quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Alegria da Tragédia

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A Eurocopa 2016 ainda nem começou e as zebras já começaram. A Holanda, campeã de 1988, não participará da próxima edição e se despede das Eliminatórias de forma melancólica, perdendo em casa para a República Checa.

A Oranje havia caído em uma chave relativamente tranquila, da qual também participavam República Checa, Islândia, Turquia, Cazaquistão e Letônia.

A Seleção Holandesa, contudo, fez uma campanha pífia, chegou à última rodada precisando derrotar os checos e ainda precisando secar a Turquia.

O drama dos holandeses ganhou amplo destaque da mídia como sempre acontece quando uma equipe considerada grande corre o risco de eliminação ou rebaixamento.

A queda da Holanda, obviamente, teve um gosto muito especial para os brasileiros, que viram a Oranje eliminar o Brasil na Copa de 2010 e também tomar o bronze em 2014.



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Eu, por outro lado, lamentei profundamente a eliminação precoce da Holanda.

A Euro perde sem os holandeses e seu futebol artístico. A Holanda é uma grande escola de futebol que influenciou muitas das grandes equipes da atualidade, incluindo o Barcelona e a Seleção da Espanha. Uma competição sem a Oranje significa menos artistas da bola trabalhando em prol do futebol-arte.

Fica difícil indicar algum motivo para tamanha queda de rendimento da Holanda em apenas um ano desde o ótimo Mundial, mas a saída do treinador Louis Van Gaal teve influência no desempenho da Oranje, afinal o time é praticamente o mesmo e dois treinadores -Guus Hiddink e Danny Blind- já comandaram o time desde então.

Os trintões Robben, Sneijder, Van Persie, Huntelaar e outros da mesma geração perderam a chance de se despedirem da seleção de seu país, afinal eles já terão 34 anos em 2018 e dificilmente jogam a próxima Copa do Mundo. A queda da Holanda nas Eliminatórias deve acelerar o processo de renovação da equipe.

Há, contudo, uma esperança para o torcedor holandês. Em 2012, a Oranje sofreu uma eliminação vexaminosa na Euro daquele ano -com direito a brigas no vestiário- mas o fato impulsionou uma renovação na equipe e a Holanda renasceu com força total para a Copa de 2014.

Quem sabe a queda não sirva como incentivo para que a Holanda ressurja novamente e volte a nos brindar com aquele futebol maravilhoso de outrora.



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CROÁCIA

Para compensar a queda da Holanda, a Croácia com seu futebol ofensivo se classificou diretamente à Eurocopa. A Hrvatska precisava derrotar o País de Malta e ainda secar a Noruega. Os croatas fizeram a sua parte com Perišić e a Itália, após ficar atrás no placar, atendeu ao clamor de sua torcida e virou sobre os noruegueses. Parabéns, Croácia! Que tenham sorte em 2016!



SÃO PAULO

Doriva começou com o pé esquerdo o seu retorno ao clube que o revelou para o futebol. O São Paulo foi esforçado e criou chances de gols, mas cometeu faltas à rodo e não parece ter compreendido as vantagens da tal "compactação". O Flu, por outro lado, valeu-se do recurso e venceu com méritos.



PALMEIRAS

Pelo jeito,  a surra que o Verdão levou em Chapecó não serviu de aprendizado aos jogadores. O Palmeiras, que tinha chance de passar a noite no G4, perdeu em casa para a apenas esforçada Ponte Preta e o torcedor já se impacientou com o time.


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Desceu Redondo

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O Brasil foi ao Ceará tomar um vinho para afogar as mágoas da derrota sofrida diante do Chile. E o tal vinho desceu suavemente para nossos atletas.

Dunga promoveu mudanças radicais para este segundo jogo válido pelas Eliminatórias da Copa 2018: o goleiro Jefferson deu lugar a Alisson, o zagueiro David Luiz cedeu sua posição ao companheiro de PSG Marquinhos, o lateral esquerdo Marcelo saiu para a entrada de Filipe Luís, e o atacante Hulk foi substituído pelo experiente Ricardo Oliveira.

A Venezuela, sabendo da dificuldade do jogo, alterou seu 4-4-2 para o 4-2-3-1/4-4-1-1, com o meia Santos assumindo a vaga do atacante Falcón. O lateral Amorebieta, que estava suspenso, também retornou.

As mudanças propostas pelo treinador Noel Sanvicente, contudo, não impediram que a Vinotinto fosse surpreendida logo no primeiro minuto de jogo. Willian, após uma pressão inicial da Venezuela, partiu em contra-ataque e fez um gol-relâmpago pela direita.

O gol tranquilizou nossos atletas e permitiu que o Brasil pudesse controlar as ações do jogo.

Os venezuelanos, sem muita escolha, tiveram de atacar, mas o time que está acostumado a "jogar sem a bola" não se sentiu à vontade atuando com ela nos pés.

O Brasil aproveitava para tomar a bola dos rivais e partir em contra-ataques. A presença de uma referência na área, Ricardo Oliveira, também ajudava.

Willian, por sinal, estava inspirado na partida. Atacava pelos dois lados, se movimentava bem em campo, criava chances de gol e ainda voltava para ajudar Daniel Alves na marcação. E ele ainda deixou sua marca novamente no final do primeiro tempo.



O dois times no 4-2-3-1: o Brasil força a defensiva Venezuela
a jogar com a bola e faz contra-golpes aproveitando as
subidas da Vinotinto (imagem obtida via this11.com).



A Venezuela adianta a marcação, passa a atuar compactada e se aproxima perigosamente do gol de Alisson. Em dois escanteios cedidos, Santos pára duas vezes no goleiro colorado em jogadas pela esquerda. Na terceira, não houve jeito e o meia venezuelano diminui.

Os venezuelanos passam a "gostar do jogo", mas a entrada de Lucas Lima faz o Brasil retomar o controle da situação. O Brasil retoma a posse da bola, pressiona a Vinotinto e Ricardo Oliveira dá números finais à partida.



Venezuela sobe compactada para o ataque, cria chances de gol
e consegue alguns escanteios a favor. Brasil sente a pressão e
permite reação venezuelana, mas a entrada de Lucas Lima no
lugar do apagado Oscar faz a nossa Seleção ganhar terreno
novamente (imagem obtida via this11.com)



O Brasil vence a Venezuela com méritos e dá a resposta esperada após começo ruim nas Eliminatórias da Copa 2018.

A Venezuela, devido às suas limitações, pode não ser o adversário ideal para mensurarmos a evolução do Brasil, mas foi o rival perfeito para a reabilitação. Mais do que isso, nossa Seleção evita desperdiçar pontos preciosos, afinal muito mais importante que buscar pontos diante de rivais considerados difíceis, não se deve perdê-los para oponentes considerados fáceis.

Resta saber se o Brasil terá futebol e raça para buscar pontos nos jogos considerados decisivos, afinal há muitos adversários de nível a nossa espera, incluindo Colômbia, Uruguai e Argentina.

Por enquanto, nossos jogadores podem ir degustando este vinho que desceu redondo em Fortaleza.



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SOC! TUM! POW!

O empate entre Argentina e Paraguai teve violência demais e futebol de menos. A cada cinco minutos acontecia um lance ríspido e o árbitro deixava o jogo correr. A maioria dos jogadores escalados atuam na Europa, mas o futebol foi típico de uma Libertadores.



DE NOVO!

O Peru estava levando a melhor sobre o Chile quando, mais uma vez, um jogador inca cometeu a bobagem de ser expulso. O meia Christian Cueva acabou levando vermelho após desentendimento com o chileno Valdívia e sua expulsão teve muita influência no resultado. Muito semelhante ao que aconteceu no último encontro entre os dois times na Copa América. A Roja, que estava perdendo, conseguiu a virada e segue com 100% de aproveitamento.



FUTEBOL OU NATAÇÃO?

A vitória em casa do Equador sobre a Bolívia ficou em segundo plano. O campo alagado em Quito roubou a cena na partida. Como um jogo dessa importância pode ser realizado em um gramado em tais condições?


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Bebendo Vinho

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CONMEBOL1916CSF



Após um início ruim contra o Chile nas Eliminatórias da Copa 2018, o Brasil irá a Fortaleza onde recebe a Venezuela, também conhecida como Vinotinto devido à cor de seus uniformes.

A Venezuela tem lá seus méritos, mas é uma seleção tecnicamente limitada e com poucos recursos, sendo muito dependente da raça de seus jogadores e de seus talentos individuais. Não obstante, o futebol não é tradição no país e a Vinotinto jamais conquistou um título. Os venezuelanos sequer disputaram alguma Copa do Mundo.

Obviamente, não se deve subestimar a Venezuela a despeito de sua pouca tradição no futebol. A tal "raça" de seus jogadores já fez a Vinotinto realizar algumas proezas recentes, incluindo um surpreendente quarto lugar na Copa América de 2011. Na última edição, realizada neste ano, a Venezuela foi eliminada ainda na fase de grupos, mas não sem luta. O próprio Brasil teve muito trabalho para segurar o resultado diante dos venezuelanos.

A estratégia da Venezuela é a do "futebol eficiente": a equipe espera atrás da linha da intermediária para roubar as bolas do adversário e contra-ataca aproveitando os espaços vazios.



Venezuela em 4-4-2: a equipe espera o rival no campo de defesa,
toma a bola e faz contra-ataques aproveitando os espaços vazios
deixados pelos adversários (imagem obtida via this11.com).



A principal fraqueza da Venezuela é a falta de poder de fogo, algo que foi agravado com a aposentadoria do meia Juan Arango, o único que pensava o jogo no meio-de-campo venezuelano. A saída do meio-campista fez com que o treinador Noel Sanvicente modificasse o esquema tático de 4-4-1-1/4-2-3-1 para um 4-4-2. Sabendo que a Vinotinto perdeu em casa na sua estréia diante do razoável Paraguai, é possível que a Venezuela ainda não tenha se acostumado, ainda, com as mudanças forçadas, o que pode ser mais um ponto a ser explorado pelo Brasil.

O principal destaque da Venezuela é o lateral-esquerdo Fernando Amorebieta, com boa passagem pelo Athletic Bilbao. Ele sabe marcar e subir para o ataque com a mesma eficiência, mas ficou marcado na última Copa América por um fato negativo: chutou o atacante peruano Paolo Guerrero, foi suspenso e sua ausência prejudicou muito o desempenho da Vinotinto. O centroavante Salomón Rondón também merece atenção.

Hoje, o Brasil irá tomar um vinho no Ceará. Resta saber se este vinho ira descer suave ou causará ressaca aos jogadores brasileiros.



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ARGENTINA

Após ser surpreendido em casa para o modesto Equador, a Argentina tenta a reação diante do Paraguai, no Defensores Del Chaco. O retrospecto joga em favor da Albiceleste, mas a Albirroja, que também é uma equipe com estilo semelhante ao da Venezuela (embora com mais recursos e qualidade técnica), deve tentar tirar proveito da ansiedade argentina e jogar em contra-ataques. É bom que os argentinos não venham com muita sede ao pote e utilizem bem seus meias Banega e Pastore. Com esses dois em campo juntos, o jogo fica bem mais fácil e agradável.



ESPANHA

Mesmo com o time reserva e tendo menos posse de bola que de costume, a Furia não teve dificuldades em bater uma desesperada Ucrânia no último jogo válido pelas Eliminatórias da Euro 2016. Os ucranianos até jogaram bem, mas faltou calma à equipe do Leste Europeu, que terá de buscar uma vaga na repescagem. A Espanha, que nada tinha a ver com isso, deu outro show de bola com seu bom e velho Tiki-Taka, mesmo sem Xavi e Iniesta no meio-de-campo.



COPA FARMA

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Gostaria de parabenizar todos os alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP que representaram a instituição na Copa Farma 2015, em especial àqueles que conquistaram medalhas no evento. A faculdade foi campeã no handebol masculino, basquete masculino, basquete feminino (foto), vôlei feminino e futsal masculino. Parabéns a todos pelas conquistas!


segunda-feira, 12 de outubro de 2015

O Joachim Sabe o que Faz

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Olá, queridos leitores e leitoras!

Aproveitei o feriado para descansar um pouco mas não deixei de acompanhar o futebol.

Assisti a alguns jogos válidos pelas Eliminatórias da Euro 2016 e me deliciei com as vitórias das minhas seleções favoritas, incluindo a Espanha, a Croácia e a Alemanha.

A Mannschaft, por sinal, não parece nem sombra daquele time que nos deu uma surra em 2014. Os alemães têm posse de bola mas não conseguem transformá-la em chances de gol, a equipe parece mais lenta, a marcação adversária consegue tirar os espaços da Alemanha com relativa facilidade, ...

A campanha alemã nas Eliminatórias foi cheia de altos e baixos, com sete vitórias, um empate e duas derrotas, incluindo um revés para a fraca República da Irlanda. Por pouco, a Nationalelf não foi parar na repescagem.

Não bastasse a irregularidade alemã, houve uma perseguição implacável da Polônia pela liderança. A atual Seleção Polonesa, composta por muitos astros do próprio futebol alemão, foi uma verdadeira pedra nas chuteiras da Mannschaft. Os alemães só conseguiram assegurar a ponta devido a alguns tropeços de seus perseguidores, uma vez que no confronto direto houve uma vitória para cada lado.

Quem vê essa campanha sofrida, deve acreditar que acabou o gás da Alemanha após a Copa de 2014 e a tendência é de que os alemães entrem em decadência daqui para frente, certo?



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Errado. Muito errado.

Comecemos pelas ausências de atletas que já se aposentaram pela Seleção Alemã. Klose, Lahm e Mertesacker não jogam mais pela Mannschaft. A saída do trio enfraqueceu um pouco a equipe, que perdeu seus líderes e também suas referências em campo. A lateral direita continua sem dono desde a saída da Lahm e falta uma referência na área depois que Klose pendurou as chuteiras pela sua seleção.

O treinador Joachim Löw aproveitou a aposentadoria do trio para renovar o elenco da Nationalelf e dar chances a jogadores mais jovens, algo que ele já vinha fazendo desde que assumiu a equipe em 2006. Nomes pouco conhecidos como Ginter, Bellarabi, Volland e Kruse estão ganhando espaço na seleção principal da Alemanha.

A inexperiência da garotada, contudo, pesa em campo e a equipe sofre com isso. Isso explica os tropeços e também as vitórias magras sobre rivais de pouca expressão.

A renovação de uma equipe, contudo, é um processo a ser executado a longo prazo. Você abre mão da experiência de alguns atletas para inserir alguns novatos. A falta de entrosamento inicial somada à inexperiência dos meninos pesa em campo e muitas batalhas são perdidas no processo. Podemos considerar isto como um risco calculado, cujo preço que o time paga de bom grado.

Os jogadores, por mais talentosos que sejam, não poderão atuar por toda a vida. Como eu escrevo aqui no blog com frequência, a idade chega e o atleta tende a sofrer cada vez mais com as limitações físicas. É preciso encontrar bons sucessores para se preencher os vazios deixados pelos atletas que se aposentam.

Os atletas mais jovens, contudo, precisam ser preparados para se ocupar tais postos. Para isso, os meninos precisam ter oportunidades para jogar no time principal. Isto faz com que eles possam aprender com os companheiros mais experientes e também saibam como lidar com tamanha responsabilidade.

Os meninos acabam cometendo muitos erros, mas o time compreende. Faz parte do processo de amadurecimento errar e aprender com esses erros. Por isso, o treinador insiste com a garotada apesar da irregularidade da equipe. Ele sabe que um menino inexperiente de hoje pode ser o craque de amanhã.

A experiência não foi deixada de lado. Schweinsteiger e Podolski foram mantidos na equipe e estiveram com o grupo que disputou os últimos dois jogos da Eliminatória. Eles não entraram em campo, mas o treinador sabe que a liderança da dupla será o contraponto da inexperiência dos garotos.

A Alemanha não acabou. Está fazendo uma campanha relativamente fraca justamente para dar um preparo adequado à nova geração de atletas para que a equipe esteja voando em junho de 2016, quando a Eurocopa será realizada.

Hoje a equipe ainda está verde, mas estará madura em 2016.



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sábado, 10 de outubro de 2015

O Palmeiras Precisa Cuidar do Gabriel

Imagem extraída de https://www.facebook.com/GabrielJesus33Oficial/



Um dos jogadores que mais vem se destacando no milionário elenco do Palmeiras é o atacante Gabriel Jesus, um habilidoso atacante esquerdo que vem ganhando notoriedade pelos seus gols e assistências. Ele tem apenas 18 anos e foi revelado nas próprias bases do próprio Verdão.

O jovem atleta já alcançou a fama em pouquíssimo tempo desde que foi efetivado ao elenco profissional. Ele atua como titular na equipe de Marcelo Oliveira, é ídolo da torcida e vem ganhando muito espaço na mídia.

Todo esse crescimento repentino, contudo, vem prejudicando o desenvolvimento profissional do menino. Como ele vem sendo muito paparicado, ele começou a tomar atitudes erradas em campo e isso vem prejudicando sua equipe nos últimos jogos.

Na partida contra o São Paulo, por exemplo, um erro de Gabriel resultou no gol de Carlinhos. Tudo porque ele não foi atrás de uma bola que ele considerava como "perdida" na linha de fundo, mas que foi recuperada por um lateral adversário e o Tricolor abriu o placar. A importância de seu erro só não foi maior porque Rogério Ceni "devolveu  a gentileza" e o Verdão empatou nos minutos finais. E se o São Paulo não tivesse vacilado? De quem teria sido a culpa pela derrota?

No jogo seguinte, contra o Inter, ele deveria ter voltado para cobrir Zé Roberto, que estava jogando na lateral esquerda. O atacante, praticamente, limitou-se a permanecer no campo de ataque enquanto Valdívia fazia a festa por aquele lado. O gol de empate do Colorado, inclusive, saiu por lá. Sorte que Andrei Girotto apareceu para desempatar para o Verdão e selar a classificação do Palmeiras para as semifinais da Copa do Brasil. A culpa no gol sofrido, obviamente, precisa ser dividida com os outros jogadores daquele setor, mas o Verdão teria levado bem menos sustos se Gabriel contribuísse com a marcação.

Na goleada sofrida diante da Chapecoense, Egídio acabou levando a maior parcela da culpa pela derrota. Mas, sejamos justos, Dudu e Gabriel Jesus deveriam oferecer cobertura ao lateral, mas foram omissos na marcação. Mais uma vez, o lado esquerdo do Palmeiras foi amplamente explorado. Não sei se a goleada poderia ter sido evitada, mas a presença de mais marcadores sempre dificulta a ação do rival.

Isso sem falar que o atacante também vem abusando do individualismo em alguns lances, prendendo demais a bola e tentando efetuar dribles desnecessários.



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O momento atual de Gabriel Jesus me fez lembrar o começo de carreira de dois atletas que estão fazendo muito sucesso na Europa: Neymar e Lucas Moura. Ambos os jogadores, assim como Gabriel, alcançaram o sucesso muito cedo. E isso subiu à cabeça da dupla, fazendo com que ambos tomassem muitas atitudes erradas. Quem não se lembra quando Neymar ou Lucas tentavam partir para o drible o tempo todo, perdiam a bola e acabavam matando contra-ataques? Algumas dessas histórias você confere nos links ao final deste texto.

O sucesso nos abre muitas portas, mas também nos trazem muitas coisas ruins. A fama sobe a cabeça das pessoas e as fazem cair em muitas armadilhas, como a arrogância, as extravagâncias e os falsos amigos. Como Gabriel ainda é muito jovem, ele está ainda mais susceptível a tais armadilhas. E tudo isso pode trazer consequências ruins para a carreira do jogador.

O Palmeiras e o treinador Marcelo Oliveira, portanto, precisam cuidar do jovem Gabriel Jesus. Impedir que ele se desvie do caminho certo e continue crescendo no futebol. O técnico, inclusive, declarou que chamaria Gabriel para uma "conversa".

Gabriel é um menino muito talentoso e tem muito potencial, tanto para jogar num grande clube no exterior, quanto para defender a nossa Seleção na Copa de 2018.

Ele, contudo, precisa ser "blindado" pelo Palmeiras para que não caia nas armadilhas da fama e se transforme em um estorvo para o seu próprio time.

Todos nós erramos, sobretudo enquanto ainda somos jovens e inexperientes.

Errar e aprender com nossos erros faz parte da vida de todos nós, e a maturidade é conquistada à medida em que assimilamos tudo isto.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/GabrielJesus33Oficial/



Leia mais:


Blog do Caju- ‘Ouça os mais velhos, Neymar’: http://www.estadao.com.br/blogs/jt-esportes/ouca-os-mais-velhos-neymar/

Blog do Caju- O Leão sabe das coisas, Lucas: http://blogs.estadao.com.br/blog-do-caju/o-leao-sabe-das-coisas-lucas/




QUE DELÍCIA VER A ESPANHA JOGAR!

Assisti ao jogo da Espanha contra o modesto Luxemburgo, válido pelas Eliminatórias da Euro 2016, e me deliciei com o jogo da Furia! Passes, velocidade, jogo coletivo, compactação, posse de bola, tabelas, ... Um verdadeiro espetáculo para os fãs do futebol-arte. O placar de 4x0 ficou até barato para os luxemburgueses, que ficaram o jogo inteiro encolhidos lá atrás. O resultado assegurou os espanhóis na Eurocopa, que devem entrar, mais uma vez, como favoritos ao título.



TEM PROFESSOR NOVO NA ÁREA!

Durou apenas alguns meses o ano sabático de Jürgen Klopp. O Ex-treinador do Borussia Dortmund acertou com o Liverpool na semana passada e vai comandar o Reds durante três temporadas. Resta saber se o técnico conseguirá dar vida ao time do Anfield, que ainda não se acertou em campo apesar dos muitos reforços contratados.


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Vermelho de Raiva

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



O Brasil começou sua jornada em busca da Copa 2018 com o pé esquerdo. Nossa Seleção até se esforçou, mas teve pouca ousadia para enfrentar o Chile e pagou o preço por isso.

Dunga foi à campo com uma formação conservadora, o 4-2-3-1 utilizando Douglas Costa na vaga de Neymar (suspenso) e Hulk como "falso nove". Deu azar de perder David Luiz ainda no primeiro tempo e colocou Marquinhos em seu lugar.

O Chile também foi tímido no primeiro tempo. Os donos da casa atuaram recuados e buscaram chances em contra-golpes. Não à toa o jogo havia sido muito sonolento na primeira etapa, com as duas equipes bastante recuadas e com posse de bola parelha. A partida estava tão ruim que o treinador Jorge Sampaoli queimou uma alteração ainda na primeira etapa, trocando o volante Francisco Silva pelo winger Mark González.

O panorama do jogo não mudaria muito até o final do primeiro tempo, mas o melhor (ou pior) estava por vir.



Brasil no 4-2-3-1 contra o Chile no 3-4-3, com ambos os times
após as modificações no primeiro tempo: ambas as equipes
tentaram criar chances pelos lados, mas ninguém conseguia
transpor a marcação adversária, tornando o jogo bastante
amarrado (imagem obtida via this11.com).



Se a partida estava monótona no primeiro tempo, ganhou movimentação e emoção na etapa complementar. Os lances tornaram-se mais ríspidos, com muitas faltas cometidas por ambas as equipes.

Sampaoli tirou o apagado Valdívia para colocar Matías Fernández e liberou sua equipe para atacar mais, ao passo que Dunga recuou o Brasil em duas linhas de quatro. Willian, Hulk e Douglas Costa tentavam chegar ao gol de Bravo em contra-golpes, mas os chilenos voltavam rapidamente para recompor a defesa.

Já dizia aquela frase, "quem não faz, toma". E o Brasil, de tanto fazer jogadas infrutíferas em contra-golpes, acabou cedendo um escanteio que virou um gol em um arremate de primeira nos pés do carrasco Vargas. Justamente aquele pequeno Vargas que sempre se agiganta quando enfrenta a nossa Seleção.



Chile foi mais agudo com a troca de Valdívia por Matías
Fernández. Brasil recua e apenas seus três atacantes
avançam em contra-golpes, mas o trio peca nas finalizações
(imagem obtida via this11.com).



O Chile, que estava à frente no placar, recuou. Mas não para se defender, e sim para jogar em cima do nervosismo do Brasil. A Roja sabia que seus adversários viriam para cima e dariam espaços para contra-golpes. Vargas e Alexis Sánches ainda permaneciam à frente para pressionar a saída de bola brasileira.

Dunga, como previa Sampaoli, escancarou o time em busca do gol de empate. Tricou Luiz Gustavo por Lucas Lima e Hulk por Ricardo Oliveira. Mas o Brasil acabou caindo na armadilha chilena e cedeu o segundo gol. E, por pouco, não leva o terceiro.



Brasil vai para o "tudo ou nada" no 4-1-4-1, mas perde a bola
para o Chile compacto no 3-5-2 e cede contra-ataques,
principalmente no lado esquerdo da defesa, por onde Vidal e
Isla criavam chances de gol (obtido via this11.com).



O Brasil acaba derrotado em sua estréia nas Eliminatórias da Copa 2018. Uma derrota diante do Chile, que estava em um melhor momento, era até esperada.

Nossa Seleção, contudo, pecou pela falta de ousadia. A Roja foi superior em campo, mas tinha fraquezas que poderiam ter sido exploradas pelo Brasil, como expliquei no post de ontem. Uma pressão bem feita na saída de bola ou jogadas aéreas melhor trabalhadas poderiam, ao menos, ter nos dado um empate em Santiago.

Nossos atletas, não obstante, se desesperaram após o gol sofrido, assim, como acontecera na Copa do Mundo e na Copa América. A cobrança excessiva por resultados e a falta de preparo psicológico pesaram, mais uma vez, contra nossa Seleção.

Caberia ao treinador Dunga tranquilizar seus homens e liderá-los, tal qual ele fizera em seus tempos de jogador. Um técnico excessivamente pressionado e adepto do estilo "guerreiro", contudo, só consegue colocar mais pilha em seus comandados. Como resultado, o Brasil não consegue manter a cabeça no lugar nos momentos mais críticos.

E acaba deixando o gramado vermelho de raiva.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



ALEMANHA

Foi injusta a derrota da Alemanha para a República da Irlanda. A Mannschaft teve mais posse de bola e criou mais chances de gol, mas se deparou com uma Irlanda covarde e que achou seu gol em um contra-golpe que nasceu de um chutão de seu goleiro.



ARGENTINA

Inacreditável a Argentina, que perdeu em casa diante de um Equador desfalcado. Do pouco que eu vi do jogo, que aconteceu em paralelo ao do Brasil, apenas Tévez, Mascherano e Di María pareciam ter vontade de jogar bola. O time parece ter sentido a pressão de jogar junto de seu torcedor após meses fazendo amistosos fora do país. Imagino como estão agora os críticos de Messi, quando afirmavam que a Pulga "não fazia falta para a Argentina".



URUGUAI

O Uruguai, mesmo jogando na altitude de La Paz, não teve dificuldades em bater a desfalcada Bolívia pelo placar de 2x0. Os donos da casa foram se irritando com a superioridade da Celeste e começaram a bater, ao ponto de um jogador ser expulso. Foi um grande resultado para o Uruguai, que vai tentando se reerguer das campanhas ruins nas últimas competições disputadas.


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A Ameaça Vermelha

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeleccionChilena/



Começa hoje a jornada da Seleção Brasileira em busca de uma vaga para a Copa do Mundo 2018. Serão dez seleções disputando cinco vagas (uma via repescagem) em uma competição no sistema de pontos corridos, havendo turno e returno em um total de dezoito rodadas.

O primeiro adversário será o Chile, em partida a ser realizada no Estadio Nacional, na capital chilena Santiago.

Os chilenos, há algum tempo atrás, eram nossos grandes fregueses. Mesmo seus melhores jogadores não eram páreo para o Brasil, que sempre aplicava grandes goleadas sobre a Roja. Nem mesmo Marcelo Sallas e Bambam Zamorano foram capazes de quebrar o tabu que impusemos sobre eles. Mas hoje tudo pode ser muito diferente, sobretudo levando-se em conta que não teremos Neymar, ainda suspenso pela confusão durante a última Copa América.

O Chile é o atual campeão da Copa América. Nossos adversários estarão empolgados pela conquista do título, motivados e empurrados pela sua torcida, que transformará o Estadio Nacional em um caldeirão. Será difícil para o Brasil jogar sob tamanha pressão.

A equipe vermelha joga um futebol moderno, vistoso, vibrante. Seu estilo combina o toque de bola típico do futebol europeu com a raça sul-americana. Seus jogadores são rápidos para criar jogadas de ataque e também para recompor a defesa. Os chilenos não têm medo de dividir bolas, independente da força ou da tradição dos rivais.

A principal arma do Chile é a compactação. Os jogadores se mantêm próximos uns dos outros, tanto no ataque quanto na defesa. Isto evita que a Roja perca a bola quando está atacando e também tira os espaços dos rivais quando a equipe está se defendendo. Tudo de maneira muito semelhante aos times europeus.



Chile compacto no ataque (esquerda) e na defesa (direita): os jogadores buscam se manter próximos uns dos outros
para manter a posse de bola através da troca de passes curtos (esquerda) e também para tirar os espaços dos
rivais quando a Roja está sem a bola (direita) -imagem obtida via this11.com.



O Chile, contudo, sofre por ser uma equipe composta por atletas de baixa estatura. As jogadas aéreas costumam ser um grande problema, principalmente para o goleiro Claudio Bravo. O Brasil, portanto, pode tentar tirar proveito dos chuveirinhos ou então levantar bolas em cobranças de falta e de escanteio.



O Chile, devido à estatura de seus atletas, tem muitos problemas com a bola aérea, fraqueza da
qual o Brasil pode tirar proveito (imagem obtida via https://www.facebook.com/CBF/).



A zaga do Chile também não transmite muita segurança e o Brasil também pode se valer disto. Uma pressão na saída de bola dificultaria muito a vida dos chilenos, obrigando-os a tentar bolas longas, tipo de jogada na qual eles não se saem muito bem.

O Brasil, contudo, teria de manter os atacantes e os meias no campo de ataque, mas o treinador Dunga não preza pelos esquemas ofensivos, preferindo manter a equipe recuada para tentar contra-ataques. Acredito que nossa Seleção dificilmente tentará isto.



Uma linha de quatro jogadores postada frente à zaga chilena
ajudada pelo avanço dos laterais dificultaria a recomposição
 de bola rival e ainda nos permitiria criar muitas chances de gol,
mas será que Dunga, que sempre foi um treinador conservador,
teria ousadia para utilizar tal esquema diante de um rival tão
forte (imagem obtida via this11.com)?



Uma última fraqueza a ser explorada pelo Brasil é o desfalque do volante Charles Aránguiz. O meio-campista se lesionou e só volta a atuar em 2016. É provável que o treinador Jorge Sampaoli faça alterações no lado esquerdo da defesa para suprir tal ausência. Nossa Seleção pode criar chances de gol por lá aproveitando que a zaga estará "remendada" naquele lado.



É provável que Sampaoli monte um esquema para fechar o lado
esquerdo da defesa colocando um lateral mais defensivo
(Albornoz) e um winger para cobrí-lo (Beausejour). O Brasil
poderia aproveitar o "remendo" e tentar triangular bolas pelo
lado direito, mas o treinador argentino tem o hábito de ousar
nas escalações e pode surpreender (obtido via this11.com).



Seria injusto apontar destaques individuais do Chile, afinal o forte da Roja é o jogo coletivo, com os jogadores oferecendo cobertura uns aos outros para a elaboração de jogadas ou para a marcação.

Vale destacar, ainda assim, o atacante Alexis Sánchez (foto abaixo -em excelente fase no Arsenal), o volante Arturo Vidal (considerado o principal jogador da equipe) e o atacante Eduardo Vargas (que sempre dá trabalho quando enfrenta o Brasil).

Alguns jogadores convocados por Sampaoli tiveram passagens pelo futebol brasileiro e conhecem muito bem o nosso jeito de jogar. São os casos do goleiro Johnny Herrera (Corinthians), o zagueiro Christian Vilches (Atlético-PR), o lateral Eugenio Mena (Santos e Cruzeiro), o meia Jorge Valdívia (Palmeiras), o winger Jean Beausejour (Grêmio) e o atacante Eduardo Vargas (Grêmio).

Será que o Brasil consegue passar por essa pedreira? Um empata já vem sendo cogitado como um "bom resultado".



Imagem extraída do Facebook oficial de Alexis Sánchez- https://www.facebook.com/alexissanchez7/



DORIVA

O São Paulo anunciou o ex-volante Doriva para comandar o time no restante de 2015. O treinador terá a missão de levar o Tricolor à Libertadores e pode fazê-lo seja chegando ao G-4 do Brasileirão ou vencendo a Copa do Brasil. Doriva tem identificação com o São Paulo pelos títulos conquistados nos anos 90 e fez bons trabalhos em clubes do Interior Paulista, o Ituano e a Ponte Preta. Mas ele não resistiu à pressão de trabalhar em clubes grandes, como o Vasco e o Atlético Paranaense. Como ele se sairá dirigindo mais um time grande e sob tamanha pressão por resultados a curto prazo?



ARGENTINA

Messi recuou em sua decisão de "dar um tempo" na Seleção Argentina, mas ele desfalcará a Albiceleste nas quatro primeiras das Eliminatórias da Copa 2018 devido a uma lesão. Será que o atacante realmente não faz nenhuma falta à sua seleção, como andaram dizendo alguns de seus críticos? A resposta virá nestas partidas em que ele será um mero torcedor.



CROÁCIA

A Croácia irá para o "tudo ou nada" neste final de semana em busca de uma vaga para a Euro 2016. A Hrvatska terá um confronto direto contra a Bulgária no sábado e visita o já eliminado País de Malta na próxima terça-feira. Contrariando às expectativas, os dirigentes croatas não nomearam nenhum ex-jogador para substituir o demitido treinador Niko Kovač, preferindo educador físico Ante Čačić, que comandou diversos times do futebol local. Os Enxadrezados chegaram a liderar o Grupo H, mas a equipe caiu de rendimento nos últimos jogos e ainda foi punida com a perda de pontos devido aos vandalismos promovidos por seu torcedor. Será que a Croácia, sob nova direção, consegue se recuperar na reta final?


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

SP(U)FC

Imagem extraída do blog de Juca Kfouri- http://blogdojuca.uol.com.br/



Foi com um misto de espanto e risadas que recebi a notícia de que o presidente e o ex-vice do São Paulo Futebol Clube teriam trocado agressões na manhã de segunda-feira.

Os sites esportivos afirmam que o presidente Carlos Miguel Aidar (à esquerda na ilustração acima) teria sido agredido pelo seu ex-vice Ataíde Gil Guerreiro (direita). Guerreiro deixou o cargo após o ocorrido.

O fato, que pode ser descrito como um misto de tragédia e comédia, resume bem a atual situação do São Paulo.

O clube sempre foi considerado um modelo de administração por suas estratégias de marketing, investimentos em infra-estrutura, por instituir a democracia e a rotatividade no poder em uma época quando os dirigentes absolutistas comandavam o futebol com seus mandatos intermináveis.

A instituição sempre primou por ser um clube elegante e elitista, contrapondo-se aos demais times que tinham mais apelo popular.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/spfc.net/



Nos últimos anos, porém, o Tricolor acomodou-se em suas glórias do passado e tornou-se um clube ultrapassado enquanto os rivais trataram de se modernizar em todos os sentidos.

Não obstante, muitos de seus dirigentes visivelmente passaram a colocar os interesses pessoais acima dos da instituição, justamente como seus colegas do passado faziam nos outros clubes.

O barraco promovido por Aidar e Ataíde deixou evidente como o outrora clube-modelo tornou-se uma instituição como todas as outras. Um clube comum.

O caos político do clube passou a respingar no desempenho da equipe nos últimos anos. O time deixou de brigar por títulos, quase foi rebaixado em 2013 e ainda sofreu com atrasos nos vencimentos neste ano.

Um clube que é considerado grande porta-se como se fosse um time pequeno.

E tornou-se motivo de escárnio, como mostram as ilustrações.



Imagem extraída do blog de Juca Kfouri- http://blogdojuca.uol.com.br/



TCHAU, OSORIO!

Durou quatro meses a passagem de Juan Carlos Osorio pelo Tricolor. O treinador confirmou ontem seu acerto como a Seleção Mexicana e já embarcou para o México. Três nomes são ventilados para substituir o colombiano: o uruguaio Diego Aguirre (ex-comandante do Internacional e ex-jogador do São Paulo), Doriva (atualmente na Ponte Preta, também é ex-jogador do Tricolor e tem identificação com o clube pelos títulos alcançados) e Cuca (atualmente na China, ajudou a montar o elenco que seria campeão da Libertadores em 2005). Os três nomes me agradam, mas eu escolheria Aguirre por estar desempregado atualmente, pelo bom trabalho desempenhado pelo Colorado no primeiro semestre e por ter dado chances à garotada de lá (Valdívia, Rodrigo Dourado, Geferson e outros). O fato dele ser uruguaio também ajuda pois o São Paulo tem muita identificação com tal país. Basta perguntar a Pablo Forlán, Darío Pereyra, Diego Lugano e Álvaro Pereira.



KAKÁ

Com a lesão de Philippe Coutinho, Dunga resolveu convocar Kaká para a disputa dos jogos válidos pelas Eliminatórias da Copa 2018. Ele é bom de bola, mas, com toda a honestidade, Kaká não é o que a Seleção precisa neste momento. O treinador deveria apostar em atletas mais jovens já visando montar um time para a disputa da Copa. Mas como a permanência de Dunga no cargo depende do desempenho da equipe, ele prefere chamar um medalhão visando o resultado a curto prazo para salvar a própria pele.


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Pais e Filhos

Imagem extraída do Facebook oficial do Manchester United- https://www.facebook.com/manchesterunited



Ele sempre esteve lá.

Nos bons e nos piores momentos.

Faça chuva ou faça sol.

Foram tantos anos juntos, com muitas conquistas e também muitas decepções.

Até que um dia, ele chegou e disse:

-"Filho, eu estou muito velho e cansado. Já não tenho mais físico e nem saúde para permanecer ao seu lado o tempo todo. Preciso descansar e cuidar um pouco de mim mesmo após tantos anos de dedicação".

-"Você cresceu nestes anos sob a minha tutela. Amadureceu muito e eu pude compartilhar de todos estes momentos".

-"Chegou a hora de você caminhar com suas próprias pernas. Sair um pouco da minha proteção e da sua zona de conforto".

-"Você passará por muitas dificuldades no começo, mas eu tenho certeza que você conseguirá viver sem a minha proteção".

-"Sempre que você estiver em apuros, lembre-se de tudo o que lhe ensinei em todos estes anos de convívio. Eu estarei sempre sempre a seu lado mesmo que apenas em espírito".



Imagem extraída do Facebook oficial do Manchester United- https://www.facebook.com/manchesterunited



Esta história fictícia poderia muito bem ilustrar o momento em que o lendário Sir Alex Ferguson deixou o Manchester United em 2013, após 27 anos devotados ao clube.

Passaram-se dois anos desde que o United e o treinador seguiram caminhos diferentes.

O time, nestes últimos dois anos, vêm tentando caminhar sem seu mentor, que se aposentou ao final da temporada 2012-13.

A jornada dos Red Devil não tem sido fácil desde então. Já são dois anos sem títulos e duas temporadas bastante irregulares.

É como um filho que deixa a proteção de sua família para viver sua própria vida.

Grandes treinadores, assim como os pais, não são eternos, infelizmente.

O Manchester, com a tradição que possui, tende a se estabilizar e se reestruturar com o tempo. O time certamente aprenderá a se desprender do antigo comandante e se acostumar a sua nova realidade, algo que já está acontecendo a meu ver.

Fergie é o maior treinador que o Manchester United já teve, mas o clube não pode lamentar eternamente a saída do comandante.

Uma única pessoa não pode ser maior que um clube, por mais importante que tenha sido para a instituição.



Imagem extraída do Facebook oficial do Manchester United-https://www.facebook.com/manchesterunited



ARSENAL

Eu acreditava que o Arsenal poderia vencer o Manchester United no Emirates Stadium, valendo-se da irregularidade dos Red Devils. Não esperava, contudo, que fosse por uma goleada de 3x0. O treinador Arsène Wenger deu um belo nó tático e soube tirar proveito da afobação rival para anotar gols em contra-golpes. Tudo isso sem abrir mão daquele futebol agradável de toque de bola. Wenger está de parabéns pelo feito mas ainda questiono sua decisão de ter poupado atletas na Champions League durante a última semana.



LIVERPOOL

O empate diante do arquirrival Everton saiu caro para o treinador Brendan Rodgers, que foi demitido no último domingo. O técnico não conseguiu fazer sua equipe brigar pelas primeiras posições apesar dos reforços e da qualidade do elenco. O substituto de Rodgers ainda não foi anunciado, mas o nome do alemão Jürgen Klopp (ex-Borussia Dortmund) vem sendo muito ventilado pela imprensa.



BAYERN MÜNCHEN

O time bávaro trucidou o arquirrival Borussia Dortmund pelo incontestável placar de 5x1. O treinador Thomas Tuchel havia poupado seus titulares na Europa League visando o confronto de domingo, mas o Bayern, com mais elenco e recursos, foi totalmente superior em campo. Mesmo com todas as mudanças promovidas, ainda não foi desta vez que o time aurinegro conseguiu superar seu grande rival.


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Chapecada

Imagem extraída de https://www.facebook.com/Cosme-Rímoli-197591826986488/



Custei a acreditar. O bom elenco do Palmeiras comandado pelo excelente Marcelo Oliveira foi massacrado ontem em Chapecó pelo incontestável placar de 5x1. E o estrago poderia ter sido ainda maior se o arqueiro Fernando Prass não tivesse feito grandes defesas.

Muitos comentaristas  não perdoaram e disseram que o Palmeiras "não era tudo isso". Balela. O Verdão é um bom time, tem um bom elenco, um treinador competente e briga, sim, por títulos em 2015. Uma derrota, independente do placar, não pode invalidar tudo o que a equipe conquistou até aqui.

O placar de 5x1, contudo, não pode ser considerado como um erro isolado. Nenhum time perde por um placar tão elástico por conta de um mero acidente de trabalho.

A derrota do Palmeiras diante da Chape pode ser comparada ao 7x1 que nossa Seleção sofreu diante da Alemanha em 2014. Em ambos os casos observou-se erros que, em princípio, eram pequenos mas que foram negligenciados devido aos bons resultados que as equipes iam obtendo. Até que a bomba explodiu.

O massacre na Arena Condá se deveu aos seguintes fatores -alguns individuais, outros coletivos.



1- DISTÂNCIA DA ZAGA EM RELAÇÃO AO ATAQUE:

Palmeiras no 4-4-2: o meio-de-campo ficou totalmente vazio
deixando a zaga exposta. Melhor para a Chape que pôde
aproveitar os espaços deixados (obtido via this11.com).

Marcelo Oliveira vivia insistindo que sua equipe deveria atuar compactada, com a zaga encostando nos meias quando o time tem a bola, e com os homens de frente cobrindo os defensores quando o rival ataca.

Nenhuma das duas coisas foi observada e a Chapecoense teve espaço para jogar à vontade. Não obstante, os quatro homens de frente foram presas fáceis para a marcação rival.



2- O LADO ESQUERDO DA DEFESA:

Certo (esquerda): o lateral Egídio sobe e recebe a cobertura dos wingers Dudu ou Gabriel Jesus, evitando que haja um
buraco na defesa. Errado (direita): Egídio vai ao ataque, mas Dudu e Jesus não voltam para cobrir o lateral, deixando o
lado esquerdo da defesa totalmente exposto (obtido via this11.com)

Não foi a primeira vez que o lado esquerdo da defesa palmeirense falhou. O São Paulo e o Inter também haviam explorado aquele espaço nos últimos jogos contra o Verdão. Zé Roberto foi o titular da posição nas duas ocasiões, e também sofreu com a falta de cobertura dos wingers.

Trocar o veterano camisa 11 (que já não tem pernas para correr atrás dos atacantes) pelo ofensivo Egídio não melhorou a situação. E os dois wingers, que deveriam cobrir o lateral quando o time está sem a bola, não voltavam para ajudar.

O resultado foi que Apodi deitou e rolou por aquele lado, criando as melhores chances de gol para a Chape.



3- O MOMENTO DA "EXPULSÃO CANCELADA":

O Palmeiras havia acabado de sofrer o primeiro gol quando Egídio foi expulso incorretamente. Mas, minutos depois, o juiz voltou atrás em sua decisão e anulou a expulsão do lateral.

Os jogadores da Chapecoense ficaram revoltados com a decisão da arbitragem e o Verdão deveria ter aproveitado o nervosismo do rival para empatar o jogo.

O Palmeiras, como se sabe, não tirou proveito e foi castigado na sequência. O segundo gol da Chape saiu minutos depois que a partida foi reiniciada após tal polêmica.



4- APATIA

Como bem observaram Milton Leite e Maurício Noriega, o Palmeiras atuou em ritmo de treino enquanto a Chape jogou como se sua vida dependesse daquela partida.

O Verdão sofreu com os desfalques, é verdade, mas tinha muito mais elenco e qualidade técnica que o rival.

A sequência de jogos também não serve como desculpa, uma vez que a Chape também jogou no meio da semana pela Sulamericana e teve um dia a menos de folga que os paulistas -o Palmeiras jogou na quarta-feira, enquanto a Chapecoense entrou em campo na quinta.



O Palmeiras, agora, terá uma semana e meia para descansar e colocar os nervos no lugar. A CBF, em um raro momento de bom senso, paralisou o Brasileirão para que os times não sofressem com os desfalques para a Seleção.

Não há motivo para pânico e o Verdão ainda está na briga pelo G-4 no Brasileirão apesar da derrota. Mas que o treinador Marcelo Oliveira precisa fazer algumas mudanças, precisa.



Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras/




CORINTHIANS

O Timão quase pagou o preço por relaxar diante da Ponte Preta. Após abrir o placar com Jadson no primeiro tempo, o Corinthians recuou totalmente e viu a Macaca virar o jogo no segundo. O técnico Tite substituiu mal, tirando Elias e Jadson, que estavam bem na partida. A sorte do Coringão é que os mandantes tiveram um jogador expulso e a equipe da capital arrancou o empate com um gol salvador de Rodriguinho. Foi um bom resultado diante das circunstâncias apresentadas, mas o Timão poderia ter voltado de Campinas com os três pontos.



REAL MADRID

A crítica que fiz ao Corinthians também serve para o preguiçoso Real Madrid de Rafa Benítez. Após sufocar o Atlético de Madrid em pleno Vicente Calderón, os Merengues também recuaram e sofreram o empate da aguerrida equipe comandada por Simeone. E o resultado só não foi pior para o Real porque Keylor Navas salvou um pênalti batido por Griezmann. Que sirva de lição para Benitez e seus comandados: o jogo só termina quando acaba.



SÃO PAULO

O São Paulo fez a lição de casa e derrotou o retranqueiro Atlético Paranaense naquele que deve ter sido o jogo de despedida de Juan Carlos Osorio. O treinador colombiano despista, mas deve mesmo assumir a Seleção do México. Ainda que tenha sido um injusto 1x0 (a arbitragem anulou gol legítimo de Rogério), foi um belo presente de despedida para o torcedor tricolor.


sábado, 3 de outubro de 2015

Parem de Iludir o Torcedor!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/AFASeleccionArgentina



Não acreditei no que eu li ontem nos sites esportivos. Mais uma vez, alguns jornais noticiaram que o Corinthians estaria interessado em trazer o atacante Carlos Tévez.

A ideia de se repatriar o jogador não é novidade. Desde 2007 existem especulações a respeito do argentino ao Parque São Jorge.

Tévez é um bom atacante e está em boa fase no Boca Junior, embora eu o considere muito mais raça do que técnica ou talento. Ele enfrentou muitos altos e baixo lá na Europa em suas passagens por Manchester United, Manchester City e Juventus. Os momentos de "baixos" do atacante, aliás, eram sempre acompanhados de novas especulações a respeito do retorno do jogador ao Timão.

O jogador está com 31 anos, no auge de sua forma física e acabando de vir de grande temporada da Juventus, quando conquistou dos títulos, Serie A e Coppa Italia. Mas, surpreendentemente, ele abriu mão de permanecer no Velho Continente ao final da última temporada para retornar ao Boca Juniors, clube que o revelou.

O amor de Tévez pelo Boca Juniors, aliás, é o primeiro empecilho para o retorno do atacante ao Coringão. Apenas dinheiro não seria suficiente para que ele deixasse o clube xeneize. O Corinthians teria de oferecer algo mais ao atleta que abriu mão dos milhões da Europa para retornar à Argentina. A Libertadores não serviria como atrativo, uma vez que o Boca lidera o Campeonato Argentino com folga e deve se classificar à competição sul-americana.

Tévez seria um excelente reforço a qualquer equipe do Brasil e também do exterior, mas a possibilidade dele sair do Boca agora seriam mínimas.

Aqueles que alegaram que havia a possibilidade do Corinthians sondar ou negociar com o atacante deveriam ter cuidado com o que divulgam.

Caso a negociação -supondo-se que ela esteja realmente acontecendo- não dê frutos, isto poderia trazer problemas para o ambiente do Corinthians, tanto no time quanto na diretoria.

Torcedores, iludidos com o que foi divulgado, podem se frustrar. E tal sentimento poderia até mesmo se transformar em revolta. Isso sem falar com respeito à expectativa criada no elenco. A possibilidade de um jogador perder posição no time ou os valores envolvidos na negociação poderiam criar turbulência no vestiário.

Fato ou ficção, a possibilidade de Tévez retornar ao Parque São Jorge é praticamente nula no momento.

A divulgação desse tipo história sempre gera uma grande expectativa. E as consequências podem ser ruins, sobretudo se ela não terminar bem.

Por isso, é melhor não iludir o torcedor com sondagens que têm possibilidades remotas de terem um final feliz.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/AFASeleccionArgentina



SANTOS

O Figueirense foi valente e chegou a dar alguns sustos no Santos, mas o Peixe tem mais jogadores e futebol, merecendo vencer a partida desta forma. O time de Dorival Júnior, a meu ver, joga o melhor futebol do Brasil, ao apostar na ofensividade e no jogo bonito. Só espero que o clube não abra mão da Vila Belmiro nos próximos jogos, pois não há nada como jogar em casa por mais que atraente que o Pacaembu seja. Basta lembrar que o Estádio Urbano Caldeira foi um dos grandes diferenciais contra o forte Palmeiras na final do último Paulistão.



BORUSSIA DORTMUND

Tudo bem que o treinador Thomas Tuchel poupou seus titulares para o jogo contra o Bayern München, mas o Borussia Dortmund merecia ter vencido o PAOK em partida válida pela segunda rodada da Europa League. A equipe grega só entrou em campo para se defender e deu sorte de abrir o placar em lance de bola parada. E depois só ficou se encolhendo lá atrás ao invés de pressionar a saída de bola ou buscar o segundo no nervosismo dos alemães. O time aurinegro foi valente até o final, não abriu mão da posse de bola e buscou jogo o tempo todo. Merecia ter saído com a vitória.


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Messianismo Futebol Clube

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



Sempre que um clube anuncia alguma contratação, a euforia toma conta do torcedor e da mídia. É sempre o treinador que vai tirar o time da crise e levar à busca por títulos. Ou então, é o craque que chega para fazer a diferença em campo e conquistar muitos troféus pela sua equipe.

Contratações sempre empolgam, mas quase sempre são superestimadas e tratadas como "salvações" para os clubes. É como se algum messias chegasse aos times para tirar o time das trevas e conduzir as equipes a uma era de luz.

Esquecem-se, contudo, de que não são profetas de nenhuma espécie. São seres humanos como qualquer um de nós, falíveis e susceptíveis ao erro. Óbvio que alguns são excepcionais com a prancheta (no caso de treinadores) ou com a bola nos pés (no caso de jogadores), mas nem sempre isto é suficiente para a salvação de uma equipe.

É muita responsabilidade para um único homem carregar todo um grupo nas costas e conduzí-lo à salvação. Ainda assim, muitos superestimam as capacidades de um treinador ou de um jogador afirmando que ele pode conduzir o grupo ao paraíso.

Se por acaso o trabalho não sai como planejado, a decepção é grande, sobretudo quando resultados a curto prazo não são alcançados. Nem sempre as contratações correspondem às expectativas (exageradas) criadas. E os torcedores, frustrados, apontam sua ira àquele que não trouxe a salvação para o time. E o treinador ou jogador é crucificado porque não conduziu o grupo ao paraíso.



Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



Não adianta contratar e apontar o recém-chegado como o messias que trará a luz. Nada pode gerar grandes melhorias da noite para o dia, exceto em casos muito excepcionais. Grandes metas são alcançadas com planejamento, investimento, tempo e sorte.

A conquista dos títulos exige que o time saiba correr riscos. Muitas batalhas são perdidas no processo e muitas tempestades ocorrem no caminho. É necessário persistência nos momentos de turbulência para que todo o investimento e planejamento (se é que isso existe no futebol brasileiro) não seja desperdiçado.

O Barcelona, por exemplo, não conquistou a Tríplice Coroa por mera sorte. A equipe passou por problemas no caminho, incluindo uma derrota para o arquirrival Real Madrid e desentendimentos dos jogadores com o treinador Luis Enrique, mas os dirigentes do clube insistiram no que haviam planejado. Imaginem o que poderia ter ocorrido se o técnico tivesse sido demitido. O Barça teria tido o mesmo sucesso? Dirigentes daqui do Brasil não teriam hesitado em dispensar o comandante, algo que faz parte de nossa cultura futebolística, infelizmente.

Nenhum treinador ou jogador salva uma equipe. O que leva os clubes às glórias é um trabalho bem feito. Um trabalho bem planejado e executado.



Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



GANSO

O São Paulo já estava com a vaga praticamente encaminhada para as semifinais da Copa do Brasil. O time, porém, foi displicente diante dos reservas do Vasco e quase levou um castigo. A entrada do meia Paulo Henrique Ganso, porém, fez com que o Tricolor engolisse o Cruz-Maltino no Maracanã e assegurasse um empate para selar de vez a classificação.



PALMEIRAS

O Palmeiras abriu boa vantagem sobre o Inter logo no primeiro tempo. Mas o Verdão também relaxou, levou um empate por 2x2 (o suficiente para eliminar o time da casa) e só não caiu no Allianz Parque graças a um gol salvador de Andrei Girotto. O lado esquerdo da defesa alviverde voltou a comprometer. O lento Zé Roberto teve dificuldades para segurar Valdívia, o que foi agravado pela falta de cobertura dos pontas Gabriel Jesus e Dudu.



CHAMPIONS LEAGUE

Imagem extraída de https://www.facebook.com/uefachampionsleague/

Estes foram os resultados do complemento da segunda rodada da Champions League. Destaque para a Juventus (que segue com 100% de aproveitamento em seu grupo), o Atlético de Madrid (que tropeçou em casa diante de um rival direto pela liderança) e o Manchester United (que se recuperou de tropeço para o PSV). O Real Madrid, mesmo com desfalques, encurralou o humilde Malmö e venceu com dois gols de Cristiano Ronaldo que atingiu a marca de 501 gols na carreira.