terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Pedras no Caminho

Imagem extraída de https://www.facebook.com/uefachampionsleague/



Foi realizado ontem o sorteio que definiu as oitavas de final da Champions League 2015-16.

Os times considerados favoritos ao título acabaram se deparando com pedreiras nas oitavas, tudo porque algumas equipes consideradas fortes terminaram em segundo na fase de grupos.

Sorte das equipes "menores", que encontrarão rivais mais acessíveis e terão boas chances de sobreviverem até as quartas de final.

Faremos, como sempre, análises dos confrontos e daremos palpites. Vale lembrar que a Champions entrará em recesso neste final de ano e que haverá uma janela de transferência neste período, o que significa que as equipes deverão retornar modificadas para a próxima fase.



GENT X WOLFSBURG: o Wolfsburg já surpreendeu na temporada ao eliminar o poderoso Manchester United ainda na fase de grupos e terminar em primeiro na sua chave. O Gent não deve ser subestimado, afinal deixou para trás os tradicionais Valencia e Lyon, mas é inegável o favoritismo dos alemães diante da "zebra" belga.

Jogo de Volta: Volkswagen Arena

Palpite: Wolfsburg



ROMA X REAL MADRID: mesmo passando por um momento de turbulência, o Real é favorito para avançar. A equipe madrilenha tem mais elenco e tradição do que os Giallorossi. Consolo para a Roma: o treinador rival, Rafa Benítez, é um retranqueiro e sua equipe deve cometer muitas faltas no campo defensivo. Boas chances, portanto, para conseguir gols em bola parada com Pjanić.

Jogo de Volta: Santiago Bernabéu

Palpite: Real Madrid



PARIS SAINT-GERMAIN X CHELSEA: no último confronto entre as duas equipes, realizado na temporada anterior, deu PSG. Os franceses estão em um melhor momento enquanto os ingleses estão em crise. Mas O Chelsea possui um melhor elenco e o treinador José Mourinho sabe jogar melhor com o regulamento. Acho que os Blues terão êxito em sua revanche.

Jogo de Volta: Stamford Bridge

Palpite: Chelsea



ARSENAL X BARCELONA: pobre Arsenal! Ano após ano, a equipe chega ao mata-mata a duras penas e sempre encontra rivais muito fortes nesta fase. E os Gunners, mais uma vez, dificilmente avançarão devido aos muitos desfalques. O Barcelona, por outro lado, está em uma fase espetacular. E os catalães, finalmente, poderão voltar a se reforçar, uma vez que a punição imposta pela UEFA só vale até 2016.

Jogo de Volta: Camp Nou

Palpite: Barcelona



JUVENTUS X BAYERN MÜNCHEN: o Bayern vive um grande momento enquanto a Juventus ainda sente o desmanche sofrido no começo da temporada. Ainda que a Vecchia Signora tenha bons jogadores e um bom sistema defensivo, o favoritismo é todo dos bávaros. O confronto marca, ainda, o reencontro do atacante Mandžukić com seu ex-clube.

Jogo de Volta: Allianz Arena

Palpite: Bayern



PSV EINDHOVEN X ATLÉTICO DE MADRID: os holandeses são conhecidos por revelar e projetar muitos talentos, mas o favoritismo aqui é todo do Atlético. O time espanhol tem mais elenco e mais raça do que o PSV.

Jogo de Volta: Vicente Calderón

Palpite: Atlético



BENFICA X ZENIT: o "vendedor" encontra seu "cliente". O Zenit tem um elenco composto por muitos ex-jogadores do Benfica (Witsel, Garay e Javi García) e o treinador do time russo é português -o ex-portista André Villas-Boas. Ainda assim, o Benfica tem mais time, mais tradição e deve avançar às quartas.

Jogo de Volta: Petrovsky Stadium

Palpite: Benfica



DINAMO KYIV X MANCHESTER CITY: o City é franco favorito a avançar, devido ao seu milionário elenco e impulsionado pelo bom momento na Premier League. Os ucranianos até possuem alguns bons jogadores, mas são "zebra" em princípio.

Jogo de Volta: City of Manchester

Palpite: Manchester City


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Infin1t0

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



Acabou.

Foram 25 anos de carreira profissional, 20 títulos, 131 gols marcados e tantas outras marcas que este blog ficaria pequeno para citar tantos números.

Terminou na última sexta-feira, dia 11 de dezembro de 2015, a interminável carreira do goleiro Rogério Ceni.

O arqueiro lutou contra o tempo, a idade, as lesões, os críticos. Resistiu sob as traves do Tricolor o quanto pôde.

Chegou à conclusão de que deveria pendurar as chuteiras em 2015 após adiar tantas vezes sua aposentadoria.

Rogério recebeu de seu clube de coração uma festa do tamanho de sua importância para o São Paulo. Mais de sessenta mil torcedores/espectadores lotaram o Morumbi, palco de tantas conquistas, para ovacionar o Mito.

Houve de tudo no evento. Jogo de despedida, show, pirotecnia, homenagens de todo tipo. Rogério, inclusive, jogou na linha e deu uma canja para os fãs.

Tudo para retribuir ao goleiro o que ele fez ao clube. Um homem que abriu mão de dinheiro, fama ou seja lá o que for para se dedicar a um único clube.

Um jogador que vestiu apenas uma única camisa em sua trajetória profissional.



Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



Herói para muitos e arrogante para outros, é impossível ficar indiferente com relação a Rogério: ou você o ama ou você o odeia.

Os fãs o defendem com unhas e dentes.

Os detratores fazem o possível para diminuir suas conquistas e exaltar suas falhas.

Ambos, contudo, só fizeram aumentar ainda mais a fama do goleiro-artilheiro. Ah, as polêmicas que só servem para dar importância aos polemistas...

Não há como definir Rogério como uma única palavra, e nem descrever sua importância para o futebol.

Para o bem ou para o mal, as marcas e os feitos de Rogério são incontestáveis. Os gols marcados, a liderança em campo, a dedicação a um único clube na carreira profissional, os títulos conquistados, ...

Rogério, acima de tudo, é daqueles jogadores que são sinônimos de um único clube. É impossível não comparar sua dedicação à de Puyol, Marcos, Terry, Totti e tantos outros que só trocaram suas camisas pela de suas respectivas seleções.

É indiscutível que tanto Rogério quanto o São Paulo perderão um pouco de suas respectivas identidades com a aposentadoria do goleiro. É como ver o vizinho Palmeiras sem Marcos, ou o Barça sem Puyol.

O tempo, infelizmente, passa para todos. Os jogadores envelhecem e os clubes estagnam. É preciso abrir espaço para novos atletas e se renovar.

Rogério, ao abrir mão de sua carreira, afirmou ainda mais a sua importância na história do São Paulo. A magnífica festa foi muito mais do que uma homenagem. Foi a demonstração de tudo o que o jogador representou para o clube. E vice-versa.

O jogador deixa os gramados para curtir sua merecida aposentadoria, mas deixa um legado imenso, a ponto até mesmo de entidades de outros países se manifestarem em relação à aposentadoria do Mito.

Rogério Ceni, alheio aos julgamentos, deixa o seu nome eternizado no futebol e faz jus ao apelido de "Mito" em seu último ato.

Obrigado por sua contribuição com o futebol Rogério! Vá desfrutar de suas conquistas e que seu legado no esporte seja "infi1t0", assim como foi sua (quase) interminável carreira!



Imagem extraída do Facebook oficial de Rogério Ceni- https://www.facebook.com/RogerioCeniOficial/


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Que Nota Você Dá? O Desempenho das Vinte Equipes do Brasileirão 2015!

Imagem extraída de www.facebook.com/CBF/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Mantendo a tradição, nós avaliamos o desempenho das vinte equipes que disputaram o Brasileirão com notas de zero a dez, assim como havíamos feito em 2013 e 2014. Vale lembrar que esse método de avaliação foi inspirado em um post do jornalista Leonardo Bertozzi (do canal ESPN) publicado após a Euro 2012.

Como foi o desempenho da sua equipe no Brasileirão 2015? Avaliamos as equipes e apontamos os destaques individuais positivos e negativos de cada time. Confira!



CORINTHIANS- nota 10,0: nota mais justa impossível. O Timão jogou um futebol magnifico unindo solidez defensiva com posse de bola. As ideias que Tite trouxe da Europa serviram para dar novos ares ao nosso saturado futebol. Quem sabe os demais clubes não se conscientizem de que precisamos mudar nossa mentalidade no esporte utilizando o Corinthians como exemplo.

DESTAQUE DO ANO- Jadson: melhor jogador do Brasileirão (na minha opinião), tanto nos números quanto na bola. Mesmo jogando improvisado na ponta direita, fez gols, assistências e ajudou na marcação.

FICOU DEVENDO- Cristian: prejudicado pelas lesões e sem jogar um bom futebol, virou reserva do reserva. Nem de longe lembrou o volante que brilhou em 2009.



ATLÉTICO MINEIRO- 8,5: o Galo só não ficou com o troféu porque perdeu pontos diante de adversários considerados "fracos". Eu sempre escrevo que mais importante do que vencer os rivais diretos pelo título é não perder os jogos considerados "fáceis". O futebol continua agradável e ofensivo, no melhor estilo "Galo Doido".

DESTAQUE DO ANO- Lucas Pratto: o atacante argentino voou em campo com habilidade, raça e oportunismo. Foi eleito melhor estrangeiro com justiça.

FICOU DEVENDO- Sherman Cárdenas: chegou para disputar posição com Dátolo no meio-de-campo. Até começou bem na temporada, mas nem chegou a incomodar o argentino.



GRÊMIO- 8,0: o Imortal fez uma grande temporada graças ao treinador Roger Machado, que tirou um pouco daquele pragmatismo defensivo para apostar em ofensividade e toque de bola. Boas expectativas para o ano de 2016.

DESTAQUE DO ANO- Maicon: foi tão bem na temporada que tornou-se capitão da equipe e deve ser adquirido em definitivo pelo Grêmio. Pena que as lesões o atrapalharam.

FICOU DEVENDO- Fernandinho: ainda não foi desta vez que o atacante se livrou do rótulo de "eterna promessa".



SÃO PAULO- 5,5 (1,0 para os dirigentes): o Tricolor merecia uma nota mais baixa pela temporada sofrível, mas salvou-se por terminar o Brasileirão no G-4. As trapalhadas dos dirigentes prejudicaram muito o desempenho da equipe. Para completar, o time carecia de vontade em campo e de jogo coletivo. Será necessária uma reformulação radical no Soberano se o time quiser brigar por títulos novamente. Ah! E os dirigentes só não ficam com zero por sua solidariedade com o zagueiro Breno.

DESTAQUE DO ANO- Alexandre Pato: apesar da irregularidade nos últimos jogos, foi o artilheiro do time e autor dos lances mais bonitos do ano. Sua melhor temporada desde seu retorno ao Brasil.

FICOU DEVENDO- Wesley: o São Paulo precisou esperar até maio para poder contar com seu futebol. E continua esperando até hoje.



INTERNACIONAL- 5,0: os dirigentes colorados conseguiram sabotar a própria equipe com a demissão de Diego Aguirre após a eliminação da Libertadores. A equipe, que havia começado bem o ano, se perdeu no meio da temporada e o Inter oscilou muito na tabela. Pelo menos, os garotos revelados na base foram bem.

DESTAQUE DO ANO- Valdívia: encantou o torcedor com seus belos lances e com sua irreverência. Seu desfalque foi muito sentido na equipe.

FICOU DEVENDO- Wellington: lesões, exibições sem brilho e, para terminar, foi pego no exame anti-doping. Temporada para ser esquecida.



SPORT- 7,0: mesmo sem a vaga na Libertadores, o Leão fez uma temporada muito acima do esperado, jogando um bom futebol, montando um bom elenco e contando com bons treinadores (Eduardo Baptista e Paulo Roberto Falcão). O principal desafio será manter seus jogadores para a próxima temporada.

DESTAQUE DO ANO- André: o ex-menino da Vila reencontrou o bom futebol e as redes atuando com menos expectativas sobre ele.

FICOU DEVENDO- Rodrigo Mancha: eu nem me lembrava que estava no Sport.



SANTOS- 6,0: não faltou futebol e talento ao Peixe, que começou o Brasileirão brigando contra o rebaixamento e terminou lutando pelo G-4. Mas a equipe errou em abrir mão do Brasileirão para dar prioridade à Copa do Brasil. Como resultado o time ficou sem a vaga na Libertadores e terminou na modesta sétima colocação.

DESTAQUE DO ANO- Ricardo Oliveira: artilheiro do Brasileirão 2015. Seu bom futebol e seus gols marcados o levara de volta à Seleção Brasileira mesmo com a idade considerada "avançada" para o futebol.

FICOU DEVENDO- Werley: deve voltar ao Grêmio sem deixar saudades no Peixe.



CRUZEIRO- 5,0: o que os dirigentes esperavam após a saída de tantos titulares no começo da temporada? Para completar, demitiram injustamente o treinador bicampeão Marcelo Oliveira. A sorte da Raposa é que o time se recuperou na reta final.

DESTAQUE DO ANO- Willian: remanescente do time bicampeão brasileiro, assumiu o protagonismo da equipe e ajudou a salvar o Cruzeiro da crise.

FICOU DEVENDO- Leandro Damião: trocou o Santos pelo Cruzeiro, mas a mudança de ares não ajudou muito.



PALMEIRAS- 5,0 (8,0 pela Copa do Brasil): para um time que fez tantas contratações e trouxe um treinador bicampeão, era esperado um desempenho muito melhor. O time, contudo, se perdeu em campo na segunda metade da temporada e faltou jogo coletivo ao Verdão. Um nono lugar foi muito pouco para tamanho investimento. Ainda bem que a Copa do Brasil salvou a temporada do Palmeiras em 2015.

DESTAQUE DO ANO- Dudu: o Verdão precisou superar a concorrência de São Paulo e Corinthians para contratá-lo, mas o investimento valeu cada centavo. Muitos gols, dribles e raça em campo.

FICOU DEVENDO- Egídio: uma avenida na lateral esquerda.



ATLÉTICO PARANAENSE- 5,0: mais uma temporada inócua para o Furacão. O time não empolgou mas também não decepcionou.

DESTAQUE DO ANO- Weverton: o goleiro fechou o gol e garantiu pontos preciosos à sua equipe.

FICOU DEVENDO- Walter: apenas alguns lampejos do bom jogador de 2013.



PONTE PRETA- 6,5: a Macaca sofreu com as perdas no elenco (em especial Renato Cajá) e, mesmo assim, fez uma grande campanha. Chegou até a flertar com o G-4, mas não conseguiu manter uma sequência na reta final. O ano de 2015, ainda assim, foi de mais lucro do que lamentos para a equipe de Campinas.

DESTAQUE DO ANO- Biro Biro: com menos pressão por resultados, o atacante teve pela Ponte o brilho que não apresentou no Fluminense. Sua ausência deverá ser muito sentida, já que ele deve retornar ao Tricolor no próximo ano.

FICOU DEVENDO- Borges: o experiente centroavante não conseguiu fazer a diferença desta vez.



FLAMENGO- 5,0: tanto investimento para nada. O Flamengo abriu a carteira para trazer jogadores e treinadores de renome, esboçou uma reação mas terminou, mais uma vez, no meio da tabela.

DESTAQUE DO ANO- Jorge: cria da base, o lateral esquerdo foi um dos poucos que se salvou na temporada.

FICOU DEVENDO- Paolo Guerrero: o peruano saiu do Parque São Jorge mas parece ter esquecido seu futebol por lá. Atuações apáticas e pouquíssimos gols.



FLUMINENSE- 4,5: o Flu tinha elenco e plenas condições para brigar por Libertadores, mas faltou regularidade à equipe. As lesões e trocas de treinadores também prejudicaram o desempenho do time.

DESTAQUE DO ANO- Marcos Júnior: cria da base Tricolor, encantou em campo com seu atrevimento e seus gols.

FICOU DEVENDO- Ronaldinho Gaúcho: talvez a pior contratação do ano. Chegou com pompas ao Flu mas pouco entrou em campo e deixou o clube pela porta dos fundos antes do término da temporada.



CHAPECOENSE- 6,0: não é que o time que dependia apenas da raça melhorou seu futebol? A Chape fez boas contratações, apresentou algumas boas exibições em campo a despeito das limitações e, merecidamente, fica mais um ano na elite.

DESTAQUE DO ANO- Apodi: grandes exibições do lateral direito, tanto no ataque quanto na defesa. A Chape sentirá sua ausência, uma vez que ele está de malas prontas para Portugal.

FICOU DEVENDO- Richarlyson: sério que ele estava na Chape?!



CORITIBA- 5,0: o Coxa se salva mais uma vez. A equipe perdeu muitos jogadores importantes e a equipe não transmitiu nenhuma segurança ao longo da competição. O time até teve alguns destaques, mas salvou-se muito mais graças à incompetência dos rivais do que por méritos próprios.

DESTAQUE DO ANO- Henrique: rejeitado por São Paulo e Botafogo, o atacante (que já foi campeão e melhor jogador da Seleção Sub-20) salvou a equipe com seus gols.

FICOU DEVENDO- Lúcio Flávio: o experiente meio-campista não se firmou e virou alvo da torcida.



FIGUEIRENSE- 4,0: o elenco do Figueira pode não ser o melhor do mundo, mas havia bons jogadores e futebol para o time catarinense lutar por algo melhor do que a permanência na Série A. O time deixou escapar pontos em casa e só se salvou devido por sorte de haver rivais mais fracos.

DESTAQUE DO ANO- Carlos Alberto: é craque e mostrou isso em campo com suas belas jogadas. Pena que sua carreira tenha sido tão prejudicada pelos problemas extra-campo, pois ele tinha pleno potencial de jogar em grandes clubes do exterior e também na Seleção.

FICOU DEVENDO- Thiago Heleno: poderia render mais em campo.



AVAÍ- 4,0: o rebaixamento era algo esperado. A equipe catarinense até ensaiou uma fuga, mas faltou elenco e futebol para isto. A raça e comprometimento dos atletas não foram suficientes para salvar da queda o time de coração do nosso Guga Kuerten.

DESTAQUE DO ANO- André Lima: artilheiro da equipe com 10 gols. Chegou a salvar sua equipe de muitas derrotas e deu sobrevida para seu time ao longo da temporada.

FICOU DEVENDO- Vágner: merecia mais sorte nos gols sofridos.



VASCO- 2,0: o Cruzmaltino apoiou-se no título do Carioca acreditando que isto seria suficiente para fazer uma grande temporada. Mas a equipe cometeu muitos erros, tanto em campo como administrativos, e acabou retornando à Série B pela terceira vez só neste século.

DESTAQUE DO ANO- Nenê: o habilidoso meia-atacante não conseguiu salvar sua equipe do descenso mas fez muitos gols e belas exibições, o que lhe rendeu o prêmio de "Craque da Galera".

FICOU DEVENDO- Riascos: o colombiano virou motivo de chacota pelos muitos gols perdidos.



GOIÁS- 3,0: outra grande decepção na temporada. O Esmeraldino também tinha plenas condições de ficar na elite e, até mesmo, lutar por vaga na Sulamericana. As constantes trocas de treinador os problemas no elenco dinamitaram as pretensões da equipe no ano e o Goiás voltou para Série B.

DESTAQUE DO ANO- Bruno Henrique: foi um dos poucos que se salvou no ano sofrível do Goiás. Vice-artilheiro da equipe com 7 gols.

FICOU DEVENDO- Erik: apesar de ter sido o artilheiro da equipe no Brasileirão, rendeu abaixo do esperado e ainda teve muitos problemas nos bastidores.



JOINVILLE- 3,0: o rebaixamento do Joinville era algo até esperado e a permanência na elite já teria sido um grande feito. Mas a equipe fez uma campanha tão fraca que caiu de forma antecipada. Passa a impressão de que foi campeão da Série B do ano passado muito mais pela incompetência dos rivais do que por méritos próprios.

DESTAQUE DO ANO- Tripodi: esforçado.

FICOU DEVENDO- Mário Sérgio: foi difícil escolher um destaque negativo na pior equipe do Brasileirão 2015. Precisei recorrer ao ESPN para fechar esta resenha.


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Os Melhores do Brasileirão 2015 (Na MINHA Opinião)!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/corinthians/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Estivemos afastados do blog devido a problemas pessoais. Peço desculpas aos nossos queridos seguidores e seguidoras pelos dias em que o site ficou sem atualização.

Encerrou-se ontem o Campeonato Brasileiro 2015, marcado pela supremacia do Corinthians e pelo baixo nível técnico dos demais concorrentes. Tanto que nenhum outro time aparentava ter vontade de ir à Libertadores e os candidatos ao rebaixamento eram muitos. Quem sabe os demais clubes acordem para o próximo ano e aprendam que nosso futebol precisa se reinventar utilizando o sucesso do Timão como exemplo.

Faremos, como sempre, a eleição dos jogadores que mais se destacaram no Brasileirão 2015. Esta lista segue critérios do próprio blogueiro.

Teremos, contudo, uma novidade neste ano: elegemos mais do que 11 jogadores para a escalação do "time ideal" desta competição. O objetivo é montar times em várias formações táticas diferentes (4-3-3, 4-4-2, 3-5-2, 4-2-3-1, ...).


Confira quais foram os melhores jogadores na opinião do blogueiro:



GOLEIRO- Cássio (Corinthians): o arqueiro corinthiano se destaca pelos pouquíssimos gols sofridos e pelas grandes defesas, principalmente no jogo aéreo, sua especialidade. Suas grandes atuações lhe renderam o retorno à Seleção Brasileira.

LATERAL DIREITO- Marcos Rocha (Atlético Mineiro): como boa parte dos laterais brasileiros, Marcos Rocha não é um exímio marcador, mas é um grande apoiador, além de ter marcado alguns gols na temporada.

ZAGUEIRO- Gil (Corinthians): raça e segurança. Fez grande temporada e retornou à Seleção com méritos em 2015. Vai ser difícil para o Timão segurar seu defensor para os próximos anos.

ZAGUEIRO- Felipe (Corinthians): de um 2014 desastroso para um 2015 brilhante. O defensor Felipe melhorou nos fundamentos, transmitiu segurança na temporada e ainda anotou muitos gols em cobranças de falta.

ZAGUEIRO- Jemerson (Atlético Mineiro): o garoto revelado pela própria base do Galo fez uma grande dupla com o experiente Leonardo Silva e também foi à Seleção Brasileira.

LATERAL ESQUERDO- Douglas Santos (Atlético Mineiro): as boas atuações de Douglas Santos na temporada também lhe renderam convocações na Seleção Brasileira. Assim como Marcos Rocha, não é muito seguro na marcação, mas faz a transição da zaga para o ataque com muita eficiência.

VOLANTE/MEIA CENTRAL- Elias (Corinthians): o volante chega ao auge de sua carreira em grande estilo, com título, retorno à Seleção e grandes exibições. É craque.

VOLANTE DE CONTENÇÃO- Ralf (Corinthians): o "cão de guarda" chegou a perder posição devido a desentendimentos entre seus empresário e os dirigentes do Timão, mas o jogador recuperou seu prestígio mostrando serviço em campo e também contou com um pouco de sorte, uma vez que o titular Bruno Henrique se machucou e o reserva Cristian foi mal na temporada.

VOLANTE/MEIA CENTRAL- Maicon (Grêmio): logo em seu primeiro ano no Rio Grande do Sul, o volante voou em campo com seus passes precisos e foi nomeado capitão da equipe. Só não foi melhor porque se lesionou no meio da temporada e perdeu muitos jogos.

WINGER DIREITO- Jadson (Corinthians): gol, movimentação, qualidade no passe e muita habilidade em campo. Jadson deixou para trás os fracassos de 2014, jogou improvisado na ponta direita (ele é meia de origem) e fez uma temporada memorável.

MEIA- Lucas Lima (Santos): a vaga para a Libertadores não veio, mas os passes e os dribles de Lucas Lima não passaram desapercebidos. Seu nome está aqui com méritos.

MEIA- Renato Augusto (Corinthians): o maestro corinthiano teve uma grande vitória pessoal ao superar as lesões que prejudicaram sua carreira no passado. E, claro, foi o dono do meio-de-campo do Corinthians graças à sua inteligência nos gramado. Voltou à Seleção merecidamente.

WINGER ESQUERDO- Willian (Cruzeiro): um dos jogadores mais subestimados do Brasil. Faz gols, tem qualidade no passe, ajuda a marcar e, mesmo assim, sempre é pouco valorizado. Neste ano, carregou o desfigurado Cruzeiro nas costas e ajudou a salvar a equipe da crise.

ATACANTE- Ricardo Oliveira (Santos): o experiente Ricardo Oliveira chegou praticamente de graça ao Peixe e foi o artilheiro da competição com 20 gols. A melhor contratação da temporada disparado.

ATACANTE- Lucas Pratto (Atlético Mineiro): o argentino foi o artilheiro do Galo com habilidade, movimentação, raça e oportunismo em campo. Pena que a Seleção Argentina ainda não tem espaço para ele.

ATACANTE- Vagner Love (Corinthians): Vagner precisou superar a desconfiança do torcedor (ele foi revelado pelo arquirrival Palmeiras), a responsabilidade de substituir Guerrero e também as exibições ruins do começo do ano. Conseguiu e ainda foi o vice-artilheiro da competição. justiça seja feita, ele merece o reconhecimento.

TÉCNICO- Tite (Corinthians): seu "exílio" na Europa trouxe novas ideias para o desgastado futebol brasileiro. Ele chegou a perder jogadores importantes (Guerrero, Emerson e Fábio Santos) mas foi à luta ao invés de lamentar as saídas. E foi recompensado por isto.

CRAQUE DO BRASILEIRÃO- Jadson (Corinthians -foto acima): ele estava fadado ao fracasso no Timão, mas foi "resgatado" por Tite em 2015 e correspondeu à essa confiança. Suas assistências e gols foram fundamentais para o hexa do Corinthians. E ele ainda jogou em uma posição diferente da que estava acostumado. Se a Seleção tem espaço para Ricardo Oliveira (que está com 35), seria justo que tivesse para Jadson também.

REVELAÇÃO- Gabriel Jesus (Palmeiras -foto abaixo): Gabriel foi eleito não apenas por ser um bom atacante, mas também por falta de opções -a maioria dos garotos que se destacou em 2015 já havia sido efetivada em anos anteriores. É talentoso, mas o Palmeiras precisa cuidar bem dele para que o jovem atleta não se perca nas armadilhas da fama.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/GabrielJesus33Oficial/



Confira abaixo a Seleção do Brasileirão em várias formações.



Seleção do Brasileirão em 4-3-3:

Brazil 4-3-3 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/


Seleção do Brasileirão em 4-4-2:

Brazil 4-4-2 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/



Seleção do Brasileirão em 4-2-3-1:

Brazil 4-2-3-1 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/



Seleção do Brasileirão em 4-1-4-1:

Brazil 4-1-4-1 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/



Seleção do Brasileirão em 4-4-2 "Losango":

Brazil 4-3-1-2 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/



Seleção do Brasileirão em 3-5-2:

Brazil 3-5-2 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/



Seleção do Brasileirão em 3-4-3:

Brazil 3-4-3 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/



Seleção do Brasileirão em 4-2-2-2:

Brazil 4-2-2-2 football formation
Imagem obtida via www.footballuser.com/


quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Alegria da Tragédia

Imagem extraída de https://www.facebook.com/TheNetherlandsFootballTeam/



A Eurocopa 2016 ainda nem começou e as zebras já começaram. A Holanda, campeã de 1988, não participará da próxima edição e se despede das Eliminatórias de forma melancólica, perdendo em casa para a República Checa.

A Oranje havia caído em uma chave relativamente tranquila, da qual também participavam República Checa, Islândia, Turquia, Cazaquistão e Letônia.

A Seleção Holandesa, contudo, fez uma campanha pífia, chegou à última rodada precisando derrotar os checos e ainda precisando secar a Turquia.

O drama dos holandeses ganhou amplo destaque da mídia como sempre acontece quando uma equipe considerada grande corre o risco de eliminação ou rebaixamento.

A queda da Holanda, obviamente, teve um gosto muito especial para os brasileiros, que viram a Oranje eliminar o Brasil na Copa de 2010 e também tomar o bronze em 2014.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/TheNetherlandsFootballTeam/



Eu, por outro lado, lamentei profundamente a eliminação precoce da Holanda.

A Euro perde sem os holandeses e seu futebol artístico. A Holanda é uma grande escola de futebol que influenciou muitas das grandes equipes da atualidade, incluindo o Barcelona e a Seleção da Espanha. Uma competição sem a Oranje significa menos artistas da bola trabalhando em prol do futebol-arte.

Fica difícil indicar algum motivo para tamanha queda de rendimento da Holanda em apenas um ano desde o ótimo Mundial, mas a saída do treinador Louis Van Gaal teve influência no desempenho da Oranje, afinal o time é praticamente o mesmo e dois treinadores -Guus Hiddink e Danny Blind- já comandaram o time desde então.

Os trintões Robben, Sneijder, Van Persie, Huntelaar e outros da mesma geração perderam a chance de se despedirem da seleção de seu país, afinal eles já terão 34 anos em 2018 e dificilmente jogam a próxima Copa do Mundo. A queda da Holanda nas Eliminatórias deve acelerar o processo de renovação da equipe.

Há, contudo, uma esperança para o torcedor holandês. Em 2012, a Oranje sofreu uma eliminação vexaminosa na Euro daquele ano -com direito a brigas no vestiário- mas o fato impulsionou uma renovação na equipe e a Holanda renasceu com força total para a Copa de 2014.

Quem sabe a queda não sirva como incentivo para que a Holanda ressurja novamente e volte a nos brindar com aquele futebol maravilhoso de outrora.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/TheNetherlandsFootballTeam/



CROÁCIA

Para compensar a queda da Holanda, a Croácia com seu futebol ofensivo se classificou diretamente à Eurocopa. A Hrvatska precisava derrotar o País de Malta e ainda secar a Noruega. Os croatas fizeram a sua parte com Perišić e a Itália, após ficar atrás no placar, atendeu ao clamor de sua torcida e virou sobre os noruegueses. Parabéns, Croácia! Que tenham sorte em 2016!



SÃO PAULO

Doriva começou com o pé esquerdo o seu retorno ao clube que o revelou para o futebol. O São Paulo foi esforçado e criou chances de gols, mas cometeu faltas à rodo e não parece ter compreendido as vantagens da tal "compactação". O Flu, por outro lado, valeu-se do recurso e venceu com méritos.



PALMEIRAS

Pelo jeito,  a surra que o Verdão levou em Chapecó não serviu de aprendizado aos jogadores. O Palmeiras, que tinha chance de passar a noite no G4, perdeu em casa para a apenas esforçada Ponte Preta e o torcedor já se impacientou com o time.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Desceu Redondo

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



O Brasil foi ao Ceará tomar um vinho para afogar as mágoas da derrota sofrida diante do Chile. E o tal vinho desceu suavemente para nossos atletas.

Dunga promoveu mudanças radicais para este segundo jogo válido pelas Eliminatórias da Copa 2018: o goleiro Jefferson deu lugar a Alisson, o zagueiro David Luiz cedeu sua posição ao companheiro de PSG Marquinhos, o lateral esquerdo Marcelo saiu para a entrada de Filipe Luís, e o atacante Hulk foi substituído pelo experiente Ricardo Oliveira.

A Venezuela, sabendo da dificuldade do jogo, alterou seu 4-4-2 para o 4-2-3-1/4-4-1-1, com o meia Santos assumindo a vaga do atacante Falcón. O lateral Amorebieta, que estava suspenso, também retornou.

As mudanças propostas pelo treinador Noel Sanvicente, contudo, não impediram que a Vinotinto fosse surpreendida logo no primeiro minuto de jogo. Willian, após uma pressão inicial da Venezuela, partiu em contra-ataque e fez um gol-relâmpago pela direita.

O gol tranquilizou nossos atletas e permitiu que o Brasil pudesse controlar as ações do jogo.

Os venezuelanos, sem muita escolha, tiveram de atacar, mas o time que está acostumado a "jogar sem a bola" não se sentiu à vontade atuando com ela nos pés.

O Brasil aproveitava para tomar a bola dos rivais e partir em contra-ataques. A presença de uma referência na área, Ricardo Oliveira, também ajudava.

Willian, por sinal, estava inspirado na partida. Atacava pelos dois lados, se movimentava bem em campo, criava chances de gol e ainda voltava para ajudar Daniel Alves na marcação. E ele ainda deixou sua marca novamente no final do primeiro tempo.



O dois times no 4-2-3-1: o Brasil força a defensiva Venezuela
a jogar com a bola e faz contra-golpes aproveitando as
subidas da Vinotinto (imagem obtida via this11.com).



A Venezuela adianta a marcação, passa a atuar compactada e se aproxima perigosamente do gol de Alisson. Em dois escanteios cedidos, Santos pára duas vezes no goleiro colorado em jogadas pela esquerda. Na terceira, não houve jeito e o meia venezuelano diminui.

Os venezuelanos passam a "gostar do jogo", mas a entrada de Lucas Lima faz o Brasil retomar o controle da situação. O Brasil retoma a posse da bola, pressiona a Vinotinto e Ricardo Oliveira dá números finais à partida.



Venezuela sobe compactada para o ataque, cria chances de gol
e consegue alguns escanteios a favor. Brasil sente a pressão e
permite reação venezuelana, mas a entrada de Lucas Lima no
lugar do apagado Oscar faz a nossa Seleção ganhar terreno
novamente (imagem obtida via this11.com)



O Brasil vence a Venezuela com méritos e dá a resposta esperada após começo ruim nas Eliminatórias da Copa 2018.

A Venezuela, devido às suas limitações, pode não ser o adversário ideal para mensurarmos a evolução do Brasil, mas foi o rival perfeito para a reabilitação. Mais do que isso, nossa Seleção evita desperdiçar pontos preciosos, afinal muito mais importante que buscar pontos diante de rivais considerados difíceis, não se deve perdê-los para oponentes considerados fáceis.

Resta saber se o Brasil terá futebol e raça para buscar pontos nos jogos considerados decisivos, afinal há muitos adversários de nível a nossa espera, incluindo Colômbia, Uruguai e Argentina.

Por enquanto, nossos jogadores podem ir degustando este vinho que desceu redondo em Fortaleza.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



SOC! TUM! POW!

O empate entre Argentina e Paraguai teve violência demais e futebol de menos. A cada cinco minutos acontecia um lance ríspido e o árbitro deixava o jogo correr. A maioria dos jogadores escalados atuam na Europa, mas o futebol foi típico de uma Libertadores.



DE NOVO!

O Peru estava levando a melhor sobre o Chile quando, mais uma vez, um jogador inca cometeu a bobagem de ser expulso. O meia Christian Cueva acabou levando vermelho após desentendimento com o chileno Valdívia e sua expulsão teve muita influência no resultado. Muito semelhante ao que aconteceu no último encontro entre os dois times na Copa América. A Roja, que estava perdendo, conseguiu a virada e segue com 100% de aproveitamento.



FUTEBOL OU NATAÇÃO?

A vitória em casa do Equador sobre a Bolívia ficou em segundo plano. O campo alagado em Quito roubou a cena na partida. Como um jogo dessa importância pode ser realizado em um gramado em tais condições?


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Bebendo Vinho

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CONMEBOL1916CSF



Após um início ruim contra o Chile nas Eliminatórias da Copa 2018, o Brasil irá a Fortaleza onde recebe a Venezuela, também conhecida como Vinotinto devido à cor de seus uniformes.

A Venezuela tem lá seus méritos, mas é uma seleção tecnicamente limitada e com poucos recursos, sendo muito dependente da raça de seus jogadores e de seus talentos individuais. Não obstante, o futebol não é tradição no país e a Vinotinto jamais conquistou um título. Os venezuelanos sequer disputaram alguma Copa do Mundo.

Obviamente, não se deve subestimar a Venezuela a despeito de sua pouca tradição no futebol. A tal "raça" de seus jogadores já fez a Vinotinto realizar algumas proezas recentes, incluindo um surpreendente quarto lugar na Copa América de 2011. Na última edição, realizada neste ano, a Venezuela foi eliminada ainda na fase de grupos, mas não sem luta. O próprio Brasil teve muito trabalho para segurar o resultado diante dos venezuelanos.

A estratégia da Venezuela é a do "futebol eficiente": a equipe espera atrás da linha da intermediária para roubar as bolas do adversário e contra-ataca aproveitando os espaços vazios.



Venezuela em 4-4-2: a equipe espera o rival no campo de defesa,
toma a bola e faz contra-ataques aproveitando os espaços vazios
deixados pelos adversários (imagem obtida via this11.com).



A principal fraqueza da Venezuela é a falta de poder de fogo, algo que foi agravado com a aposentadoria do meia Juan Arango, o único que pensava o jogo no meio-de-campo venezuelano. A saída do meio-campista fez com que o treinador Noel Sanvicente modificasse o esquema tático de 4-4-1-1/4-2-3-1 para um 4-4-2. Sabendo que a Vinotinto perdeu em casa na sua estréia diante do razoável Paraguai, é possível que a Venezuela ainda não tenha se acostumado, ainda, com as mudanças forçadas, o que pode ser mais um ponto a ser explorado pelo Brasil.

O principal destaque da Venezuela é o lateral-esquerdo Fernando Amorebieta, com boa passagem pelo Athletic Bilbao. Ele sabe marcar e subir para o ataque com a mesma eficiência, mas ficou marcado na última Copa América por um fato negativo: chutou o atacante peruano Paolo Guerrero, foi suspenso e sua ausência prejudicou muito o desempenho da Vinotinto. O centroavante Salomón Rondón também merece atenção.

Hoje, o Brasil irá tomar um vinho no Ceará. Resta saber se este vinho ira descer suave ou causará ressaca aos jogadores brasileiros.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/CONMEBOL1916CSF



ARGENTINA

Após ser surpreendido em casa para o modesto Equador, a Argentina tenta a reação diante do Paraguai, no Defensores Del Chaco. O retrospecto joga em favor da Albiceleste, mas a Albirroja, que também é uma equipe com estilo semelhante ao da Venezuela (embora com mais recursos e qualidade técnica), deve tentar tirar proveito da ansiedade argentina e jogar em contra-ataques. É bom que os argentinos não venham com muita sede ao pote e utilizem bem seus meias Banega e Pastore. Com esses dois em campo juntos, o jogo fica bem mais fácil e agradável.



ESPANHA

Mesmo com o time reserva e tendo menos posse de bola que de costume, a Furia não teve dificuldades em bater uma desesperada Ucrânia no último jogo válido pelas Eliminatórias da Euro 2016. Os ucranianos até jogaram bem, mas faltou calma à equipe do Leste Europeu, que terá de buscar uma vaga na repescagem. A Espanha, que nada tinha a ver com isso, deu outro show de bola com seu bom e velho Tiki-Taka, mesmo sem Xavi e Iniesta no meio-de-campo.



COPA FARMA

Imagem extraída de https://www.facebook.com/ThePharMafia/

Gostaria de parabenizar todos os alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP que representaram a instituição na Copa Farma 2015, em especial àqueles que conquistaram medalhas no evento. A faculdade foi campeã no handebol masculino, basquete masculino, basquete feminino (foto), vôlei feminino e futsal masculino. Parabéns a todos pelas conquistas!


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O Joachim Sabe o que Faz

Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Aproveitei o feriado para descansar um pouco mas não deixei de acompanhar o futebol.

Assisti a alguns jogos válidos pelas Eliminatórias da Euro 2016 e me deliciei com as vitórias das minhas seleções favoritas, incluindo a Espanha, a Croácia e a Alemanha.

A Mannschaft, por sinal, não parece nem sombra daquele time que nos deu uma surra em 2014. Os alemães têm posse de bola mas não conseguem transformá-la em chances de gol, a equipe parece mais lenta, a marcação adversária consegue tirar os espaços da Alemanha com relativa facilidade, ...

A campanha alemã nas Eliminatórias foi cheia de altos e baixos, com sete vitórias, um empate e duas derrotas, incluindo um revés para a fraca República da Irlanda. Por pouco, a Nationalelf não foi parar na repescagem.

Não bastasse a irregularidade alemã, houve uma perseguição implacável da Polônia pela liderança. A atual Seleção Polonesa, composta por muitos astros do próprio futebol alemão, foi uma verdadeira pedra nas chuteiras da Mannschaft. Os alemães só conseguiram assegurar a ponta devido a alguns tropeços de seus perseguidores, uma vez que no confronto direto houve uma vitória para cada lado.

Quem vê essa campanha sofrida, deve acreditar que acabou o gás da Alemanha após a Copa de 2014 e a tendência é de que os alemães entrem em decadência daqui para frente, certo?



Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam/



Errado. Muito errado.

Comecemos pelas ausências de atletas que já se aposentaram pela Seleção Alemã. Klose, Lahm e Mertesacker não jogam mais pela Mannschaft. A saída do trio enfraqueceu um pouco a equipe, que perdeu seus líderes e também suas referências em campo. A lateral direita continua sem dono desde a saída da Lahm e falta uma referência na área depois que Klose pendurou as chuteiras pela sua seleção.

O treinador Joachim Löw aproveitou a aposentadoria do trio para renovar o elenco da Nationalelf e dar chances a jogadores mais jovens, algo que ele já vinha fazendo desde que assumiu a equipe em 2006. Nomes pouco conhecidos como Ginter, Bellarabi, Volland e Kruse estão ganhando espaço na seleção principal da Alemanha.

A inexperiência da garotada, contudo, pesa em campo e a equipe sofre com isso. Isso explica os tropeços e também as vitórias magras sobre rivais de pouca expressão.

A renovação de uma equipe, contudo, é um processo a ser executado a longo prazo. Você abre mão da experiência de alguns atletas para inserir alguns novatos. A falta de entrosamento inicial somada à inexperiência dos meninos pesa em campo e muitas batalhas são perdidas no processo. Podemos considerar isto como um risco calculado, cujo preço que o time paga de bom grado.

Os jogadores, por mais talentosos que sejam, não poderão atuar por toda a vida. Como eu escrevo aqui no blog com frequência, a idade chega e o atleta tende a sofrer cada vez mais com as limitações físicas. É preciso encontrar bons sucessores para se preencher os vazios deixados pelos atletas que se aposentam.

Os atletas mais jovens, contudo, precisam ser preparados para se ocupar tais postos. Para isso, os meninos precisam ter oportunidades para jogar no time principal. Isto faz com que eles possam aprender com os companheiros mais experientes e também saibam como lidar com tamanha responsabilidade.

Os meninos acabam cometendo muitos erros, mas o time compreende. Faz parte do processo de amadurecimento errar e aprender com esses erros. Por isso, o treinador insiste com a garotada apesar da irregularidade da equipe. Ele sabe que um menino inexperiente de hoje pode ser o craque de amanhã.

A experiência não foi deixada de lado. Schweinsteiger e Podolski foram mantidos na equipe e estiveram com o grupo que disputou os últimos dois jogos da Eliminatória. Eles não entraram em campo, mas o treinador sabe que a liderança da dupla será o contraponto da inexperiência dos garotos.

A Alemanha não acabou. Está fazendo uma campanha relativamente fraca justamente para dar um preparo adequado à nova geração de atletas para que a equipe esteja voando em junho de 2016, quando a Eurocopa será realizada.

Hoje a equipe ainda está verde, mas estará madura em 2016.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam/


sábado, 10 de outubro de 2015

O Palmeiras Precisa Cuidar do Gabriel

Imagem extraída de https://www.facebook.com/GabrielJesus33Oficial/



Um dos jogadores que mais vem se destacando no milionário elenco do Palmeiras é o atacante Gabriel Jesus, um habilidoso atacante esquerdo que vem ganhando notoriedade pelos seus gols e assistências. Ele tem apenas 18 anos e foi revelado nas próprias bases do próprio Verdão.

O jovem atleta já alcançou a fama em pouquíssimo tempo desde que foi efetivado ao elenco profissional. Ele atua como titular na equipe de Marcelo Oliveira, é ídolo da torcida e vem ganhando muito espaço na mídia.

Todo esse crescimento repentino, contudo, vem prejudicando o desenvolvimento profissional do menino. Como ele vem sendo muito paparicado, ele começou a tomar atitudes erradas em campo e isso vem prejudicando sua equipe nos últimos jogos.

Na partida contra o São Paulo, por exemplo, um erro de Gabriel resultou no gol de Carlinhos. Tudo porque ele não foi atrás de uma bola que ele considerava como "perdida" na linha de fundo, mas que foi recuperada por um lateral adversário e o Tricolor abriu o placar. A importância de seu erro só não foi maior porque Rogério Ceni "devolveu  a gentileza" e o Verdão empatou nos minutos finais. E se o São Paulo não tivesse vacilado? De quem teria sido a culpa pela derrota?

No jogo seguinte, contra o Inter, ele deveria ter voltado para cobrir Zé Roberto, que estava jogando na lateral esquerda. O atacante, praticamente, limitou-se a permanecer no campo de ataque enquanto Valdívia fazia a festa por aquele lado. O gol de empate do Colorado, inclusive, saiu por lá. Sorte que Andrei Girotto apareceu para desempatar para o Verdão e selar a classificação do Palmeiras para as semifinais da Copa do Brasil. A culpa no gol sofrido, obviamente, precisa ser dividida com os outros jogadores daquele setor, mas o Verdão teria levado bem menos sustos se Gabriel contribuísse com a marcação.

Na goleada sofrida diante da Chapecoense, Egídio acabou levando a maior parcela da culpa pela derrota. Mas, sejamos justos, Dudu e Gabriel Jesus deveriam oferecer cobertura ao lateral, mas foram omissos na marcação. Mais uma vez, o lado esquerdo do Palmeiras foi amplamente explorado. Não sei se a goleada poderia ter sido evitada, mas a presença de mais marcadores sempre dificulta a ação do rival.

Isso sem falar que o atacante também vem abusando do individualismo em alguns lances, prendendo demais a bola e tentando efetuar dribles desnecessários.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/GabrielJesus33Oficial/



O momento atual de Gabriel Jesus me fez lembrar o começo de carreira de dois atletas que estão fazendo muito sucesso na Europa: Neymar e Lucas Moura. Ambos os jogadores, assim como Gabriel, alcançaram o sucesso muito cedo. E isso subiu à cabeça da dupla, fazendo com que ambos tomassem muitas atitudes erradas. Quem não se lembra quando Neymar ou Lucas tentavam partir para o drible o tempo todo, perdiam a bola e acabavam matando contra-ataques? Algumas dessas histórias você confere nos links ao final deste texto.

O sucesso nos abre muitas portas, mas também nos trazem muitas coisas ruins. A fama sobe a cabeça das pessoas e as fazem cair em muitas armadilhas, como a arrogância, as extravagâncias e os falsos amigos. Como Gabriel ainda é muito jovem, ele está ainda mais susceptível a tais armadilhas. E tudo isso pode trazer consequências ruins para a carreira do jogador.

O Palmeiras e o treinador Marcelo Oliveira, portanto, precisam cuidar do jovem Gabriel Jesus. Impedir que ele se desvie do caminho certo e continue crescendo no futebol. O técnico, inclusive, declarou que chamaria Gabriel para uma "conversa".

Gabriel é um menino muito talentoso e tem muito potencial, tanto para jogar num grande clube no exterior, quanto para defender a nossa Seleção na Copa de 2018.

Ele, contudo, precisa ser "blindado" pelo Palmeiras para que não caia nas armadilhas da fama e se transforme em um estorvo para o seu próprio time.

Todos nós erramos, sobretudo enquanto ainda somos jovens e inexperientes.

Errar e aprender com nossos erros faz parte da vida de todos nós, e a maturidade é conquistada à medida em que assimilamos tudo isto.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/GabrielJesus33Oficial/



Leia mais:


Blog do Caju- ‘Ouça os mais velhos, Neymar’: http://www.estadao.com.br/blogs/jt-esportes/ouca-os-mais-velhos-neymar/

Blog do Caju- O Leão sabe das coisas, Lucas: http://blogs.estadao.com.br/blog-do-caju/o-leao-sabe-das-coisas-lucas/




QUE DELÍCIA VER A ESPANHA JOGAR!

Assisti ao jogo da Espanha contra o modesto Luxemburgo, válido pelas Eliminatórias da Euro 2016, e me deliciei com o jogo da Furia! Passes, velocidade, jogo coletivo, compactação, posse de bola, tabelas, ... Um verdadeiro espetáculo para os fãs do futebol-arte. O placar de 4x0 ficou até barato para os luxemburgueses, que ficaram o jogo inteiro encolhidos lá atrás. O resultado assegurou os espanhóis na Eurocopa, que devem entrar, mais uma vez, como favoritos ao título.



TEM PROFESSOR NOVO NA ÁREA!

Durou apenas alguns meses o ano sabático de Jürgen Klopp. O Ex-treinador do Borussia Dortmund acertou com o Liverpool na semana passada e vai comandar o Reds durante três temporadas. Resta saber se o técnico conseguirá dar vida ao time do Anfield, que ainda não se acertou em campo apesar dos muitos reforços contratados.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Vermelho de Raiva

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



O Brasil começou sua jornada em busca da Copa 2018 com o pé esquerdo. Nossa Seleção até se esforçou, mas teve pouca ousadia para enfrentar o Chile e pagou o preço por isso.

Dunga foi à campo com uma formação conservadora, o 4-2-3-1 utilizando Douglas Costa na vaga de Neymar (suspenso) e Hulk como "falso nove". Deu azar de perder David Luiz ainda no primeiro tempo e colocou Marquinhos em seu lugar.

O Chile também foi tímido no primeiro tempo. Os donos da casa atuaram recuados e buscaram chances em contra-golpes. Não à toa o jogo havia sido muito sonolento na primeira etapa, com as duas equipes bastante recuadas e com posse de bola parelha. A partida estava tão ruim que o treinador Jorge Sampaoli queimou uma alteração ainda na primeira etapa, trocando o volante Francisco Silva pelo winger Mark González.

O panorama do jogo não mudaria muito até o final do primeiro tempo, mas o melhor (ou pior) estava por vir.



Brasil no 4-2-3-1 contra o Chile no 3-4-3, com ambos os times
após as modificações no primeiro tempo: ambas as equipes
tentaram criar chances pelos lados, mas ninguém conseguia
transpor a marcação adversária, tornando o jogo bastante
amarrado (imagem obtida via this11.com).



Se a partida estava monótona no primeiro tempo, ganhou movimentação e emoção na etapa complementar. Os lances tornaram-se mais ríspidos, com muitas faltas cometidas por ambas as equipes.

Sampaoli tirou o apagado Valdívia para colocar Matías Fernández e liberou sua equipe para atacar mais, ao passo que Dunga recuou o Brasil em duas linhas de quatro. Willian, Hulk e Douglas Costa tentavam chegar ao gol de Bravo em contra-golpes, mas os chilenos voltavam rapidamente para recompor a defesa.

Já dizia aquela frase, "quem não faz, toma". E o Brasil, de tanto fazer jogadas infrutíferas em contra-golpes, acabou cedendo um escanteio que virou um gol em um arremate de primeira nos pés do carrasco Vargas. Justamente aquele pequeno Vargas que sempre se agiganta quando enfrenta a nossa Seleção.



Chile foi mais agudo com a troca de Valdívia por Matías
Fernández. Brasil recua e apenas seus três atacantes
avançam em contra-golpes, mas o trio peca nas finalizações
(imagem obtida via this11.com).



O Chile, que estava à frente no placar, recuou. Mas não para se defender, e sim para jogar em cima do nervosismo do Brasil. A Roja sabia que seus adversários viriam para cima e dariam espaços para contra-golpes. Vargas e Alexis Sánches ainda permaneciam à frente para pressionar a saída de bola brasileira.

Dunga, como previa Sampaoli, escancarou o time em busca do gol de empate. Tricou Luiz Gustavo por Lucas Lima e Hulk por Ricardo Oliveira. Mas o Brasil acabou caindo na armadilha chilena e cedeu o segundo gol. E, por pouco, não leva o terceiro.



Brasil vai para o "tudo ou nada" no 4-1-4-1, mas perde a bola
para o Chile compacto no 3-5-2 e cede contra-ataques,
principalmente no lado esquerdo da defesa, por onde Vidal e
Isla criavam chances de gol (obtido via this11.com).



O Brasil acaba derrotado em sua estréia nas Eliminatórias da Copa 2018. Uma derrota diante do Chile, que estava em um melhor momento, era até esperada.

Nossa Seleção, contudo, pecou pela falta de ousadia. A Roja foi superior em campo, mas tinha fraquezas que poderiam ter sido exploradas pelo Brasil, como expliquei no post de ontem. Uma pressão bem feita na saída de bola ou jogadas aéreas melhor trabalhadas poderiam, ao menos, ter nos dado um empate em Santiago.

Nossos atletas, não obstante, se desesperaram após o gol sofrido, assim, como acontecera na Copa do Mundo e na Copa América. A cobrança excessiva por resultados e a falta de preparo psicológico pesaram, mais uma vez, contra nossa Seleção.

Caberia ao treinador Dunga tranquilizar seus homens e liderá-los, tal qual ele fizera em seus tempos de jogador. Um técnico excessivamente pressionado e adepto do estilo "guerreiro", contudo, só consegue colocar mais pilha em seus comandados. Como resultado, o Brasil não consegue manter a cabeça no lugar nos momentos mais críticos.

E acaba deixando o gramado vermelho de raiva.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



ALEMANHA

Foi injusta a derrota da Alemanha para a República da Irlanda. A Mannschaft teve mais posse de bola e criou mais chances de gol, mas se deparou com uma Irlanda covarde e que achou seu gol em um contra-golpe que nasceu de um chutão de seu goleiro.



ARGENTINA

Inacreditável a Argentina, que perdeu em casa diante de um Equador desfalcado. Do pouco que eu vi do jogo, que aconteceu em paralelo ao do Brasil, apenas Tévez, Mascherano e Di María pareciam ter vontade de jogar bola. O time parece ter sentido a pressão de jogar junto de seu torcedor após meses fazendo amistosos fora do país. Imagino como estão agora os críticos de Messi, quando afirmavam que a Pulga "não fazia falta para a Argentina".



URUGUAI

O Uruguai, mesmo jogando na altitude de La Paz, não teve dificuldades em bater a desfalcada Bolívia pelo placar de 2x0. Os donos da casa foram se irritando com a superioridade da Celeste e começaram a bater, ao ponto de um jogador ser expulso. Foi um grande resultado para o Uruguai, que vai tentando se reerguer das campanhas ruins nas últimas competições disputadas.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Ameaça Vermelha

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



Começa hoje a jornada da Seleção Brasileira em busca de uma vaga para a Copa do Mundo 2018. Serão dez seleções disputando cinco vagas (uma via repescagem) em uma competição no sistema de pontos corridos, havendo turno e returno em um total de dezoito rodadas.

O primeiro adversário será o Chile, em partida a ser realizada no Estadio Nacional, na capital chilena Santiago.

Os chilenos, há algum tempo atrás, eram nossos grandes fregueses. Mesmo seus melhores jogadores não eram páreo para o Brasil, que sempre aplicava grandes goleadas sobre a Roja. Nem mesmo Marcelo Sallas e Bambam Zamorano foram capazes de quebrar o tabu que impusemos sobre eles. Mas hoje tudo pode ser muito diferente, sobretudo levando-se em conta que não teremos Neymar, ainda suspenso pela confusão durante a última Copa América.

O Chile é o atual campeão da Copa América. Nossos adversários estarão empolgados pela conquista do título, motivados e empurrados pela sua torcida, que transformará o Estadio Nacional em um caldeirão. Será difícil para o Brasil jogar sob tamanha pressão.

A equipe vermelha joga um futebol moderno, vistoso, vibrante. Seu estilo combina o toque de bola típico do futebol europeu com a raça sul-americana. Seus jogadores são rápidos para criar jogadas de ataque e também para recompor a defesa. Os chilenos não têm medo de dividir bolas, independente da força ou da tradição dos rivais.

A principal arma do Chile é a compactação. Os jogadores se mantêm próximos uns dos outros, tanto no ataque quanto na defesa. Isto evita que a Roja perca a bola quando está atacando e também tira os espaços dos rivais quando a equipe está se defendendo. Tudo de maneira muito semelhante aos times europeus.



Chile compacto no ataque (esquerda) e na defesa (direita): os jogadores buscam se manter próximos uns dos outros
para manter a posse de bola através da troca de passes curtos (esquerda) e também para tirar os espaços dos
rivais quando a Roja está sem a bola (direita) -imagem obtida via this11.com.



O Chile, contudo, sofre por ser uma equipe composta por atletas de baixa estatura. As jogadas aéreas costumam ser um grande problema, principalmente para o goleiro Claudio Bravo. O Brasil, portanto, pode tentar tirar proveito dos chuveirinhos ou então levantar bolas em cobranças de falta e de escanteio.



O Chile, devido à estatura de seus atletas, tem muitos problemas com a bola aérea, fraqueza da
qual o Brasil pode tirar proveito (imagem obtida via https://www.facebook.com/CBF/).



A zaga do Chile também não transmite muita segurança e o Brasil também pode se valer disto. Uma pressão na saída de bola dificultaria muito a vida dos chilenos, obrigando-os a tentar bolas longas, tipo de jogada na qual eles não se saem muito bem.

O Brasil, contudo, teria de manter os atacantes e os meias no campo de ataque, mas o treinador Dunga não preza pelos esquemas ofensivos, preferindo manter a equipe recuada para tentar contra-ataques. Acredito que nossa Seleção dificilmente tentará isto.



Uma linha de quatro jogadores postada frente à zaga chilena
ajudada pelo avanço dos laterais dificultaria a recomposição
 de bola rival e ainda nos permitiria criar muitas chances de gol,
mas será que Dunga, que sempre foi um treinador conservador,
teria ousadia para utilizar tal esquema diante de um rival tão
forte (imagem obtida via this11.com)?



Uma última fraqueza a ser explorada pelo Brasil é o desfalque do volante Charles Aránguiz. O meio-campista se lesionou e só volta a atuar em 2016. É provável que o treinador Jorge Sampaoli faça alterações no lado esquerdo da defesa para suprir tal ausência. Nossa Seleção pode criar chances de gol por lá aproveitando que a zaga estará "remendada" naquele lado.



É provável que Sampaoli monte um esquema para fechar o lado
esquerdo da defesa colocando um lateral mais defensivo
(Albornoz) e um winger para cobrí-lo (Beausejour). O Brasil
poderia aproveitar o "remendo" e tentar triangular bolas pelo
lado direito, mas o treinador argentino tem o hábito de ousar
nas escalações e pode surpreender (obtido via this11.com).



Seria injusto apontar destaques individuais do Chile, afinal o forte da Roja é o jogo coletivo, com os jogadores oferecendo cobertura uns aos outros para a elaboração de jogadas ou para a marcação.

Vale destacar, ainda assim, o atacante Alexis Sánchez (foto abaixo -em excelente fase no Arsenal), o volante Arturo Vidal (considerado o principal jogador da equipe) e o atacante Eduardo Vargas (que sempre dá trabalho quando enfrenta o Brasil).

Alguns jogadores convocados por Sampaoli tiveram passagens pelo futebol brasileiro e conhecem muito bem o nosso jeito de jogar. São os casos do goleiro Johnny Herrera (Corinthians), o zagueiro Christian Vilches (Atlético-PR), o lateral Eugenio Mena (Santos e Cruzeiro), o meia Jorge Valdívia (Palmeiras), o winger Jean Beausejour (Grêmio) e o atacante Eduardo Vargas (Grêmio).

Será que o Brasil consegue passar por essa pedreira? Um empata já vem sendo cogitado como um "bom resultado".



Imagem extraída do Facebook oficial de Alexis Sánchez- https://www.facebook.com/alexissanchez7/



DORIVA

O São Paulo anunciou o ex-volante Doriva para comandar o time no restante de 2015. O treinador terá a missão de levar o Tricolor à Libertadores e pode fazê-lo seja chegando ao G-4 do Brasileirão ou vencendo a Copa do Brasil. Doriva tem identificação com o São Paulo pelos títulos conquistados nos anos 90 e fez bons trabalhos em clubes do Interior Paulista, o Ituano e a Ponte Preta. Mas ele não resistiu à pressão de trabalhar em clubes grandes, como o Vasco e o Atlético Paranaense. Como ele se sairá dirigindo mais um time grande e sob tamanha pressão por resultados a curto prazo?



ARGENTINA

Messi recuou em sua decisão de "dar um tempo" na Seleção Argentina, mas ele desfalcará a Albiceleste nas quatro primeiras das Eliminatórias da Copa 2018 devido a uma lesão. Será que o atacante realmente não faz nenhuma falta à sua seleção, como andaram dizendo alguns de seus críticos? A resposta virá nestas partidas em que ele será um mero torcedor.



CROÁCIA

A Croácia irá para o "tudo ou nada" neste final de semana em busca de uma vaga para a Euro 2016. A Hrvatska terá um confronto direto contra a Bulgária no sábado e visita o já eliminado País de Malta na próxima terça-feira. Contrariando às expectativas, os dirigentes croatas não nomearam nenhum ex-jogador para substituir o demitido treinador Niko Kovač, preferindo educador físico Ante Čačić, que comandou diversos times do futebol local. Os Enxadrezados chegaram a liderar o Grupo H, mas a equipe caiu de rendimento nos últimos jogos e ainda foi punida com a perda de pontos devido aos vandalismos promovidos por seu torcedor. Será que a Croácia, sob nova direção, consegue se recuperar na reta final?


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

SP(U)FC

Imagem extraída do blog de Juca Kfouri- http://blogdojuca.uol.com.br/



Foi com um misto de espanto e risadas que recebi a notícia de que o presidente e o ex-vice do São Paulo Futebol Clube teriam trocado agressões na manhã de segunda-feira.

Os sites esportivos afirmam que o presidente Carlos Miguel Aidar (à esquerda na ilustração acima) teria sido agredido pelo seu ex-vice Ataíde Gil Guerreiro (direita). Guerreiro deixou o cargo após o ocorrido.

O fato, que pode ser descrito como um misto de tragédia e comédia, resume bem a atual situação do São Paulo.

O clube sempre foi considerado um modelo de administração por suas estratégias de marketing, investimentos em infra-estrutura, por instituir a democracia e a rotatividade no poder em uma época quando os dirigentes absolutistas comandavam o futebol com seus mandatos intermináveis.

A instituição sempre primou por ser um clube elegante e elitista, contrapondo-se aos demais times que tinham mais apelo popular.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/spfc.net/



Nos últimos anos, porém, o Tricolor acomodou-se em suas glórias do passado e tornou-se um clube ultrapassado enquanto os rivais trataram de se modernizar em todos os sentidos.

Não obstante, muitos de seus dirigentes visivelmente passaram a colocar os interesses pessoais acima dos da instituição, justamente como seus colegas do passado faziam nos outros clubes.

O barraco promovido por Aidar e Ataíde deixou evidente como o outrora clube-modelo tornou-se uma instituição como todas as outras. Um clube comum.

O caos político do clube passou a respingar no desempenho da equipe nos últimos anos. O time deixou de brigar por títulos, quase foi rebaixado em 2013 e ainda sofreu com atrasos nos vencimentos neste ano.

Um clube que é considerado grande porta-se como se fosse um time pequeno.

E tornou-se motivo de escárnio, como mostram as ilustrações.



Imagem extraída do blog de Juca Kfouri- http://blogdojuca.uol.com.br/



TCHAU, OSORIO!

Durou quatro meses a passagem de Juan Carlos Osorio pelo Tricolor. O treinador confirmou ontem seu acerto como a Seleção Mexicana e já embarcou para o México. Três nomes são ventilados para substituir o colombiano: o uruguaio Diego Aguirre (ex-comandante do Internacional e ex-jogador do São Paulo), Doriva (atualmente na Ponte Preta, também é ex-jogador do Tricolor e tem identificação com o clube pelos títulos alcançados) e Cuca (atualmente na China, ajudou a montar o elenco que seria campeão da Libertadores em 2005). Os três nomes me agradam, mas eu escolheria Aguirre por estar desempregado atualmente, pelo bom trabalho desempenhado pelo Colorado no primeiro semestre e por ter dado chances à garotada de lá (Valdívia, Rodrigo Dourado, Geferson e outros). O fato dele ser uruguaio também ajuda pois o São Paulo tem muita identificação com tal país. Basta perguntar a Pablo Forlán, Darío Pereyra, Diego Lugano e Álvaro Pereira.



KAKÁ

Com a lesão de Philippe Coutinho, Dunga resolveu convocar Kaká para a disputa dos jogos válidos pelas Eliminatórias da Copa 2018. Ele é bom de bola, mas, com toda a honestidade, Kaká não é o que a Seleção precisa neste momento. O treinador deveria apostar em atletas mais jovens já visando montar um time para a disputa da Copa. Mas como a permanência de Dunga no cargo depende do desempenho da equipe, ele prefere chamar um medalhão visando o resultado a curto prazo para salvar a própria pele.