima). Ele é pouco conhecido aqui no Brasil e atua no Hoffenhein da Alemanha desde os 18 anos, após uma curta passagem pelo Figueirense. Também surpreendeu a convocação do volante Casemiro, ex-São Paulo. Ele fez parte das seleções de base, mas esta é a primeira vez que figura na equipe principal. Ele era um bom volante e foi injustamente criticado no Tricolor.

A julgar pelas convocações, Dunga deve alterar a formação do time de 4-2-3-1 para 4-4-2 ou 4-2-2-2, embora alguns dos meias convocados possam atuar pelos flancos.

Boa sorte à Seleção e que o bom futebol prevaleça.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Enquanto Isso, no Brasil...

Imagem extraída de https://www.facebook.com/cruzeirooficial/



Estou ansioso pelo fim de duas coisas aqui no Brasil: das eleições muito mais marcadas pela baixeza do que pelos argumentos, e do Brasileirão que ninguém demonstra vontade de ganhar.

O líder Cruzeiro não conseguiu furar a retranca do Palmeiras e, por pouco, não sai derrotado de sua própria casa. A distância para vice-líder São Paulo ainda é grande (sete pontos), mas a Raposa andou tropeçando nas últimas rodadas. Ainda é cedo para um alerta amarelo no elenco, mas isto é sinal de que há algo errado no time e o problema precisa ser sanado o quanto antes, ou a equipe pode pagar o preço a longo prazo.

O meu São Paulo, de novo, voltou a jogar mal diante de um time pequeno e perdeu a chance de diminuir a diferença para o líder. Se eu não me engano, um dos jogadores falou durante a semana em entrevista que o "título é o objetivo do São Paulo". Desperdiçando pontos desse jeito, só se for para 2015.

O Inter também merecia mais sorte diante do Flamengo, mas parece ter sentido as ausências de Dida, Juan e D'Alessandro diante do irregular Flamengo. A equipe tem um bom elenco mas também desperdiçou pontos diante de rivais sem expressão e agora pagou caro pela derrota diante do Mengão. Além de ter perdido a chance de recuperar a segunda colocação, viu Corinthians e Atlético-MG passarem à frente.

O Corinthians, ao menos, não vacilou e venceu o Vitória em jogo na Arena Pantanal -o Timão perdeu um mando de campo em decorrência de brigas envolvendo seus torcedores. O time se soltou mais do que de costume e foi premiado com a vitória. Que isso sirva de lição pro Mano Menezes. É muito mais fácil e mais divertido jogar quando o time manda no jogo, ficando com a bola o tempo todo e criando mais chances de gol.

Falta Espaço

Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid/



Lamento que poucos jogos da Champions League sejam exibidos no Brasil. Tudo bem que é apenas a fase de grupos, quando as partidas tomam um rumo mais ou menos previsível com as equipes de maior renome surrando as de menor expressão, mas quase sempre acontece alguma surpresa.

Assisti aos espetáculos do Barcelona sobre o Ajax na terça (via Esporte Interativo) e do Real Madrid sobre o Liverpool na quarta (via Band). Em ambos, o roteiro foi mais ou menos o mesmo, com os espanhóis tomando conta do jogo e envolvendo os rivais com toque de bola. Como senti falta disso no futebol.

As outras partidas, no entanto, não deixaram por menos e tivemos muitos jogaços, mas não havia canais suficientes para que todos fossem exibidos.

Na terça-feira, tivemos os massacres do Bayern sobre a Roma (7x1), do Shaktar sobre o BATE (7x0), e do Chelsea sobre o Maribor (6x0), sem falar na partida emocionante entre Schalke 04 e Sporting, que terminou em 4x3 para os alemães. Na quarta, o Borussia trucidou o Galarasaray (4x0), o Atlético goleou o Malmö (5x0) e o Arsenal conseguiu uma virada improvável sobre o Anderlecht nos acréscimos por 2x1. Temos muitos canais esportivos disponíveis, mas eles não parecem suficientes para acomodar tanto espetáculo.

Gostaria muito que as emissoras exibissem jogos diferentes entre si. Ainda não seria possível transmitir todas as partidas da Champions, mas isto permitiria que pudéssemos acompanhar a mais jogos deste verdadeiro espetáculo do futebol.

Às emissoras, no entanto, o que interessa é a audiência gerada pelas partidas e, como nem todos os jogos possuem o mesmo apelo, a tendência é de que a situação não mude a curto prazo. Uma pena.



Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona/

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Bravo, Lazio!

Imagem extraída do Facebook oficial da Lazio- https://www.facebook.com/SSLazioOfficialPage/



Bati palmas para a bela iniciativa da Lazio, clube italiano que conta com atletas albaneses e sérvios em seu elenco.

Albânia e Sérvia, dois países situados na Península Balcânica, possuem um grande histórico de animosidades. E a relação entre os dois países voltou a se complicar no final dos anos 90 com a Guerra do Kosovo, quando a Albânia declarou forte apoio à independência kosovar, enquanto a Sérvia revindica soberania sobre o território.

Houve, durante a semana passada, um incidente durante o jogo entre Sérvia e Albânia (válido pelas Eliminatórias da Euro 2016), quando um drone carregando uma bandeira albanesa sobrevoou o estádio onde a partida era realizada. O atacante sérvio Aleksandar Mitrović retirou a bandeira do objeto o que gerou reação dos atletas albaneses. Torcedores sérvio invadiram o gramado causando uma confusão generalizada e a partida foi suspensa. A UEFA avalia punições às duas seleções em decorrência do tumulto.

Dias após o ocorrido, a Lazio reuniu seus atletas sérvios e albaneses para uma sessão de fotos. O objetivo, segundo o presidente do clube, é demonstrar que o futebol tem muito a ensinar à política. Demonstrar como os atletas, em campo, superam as divergências entre seus países de origem e atuam como uma verdadeira equipe.

Posaram para as fotos (da esquerda para direita na foto acima) o zagueiro/volante Lorik Cana (albanês-kosovar), o atacante Filip Đorđević (sérvio), o goleiro Etrit Berisha (albanês-kosovar), o lateral Dušan Basta (sérvio) e o goleiro Thomas Strakosha (albanês).

Divergências político-diplomáticas deveriam ficar restritas aos governantes e não deveriam repercutir no esporte, que representa a união entre os povos. O futebol, aliás, deveria ser um meio de se aproximar os diferentes povos e as diferentes culturas, inclusive aquelas que possuem diferenças entre si.

Em um clube, atletas de diferentes nacionalidades são obrigados a conviver e a trabalhar juntos, e isto é dever profissional. Do contrário, não há união no elenco e o time perde.

Que o exemplo dos atletas da Lazio seja seguido por todos, não apenas no esporte, mas também entre todas as pessoas no mundo.

Bravo, Lazio!



Imagem extraída do Facebook oficial da Lazio- https://www.facebook.com/SSLazioOfficialPage/



Leia mais:

Não Vai Ter Copa mas Vai Ter Champions

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona- https://www.facebook.com/fcbarcelona/



Muitos brasileiros sentem saudades da Copa do Mundo, afinal o futebol brasileiro ficou "sem-graça" depois que presenciamos aqueles jogos em altíssimo nível na metade deste ano.

A Champions League, felizmente, torna-se um alento aos fãs do futebol-arte, esperançosos por partidas do mesmo nível técnico do último mundial. Equipes como o Barcelona, Ajax, Juventus, Bayern e Liverpool compõem a base das principais seleções europeias e divertem o espectador que deseja fugir das caneladas típicas do nosso futebol.

As expectativas são altas em pelo menos três jogos nesta rodada: Roma X Bayern, Barcelona X Ajax (ambos a serem realizados hoje) e Liverpool X Real Madrid (a ser realizado amanhã). São equipes que contam com bons elencos, praticam um bom futebol e contam com muitas estrelas que estiveram presentes aqui na metade deste ano.

Lamento, apenas, que as emissoras daqui privilegiem em demasia os times da Espanha. Eu ainda sou torcedor do Barcelona e tenho gostado do trabalho do Ancelotti no Real, mas os times da Inglaterra e, principalmente, da Alemanha merecem mais atenção devido a qualidade de seus elencos e de seu futebol.

Vale mencionar que a maioria das seleções está renovando seus elencos após o último mundial e muitos jovens que poderão disputar a próxima Copa estarão em campo nesta semana. O holandês Kevin Strootman (24 anos) e o italiano Mattia Destro (23), ambos da Roma, são dois exemplos de atletas jovens que podem figurar na Rússia em 2018. E eles podem estar em nosso caminho para o hexa.

As partidas desta semana começarão mais tarde em decorrência do horário de verão. Os jogos serão exibidos às 16:45h nos canais Bandeirantes (apenas na quarta-feira), Esporte Interativo e ESPN.

Que o futebol-arte prevaleça em todos os jogos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

A Culpa É da CBF

Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians- https://www.facebook.com/corinthians/



Entendo que uma derrota por 4x1 não é um resultado fácil de engolir, ainda mais levando-se em conta que o Corinthians poderia até perder por dois gols de diferença na situação em que se encontrava. Eu concordo plenamente com as críticas e os protestos feitos pelo torcedor corinthiano na última sexta-feira diante do ocorrido.

Algumas críticas, no entanto, merecem ressalvas. O volante Elias (foto) e o zagueiro Gil estavam servindo à Seleção Brasileira na terça-feira (dia 14) e voltaram às pressas para o jogo da Copa do Brasil no dia seguinte. E a dupla voltou sem condições de jogo.

Muitos criticaram a dupla corinthiana utilizando como argumento atletas que estavam na mesma situação, como Paolo Guerrero (estava na Seleção do Peru), Álvaro Pereira (estava com a delegação do Uruguai) e Diego Tardelli (foi titular nos dois jogos da Seleção Brasileira). Os três jogadores mencionados disputaram seus respectivos amistosos, voltaram correndo para os jogos de quarta-feira e entraram em campo como titulares de seus respectivos times.

Guerrero, Pereira e Tardelli, no entanto, foram exceções e não regras. A grande maioria dos jogadores que estava na mesma situação do trio também desfalcou seus respectivos clubes. Basta ver o meu São Paulo, que entrou em campo sem Kaká e Souza. Ou o Santos que não teve Mena (que estava na Seleção Chilena) e Robinho. Tivemos, ainda, o caso de Jefferson, que desfalcou o Botafogo na semana passada.

É muito desgastante para um jogador atuar em partidas por dois dias seguidos (como foi o caso de Tardelli), viajar por mais de 12 horas de avião e ainda ter de enfrentar a diferença de fuso, que é de quase 12 horas da China até o Brasil. O cansaço do atacante atleticano era notável. Eu assisti à partida entre Huachipato e São Paulo, e vi o lateral Álvaro Pereira, que estava nas mesmas condições, jogar com muito sacrifício.

A importância de uma partida contra o Atlético Mineiro exigia jogadores em boas condições físicas ou o time teria seu funcionamento comprometido. Por vezes, é melhor e mais prudente mandar a campo um reserva fisicamente melhor do que um titular completamente desgastado.

Elias e Gil, portanto, não têm culpa na dolorosa eliminação para o Atlético Mineiro. A dupla poderia ter feito a diferença em campo, mas dificilmente o fariam nas condições em que se encontravam.

Se quiserem um culpado, saibam que ele se chama CBF, que marca jogos decisivos nas "datas FIFA", prejudicando as equipes brasileiras. E isso não é de hoje.



Leia mais:

Uma Semana de Bom Futebol

Imagem extraída do Facebook oficial do Atlético Mineiro- https://www.facebook.com/atletico/


Olá, queridos leitores e leitoras!

Gostaria, antes de mais nada, de solicitar os meus mais sinceros pedidos de desculpas. O blog ficou algum tempo sem atualização por motivo de doença do autor. Ainda estou convalescendo, mas já me sinto capaz de voltar às minhas atividades normais.

Muita coisa aconteceu durante todo este tempo em que o blog ficou parado. Tivemos as emocionantes partidas válidas pelas quartas-de-final da Copa do Brasil 2014, o desfecho não tão feliz dos times brasileiros (à exceção do São Paulo) nas oitavas-de-final da Sulamericana, o tropeço da Alemanha diante da Irlanda, a briga entre albaneses e sérvios, a crise no Fogão e o amistoso entre Brasil e Japão. Pois é! O blog deixou tudo isso passar em branco, mas iremos recuperar o tempo na medida do possível.

Assisti a muitas partidas na última semana enquanto estive acamado e, de maneira geral, fiquei muito satisfeito com o desempenho das equipes brasileiras.

Acompanhei à boa vitória do meu São Paulo sobre o Hucahipato. O time chileno, aliás, me desapontou muito. O nível técnico piorou de 2013 pra cá. Onde está o toque de bola, a marcação dupla e o jogo coletivo? Mesmo com um a menos (Denílson foi expulso ainda no primeiro tempo) e atuando com time misto (Souza, Kaká, Luis Fabiano e Ademílson desfalcaram o time), o Tricolor não teve dificuldades em se impor em campo apesar de estar jogando na casa do rival. Gostaria muito que o São Paulo jogasse sempre no nível técnico apresentado nas duas últimas partidas, mas regularidade é algo um pouco difícil de se exigir do Tricolor nos últimos anos.

Vi também a grande atuação do Atlético Mineiro diante do Corinthians. O Galo, mesmo com a desvantagem no placar, não se rendeu, buscou jogo e jogou um belo futebol. Se os outros times brasileiros atuassem da mesma maneira que o Atlético contra o Timão, tenho certeza absoluta que teríamos campeonatos muito melhores por aqui. Pena que é exceção e não regra.

O Santos merece palmas pelo belo futebol apresentado e também pelas suas categorias de base. O Peixe, com boas atuações de suas pratas da casa, aplicou duas goleadas (5x0 em cima do Botafogo na Copa do Brasil e 4x1 em cima do Palmeiras no Brasileirão). Ah, dirigentes e "professores", por que vocês não fazem como o Santos e olham com mais carinho para os meninos formados no próprio clube? O São Paulo e o Corinthians deixaram vários meninos talentosos irem embora a preço de banana sem sequer serem aproveitados em suas equipes principais.

Lamentei, contudo, o tropeço da Seleção Alemã diante da Seleção Irlandesa em partida válida pelas Eliminatórias da Euro 2016. Fala sério! O que aquele time fez diante da Mannschaft? Ficou lá atrás com medo e achou um gol no finzinho da partida em bola parada enquanto a Alemanha buscou jogo o tempo todo. São times que jogam assim que acabam com a beleza do futebol. E o pior que aqui no Brasil tem um monte de equipes assim...

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sim, É Pra Comemorar!

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As fotos da cerimônia de entrega das medalhas e das premiações individuais não haviam ido ao ar até o fechamento da resenha anterior, mas é com grande prazer que escrevo mais um post valorizando o bronze conquistado pelas nossas meninas.

Todos esperavam o ouro, é claro. Isto ficou evidente no semblante das atletas após a derrota para os Estados Unidos no sábado. O título é sempre o objetivo (e não a obrigação) de cada seleção e, sem dúvida, é triste saber que chegamos tão perto da taça mas o sonho ficou adiado novamente, desta vez para 2018.

Sabemos, no entanto, como nossas atletas se empenharam e como esta geração possui muita qualidade, seja na técnica ou no talento. A equipe é praticamente a mesma desde 2012 e os desempenhos anteriores estão aí para provar que não foi por falta de jogadoras que o ouro nos escapou novamente.

Houve alguma falha? Sim, houve. É costume do brasileiro iniciar uma "caça às bruxas" todas as vezes em que seu time não conquista um título. O torcedor brasileiro quer vencer, e não competir, valendo muito mais o resultado final do que os meios para alcançá-lo. Mas, ao menos nas redes sociais, tenho notado que o Brasil reconheceu o esforço das jogadoras e do treinador. Muitos elogios e poucos comentários hostis, felizmente.

A qualidade de nossas atletas também ficou evidente nas premiações individuais, afinal emplacamos duas jogadoras na seleção do mundial. A oposta Sheilla e a central Thaísa foram eleitas as melhores em suas respectivas posições.



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As melhores jogadoras (por posição) foram as seguintes:

Melhores ponteiras: Ting Zhu (China) e Kimberly Hill (Estados Unidos)
Melhores centrais: Thaísa (Brasil) e Junjing Yang (China)
Melhor levantadora: Aliha Glass
Melhor oposta: Sheilla (Brasil)
Melhor líbero: Monica DeGennaro (Itália)
MVP: Kimberly Hill (Estados Unidos)

Lamentei as ausências da oposta Valentina Diouf (Itália) e da ponteira Jaqueline (Brasil). Elas jogaram muita bola no campeonato, mas a seleção ficou ótima e as atletas nomeadas tiveram méritos nas premiações individuais.

O Brasil foi, ainda, agraciado com o prêmio de fair play da competição, recebido pelo treinador José Roberto Guimarães.

O Brasil continua a preparação para o ciclo olímpico, afinal as olimpíadas são sempre o objetivo principal do vôlei brasileiro, e nossas meninas querem fazer bonito em casa. A responsabilidade vai ser muito grande, ainda mais levando-se em conta que o Brasil é o atual bicampeão olímpico.



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O desempenho de nossas seleções de vôlei foi muito satisfatório, tanto para o time masculino como o feminino. Os rapazes foram vice-campeões na Liga Mundial (após sofrerem muito nas mãos dos iranianos, italianos e norte-americanos) e do Mundial (competição que teve a arbitragem e os critérios de classificação bastante contestados). As meninas, por sua vez, nos trouxeram este bronze no Mundial e também o decacampeonato do Grand Prix. Coincidentemente, a Seleção Feminina sofreu apenas uma derrota em cada uma dessas competições disputadas.

A boa fase de nossas seleções, contudo, não pode nos fazer esquecer dos problemas em nosso vôlei. Recentemente, mais um clube, o Volta Redonda, fechou as portas. E isso significa menos oportunidades para formar novos atletas e, consequentemente, menos talentos para as nossas seleções futuras. E o que dizer de nossa ponteira Jaqueline, que jogou muito neste ano, mas dificilmente poderá atuar no Brasil devido ao absurdo sistema de ranking imposto pela CBV.

O Brasil, mesmo com os problemas e com as frustrações, deve comemorar muito suas conquistas. As seleções se empenharam muito e todos sabem muito bem disso.

Valeu, Brasil! Até 2015!



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domingo, 12 de outubro de 2014

Este Bronze Valeu Ouro

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O Brasil venceu a Itália e ficou com o bronze no Mundial. Nossas meninas fizeram uma campanha digna de aplausos, presentearam o espectador com grandes jogadas e mostraram sua força em quadra.

A partida contra a Itália foi dura, complicada. Nossas meninas começaram vencendo os dois primeiros sets sem grandes dificuldades. Parecia que o bronze cairia no colo de nossas atletas.

Nossa Seleção, contudo, voltou a apagar no 3º set e permitiram a reação das donas da casa. O 8º jogador, a torcida italiana, se animou com a reação e passou a pressionar nossas meninas.

A oposta Diouf, com seus 2,02m, parecia carregar o time nas costas. Apenas a camisa 17 e a veterana Del Core ofereciam perigo efetivo contra o Brasil no envelhecido time italiano.

O Brasil aceitava o ataque adversário e se apresentava apático novamente. O brilhante Zé Roberto, desta vez, errou ao não mexer na equipe quando muitas de suas peças não mais funcionavam. Fê Garay, Thaísa e a capitã Fabiana erravam muito no 3º e no 4º set. Pareciam ter sentido a reação italiana somada à pressão da torcida.

A jovem ponteira Gabi, com apenas 20 anos e 1,76m de altura, entrou no tie-break e fez toda a diferença em quadra. Ela deu a vida e a alegria que o Brasil havia perdido nas duas últimas parciais.

Acabou a partida. Lágrimas dos dois lados. De um lado, a capitã Fabiana era totalmente emoção. Chorava aos prantos tamanha a tensão e emoção da partida. Um bronze inédito que foi comemorado como um ouro. 

A jovem Diouf, do outro lado, também era só lágrimas, mas de frustração. As italianas estavam muito perto de conseguirem o prêmio de consolação para sua animada torcida, mas esbarraram na valentia das chinesas no sábado e na força brasileira no domingo. Fica aqui, no entanto, registrado meus parabéns à talentosa Diouf e à Seleção Italiana, que tiveram seus esforços reconhecidos pela platéia e deixaram o ginásio aplaudidas.

O Brasil venceu a Itália por 3x2 sets, com parciais de 25/15, 25/13, 22/25, 22/25 e 15/7. Diouf foi a maior pontuadora com impressionantes 31 pontos. Pelo Brasil, Sheilla foi a maior com 21 tentos.



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Na final, os Estados Unidos tiveram de suar a camisa para vencerem as esforçadas chinesas. Vitória norte-americana por 3x1 sets e parciais de 27/25, 25/20, 16/25 e 26/24. Ting Zhu (China) e Kimberly Hill (Estados Unidos) foram as maiores pontuadoras da partida com 15 e 20 pontos, respectivamente.

Ficam registrado os meus parabéns às norte-americanas pelo título. Estas atletas estão no auge de suas formas físicas, fizeram jus à imensa tradição que possuem no vôlei e têm muito talento em quadra. Parabéns também às chinesas, uma geração jovem, esforçada, talentosa e que datá muitos frutos no futuro.

As melhores atletas da competição não haviam sido anunciadas até a publicação desta resenha.



Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/



O Brasil deixa a Itália de cabeça erguida. A medalha de bronze, de maneira alguma, desmerece a brilhante campanha de nossas jogadoras e do vitorioso treinador José Roberto Guimarães.

Ainda não foi desta vez que conquistamos o mundial feminino, mas temos uma base sólida e talentosa para as próximas competições, como a Copa do Mundo (outro título inédito até o momento) em 2015 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 que, aliás, é o grande objetivo deste ciclo.

Parabéns Fabiana, Dani Lins, Carol, Adenízia, Thaísa, Jaque, Gabi, Tandara, Natália, Sheilla, Fê Garay, Fabíola, Camila Brait, Léia e Zé Roberto! Vocês fizeram bonito na Itália e nós brasileiros reconhecemos seus esforços e talentos! Bola pra frente que em 2015 tem mais!



Imagem extraída de http://italy2014.fivb.org/

Apenas Lampejos

Imagem extraída de https://www.facebook.com/BotafogoOficial/



Acompanhei o embate entre Botafogo e Corinthians, que aconteceu no gramado lamentável da Arena da Amazônia. Como bem pontuou o locutor da partida, esse estádio foi utilizado em uma Copa do Mundo, recebeu um monte de certificados mas seu estado atual não faz jus ao tal "padrão FIFA".

O Corinthians, novamente, tropeçou em um adversário em crise. Isso acontece porque os times que estão em melhor fase (Cruzeiro, São Paulo, Fluminense, ...) tendem a atacar mais, oferecendo espaços para contra-ataques corinthianos. Mas quando o rival se fecha, o Timão sofre porque não tem criatividade no meio-de-campo para atacar e acaba sendo vítima da sua própria arma. Aliás, diante do lanterna do Brasileirão, não justificava entrar em campo com tantos volantes (Petros, Bruno Henrique e Guilherme).

O Botafogo, por outro lado, me fez lembrar o significado da palavra "raça" no bom sentido. Com salários atrasados, demissões em massa e ocupando a lanterna do campeonato, o Fogão utilizou tudo o que estava a seu alcance pelo resultado. Bati palmas para a atitude dos atletas que, por um instante, esqueceram a crise e buscaram jogo. No entanto, eles estariam cobertos de razão caso fizessem uma greve ou apoiassem os companheiros demitidos. Eu os aplaudiria da mesma forma.

O nível técnico da partida foi lamentável, com muitas faltas, correria e afobação. Nada de tabelas, dribles ou finalizações bem feitas. Dois times que brigavam por uma bola. Corinthians e seu meio-de-campo totalmente voltado para a marcação contra o desespero do Botafogo.

O pênalti dado ao Botafogo foi, no mínimo, discutível. Como bem falou o lateral Fábio Santos (que cometeu a infração), realizou-se um grande evento para discutir a questão da mão na bola, mas os árbitros não chegam em um consenso a respeito da regra, com cada um adotando seu próprio critério. Segundo o lateral, o árbitro da partida contrariou o que o palestrante do evento discursou.

As únicas coisas louváveis da partida foram a raça (no bom sentido) do Fogão, o goleiro Helton Leite (foto -que fez grandes defesas) e a entrevista de Fábio Santos, que fez críticas à arbitragem (com razão) e exaltou a atitude do rival em um momento de crise.

Que bom seria se as entrevistas pós-jogo fossem como as suas, Fábio.