domingo, 30 de novembro de 2014

Sem Fazer Esforço

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Restam poucas coisas em jogo no Brasileirão 2014, afinal o vencedor já está definido, os classificados para a Libertadores já estão virtualmente assegurados e os rebaixados também estão praticamente definidos.

Deve ser por isso que tantos times pareciam jogar sem vontade e apresentando placares pífios.

O Palmeiras precisava vencer o Internacional para não se complicar com o risco de rebaixamento. Foi goleado no Beira Rio e só não voltou para o Z4 porque o Flamengo foi uma mãe trucidando o Vitória. Melhor para o Colorado, que carimbou seu passaporte para a Libertadores 2015.

O São Paulo, de ressaca da Sulamericana, não passou de um empate na despedida de Kaká do Morumbi. O time da casa abriu o placar com Edson Silva, mas Rogério tentou driblar e entregou um gol para o ex-são-paulino Mazola iglualar. Mesmo assim, a equipe do Morumbi ficou com o vice-campeonato assegurado porque o arquirrival Corinthians perdeu e não pode mais alcançar o Tricolor na tabela.

O Timão, precisando apenas de um empate para assegurar sua vaga na Libertadores, abriu o placar contra o Flu no Maracanã, pressionava o rival e parecia que teria uma tarde tranquila. Foi aí que o Coringão pagou por ter recuado demais no segundo tempo e viu o time da casa crescer. O time paulista passou a apelar para as faltas e cometeu dois pênaltis convertidos por Fred.

O Corinthians, contudo, assegurou sua vaga na Libertadores graças ao Grêmio, que atuou muito recuado e deu espaço para o Bahia jogar. Geromel foi expulso ao parar um contra-ataque perto da área e ofereceu a Galhardo a chance para marcar o único gol do jogo. O resultado tirou as chances do Imortal de retornar à Libertadores e deu sobrevida ao Bahia na luta contra a Série B.

Hoje, os times que ainda lutavam por algo no Brasileirão tiveram sorte e tiveram êxito em seus objetivos sem precisarem se esforçar. Mas não vai ser sempre assim.



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O Fogo Apagou

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Boa noite, queridos leitores e leitoras.

Estava em viagem durante o último sábado e, por isso, não tivemos atualizações ontem.

O Botafogo encerra da forma mais trágica possível um ano que já começou errado.

Começou perdendo Seedorf, seu então principal jogador, e o treinador Oswaldo de Oliveira.

Acertou um patrocínio polêmico com a Telexfree, empresa acusada de cometer crimes. Foi obrigado a romper a parceria meses depois.

Perdeu sua casa, o Engenhão, interditado por problemas estruturais.

Fez campanhas pífias no Carioca e na Libertadores, ficando fora do mata-mata em ambas as competições.

Em decorrência de problemas financeiros, atrasou salários de jogadores, gerando protestos de atletas.

Dispensou quatro jogadores, piorando o clima nos vestiários. Os quatro atletas concederam entrevistas disparando contra os dirigentes.

Como se todos esses problemas não fossem o bastante, entrou na zona de rebaixamento do Brasileirão na 26ª rodada e não saiu mais.

Hoje, no dia 30 de novembro de 2014 na 37ª rodada do Brasileirão, o Fogão termina a temporada de forma melancólica e retorna à Série B, doze anos após seu primeiro rebaixamento na competição.

Hoje o Fogo apagou.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Que Pena! Que Pênalti!

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Torci para que o São Paulo e o Boca Juniors fizessem a final da Copa Sulamericana 2014, afinal o Tricolor e os Xeneizes possuem um estilo de jogo mais agradável do que o do Atlético Nacional e o do River Plate, embora os outros dois times também me agradem. Mas, o São Paulo e o Boca acabaram desperdiçando cobranças de pênaltis e perderam suas vagas em decorrência dos erros.

O São Paulo havia feito tudo certo na quarta-feira, tocando a bola e pressionando. O Atlético Nacional abriu mão do ataque e ficou só se defendendo. O Tricolor conseguiu marcar com Ganso, levou a decisão aos pênaltis e acabou perdendo duas cobranças com Kardec e Tolói.

O Boca, no dia seguinte, pressionou o River do primeiro ao último minuto na base do toque de bola. Marcelo Meli foi atingido por Ariel Rojas na área logo no primeiro minuto. O Juiz assinalou pênalti para o Boca, Emanuel Gigliotti cobrou, mas o goleiro Marcelo Barovero salvou. A oportunidade perdida fez falta e o River, na base do contra-ataque, conseguiu um gol com Pisculichi, o único da partida.

Colombianos e argentinos farão as finais em datas e locais a definir. Pela tradição, credenciaria o River como favorito ao título, mas os Millonarios estão em uma fase de renascimento enquanto o Atlético é um representante típico da atual escola colombiana, com futebol mais leve e com equilíbrio entre ataque e defesa.

Assim que as datas e os mandos forem definidos, faremos análises e palpites para as finais.



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A Copa América Mais Difícil de Todos os Tempos

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Foi realizado nesta semana o sorteio que definiu o chaveamento da Copa América 2015, a ser realizada no Chile.

Brasil (8 títulos na competição), Argentina (14) e Uruguai (15) são os maiores vencedores do campeonato e sempre polarizam a disputa. Peru (2), Paraguai (2), Colômbia (1) e Bolívia (1) venceram as edições restantes.

Desta vez, contudo, a competição promete ser bem mais disputada. Tudo porque o anfitrião Chile e a Colômbia contam com grandes gerações de atletas, praticam um futebol agradável e podem muito bem surpreender na competição. O desempenho da Roja e dos Cafeteros na última Copa do Mundo são claras demonstrações do potencial destas equipes. Vale ainda ficar de olho no Paraguai, que não é um grande time mas sempre joga pelo regulamento, e no Peru, que conta com alguns atletas jovens e de nível técnico razoável. O México, como convidado, deve entrar com apenas com o time reserva e não deve dar tanto trabalho como na última Copa do Mundo.

Como o Chile (país-sede), a Argentina e o Brasil eram os cabeças-de-chave, a formação de um "grupo da morte" era praticamente inevitável. E foi o que aconteceu no Grupo B, com a Argentina, Uruguai e Paraguai caindo juntos. Para a sorte do trio, dos times que terminarem em terceiro em suas respectivas chaves, os dois melhores pontuadores podem avançar.

Assim sendo, as grandes equipes não devem ter grandes dificuldades para avançarem ao mata-mata onde o bicho realmente vai pegar. Arrisco dizer que Chile (em 1º no Grupo A), Equador (em 2º no Grupo A), Argentina (em 1º no Grupo B), Uruguai (em 2º no Grupo B), Paraguai (em 3º no Grupo B), Brasil (em 1º no Grupo C), Colômbia (em 2º no Grupo C) e Peru (em 3º no Grupo C) avançam às quartas-de-final.

O Brasil, como sempre, entrará "obrigado" a vencer a competição. E, desta vez, mais do que nunca. Tudo para apagar o vexame do último mundial e também para garantir vaga na próxima Copa das Confederações, competição na qual nossa Seleção é a maior vencedora e atual detentora do título. Mas o caminho para o caneco, desta vez, será mais difícil do que nunca, dadas as qualidades dos concorrentes.

Será que dá, Brasil? Saberemos a partir de junho do próximo ano.



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quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Embolou

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Era para ser uma barbada, mas a 5ª rodada da fase de grupos da Champions League 2014-15 terminou com resultados no mínimo curiosos, com direito a muitas zebras que embolaram a competição.

O Borussia Dortmund, por exemplo, já estava classificado e precisava apenas vencer o Arsenal para terminar na liderança e pegar um rival teoricamente mais fácil nas oitavas, mas os Gunners fizeram valer o fator casa, devolveram a derrota sofrida na primeira rodada e garantiram presença na próxima fase. Agora, dependendo da combinação de resultados, os londrinos podem terminar até na liderança do Grupo D. Galatasaray e Anderlecht não têm mais possibilidades de avançarem.

No Grupo A, apenas o Atlético de Madrid está garantido. A Juventus terá de derrotar os Colchoneros em Turim para não correrem o risco de perder a vaga para o Olympiacos, que recebe o lanterna Malmö.

No Grupo B, o Liverpool tropeçou diante do fraco Ludogorets e se complicou na competição. A sorte dos Reds é que o próximo adversário é o Basel, rival direto pela vaga, e o jogo será no Anfield.



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No equilibrado Grupo C, o tropeço do Leverkusen diante do Monaco em plena Bay Arena deu sobrevida ao time do principado. O Zenit eliminou o Benfica e os Encarnados repetem a triste campanha da temporada anterior, ficando de fora das oitavas.

No Grupo E, o tropeço do Bayern (com vaga e liderança garantidos) embolou a disputa para a segunda vaga e agora os três times restantes -City, CSKA e Roma- estão com o mesmo número de pontos e estão com chances iguais de avançarem.

No Grupo G, a derrota do Schalke 04 para o Chelsea em plena Veltins-Arena deu sobrevida ao Sporting, que pode avançar caso vença os Blues e/ou os Königsblauen tropecem na última rodada.

O fim de ano promete ser mais do que agitado para os grandes times europeus...



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Supremacia Mineira

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Bom dia, queridos leitores e leitoras.

Em decorrência de problemas pessoais, o autor não atualizou o blog neste período de sete dias. Peço imensas desculpas ao querido leitor e leitora pelos dias de ausência.

Para marcar o nosso retorno, nada mais justo do que parabenizar o Cruzeiro pelo segundo título brasileiro consecutivo -e quarto do clube- e o Atlético Mineiro pelo seu primeiro título na Copa do Brasil. Mais do que isso, gostaria de parabenizar o futebol mineiro pelos excelentes times, afinal Galo e Raposa fizeram grandes campanhas em 2013 e não deixaram a peteca cair neste ano, mostrando que os clubes tiveram competência para se manterem no topo.

Tanto Cruzeiro quanto Atlético jogam um futebol magnífico, possuem atletas inteligentes no meio-de-campo, priorizam o ataque e fogem da covardia praticada por outros times brasileiros. Há diferenças entre os estilos, mas bato palmas para ambos.

O triunfo merecido dos dois clubes mineiros me alegra, mas também me revolta. Os dois times mostram que ainda temos espaço para a ousadia e para o futebol bonito, mas a maioria das equipes reluta em aceitar isto e continua apostando nos volantes brucutus, incluindo a nossa Seleção.

Está mais do que na hora de olharmos um pouco para os exemplos oferecidos pelos dois grandes times mineiros e repensarmos o nosso futebol. Vale lembrar, aliás, que a nossa Seleção cometeu o maior vexame de sua história justamente em Minas Gerais, palco do 7x1 para a Alemanha. Deveríamos aproveitar o momento e utilizar a Raposa e o Galo como modelos para reconstruir o nosso futebol como um todo.

Tadelli, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro já vêm sendo convocados para a Seleção. Já é um começo, mas não basta apenas levar os jogadores, é necessário levar também o estilo. É necessário se desprender do conservadorismo que impregnou nosso futebol.

Que o Galo e a Raposa sejam o "algo mais" que falta para que nosso futebol volte a ser o que era em seus tempos áureos.

Parabéns, Cruzeiro e Atlético Mineiro!



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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Bem-Vinda de Volta às Quadras, Jaque!

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Gostaria, em nome do voleibol brasileiro, agradecer imensamente ao Minas Tênis Clube (que se chamará Camponesa/Minas nesta temporada) por ter aberto suas portas à ponteira Jaqueline Carvalho (foto).

Jaque está há mais de um ano sem defender um clube. Ela se afastou das quadras desde a metade de 2013, quando engravidou. Desde então, ela ficou impedida de atuar profissionalmente pelos grandes clubes do Brasil devido ao sistema de ranking da CBV -do qual eu discordo totalmente- que impede que muitos atletas com passagens recentes pela Seleção atuem por um mesmo time. Molico (seu time antes de seu afastamento), Unilever e Sesi já contam com muitas atletas com passagens recentes pela Seleção, enquanto o Vôlei Amil fechou as portas. Restava à pernambucana que algum outro clube lhe abrisse as portas para que ela pudesse continuar em atividade. A atleta declarou que chegou a recusar ofertas do exterior para não se distanciar do filho e do marido Murilo Endres.

O Camponesa, felizmente, apareceu no momento certo e acertou com a ponteira na última terça-feira. Jaque, mesmo estando sem clube durante todo esse tempo, foi convocada pelo treinador Zé Roberto para a disputa do Grand Prix e do Mundial de Vôlei deste ano. E a pernambucana não decepcionou, fazendo grandes jogadas e sendo decisiva nos momentos mais importantes. Uma atleta da importância de Jaqueline não poderia ficar sem jogar. Ela ainda é muito importante para nossa Seleção e precisa atuar para se manter em forma.

Jaque ainda não estreou pelo seu novo clube, que perdeu ontem justamente para o Molico Nestlé, último time defendido pela ponteira. A atleta ainda não tem previsão para voltar às quadras, mas já manifestou seu desejo de regressar o quanto antes.

Boa sorte em seu novo clube Jaque, e bem-vinda às quadras novamente!



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Leia mais:

Globo Esporte- Sem equipe há um ano e meio, Jaque fecha com Minas e disputará Superliga: http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2014/11/sem-time-ha-um-ano-e-meio-jaque-fecha-com-minas-e-disputara-superliga.html

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Quem Pega o Cruzeiro?

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Não é só no futebol que o Cruzeiro anda imbatível. Na Superliga Masculina de Vôlei 2014-15, o Sada/Cruzeiro segue fazendo campanha irrepreensível a exemplo da última temporada com 100% de aproveitamento até o momento -seis vitórias em seis jogos, 18 pontos conquistados e apenas três sets concedidos.

O Cruzeiro é a principal base da Seleção Masculina de Vôlei, junto com o Sesi. Wallace, Éder e Isac são presenças constantes no time de Bernardinho, além do levantador William Arjona, que também tem passagens recentes. Além deles, o time mineiro conta com o ponteiro cubano Leal, talvez o principal ídolo da equipe.

O clube mineiro conseguiu preservar a base da última temporada a despeito de alguns de seus jogadores estarem bastante valorizados pelas boas campanhas na Seleção. Além disso, o treinador Marcelo Mendez também foi mantido graças ao bom trabalho das recentes temporadas.



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A manutenção do elenco e do treinador não foram importantes apenas pelo desempenho. O entrosamento dos atletas é sempre fundamental em um jogo coletivo, sobretudo no voleibol onde o time não pode depender de um único jogador. No vôlei, um único atleta não pode pegar a bola e resolver sozinho uma partida como pode acontecer no futebol ou no basquete. É preciso, mais do que nunca, que haja confiança mútua em quadra para que haja construção e conclusão de jogadas, ainda mais levando-se em conta que são permitidos apenas três toques na bola.

Todo o entrosamento entre os atletas do Cruzeiro se reflete no desempenho do time em quadra e também em nossa Seleção. Mesmo com tantas estrelas convivendo juntas, os jogadores não demonstram estrelismo e o grupo parece compreender a importância dos membros. Os atletas aparentam dividir os holofotes com os companheiros ao invés de atribuir o sucesso a um único jogador, assim como acontece no time de futebol do clube.

E é bom que o Cruzeiro continue realizando seu bom trabalho, pois as demais equipes estão bastante fortalecidas para temporada. Vôlei Brasil Kirin, Taubaté, Sesi e Canoas estão com times muito fortes para tentar tirar o Sada do topo. Além deles, há o arquirrival Minas Tênis Clube, que sempre faz da rivalidade uma arma para surpreender o time azul.



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Vivendo e Aprendendo

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O Brasil tira duas importantes lições do confronto contra a esforçada Áustria. A primeira, obviamente, é a de jamais subestimar adversários de pouca expressão. E a segunda é a necessidade de se investir mais no jogo coletivo, pois os austríacos, apesar de limitados, conseguiram tirar os espaços dos principais jogadores do Brasil -em especial, Neymar- e mataram a criatividade de nossa Seleção.

A Áustria nem de longe é um time brilhante, sendo tecnicamente inferior à Turquia. Seu jogo consiste muito mais em correria do que futebol bonito, e os europeus souberam muito bem como marcar os brasileiros para roubar-lhes a bola e tentar contra-ataques.



Com um meio-de-campo muito mais voltado para a marcação do
que a criação, o Brasil praticamente não conseguiu atacar no
primeiro tempo, seus atacantes foram presas fáceis das duas
linhas de quatro austríacas e o atacante Okotie deu alguns
sustos em Diego Alves (obtido via this11.com). 



À exceção da entrada de Thiago Silva, que substituiu o lesionado Miranda ainda no primeiro tempo, o Brasil voltou a campo sem mudanças para a segunda etapa -posteriormente, entram Firmino e Douglas nos lugares de Luiz Adriano e Willian, respectivamente. A Áustria sofre um gol do Brasil -anotado por David Luiz- mas não se intimida diante da tradição brasileira e continua indo para cima. Em uma destas investidas, consegue um pênalti cometido por Oscar e Dragović converte para os donos da casa.



A presença de Firmino melhora a criatividade no meio-de-campo
brasileiro enquanto Oscar permanece muito recuado. As linhas
defensivas da Áustria continuam eficiente e o Brasil só chega
ao gol na bola parada. Os contra-golpes austríacos continuam
perigosos e em um deles Weimann é derrubado na área por
Oscar (obtido via this11.com).



Apenas nos últimos dez minutos, o Brasil fez o que deveria ter feito desde o início: colocar o time no ataque e apostar no jogo coletivo. Foi assim que, após troca de passes, Firmino acertou um petardo de fora da área e deu números finais ao jogo. A Áustria não se entregava e continuava pressionando, mas não houve tempo para o empate.

Alguns dos problemas apresentados durante o comando de Felipão voltaram a surgir na partida de hoje, incluindo a falta de jogo coletivo do Brasil e o distanciamento do meio-de-campo e do ataque. Como pode um meia tão habilidoso como o Oscar jogar tão distante do centroavante? E por que a Seleção só jogou bem nos dez minutos finais? Por que não pressionar desde o início, marcar um gol logo no começo da partida e jogar um balde de água fria no ímpeto rival?

A Áustria, limitada e com poucos recursos técnicos, tentou se valer do mando de jogo e foi para o tudo ou nada, além de realizar uma marcação apropriada contra o Brasil, anulando Neymar. O jogo feio dos austríacos foi compensado pela atitude correta em campo, afinal eles não tinham nada a perder contra um rival da grandeza do Brasil.

Será que Dunga e a Seleção Brasileira aprenderam algo de bom no confronto de ontem?



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terça-feira, 18 de novembro de 2014

Arte Europeia

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Dediquei um post à parte para a partida entre Itália e Croácia, mas outras grandes seleções também fizeram boas exibições no último final de semana e presentearam os fãs do futebol-arte com muitas goleadas. Eram adversários fracos, é verdade, mas isso não impediu os grandes times de desfilarem talento em campo. E as seleções de peso não subestimaram os rivais de menor expressão. 

A Holanda do craque Robben (foto acima) não tomou conhecimento da Letônia e deu um verdadeiro passeio em campo, aplicando 6x0 nos rivais.

Os holandeses estavam de "ressaca" após a boa campanha no último mundial com direito a derrotas diante da República Checa e da Islândia, mas parece que as coisas, aos poucos, vão voltando ao normal e o treinador Guus Hiddink, em sua segunda passagem pela Oranje, vai retomando as rédeas da situação.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam/



A Alemanha, mesmo com muitos desfalques, também goleou a fraca Seleção de Gibraltar. A derrota por 4x0 saiu barato para o time que sequer possui atletas profissionais.

A Mannschaft jogou um futebol de encher os olhos, lembrando muito o Borussia Dortmund. Havia um equilíbrio perfeito entre movimentação e troca de passes. E o time apresenta um futebol leve e agradável, mostrando que a verticalização alemã pode conviver com a posse de bola espanhola -introduzida no Bayern por Guardiola.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeFutbol/



A Espanha, com uma goleada mais modesta, enfiou 3x0 na Bielorrússia. O Tiki-Taka, agora armado no 4-4-2 típico e sob influência dos dois times de Madri, está mais vertical, veloz e criando mutas chances pelos flancos. Simeone com seu Atlético de Madrid encontrou um ponto cego nas duas linhas de quatro contra o Chelsea e agora Vicente Del Bosque vem tirando proveito da descoberta do argentino.

Ao mesmo tempo, a Furia vai aprendendo a atuar sem a genialidade de Xavi (aposentado) e Iniesta (lesionado -este ainda deve disputar a Euro 2016), enquanto atletas mais jovens como Koke e Paco Alcácer vão ganhando espaço e iniciando a renovação que a Espanha deixou de promover ao final do ciclo de 2010.

Que venham mais finais de semana como este último. O futebol agradece.

Quem Vai Conquistar a América do Sul?

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Apenas quatro times estão vivos na Copa Sulamericana 2014. Para a minha felicidade, todos eles são praticantes de um bom futebol, contrariando aquela crença de que os campeonatos do continente são mais raça do que técnica.

Nas próximas duas semanas, serão definidos os finalistas para a competição que vale uma vaga para a Libertadores 2015. Quem vai se classificar? Uma breve análise dos confrontos e os palpites para os vencedores.



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ATLÉTICO NACIONAL X SÃO PAULO: o Atlético perdeu um pouco de suas forças em relação ao time que disputou a Libertadores e apresentou dificuldades até mesmo para vencer times como o Vitória e o César Vallejo. O São Paulo vem apresentando mais regularidade e está em melhor fase, mas terá de passar pela altitude colombiana no jogo de ida e ainda carece de poder de decisão em partidas de mata-mata. Será importante que o Tricolor tente fazer pelo menos um gol no jogo de ida e jogue tocando a bola ao invés de correr em campo para não sofrer nos Andes.

Jogo de Volta: será realizado no Morumbi.

Palpite: São Paulo.


Imagem extraída do Facebook oficial do Boca Juniors- https://www.facebook.com/BocaJuniors/


BOCA JUNIORS X RIVER PLATE: os eternos rivais vão se enfrentar em uma partida que promete ser emocionante e disputada. O River, após amargar uma temporada na segunda divisão, parece ter aprendido com seus erros e ressurge com um elenco renovado. O Boca não tem mais Riquelme, Cvitanich ou Clemente Rodríguez, mas joga um futebol mais agradável que o praticado por seu arquirrival. Como os Millonarios estão em melhor fase e terão o mando da volta, acredito que o River deve ir às finais.

Jogo de Volta: será realizado no Monumental de Nuñez.

Palpite: River Plate.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/riverplateoficial/



Concorda com os palpites? Escreva nos comentários!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

No Limite

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Faltam apenas quatro rodadas para o término do Brasileirão 2014 e os times que ainda brigam por algo na competição -título ou Libertadores- deixaram bem claro que estão atuando no limite de suas forças.

Corinthians, Fluminense e Atlético Mineiro enfrentaram rivais da parte de baixo da tabela e tiveram de suar a camisa a despeito da fragilidade dos adversários. Timão e Flu triunfaram, mas os reservas do Galo não passaram de um empate contra o Figueira no Independência. Aliás, é bom que o Atlético não esteja contando com o título da Copa do Brasil, ou pode pagar o preço.

O líder Cruzeiro e o Internacional pegaram rivais do meio da tabela -Santos e Goiás, respectivamente- e que, portanto, não almejam mais nada no campeonato. Mesmo assim, também não tiveram vida fácil e só conseguiram vitórias magras por 1x0.

O São Paulo enfrentou o Palmeiras e afundou o arquirrival, que sentiu falta de Valdívia. O Tricolor também está claramente desgastado pela sequencia de jogos, mas tirou proveito de um Verdão bastante fragilizado e triunfou. O Palestra só não tomou uma goleada graças a boa atuação de Fernando Prass.

O Grêmio, por outro lado, goleou o lanterna Criciúma fora de casa e está firme na briga pelo G4. O Imortal possui jogadores de qualidade que compensam o excesso de brutalidade do restante do elenco. Só espero que o Felipão se lembre disso, pois ele terá dois rivais diretos pela Libertadores em sequencia (Cruzeiro e depois Corinthians) e jogar só na raça não vai ser suficiente para superar os adversários.

Só a Torcida Não Colaborou

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Não consigo parar de elogiar a Croácia. Trata-se de uma equipe ofensiva, que sabe tocar a bola e possui um ótimo meio-de-campo. A Hrvatska enfrentou a Itália ontem no San Siro e parecia que eram os enxadrezados os donos da casa, tocando a bola, criando chances de gol e envolvendo a Azzurra. E olha que os visitantes perderam o importante Modrić por lesão logo no começo da partida, mas a qualidade do time enxadrezado permaneceu a mesma.

A Itália, por outro lado, achou um gol com Candreva e, após isso, não fez jus ao mando de campo. Tentou segurar o resultado recuando com suas famosas linhas de quatro, sofreu o empate merecidamente com Perišić em um frango atípico de Buffon, tomou sufoco e só não levou mais porque os croatas não conseguiam espaço para finalizar. O empate ficou de bom tamanho para a Azzurra.




As duas linhas de quatro da Itália isolaram Mandžukić,
mas não impediram a boa movimentação de Perišić,
que atacou pelos dois lados e fez um golaço pela esquerda
(imagem obtida via this11.com).



No segundo tempo, a Croácia continuou pressionando a Itália, mas o espetáculo foi interrompido pela atitude lamentável de torcedores croatas que lançaram sinalizadores contra o gramado e a partida ficou parada por um bom tempo. Alguns valentões ainda tentaram enfrentar a polícia, mas o jogo pôde ser reiniciado.

A Azzurra, que estava mal na partida, ganhou fôlego extra após a interrupção, mas a Hrvatska voltaria a ter o controle da situação com mais posse de bola e mais chances criadas.

A Croácia acabou levando a melhor com o resultado e permanece na liderança do Grupo H das Eliminatórias por ter maior saldo de gols. A Itália recebeu críticas até mesmo dos narradores pela exibição em campo e mostrou que o esperado processo de renovação ainda vai levar algum tempo.

Ao mesmo tempo em que acompanhava o show da Hrvatska, vi as partidas entre Bahia X Corinthians e os reservas do Atlético-MG X Figueirense. Se qualquer um desses quatro times enfrentasse a Croácia, provavelmente não teriam a mesma sorte que a Itália.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/cff.hns/

domingo, 16 de novembro de 2014

Aumenta o Volume, CBF

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O Brasil não teve dificuldades em golear a Turquia e nem terá contra a Áustria, mesmo que entre em campo com o time reserva.

A Seleção está invicta desde o retorno de Dunga. São cinco vitórias em cinco jogos, doze gols anotados e nenhum sofrido. Nada mal para um time que perdeu o rumo de casa após jogar mal na última Copa do Mundo e encerrar a participação no mundial levando duas goleadas em seu próprio país.

Deve-se, no entanto, relativizar os resultados obtidos até o momento. Os únicos adversários considerados de respeito que enfrentamos até o momento foram a Argentina e a Colômbia. Os demais rivais enfrentados são times de tradição modesta e acrescentam pouco ao crescimento de nossa Seleção.

Para o ano de 2015, eu gostaria de ver nossa Seleção enfrentando mais adversários de peso nos próximos amistosos. Falo de times como Holanda, Alemanha, França e Itália. Se quiser pegar algum rival considerado "emergente", podemos enfrentar a Croácia ou a Bélgica, países que têm revelado muitos talentos e que jogam um futebol vistoso.

O Brasil terá de se preparar muito para o próximo ano. Teremos as Eliminatórias da Copa 2018 e também a Copa América, a ser realizada no Chile. Muitas equipes aqui mesmo da América do Sul contam com boas safras de jogadores e podem tirar a taça de nossa Seleção. A Argentina e o Uruguai são sempre favoritos, enquanto Chile e Colômbia são candidatos a surpresas por jogarem um bom futebol e contarem com boas gerações de atletas. E há o Paraguai, que não pratica um futebol bonito, mas pode ir longe jogando pelo regulamento assim como fez na Copa América de 2011. Arrisco dizer que esta será uma das competições mais disputadas da América do Sul.

Se a Seleção quiser vencer as próximas competições, não pode jogar apenas pelo regulamento e nem acreditar que está brilhando em campo apanas porque goleou uma Turquia. É preciso atuar em equipe para não depender em demasia de Neymar, apostar em novos talentos e buscar variações de jogo. Quando o jogo for pra valer, os rivais mudarão de atitude e vão jogar com muito mais seriedade e agressividade. Um bom exemplo é o Chile, que sempre respeitou o Brasil em demasia nos amistosos, mas quase eliminou nossa Seleção nas oitavas-de-final na última Copa do Mundo. E a Roja não se intimidou nem mesmo com a pressão dos torcedores.

Seria muito melhor perder jogos agora para dar aprendizado aos nossos atletas do que ganhar tudo, chegar de salto alto em 2018 e dar um novo vexame na Rússia.

A escolha é de vocês, dirigentes, comissão técnica e jogadores.



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A Tragédia que Chocou o Futebol Alemão

Imagem extraída de https://www.facebook.com/RobertEnkeStiftung/



Há cinco anos atrás, o goleiro Robert Enke (foto) se matou causando uma grande comoção no futebol. O atleta foi encontrado morto próximo a uma linha férrea em 2009.

Enke passou a sofrer de depressão após uma série de tragédias e fracassos, incluindo a morte da filha Lara (foto acima), as passagens mal-sucedidas pelo Barcelona e Fenerbahçe. O goleiro se atirou contra um trem em movimento em Neustadt am Rübenberge, na Alemanha.

O goleiro estava em boa fase no Hannover 96, seu último clube antes de sua morte. Antes disso, ele havia passado por Carl Zeiss Jena (clube que o revelou), Mönchengladbach, Benfica, Barcelona, Fenerbahçe e Tenerife. Enke também defendeu a Seleção Alemã em 1999 na Copa das Confederações e em 2008 na Eurocopa. Porém, nem mesmo o carinho da torcida de Hanover ou o vice da Euro foram suficientes para fazê-lo superar as tragédias passadas.

Sua viúva, Teresa (foto abaixo, ao lado do zagueiro Mertesacker), fundou a Robert Enke Stiftung ("Fundação Robert Enke", em alemão) alguns meses após a tragédia. A instituição leva o nome do finado goleiro e tem o objetivo de alertar os riscos envolvendo a saúde mental de jogadores. O seu clube, o Hannover 96, também prestou votos de solidariedade ao jogador e anunciou a aposentadoria da camisa 1 como homenagem póstuma ao atleta.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/RobertEnkeStiftung/



A trágica morte de Enke traz à tona uma eterna discussão filosófica: até que ponto a fama e a fortuna se traduzem em felicidade?

Enke jamais teve dificuldades em encontrar grandes clubes interessados em seu talento. As suas passagens pela Mannschaft são provas cabais de sua perícia sob as traves. O atleta também era amado pelo seu torcedor -ele era ídolo no Hannover 96- e seus fãs pediam a convocação do arqueiro para as Copas de 2006 e 2010.

Tudo o que o goleiro conquistou, no entanto, jamais foi o suficiente para fazê-lo esquecer os fracassos em sua carreira ou superar a perda da filha.

Vendo o caso de Enke, penso nos atletas da atualidade. Os jogadores são verdadeiras fontes de lucro e de títulos, mas eles mesmo se esquecem de que também são seres humanos. Eles possuem família, amigos e vidas pessoais, mas a fama e a fortuna os obrigam a encarar a vida de uma maneira diferente das pessoas comuns. Talvez por baixo de cada sorriso demonstrado em uma foto ou imagem, esteja escondido um ser humano vulnerável e implorando por ajuda. Penso em casos como o do atacante Adriano, que nunca mais foi o mesmo jogador após a morte do pai.

A tragédia de Enke nos alerta a respeito dos perigos da depressão e de qualquer problema mental ou psicológico. Mais do que isso, nos mostra como a fortaleza criada pela fama e pela riqueza nem sempre é capaz de proteger o ser humano da dor e das tragédias da vida.

Jogadores não são máquinas ou produtos para gerarem lucros.

Jogadores são seres humanos como qualquer um de nós.



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Robert Enke Stiftung (site oficial em alemão): http://www.robert-enke-stiftung.de/

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Ainda Vale a Pena Apostar na Bélgica

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Quando a Bélgica passou aqui pelo Brasil, fiquei muito desapontado com o que vi. O futebol não tinha objetividade, os atletas tocavam a bola à esmo, o time era burocrático só acordando no segundo tempo, Hazard não jogou nada do que eu esperava e critiquei muito o zagueiro Vertonghen, que foi improvisado na lateral-esquerda.

Hoje, passando um tempo, vi que fui injusto em meus comentários. Os atletas belgas são quase todos muito jovens (as duas maiores estrelas, Hazard e Courtois, não tinham nem 23 anos quando jogaram a Copa), provavelmente sentiram o peso da camisa e também a responsabilidade de atuar em um mundial. Certamente estavam nervosos, tiveram medo de ousar e só reagiam no segundo tempo quando sentiam que precisavam tomar alguma atitude. Era nesse momento que o tão falado talento belga aparecia e os Diables Rouges mostravam o talento que os comentaristas tanto esperavam. Mesmo assim, os placares eram magrinhos e o time não pressionava os rivais tanto quanto deveriam.

Vertonghen (à direita na foto abaixo) acabou virando uma avenida para alguns rivais justamente porque foi improvisado. Seu único lance memorável no mundial foi aquele gol contra a desesperada Coréia do Sul. Mais tarde, descobri que o zagueiro do Tottenham deixava espaços porque Hazard -que é meia de origem, mas foi deslocado para a ala esquerda- não voltava para ajudar o companheiro e o pobre Jan precisava se virar com os wingers rivais. Messi e Feghouli fizeram a festa no lado esquerdo belga durante a Copa.



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Os últimos resultados da Bélgica pós-Copa têm sido animadores. Já foram duas goleadas, uma sobre Andorra e outra sobre a Islândia. A base do último mundial foi mantida. Os atletas jovens devem amadurecer muito agora após seu batismo de fogo aqui no Brasil. É um time com imenso potencial de surpreender e, talvez, ganhar títulos.

Dos jogadores, então, nem se fala. Courtois, Hazard, Vertonghen (sim, ele é um bom zagueiro), Vermaelen e Kompany são bons de bola. Eles são destaques em seus respectivos clubes (Vermaelen ainda se recupera de lesão e não estreou pelo Barcelona) e, com mais maturidade e entrosamento, podem levar os Diables Rouges mais longe nos próximos campeonatos.

O Grupo B das Eliminatórias da Euro 2016 também é bastante acessível e tem apenas a Bósnia-Herzegovina e o País de Gales como adversários considerados "de risco", e mesmo assim, devido a alguns destaques individuais e não pelo time como um todo.

A única crítica que não retiro é sobre o treinador Marc Wilmots. A Bélgica poderia apostar em um treinador mais ousado e capaz de tornar o toque de bola exibido aqui no Brasil mais objetivo. Um Guardiola ou um Jürgen Klopp seriam perfeitos, mas eu ainda acredito que Wilmots pode fazer este time voar mais alto.



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Uma Segunda Chance para a Croácia

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A Croácia, infelizmente, não conseguiu ir muito longe na última Copa do Mundo. Prejudicada por um erro de arbitragem contra o Brasil e derrotada pela retranca mexicana, restou à Hrvatska ter de se contentar com o terceiro lugar no Grupo A. Foi uma pena, pois a Croácia é um time ofensivo; possui um excelente meio-de-campo com Modrić, Kovačić e Rakitić; um ataque efetivo com Mandžukić, Perišić e Olić; e o lateral Darijo Srna que ataca e defende com a mesma eficiência. Merecia ter chagado ao menos às oitavas.

Quem acreditou que o fracasso de 2014 seria o fim da linha para o treinador Niko Kovač (foto) e de suas ideias ofensivas, mordeu a língua. A Croácia vem fazendo bonito no Grupo H das Eliminatórias da Euro 2016. A Hrvatska, até o momento, lidera com 100% de aproveitamento, com 9 pontos em três jogos e nenhum gol sofrido. Isso tudo sem abrir mão da ofensividade e leveza demonstrada aqui nos nossos gramados.

O time de Kovač enfrentou a Argentina com uma equipe totalmente formada por garotos e os meninos fizeram bonito em campo apesar da derrota. O meia Sharbini abriu o placar para a Hrvatska e os titulares argentinos (incluindo Messi e Agüero) tiveram muito trabalho para virar o jogo para 2x1. A exibição em Londres mostrou a força da base enxadrezada e ainda deixa claro que a Croácia tem atletas capacitados para suceder a atual geração, sendo que alguns jogadores -em especial Pranjić, Olić e Srna- dificilmente permanecerão até a Copa de 2018.



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O grande desafio da Croácia será no próximo domingo dia 16 quando enfrenta a renovada Itália. Desta vez, as estrelas Mandžukić, Rakitić e Modrić devem retornar e a Hrvatska deve entrar com força total. A partida vale a liderança e também a invencibilidade no Grupo H.

A Azzurra, aliás, também vem agradando há algum tempo com seu futebol baseado em toque de bola ao invés da costumeira retranca. Fiquei satisfeito com a escolha de Antonio Conte, ex-Juventus, como sucessor de Cesare Prandelli, afinal ambos partilham da mesma filosofia em campo. Acredito que teremos um bom jogo com muito futebol bonito.

Vale ficar de olho na Croácia. Seus principais atletas movimentaram a última janela de transferência e eles estão em evidência nos maiores clubes da Europa. Até mesmo o poderoso Barcelona rendeu-se ao talento de Rakitić.

Os croatas, por enquanto, não são favoritos a nenhum troféu, mas estão em plena evolução e podem surgir como candidatos a surpresa neste ciclo.



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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A Salvação de Jesús

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Jesús Dátolo (foto acima) não era um nome totalmente desconhecido antes de chegar ao Brasil. Ele chegou a atuar no final da década passada pelo Boca Juniors, quando o clube xeneize conquistou sua última Libertadores antes de passar por um jejum de títulos. Neste período, o meia argentino teve algumas passagens pela seleção de seu país e, inclusive, marcou um gol contra a nossa Seleção em 2009.

Ele teve passagens por alguns clubes da Europa como o Espanyol da Espanha e o Napoli da Itália, mas não se firmou por lá e "sumiu" no Velho Continente. Foi "resgatado" pelo Internacional de Porto Alegre em 2012 onde viveu alguns dias de glória. Dátolo até foi nomeado como melhor jogador do Gauchão 2012, mas a alegria do argentino não duraria muito no clube colorado e ele logo amargaria o banco de reservas novamente.

O argentino chegou ao Atlético Mineiro em 2013, inicialmente para repor a saída de Bernard. Ficou a maior parte do tempo no banco novamente durante o comando de Cuca e de Paulo Autuori. Ele até chegou a ser improvisado na lateral-esquerda durante a gestão de Autuori, mas ainda não era titular absoluto.

A grande virada na carreira de Dátolo se deu com o retorno do treinador Levir Culpi, em sua quarta passagem pelo Galo. O técnico paranaense colocou o meia argentino para fazer dupla com Luan (à direita na foto abaixo) no meio-de-campo. Luan atuaria com mais liberdade enquanto Dátolo seria uma espécie de meia central, alternando as funções na marcação e na armação.

A parceria deu certo e a atuação da dupla rendeu elogios de Levir após a boa atuação da dupla no jogo de ida contra o Cruzeiro. Cada um deles deixou um gol na vitória por 2x0 em cima do arquirrival e o gol do argentino se deu graças a uma jogada de Luan.

Independente de conseguir o título da Copa do Brasil, o retorno do Galo à Libertadores é iminente e Dátolo terá a grande oportunidade de desfilar seu talento na competição continental e, quem sabe, reviver suas glórias dos tempos de Boca Juniors.

E o que virá depois disso? Seleção? Dátolo já está com 30 anos e dificilmente chegaria em forma para 2018, mas a ausência de meias criativos na Argentina e a proximidade da Copa América poderiam lhe abrir as portas da Albiceleste novamente. Europa? O argentino, pela idade, dificilmente teria mercado por lá, mas as boas exibições no Atlético e um possível retorno à Seleção Argentina poderiam levá-lo de volta ao Velho Continente. Fazer história no Galo? Se mantiver a regularidade, as lesões não o tirarem de campo novamente e os títulos vierem, ele poderá deixar seu nome no clube.



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Procura-se Comentarista com Experiência

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Há alguns anos atrás, assisti a um jornalista esportivo reclamando da presença de ex-atletas nos jornais e também nos programas esportivos. Desde a década de 2000, vários ex-jogadores assinam colunas em jornais, revistas e sites esportivos, além de comentarem partidas durante transmissões de jogos e debates esportivos. Ex-árbitros também são presenças frequentes nesse tipo de programa.

Compreendo a preocupação do referido comentarista, afinal muitos jornalistas vêm encontrando muitas dificuldades para realizarem seu trabalho, sobretudo com a concorrência da internet que causou grandes crises nas editoras e emissoras. Os jornais e revistas, em sua maioria, estão cada vez mais caros, com cada vez mais anúncios e menos conteúdo.

O esporte, no entanto, possui minúcias que são compreendidas apenas por aqueles que já estiveram do lado de dentro. Sempre escrevo aqui no meu blog o quanto gostaria de ter a experiência de Tostão, Caju e, agora, Afonsinho para enriquecer meu texto. Posso até fazer algumas observações brilhantes através de meus textos, mas jamais terei a vivência e experiência do trio para explicar o futebol em seus mínimos detalhes.

Um ex-jogador de futebol enxerga o que aqueles que nunca chutaram uma bola na vida são incapazes de ver. Um ex-piloto sabe como funciona um carro, uma equipe, os bastidores de uma prova, e por aí vai. E um ex-árbitro, sabe dizer como poucos quando uma crítica dirigida à sua classe é injusta.

Tenho acompanhado as partidas de vôlei nos últimos meses, incluindo os dois mundiais, a Liga Mundial e o Grand Prix. Em uma dessas transmissões, o narrador teve a humildade de reconhecer que os ex-jogadores Nalbert (foto) e Carlão -ambos do canal Sportv- enxergam o que poucos vêem durante as partidas. Tive vontade de aplaudir a declaração do narrador.

Nenhum diploma ou certificado substitui a vivência. Sou farmacêutico formado há anos, mas não tenho como explicar o que seriam "assuntos regulatórios" com a mesma precisão de quem atuou ou atua na área simplesmente porque não tenho experiência no ramo. Da mesma forma, dificilmente um jornalista, mesmo com vasta bagagem, pode descrever uma partida de vôlei com a mesma precisão que um Nalbert.

Sempre faço questão de valorizar a bagagem de um esportista, afinal apenas quem possui vivência e experiência na área pode explicar o esporte em suas minúcias para o público e também para um menino da base. Da mesma forma, sempre incentivo que o ex-atleta continue contribuindo com sua modalidade mesmo após sua aposentadoria. É o que Nalbert e Carlão fazem pelo vôlei através de seus comentários nos canais Sportv.



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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Quem Vai Ficar com a Taça?

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Começa hoje a decisão da Copa do Brasil 2014. E os eternos rivais Atlético Mineiro e Cruzeiro vão se enfrentar nos dias 12 e 26 de novembro para saber quem ficará com a taça. A Raposa terá o mando de volta.

O Cruzeiro vive um momento melhor que o rival no Brasileirão e joga um futebol baseado em troca de passes e de posições, lembrando um pouco o jogo da Holanda. É uma equipe que dispõe também de um melhor conjunto, possuindo bons jogadores em todas as posições, além de contar com mais opções no banco em relação ao rival.

A Raposa, em compensação, vem sentindo muito o desgaste da sequência de jogos. Isto ficou evidente nas partidas recentes, seja pelos placares magros, seja pela dificuldade do time em bater alguns rivais da parte de baixo da tabela.

O Cruzeiro tem apenas um desfalque considerado importante, o zagueiro Dedé que se lesionou no jogo contra o Santos na quarta-feira passada.



Cruzeiro EC 4-2-3-1 football formation
Possível escalação do Cruzeiro: equipe no 4-2-3-1, com
muito toque de bola, troca de posições e jogo coletivo
(imagem obtida via footballuser.com).



O Atlético, por sua vez, é um time mais explosivo, veloz e vertical, lembrando um pouco o Bayern München durante a temporada 2012-13. A equipe se vale das jogadas individuais de seus atletas ofensivos.

O Galo é um time mais aguerrido que o rival azul e o lado emocional pesa muito para Tardelli e seus companheiros. Se a Raposa se destaca pela regularidade, o Atlético pode muito bem golear o arquirrival como também pode sair com a sacola cheia. Depende se o time que entrará em campo for o mesmo que goleou Mengo e Timão nos jogos de volta, ou se será aquele que tomou 2x0 dos mesmos rivais durante as partidas de ida.

O time de Levir Culpi não terá o capitão Réver nem o meia-atacante Guilherme, ambos afastados há algum tempo.



C Atlético Mineiro 4-3-3 football formation
Possível formação do Atlético: time no 4-3-3/4-2-3-1
dependendo do posicionamento de Dátolo, que pode
jogar de volante ou meia (obtido via footballuser.com).



Difícil prever um vencedor para o duelo. Ambos os times são muito bons, jogam um futebol bonito e a rivalidade torna o resultado imprevisível.

Acredito que o Atlético dará as cartas para o jogo. Se estiver motivado, o Galo pode comemorar seu primeiro título na competição. Se estiver apático, o troféu vai para a Toca da Raposa.

Boa sorte a ambos os times e que vença o melhor!



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