sábado, 27 de fevereiro de 2016

Jogaços na Europa League

Imagem extraída de www.facebook.com/uefaeuropaleague



Muita gente não costuma dar bola para a Europa League (ou "Liga Europa"), que equivale à nossa Copa Sulamericana.

O glamour da Champions League quase sempre relega a Europa League a um papel secundário. Aliás, muitos dos participantes da Liga Europa são equipes que foram eliminadas da Liga dos Campeões.

A atual temporada, porém, reservou muitas boas surpresas na competição. Muitos grandes times estão participando da Europa League e deverão garantir grandes partidas.

Melhor ainda: haverá encontros entre equipes de um mesmo país e a rivalidade deve tornar os confrontos ainda mais emocionantes.

Vamos a uma breve análise dos confrontos?



SHAKTAR DONETSK (Ucrânia) X ANDERLECHT (Bélgica)- é fato que o futebol belga cresceu muito nos últimos anos, mas os ucranianos, mesmo enfrentando uma crise, têm mais time que o Anderlecht.

Jogo de Volta- Stade Constant Vanden Stock (Bélgica)

Palpite- Shaktar Donetsk



BASEL (Suíça) X SEVILLA (Espanha)- os atuais campeões da Europa League enfrentarão o Basel, que possui alguns bons jogadores em seu plantel. Mesmo tendo perdido tantos jogadores importantes, os Nervionenses ainda têm mais time e mais tradição na competição que os suíços.

Jogo de Volta- Estadio Ramón Sánchez Pizjuán (Espanha)

Palpite- Sevilla



VILLARREAL (Espanha) X BAYER LEVERKUSEN (Alemanha)- o favoritismo aqui vai todo para os alemães, que possuem mais elenco que os espanhóis.

Jogo de Volta- Bay Arena (Alemanha)

Palpite- Bayer Leverkusen



ATHLETIC BILBAO (Espanha) X  VALENCIA (Espanha)- duelo entre duas equipes espanholas. Os valencianos têm mais elenco do que os bascos, mas a equipe de Bilbao tem muito potencial para surpreender, principalmente em jogos de mata-mata.

Jogo de Volta- Mestalla (Valência, Espanha)

Palpite- Athletic Bilbao



LIVERPOOL (Inglaterra) X MANCHESTER UNITED (Inglaterra)- pela primeira vez, o maior clássico da Inglaterra será realizado em uma competição europeia. Ambos os times vivem momentos de instabilidade e apresentam desempenhos parecidos na Premier League. Fica até difícil arriscar um palpite, afinal o Manchester United tem muito mais elenco que o Liverpool, mas a equipe da terra dos Beatles parece melhor montada e entrosada. Será um jogo definido nos detalhes.

Jogo de Volta- Old Trafford (Manchester, Inglaterra)

Palpite- Manchester United



SPARTA PRAHA (República Checa) X Lazio (Itália)- única representante da Itália, a Lazio tem à sua frente um adversário acessível nas oitavas-de-final. Com menos elenco e tradição em competições internacionais, o Sparta Praha é zebra neste confronto.

Jogo de Volta- Stadio Olimpico (Itália)

Palpite- Lazio



BORUSSIA DORTMUND (Alemanha) X TOTTENHAM (Inglaterra)- este duelo também promete muitas emoções, afinal são duas equipes que vivem bons momentos em suas respectivas ligas nacionais e ambas têm bons elencos à disposição. Outro jogo sem favorito e que deve ser decidido em pequenos detalhes.

Jogo de Volta- White Hart Lane (Inglaterra)

Palpite- Borussia Dortmund



FENERBAHÇE (Turquia) X BRAGA (Portugal)- a surpreendente equipe do Braga faz boa temporada em 2015-16, mas tem menos elenco e tradição na competição que os turcos.

Jogo de Volta- Estádio Municipal de Braga (Portugal)

Palpite- Fenerbahçe


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Negócio da China

Imagem extraída do Facebook oficial do Santos- www.facebook.com/santosfc



A semana do Peixe foi agitada por uma proposta feita ao atacante Ricardo Oliveira. O atacante foi sondado pelo Beijing Guoan, clube chinês que já tirou Ralf e Renato Augusto do Corinthians neste começo de 2016.

O jogador, segundo algumas matérias, mostrou-se inclinado a aceitar os cerca de R$ 1 milhão mensais dos chineses e sequer foi relacionado para a partida de ontem contra o Mogi Mirim. O Santos, porém, faz jogo duro para liberar o atleta e exige, ao menos, uma compensação financeira para ceder o artilheiro do último Brasileirão.

O futebol chinês ficou em voga recentemente por ter causado um desmanche no elenco do Corinthians no começo deste ano. Jadson, Gil, Ralf e Renato Augusto deixaram o Parque São Jorge e rumaram para a Ásia, atraídos pelas milionárias ofertas salariais dos chineses. Luís Fabiano (ex-São Paulo) e Geuvânio (ex-Santos) também saíram do Brasil com destino à China.

Os chineses têm investido pesado no futebol com incentivos do governo local. Empresas e magnatas têm injetado dinheiro no esporte com o objetivo de promover e engrandecer a modalidade no país.

O futebol chinês ainda é um mercado considerado emergente, assim como no Oriente Médio, Índia, Estados Unidos e Austrália. A liga desses países ainda está se popularizando e levará algum tempo para que se torne competitiva.

Seus times buscam melhorar o nível técnico local e também sua popularidade buscando atletas de renome. Como dinheiro não é problema para os investidores, eles oferecem salários polpudos aos jogadores. Isto explica porque até mesmo jogadores que estavam na Europa, como Gervinho, Ramires e Lavezzi trocaram o Velho Continente pela Ásia.



Imagem extraída do Facebook oficial do Santos- www.facebook.com/santosfc



A questão é que maior parte dos jogadores opta por jogar na China por questões meramente financeiras. E não é errado pensar desta forma, como eu constantemente explico aqui. Profissionalmente, o atleta tem todo o direito de aceitar ofertas que sejam financeiramente vantajosas.

O ponto de vista técnico, contudo, deveria ter peso na escolha dos atletas. Como escrevi anteriormente, a China ainda é uma liga emergente e o futebol ainda está engatinhando por lá. Isto ficou muito evidente quando o Tianjin Quanjian, equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo, foi facilmente derrotada pelo Bragantino em amistoso realizado em janeiro.

Tal argumento explica porque o país tem sido tão procurado por atletas acima de 34 anos. Como o nível dos campeonatos ainda não muito competitivo, jogadores ainda podem fazer muita diferença nos gramados  mesmo que não estejam mais no auge de suas condições físicas. E ainda podem fazer um último grande contrato para suas carreiras.

Jogadores muito jovens ou que ainda estejam no auge de suas carreiras deveriam, portanto, considerar o aspecto técnico das ligas locais antes de abraçarem os milhões de dólares mensais que receberão. Lugares como a China, Estados Unidos e Oriente Médio ainda não oferecem muitos desafios para que jogadores aprimorem suas aptidões em campo.

Estes países, certamente, conseguirão chegar ao nível técnico das ligas europeias algum dia e, quem sabe, consigam competir em glamour com a Champions League. Os investimentos que os governantes e empresários locais vão gerar frutos no futuro. O momento, contudo, ainda não é agora.

Atletas trintões como Ricardo Oliveira, por outro lado, têm toda a razão de aceitarem propostas como as da China. Eles sabem que nessa faixa de idade dificilmente teriam como receber salários tão altos. Além disso, eles teriam muita vivência e experiência para transmitir aos esforçados chineses, o que engrandeceria, e muito, o futebol local a longo prazo.

Apesar disso, não posso deixar de aplaudir a atitude dos dirigentes santistas ao resistirem às investidas dos asiáticos. Os cartolas sabem da importância de Ricardo Oliveira para o time e sabem o quanto ele ainda faz a diferença em campo, apesar de estar com 35 anos.

O Santos, como se sabe, passa por um momento econômico delicado, mas os dirigentes estão enxergando algo mais do que meramente o lucro financeiro ao lutarem pela permanência do atacante. A venda de Geuvânio, que estava na condição de reserva do time, serviu para trazer algum alívio financeiro e, possivelmente, manter as outras estrelas no elenco. Dessa forma, a equipe se mantem competitiva e entrosada para a busca de novos títulos em 2016.



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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Ídolos Não Tão Eternos Assim

Imagem extraída de www.facebook.com/MarcosGoleiro12



O ex-goleiro Marcos, recentemente, concedeu uma entrevista ao jornalista Cosme Rímoli, da Record. O Santo declarou não ter vontade alguma de voltar ao Palmeiras, clube pelo qual dedicou toda a sua carreira profissional.

Marcos afirmou que um eventual fracasso, seja como treinador ou como dirigente, poderia manchar sua história do Palmeiras. E ainda citou o colega Rogério Ceni, que também se aposentou recentemente, afirmando que o ex-goleiro do São Paulo provavelmente sentia o mesmo temor com relação ao Tricolor.

Rogério, há dez anos atrás quando ganhou sua última Libertadores, não descartava se tornar cartola ou mesmo presidente do São Paulo. Hoje, contudo, o Mito trata do assunto com mais cautela como ficou evidente nas entrevistas que concedera após a festa de sua despedida dos gramados.

Os temores de Marcos e Rogério têm fundamentos, sobretudo aqui no Brasil. Quantos ídolos voltaram aos seus respectivos clubes de coração após pendurarem as chuteiras e terminaram criticados sem dó ou piedade?

Paulo Roberto Falcão no Inter, Leão no Palmeiras e Renato Gaúcho no Grêmio foram ídolos em seus respectivos clubes enquanto eram jogadores. Os três, anos mais tarde, voltaram aos seus respectivos times como treinadores mas não tiveram êxito e foram demitidos ao primeiro sinal de crise.



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Eu, contudo, lembrei-me do Barcelona e de alguns de seus treinadores mais bem-sucedidos à frente do clube. O Mestre Johan Cruyff, Josep Guardiola e Luis Enrique não apenas foram treinadores que conquistaram a Champions League à frente do Barça, como também haviam sido ídolos no clube catalão.

Cruyff, Guardiola e Lucho, muito provavelmente, não tiveram os temores de Marcos. Nenhum deles, aparentemente, titubeou quando foram convidados a dirigir um dos maiores times do mundo. É fato que o Barcelona tem muito mais recursos financeiro e elenco que os clubes brasileiros, mas a responsabilidade no banco de reservas é a mesma.

A cultura brasileira no esporte é sempre por imediatismos e resultados a curto prazo. Quando o time não engrena nas três primeiras partidas após uma mudança, os torcedores já começam a questionar a equipe ou o treinador e os dirigentes já começam a pressionar o grupo com medo que alguma crise respingue em seus mandatos.

Na Europa, obviamente, também há pressão por resultados, mas a cultura local faz com que torcedores e dirigentes sejam um pouco mais tolerantes nos momentos de oscilação dos times. Tanto é verdade que há treinadores extremamente longevos à frente de seus respectivos times. Basta lembrarmos de Arséne Wenger e de Sir Alex Ferguson, ambos conhecidos pelos seus intermináveis comandos.

Antigos ídolos, da mesma forma, sentem-se encorajados a retornarem aos seus clube e continuar a história que escreveram enquanto eram jogadores. Thierry Henry, por exemplo, já declarou que deseja retornar ao Arsenal, desta vez no banco de reservas. E Zinedine Zidane aceitou de bom grado assumir um Real Madrid em "crise".

Compreendo perfeitamente os temores de Marcos, mas gostaria muito que ele, Rogério e qualquer outro ídolo retornassem aos seus respectivos clubes e continuassem suas respectivas histórias por lá.

Nada poderia manchar o legado que cada um deles deixou em seus respectivos times exceto, é claro, os imediatismos injustificados de alguns que fazem mais barulho.



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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Os Três Trabalhos de Dunga

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2016 será o ano de Dunga, mas não se sabe se isto será para melhor ou para pior.

O treinador da Seleção Brasileira terá três desafios e superá-los será fundamental para que o técnico gaúcho permaneça no cargo.

A estabilidade do ex-volante começou a ruir com o fracasso na Copa América de 2015, quando o Brasil jogou um futebol fraco e foi eliminado, de novo, para o Paraguai nas quartas-de-final. Isto fez com que a mídia e os torcedores se voltassem contra o técnico.

A situação de Marco Polo Del Nero e José Maria Marin, ambos sendo investigados pelos escândalos de corrupção na FIFA, serviu para complicar a situação do treinador. Foram os dois dirigentes quem trouxeram Dunga de volta à Seleção após o fracasso de Felipão na Copa do Mundo, e também foram os dois cartolas quem bancaram o ex-volante à frente do Escrete Canarinho após a Copa América. Uma eventual saída de Del Nero -Marin está detido nos Estados Unidos- também poderia custar o emprego do técnico.

Dunga, portanto, precisa provar que merece continuar à frente da Seleção. Ele tem consciência de que só os resultados garantirão a sua permanência no cargo.

Seu primeiro desafio é manter o Brasil vivo nas Eliminatórias da Copa 2018. Os adversários nunca estiveram tão fortes. Argentina, Chile, Colômbia e Uruguai demonstraram que não chegaram à Copa anterior por acaso: todos contam com grandes craques e jogam um bom futebol. Além deles, o Brasil precisa ficar atento ao surpreendente Equador, que está em primeiro na tabela, e aos demais rivais, que compensam a falta de talento com raça.

O segundo desafio é a Copa América Centenário, a ser realizada entre junho e julho. A competição, como disse Juca Kfouri, é como os campeonatos estaduais: não valem nada se o Brasil ganhar, mas a Seleção entra em crise se não conseguir o troféu. Os adversários são os mesmos que estamos enfrentando nas Eliminatórias, acrescidos de rivais das outras Américas. Os sempre perigosos mexicanos e os esforçados norte-americanos também podem dar trabalho.

O último e mais importante desafio serão os Jogos Olímpicos, a serem realizados em agosto no Rio de Janeiro. O Brasil terá a "obrigação" de ganhar a inédita medalha ouro para curar de vez o trauma causado pelos 7x1 na Copa de 2014. Temos uma base talentosa -o time Sub-20 brasileiro foi vice-campeão do mundial do ano passado, perdendo apenas para a retranqueira Sérvia- mas a pressão pelo título será a maior possível. A mesma torcida que apoia a Seleção pode se voltar contra ela em uma eventual campanha ruim. Dunga não poderá contar com seus homens de confiança desta vez -poderá levar apenas três jogadores com mais de 23 anos- e ele terá pouco tempo para entrosar os meninos com os atletas com quem está habituado a trabalhar.

Um problema extra para Dunga será Neymar. O principal jogador da Seleção está fazendo uma grande campanha pelo Barcelona, mas isto pode ter um preço alto. Basta nos lembrarmos de Cristiano Ronaldo na última Copa do Mundo: o jogador se esforçou tanto para ganhar a Champions League em 2014 que acabou chegando desgastado para defender a sua seleção. Não obstante, Neymar está pressionado devido aos problemas com a justiça. O atacante precisa ter preparo físico e psicológico adequado para que não deixe nossa Seleção na mão.

Dunga, mais do que ninguém, conhece a pressão de se trabalhar na Seleção Brasileira. Ele terá de utilizar de toda a sua experiência adquirida com os sucessos e fracassos passados se quiser sobreviver até a Copa de 2018.

Está em suas mãos a sua própria permanência...



SEMANA DE CHAMPIONS

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Estas serão as partidas realizadas nesta semana, todas válidas pelas oitavas-de-final da Champions League 2015-16. Como se vê, apenas o embate entre PSV e Atlético de Madrid será exibido na TV aberta -os demais jogos são exclusivos do canal pago Esporte Interativo. Vale lembrar que os jogos serão exibidos mais cedo devido ao fim do horário de verão. Torça para o seu chefe ou o seu professor te liberar mais cedo.



MAIS FUTEBOL, POR FAVOR!

O São Paulo vem se tornando uma equipe de muito suor mas pouca técnica. O time corre, divide bolas e se esforça muito em campo. Falta, no entanto, compactação, jogo coletivo e melhorar nos fundamentos, principalmente passe e finalização. E os jogadores, visivelmente pressionados, tomam muitas decisões erradas em campo. A vitória magra de 1x0 sobre o Rio Claro melhorou o ambiente do time, mas poderia ter sido de 5x0 para espantar de vez a desconfiança com relação ao elenco.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A América para os Americanos do Sul, do Norte e do Centro

Imagem extraída de www.facebook.com/CONMEBOL



Foi realizado ontem o sorteio que definiu o chaveamento da Copa América Centenário.

A competição marca os cem anos do evento e será realizada nos Estados Unidos.

O campeonato, desta vez, não dará direito ao campeão de participar da Copa das Confederações 2017, cujo representante sul-americano será o Chile. Na prática, a competição é uma espécie de "edição comemorativa" do evento.

As equipes, ainda assim, não vão abrir mão de disputar a competição e lutarão com todas as forças pelo troféu. Um título sempre é bom para levantar a moral de um time e, além disso, o campeonato será um excelente teste para as seleções participantes.

Será que a sua seleção preferida tem chances de avançar ao mata-mata? Confira análises e meus palpites para os grupos. Lembrando que desta vez participam 16 equipes (normalmente são 12 seleções) e 8 delas terão o direito de seguir às quartas-de-final.



GRUPO A:

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Grupo bastante equilibrado se levarmos o retrospecto recente das equipes. Estados Unidos e Costa Rica ainda saboreiam as boas campanhas da Copa do Mundo de 2014 e fizeram boas campanhas em suas recentes competições continentais. A Colômbia, apesar de ter oscilado, conta com um bom time e com bons jogadores. O Paraguai, em teoria, é o time mais fraco, mas é uma equipe aguerrida e pode levar vantagem jogando com o regulamento.

Palpites: Estados Unidos (1º) e Colômbia (2º)



GRUPO B:

Imagem extraída de www.facebook.com/CONMEBOL

Os comentaristas consideraram o grupo do Brasil como "fácil", mas não é bem assim. O Equador está em boa fase com 100% de aproveitamento das Eliminatórias da Copa 2018 e o retrospecto recente do Peru é muito bom na competição com dois bronzes consecutivos. O Brasil deve conquistar sua vaga, mas não pode subestimar seus dois concorrentes diretos pela classificação. O Haiti vem a passeio.

Palpites: Brasil (1º) e Peru (2º)



GRUPO C:

Imagem extraída de www.facebook.com/CONMEBOL

México e Uruguai devem se classificar fácil nesta chave. Os dois times têm mais recursos e contam com melhores jogadores em relação aos concorrentes. Jamaica e Venezuela não devem ir muito longe na competição. Uma surpreendente vaga nas quartas-de-final já seria motivo para comemorar.

Palpites: Uruguai (1º) e México (2º)



GRUPO D:

Imagem extraída de www.facebook.com/CONMEBOL

Argentina e Chile terão o seu tira-teima logo na estreia. Ambas as seleções são favoritas para avançarem neste grupo. A Bolívia, em má fase e sofrendo problemas devido à troca de treinador, corre por fora. O Panamá deve vir apenas a passeio.

Palpites: Argentina (1º) e Chile (2º)



Concorda ou discorda dos palpites? Deixe sua opinião nos comentários!

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Vivendo do Passado

Imagem extraída do Facebook oficial de Diego Lugano- www.facebook.com/diegolugano.org



O São Paulo, após muitos pedidos do torcedor, repatriou o zagueiro Diego Lugano. O Santos tentou mas não conseguiu trazer o atacante Robinho de volta à Vila Belmiro e agora mira o meia Diego. E há dirigentes e torcedores do Corinthians sonhando com a vinda de Carlos Tévez.

Todos estes jogadores foram ídolos em grande clubes paulistas. Cada um deles fez muito sucesso na década passada, seja pela identificação com seus respectivos times, pelo talento, pela dedicação ou pelos títulos. Cada um a sua maneira cativou o torcedor.

O Brasil, obviamente, ficaria pequeno para os mencionados atletas e todos eles rumaram à Europa em busca de novas oportunidades. Todos queriam novos desafios, mais títulos, mais conquistas e mais prestígio. Ao torcedor, restou a saudade De seus ídolos e a esperança de que um dia voltariam a vestir a camisa de seus respectivos clubes.

Quando se trata de ídolos, o coração muitas vezes fala mais alto que a razão. Há sempre uma grande comoção quando o clube diz que trará (ou tentará trazer) de volta aquele jogador que fez muito sucesso no passado. A euforia é sempre muito grande nesses momentos.



Imagem extraída do Facebook oficial de Diego Ribas da
 Cunha- www.facebook.com/DiegoRibas.Kor



É preciso, porém, manter um certo ceticismo com os jogadores que retornam aos seus clubes do passado, mesmo que tenham sido grandes ídolos.

Todos os jogadores mencionados neste texto já estão com 30 anos ou mais. Alguns deles já não têm mais a mesma agilidade ou o vigor do passado. Muitos atletas em tal situação retornam ao Brasil justamente porque já não têm mais condições físicas ou técnicas para competir em campeonatos daquele nível. Essa foi uma das razões que lavaram Xavi a deixar o Barcelona para atuar no Qatar. Gerrard também trocou o Liverpool pelos Estados Unidos por motivos similares.

Não podemos esperar, portanto, que os ídolos consigam repetir as atuações de dez anos atrás. Talvez eles até consigam, mas não podemos exigir que executem aqueles dribles geniais de outrora ou que dividam bolas como na década passada. O tempo, infelizmente, passa para todos.

Será difícil principalmente para o torcedor reconhecer tais fatos. Como escrevi neste texto, nós estamos falando de ídolos, jogadores que cativaram seus fãs e tiveram grande identificação com seus respectivos clubes. O emocional sempre pesa muito no julgamento desse tipo de atleta. Lembre-se que estamos falando de atletas adorados por seu público.

O clube faz bem ao abrir as portas aos seus ex-jogadores. É uma forma de reconhecer os feitos passados do atleta e também permite que o esportista volte a sentir o carinho do torcedor que o adorou há alguns anos atrás.

Devemos, contudo, nos conscientizar: eles não são mais os mesmos jogadores do passado. O tempo costuma ser cruel com o corpo.



Imagem extraída do Facebook oficial de Carlos Tévez- www.facebook.com/TevezOficial



NINGUÉM SEGURA?

O trio ofensivo do Barcelona -Messi, Suárez e Neymar- continua fazendo a alegria de seu torcedor. O Barça visitou ontem o modesto Las Palmas e levou um grande sufoco do adversário. Mas a boa fase dos atacantes prevaleceu e o time catalão conquistou mais um triunfo na temporada.



PAREDÃO ZANGADO

O Santos criou as melhores chances de gol contra o Palmeiras no Allianz Parque, mas o arqueiro Fernando Prass foi seguro quando exigido e evitou uma derrota em casa do Verdão.



CADÊ O VÔLEI?

Gostaria de saber por que nenhuma outra emissora além do Esporte Interativo está cobrindo o Sul-Americano de vôlei. Para quem não sabe, dois times brasileiros -Sada/Cruzeiro e Funvic/Taubaté- farão a final masculina hoje às 19:30h (horário de Brasília) e apenas o canal pago vai transmitir a partida. Decepcionante sabe que o vôlei é uma das nossas maiores esperanças de medalha nas olimpíadas e, mesmo assim, ainda sofre com o descaso da mídia.


sábado, 20 de fevereiro de 2016

Foi o Torcedor Quem Perdeu a Graça, Não o Futebol

Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



Clássicos regionais são sempre motivo de preocupação no futebol. Não apenas para os clubes, que correm o risco de entrar em crise caso haja um eventual revés, mas também para a população como um todo.

Quando dois times grandes de um mesmo Estado se enfrentam, são organizados fortes esquemas de segurança. O trânsito da cidade é alterado e centenas de policiais militares são mobilizados. Tudo para garantir a integridade das partes envolvidas: jogadores, comissão técnica, dirigentes, árbitros e torcedor.

Quem acompanha o futebol há mais de vinte anos afirma que o esporte dos dias de hoje "perdeu a graça" porque não há mais espaço para as tradicionais provocações entre as equipes. Hoje quase tudo é feito no "politicamente correto" e os rivais procuram manter o máximo de cordialidade possível.

Alguns supostos torcedores, infelizmente, levaram a rivalidade entre os clubes a outros níveis. Fanáticos que ferem, destroem e matam utilizando o "amor ao clube" como justificativa.



Imagem extraída do Facebook oficial do Santos- www.facebook.com/santosfc



As provocações são interpretadas por tais fanáticos como insultos às "divindades" que eles cultuam. Funcionam como um estopim para que manifestações violentas tenham início.

As frequentes ocorrências envolvendo esses supostos torcedores de times rivais obriga as autoridades a promoverem verdadeiras operações de guerra para evitar que novos confrontos ocorram.

Dois times não podem mais mandar seus jogos em uma mesma cidade em um mesmo dia para evitar que torcidas rivais se encontrem. O tráfego das metrópoles, que já é caótico, precisa ser totalmente desviado para impedir emboscadas. Policiais que deveriam estar nas ruas para coibir crimes precisam ser realocados por causa de um jogo de futebol.

O futebol, que deveria ser algo divertido, tornou-se motivo de tensão e de apreensão devido a criminosos travestidos de torcedor.

Pergunto, após tudo isso: quem perdeu a graça? O futebol ou o torcedor?



Imagem extraída do Facebook oficial do Santos- www.facebook.com/santosfc



ROMA E REAL MADRID

Acompanhei nesta semana o jogo entre Roma e Real Madrid, válido pelas oitavas-de-final da Champions League 2015-16. É fato que os espanhóis tinham mais time e foram muito superiores aos italianos, mas foi absurdo ver a Roma demonstrar tanto "respeito" ao Real, mesmo jogando em casa e apoiada pela sua torcida. A equipe Giallorossa só se limitou a defender, sofreu a pressão dos visitantes do primeiro ao último minuto e foi derrotada em casa com justiça. Quando se joga em casa é preciso fazer valer o mando e construir a maior vantagem possível. A equipe do treinador Luciano Spalletti agora só se classifica às quartas-de-final se fizer um "milagre" no Santiago Bernabéu.



NAPOLI

Um time que está me agradando, e muito, nesta temporada é o Napoli. A equipe Partenopei contratou o treinador Mauricio Sarri (ex-Empoli) para o lugar do retranqueiro Rafa Benítez (que foi para o Real Madrid) e viu o time crescer na tabela do Campeonato Italiano. Sarri adotou um futebol mais ofensivo e dinâmico o uso de três atacantes e um meio-de-campo criativo, protagonizado pelo eslovaco Marek Hamšík. O maior destaque, porém, é o atacante argentino Gonzalo Higuaín. O atleta, que estava em baixa após os recentes fracassos pela Seleção Argentina, mostra-se muito à vontade em campo e já é um dos artilheiros da temporada na Europa. Estou na expectativa para que os napolitanos consigam o troféu na Serie A, afinal uma equipe que está jogando um futebol tão vibrante e ofensivo merece encerrar a temporada com chave de ouro.


sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

O Erro de Guardiola

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- www.facebook.com/FCBayern



Agora é fato: Josep Guardiola vai mesmo deixar o Bayern München ao término da temporada 2015-16 e será substituído pelo italiano Carlo Ancelotti. O provável destino do treinador catalão é o Manchester City da Inglaterra.

Guardiola chegou à Baviera em 2013 após um "ano sabático" e assumiu o time que venceu tudo com Jupp Heynckes. Era esperado que o ex-volante faturasse tantos troféus quanto ele conseguira à frente do Barcelona.

O treinador, porém, cometeu um grande erro quando chegou à Alemanha: Guardiola tentou implantar sua filosofia de jogo no Bayern ao invés de criar um esquema tático apropriado aos atletas que tinha à disposição.

Tal erro, aliás, é muito comum entre os treinadores daqui. Os técnicos, quando assumem uma nova equipe, trazem vícios de seus trabalhos anteriores e tentam impor, muitas vezes à força, seu estilo de jogo. Os atletas, obviamente, nem sempre assimilam as novas ideias e acabam entrando em confronto com os comandantes. Ou então, sujeitam-se aos improvisos e acabam atuando fora das posições em que estão habituados a jogarem.



Barcelona na final da Champions League em 2011: a equipe
atuava sem atacantes de referência e a zaga precisava ter saída
de bola. O objetivo era ganhar o meio-de-campo para manter
a posse da bola e tirar os espaços rivais (obtido via this11.com). 



Quando Guardiola conceituou o Tiki-Taka para o Barcelona, ele possuía jogadores com o perfil adequado para tal estratégia: os atletas do Barça eram quase todos baixinhos, fisicamente fracos, mas com excelente controle de bola no chão.

O Bayern, porém, era um time mais físico, de força e movimentação intensa. Seus atletas eram quase todos grandes, melhores no jogo aéreo e nas jogadas individuais velozes. Muitos deles provavelmente não serviriam para o estilo de Guardiola.

O atacante grandão Mandžukić, o lento zagueiro Dante e o volante fortão Schweinsteiger não se adequaram à sua nova realidade e, temporada após temporada, foram dispensados um a um.



O Bayern de Heynckes (esquerda) e o de Guardiola (direita): os esquemas são semelhantes no papel, mas
sua execução é totalmente diferente (imagem obtida via this11.com).



A passagem de Guardiola pelo Bayern não pode ser considerada um fracasso, afinal ele conquistou muitos títulos (cinco até o momento) e manteve a regularidade da equipe na Champions, chegando a duas semifinais consecutivas parando apenas nos rivais que viriam a ser campeões da competição -Real Madrid em 2014 e Barcelona em 2015.

Faltou ao treinador catalão, contudo, a humildade de se aprender com os jogadores. Ele deveria ter criado um estilo de jogo adequado ao perfil de seus atletas ao invés de tentar fazer do Bayern um novo Barcelona. Ou, ao menos, tentar criar um meio termo entre o estilo alemão e o espanhol de jogo, assim como Jürgen Klopp e Thomas Tuchel fizeram no Borussia Dortmund.

Que Guardiola tenha sorte em Manchester e que as três temporadas tenham side de valia para seu aprendizado.



Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- www.facebook.com/FCBayern



OS ACERTOS DE TITE

Ao mesmo tempo que imaginava os erros que Guardiola cometera no Bayern, pensava nos acertos que Tite teve no Corinthians em 2015. O treinador gaúcho trouxe novas ideias da Espanha após um estágio com Carlo Ancelotti, então treinador do Real Madrid. Tite, porém, não tentou implantar sua nova filosofia de jogo à força. Ao invés disso, ele dispôs seus jogadores em campo de modo que se sentissem confortáveis para jogar. Seu único improviso foi deslocar o meia Jadson para a ponta direita, mas isto em nada prejudicou o desempenho do camisa 10. Se há algo que Tite poderia ensinar a Guardiola é justamente isto: montar um esquema tático adequado aos jogadores é melhor do que tentar adequar os atletas a uma filosofia de jogo pré-determinada.



LEICESTER CITY

Impressiona como o modesto Leicester City vem conseguindo liderar a Premier League à frente dos rivais magnatas, como o Manchester City, o Manchester United e o Chelsea. Em uma liga onde o dinheiro parece ser mais importante do que a qualidade técnica, os Foxes surpreendem e caminham a passos largos rumo ao primeiro troféu na primeira divisão. O futebol praticado não é uma maravilha, com a equipe mais preocupada em evitar os gols do que fazê-los, mas foi a maneira que o treinador Claudio Ranieri encontrou para encaixar os atletas que tinha à disposição.


Carta Aberta a Quem Errou

Imagem extraída do site oficial de Leandro Almeira- http://www.leandroalmeida4.com/



Caros Leandro Almeida, Lucão e a qualquer outro que tenha cometido algum erro que tenha sido determinante para o resultado de alguma partida.

Gostaria de dizer através deste post que eu lamento profundamente o que lhes ocorreu e a situação que vocês estão enfrentando no momento.

O ser humano, por melhor que seja, está sempre propenso ao erro ou às falhas, independente de seu nível de habilidade ou de experiência.

Mesmo os melhores jogadores do mundo e os maiores ídolos de um clube sentiram na pele a responsabilidade por um placar adverso ou por uma eliminação.

Erros se dão pelos mais variados motivos: prepotência, limitação técnica, falta de preparo, condições ambientais, estado psicológico ou meramente por azar.

Todos erram, inclusive este blogueiro que vos escreve.

Lembro-me que estava no quarto ano de farmácia, cursando a disciplina de farmacotécnica.

Estava no meio de uma prova prática.

Eu havia me preparado da melhor forma possível: frequentei todas as aulas, anotava tudo o que os professores diziam, buscava livros na biblioteca e até escrevia resumos.

Na prova, que consistia em manipular cápsulas de medicamentos, cometi dois erros fatais. Um seguido do outro. E foram erros ridículos.

Eu errei o cálculo de uma regra de três -algo que se aprende no ensino fundamental. Com isso, fiz um número bem menor de cápsulas do que o esperado.

Eu, não obstante, derrubei todo o material no chão e não havia tempo hábil para preparar tudo novamente.

Minha média na disciplina foi 4,5 e, inevitavelmente, fui para a recuperação. Tudo por dois erros bobos.

Tomei uma decisão radical: me isolei em meu quarto para estudar e decidi que eu não realizaria nenhum tipo de entretenimento até que eu realizasse a prova de recuperação.

Deixei de sair e de jogar meu videogame que eu havia acabado de ganhar de presente. Usava a internet apenas para ver as datas das provas ou para trocar informações sobre estudos com os colegas.

O que eu aconselho através deste post é que façam o mesmo: quando cometemos um erro, o melhor é sumir um pouco de cena até a poeira baixar.

Não se trata de desistir ou de fugir, mas em um momento de falha o melhor é de isolar para refletir, treinar e se aperfeiçoar.

A exposição em um momento como este tende a piorar a situação. A mídia e a torcida tendem a aumentar a cobrança e a responsabilidade sobre aqueles que falham.

Foi por este motivo que sugeri que Lucão, que já havia falhado em partidas na temporada anterior, fosse emprestado a um clube de alguma divisão inferior e com chances de título. Desta forma, ele estaria menos exposto à mídia, sofreria menos pressão para atuar e poderia recuperar sua auto-estima. Um eventual título serviria justamente para curar estas feridas. Ele ainda é jovem e seu futuro pode ser arruinado se continuar na situação atual.

Divido aqui minha experiência pessoal justamente para tentar ajudar aqueles que falham a dar a volta por cima.

Eu, assim como Lucão e Leandro Almeida, cometi um erro crasso em um momento decisivo e tal falha me levou à recuperação.

Há muitas diferenças entre o meio acadêmico e o esportivo, mas a necessidade de se lidar com falhas e de se superar nos momentos difíceis é a mesma.

A quem interessar, fui aprovado na disciplina após o exame de recuperação com média 7,6.



Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Era Uma Vez Um Time

Imagem extraída do Facebook oficial do Cruzeiro- www.facebook.com/cruzeirooficial



Quando o treinador Marcelo Oliveira assumiu o Cruzeiro em 2013, ele recebeu uma equipe desmotivada e com poucas expectativas. A equipe celeste, acostumada às boas campanhas no Brasileirão, quase foi rebaixada em 2011, oscilou muito em 2012 e ainda via o arquirrival Atlético Mineiro desfrutar de grande fase.

Marcelo, que ganhou notoriedade no Coritiba, tinha a missão de montar uma equipe competitiva, voltar à Libertadores e devolver ao torcedor cruzeirense a alegria de comemorar títulos. Não havia como trazer grandes estrelas. Optou-se por uma estratégia interessante: contratar atletas consagrados, mas que não gozavam de prestígio no momento. Vieram, dessa forma, jogadores como Dagoberto, Borges, Ceará e Júlio Baptista.

A equipe, após um período inicial de instabilidade, deu liga e brilhou no Campeonato Brasileiro. O título de 2013 foi mais do que merecido. A conquista do troféu permitiu que o clube contratasse mais reforços e o time, que já era bom, ficou ainda melhor em 2014. O Cruzeiro virou sinônimo de futebol bem jogado, com muito jogo coletivo, compactação, solidez defensiva, bola no chão e, claro, muitos talentos individuais que, outrora desmotivados, tiveram a oportunidade de demonstrar que ainda poderiam ser muito úteis em campo.



Cruzeiro EC 4-2-3-1 football formation
Cruzeiro na temporada 2014: a equipe armada em 4-2-3-1
adotava conceitos modernos de futebol e combinava
jogadores consagrados com algumas apostas
(imagem obtida via www.footballuser.com).



O ano seguinte, porém, foi cruel com a Raposa. Os dirigentes se viram obrigados a venderem os jogadores para fazer caixa. Muitos atletas importantes deixaram o clube e o time que Marcelo Oliveira levou dois anos para montar estava desfeito em pouco mais de dois meses. Foram embora Egídio, Lucas Silva, Everton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno.

O Cruzeiro foi às compras para repor as perdas. Era necessário manter a equipe competitiva para buscar o bicampeonato da Libertadores. Mesmo com pouco tempo para remontar e reentrosar o time, o treinador Marcelo Oliveira ainda conseguiu levar a Raposa às quartas-de-final, parando no River Plate que viria a ser campeão do torneio.

O time, porém, visivelmente não tinha o mesmo brilho da temporada anterior. Seria necessário mais tempo e paciência para que a equipe desfigurada pelo desmanche recuperasse a plenitude de outrora. Paciência que o clube não teve com o treinador Marcelo Oliveira, que foi demitido do Cruzeiro após uma goleada sofrida diante do arquirrival Atlético Mineiro. Foi a gota d'água.



Cruzeiro EC 4-2-3-1 football formation
Cruzeiro no primeiro semestre de 2015: mesmo com o time
"remendado", a Raposa conseguiu ir longe na Libertadores
daquele ano. Infelizmente, a equipe não conseguiu manter
o bom desempenho no Brasileirão e o treinador Marcelo
Oliveira pagou o pato após uma goleada sofrida diante do
arquirrival Atlético Mineiro (obtido via www.footballuser.com).



O Cruzeiro pagou caro com a demissão do treinador. A equipe oscilou muito na tabela e chegou a flertar com a zona de rebaixamento. As constantes mudanças de técnico serviram para agravar os problemas do time, que só viria a se recuperar com a vinda de Mano Menezes, porém, não a tempo de voltar a brigar pelo título ou por vaga na Libertadores em 2015. O time celeste terminou o ano de mãos vazia e sem o direito de participar da competição sul-americana.

Penso que o cenário seria totalmente diferente se os dirigentes do Cruzeiro tivessem atrasado o desmanche do elenco pelo menos até a metade de 2015, apenas o tempo para tentar conquistar o bicampeonato da Libertadores. O time, talvez, conseguisse ir bem mais longe do que as quartas-de-final. O elenco também estaria bem mais valorizado com um bom desempenho na competição e poderia render ainda mais lucros ao clube a longo prazo.

O Cruzeiro, porém, optou pelo lucro a curto prazo e o treinador Marcelo Oliveira, sem muito a fazer, tentou reconstruir sua mutilada equipe com o elenco que havia à disposição. O técnico demonstrou que a Raposa tinha plenas condições de se reerguer com a exibição na Libertadores, mas o clube não quis pagar para ver e dispensou o comandante no primeiro momento de instabilidade.

Azar do Cruzeiro.



Imagem extraída do Facebook oficial do Cruzeiro- www.facebook.com/cruzeirooficial



CORINTHIANS

O torcedor corinthiano provavelmente se identificou com a situação apresentada na história acima. Tite pegou um time em crise no ano de 2015 e reergueu a equipe após muito trabalho. E viu o grupo se desfazer em três meses apesar dos apelos para que a base fosse mantida. Tite, porém, arregaçou as mangas e vai tentando remendar o Timão com os jogadores que tem à disposição, assim como Marcelo Oliveira estava fazendo no Cruzeiro em 2015. O time, até o momento, está com 100% de aproveitamento e dá sinais de que pode seguir em frente mesmo tendo perdido tantas peças importantes. Para não cometerem os mesmos erros da Raposa, dirigentes e torcedores corinthianos terão de ter muita paciência e compreensão, afinal o time ainda não está totalmente definido e entrosado. O time ainda vai oscilar muito e algumas batalhas serão perdidas até que tenhamos uma equipe novamente.



PALMEIRAS

O Verdão, visivelmente, ainda apresenta os mesmos problemas do ano passado: falta de jogo coletivo e de compactação. Ainda assim, considerei muito injusto o empate do Verdão diante do River Plate do Uruguai. Os palmeirenses jogaram muito melhor que os uruguaios, que se limitaram a marcar e "jogar por uma bola". O empate foi um bom resultado para os paulistas, mas o Palmeiras merecia vencer.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Começa a Copa Libertadores 2016

Imagem extraída de www.facebook.com/CopaLibertadores



Finalmente! A Copa Libertadores da América terá seu início efetivo após duas semanas de playoffs para definição dos seis últimos participantes. Das equipes que rodaram nesta etapa, lamento apenas a eliminação precoce da Universidad de Chile que vem se notabilizando pelos seu bom futebol, combinando bola no chão com aplicação em campo.

As 32 equipes iniciarão hoje a corrida em busca da Taça Libertadores, cujo vencedor será conhecido em data ainda não estabelecida. A competição deve sofrer uma pausa devido a realização da Copa América Centenário a ser disputada em junho.

Cinco equipes brasileiras participarão desta edição: Corinthians, Atlético Mineiro, Grêmio, São Paulo e Palmeiras. Felizmente, não haverá encontro entre estes times na fase de grupos como aconteceu em edições recentes do torneio. Ainda assim, os clubes do Brasil não terão vida fácil na etapa classificatória e algumas pedreiras aguardam nossos atletas.

Será que os brasileiros têm chances de avançar às oitavas-de-final? Confiram os grupos e os palpites.



GRUPO 1
River Plate (Argentina- 3 títulos na competição)
The Strongest (Bolívia- 0 títulos)
Trujillanos (Venezuela- 0 títulos)
São Paulo (Brasil- 3 títulos)

Após anos caindo em grupos complicados na Libertadores, o São Paulo deve se classificar ao mata-mata sem grandes dificuldades. O único rival preocupante na chave é o River Plate, atual campeão e que conseguiu manter a base vencedora da temporada anterior -apenas Sánchez, Funes Mori e Kranevitter foram embora. O Strongest ainda pode incomodar ajudado pela altitude de seu estádio e o Trujillanos deve vir apenas a passeio.

Palpites: River Plate (1º) e São Paulo (2º)



GRUPO 2
Nacional (Uruguai- 3 títulos)
Rosario Central (Argentina- 0 títulos)
Palmeiras (Brasil- 1 título)
River Plate (Uruguai- 0 títulos)

O Palmeiras, em teoria, só teria de se preocupar como Nacional, atual campeão uruguaio e detentor de três títulos da Libertadores. Os outros dois times, porém, tendem a dar muito trabalho e devem lutar até o fim para beliscar uma das vagas. O Verdão, além de jogar bem, deverá manter os nervos no lugar se quiser triunfar, pois duelos contra rivais argentinos e uruguaios são sempre tensos.

Palpites: Nacional (1º) e Palmeiras (2º)



GRUPO 3
Boca Juniors (Argentina- 6 títulos)
Deportivo Cali (Colômbia- 0 títulos)
Bolívar (Bolívia- 0 títulos)
Racing (Argentina- 1 título)

Os dois argentinos são favoritos neste grupo, mas Bolívar e Deportivo Cali devem arrancar alguns pontos com ajuda da altitude e podem embolar a tabela.

Palpites: Boca Juniors (1º) e Racing (2º)



GRUPO 4
Peñarol (Uruguai- 5 títulos)
Sporting Cristal (Peru- 0 títulos)
Atlético Nacional (Colômbia- 1 título)
Huracán (Argentina- 0 títulos)

Os melhores times desta chave são o Peñarol e o Atlético Nacional, ambos com bons elencos e com atletas com passagens pelas suas respectivas seleções. O Huracán, porém, conta com alguns bons atletas e pode surpreender nesta chave. O Sporting Cristal deve vir apenas a passeio.

Palpites: Peñarol (1º) e Atlético Nacional (2º)



GRUPO 5
Atlético Mineiro (Brasil- 1 título)
Melgar (Peru- 0 títulos)
Colo Colo (Chile- 1 título)
Independiente del Valle (Equador- 0 títulos)

O Galo também deu sorte e caiu em um grupo com poucos rivais de peso. O único time realmente preocupante da chave é o Colo Colo, que joga um bom futebol e conta com muitos atletas com passagens pela Seleção Chilena. O Independiente pode incomodar, beneficiado pela altitude de seu estádio. O Melgar deve vir apenas a passeio.

Palpites: Atlético Mineiro (1º) e Colo Colo (2º)



GRUPO 6
San Lorenzo (Argentina- 1 título)
LDU (Equador- 1 título)
Grêmio (Brasil- 2 títulos)
Toluca (México- 0 títulos)

O Grêmio não terá vida fácil nesta chave, afinal são três equipes fortes, com bons elencos à disposição e duas delas já foram campeãs na competição. Será importante que os gaúchos não desperdicem pontos em casa e consigam, ao menos, arrancar empates quando estiverem visitando seus rivais.

Palpites: Grêmio (1º) e San Lorenzo (2º)



GRUPO 7
Olimpia (Paraguai- 3 títulos)
Deportivo Táchira (Venezuela- 0 títulos)
Emelec (Equador- 0 títulos)
Pumas (México- 0 títulos)

Olimpia e Emelec, com melhores elencos e tradição, devem passar sem grandes dificuldades à próxima fase. O Pumas pode oferecer alguma dificuldade, beneficiado pelas "férias" do futebol mexicano e pela distância. O Deportivo Táchira deve vir apenas a passeio.

Palpites: Emelec (1º) e Olimpia (2º)



GRUPO 8
Corinthians (Brasil- 1 título)
Cobresal (Chile- 0 títulos)
Cerro Porteño (Paraguai- 0 títulos)
Santa Fe (Colômbia- 0 títulos)

O Corinthians é franco favorito a ficar com a liderança neste grupo, porém são três rivais com potencial para surpreender na competição. O Cerro Porteño é um time tradicional, o Cobresal é um representante da boa escola chilena de futebol e o Sante Fe joga muito bem, além de contar com a ajuda da altitude. A briga para a segunda vaga deve ser intensa.

Palpites: Corinthians (1º) e Santa Fe (2º)



Concorda ou discorda dos palpites? Deixe nos comentários!



CHAMPIONS LEAGUE

Imagem extraída de www.facebook.com/esporteinterativo


Além da Libertadores, os fãs de futebol poderão curtir hoje o reinício da Champions League após o recesso de inverno. Jogarão hoje PSG x Chelsea e Benfica x Zenit, enquanto amanhã entrarão em campo Roma x Real Madrid e Gent x Wolfsburg. Todas partidas válidas pelas oitavas-de-final da competição europeia. Os jogos serão transmitidos pelas emissora paga Esporte Interativo -o jogo entre Roma e Real Madrid também será exibido pela Band e TNT. Fiz análises e palpites para os confrontos o post "Pedras no Caminho", publicado em dezembro de 2015. Arrume uma desculpa para sair mais cedo da aula ou do trabalho para curtir esses jogaços!


segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Profissional Contra Moral

Imagem extraída do Facebook oficial de Robinho- www.facebook.com/robinho



Olá, leitores e leitoras!

Tirei alguns dias de férias e, em decorrência disto, não tivemos atualizações no blog! Mas agora nós vamos voltar com tudo para cobrir os grandes eventos vindouros, como o retorno da Champions League, a Libertadores, a Euro 2016, a Copa América Centenário e as Olimpíadas.


Um assunto bastante comentado nos últimos dias foi o polêmico acerto do atacante Robinho (foto acima). com o Atlético Mineiro. O atleta vinha sendo disputado por Santos (clube que o revelou), Grêmio e pelo próprio Galo. Os mineiros, ajudados pela nova fornecedora de material esportivo, acabaram levando a melhor e o jogador vai defender o clube de Minas Gerais.

O desfecho do caso causou indignação por parte dos torcedores santistas e levantou novamente a discussão sobre o que é mais importante: o dinheiro ou o amor à camisa?

O jogador não cometeu nenhum erro quando analisamos o caso pelo âmbito legal e profissional, conforme expliquei no post "Não Existe Jogador Mercenário". A maior parte dos trabalhadores dificilmente recusaria uma proposta de emprego considerada "mais vantajosa". O futebol, embora não pareça, é um emprego formal e o jogadores, como profissionais, têm o pleno direito de trocar de clube em busca de melhores salários, melhores condições de trabalho e mais chances de obterem projeção.

O atacante, contudo, cometeu um grande erro pelo ponto de vista moral. O Santos revelou e projetou Robinho no mundo do futebol. Não obstante, o time sempre foi um porto seguro para o jogador nos momentos em que ele ficou encostado no Manchester City e no Milan. Foi graças ao Peixe, inclusive, que o atleta retornou à Seleção Brasileira.

O torcedor, portanto, tem o pleno direito de se sentir magoado com o jogador. Ficou muito óbvio que o "amor" que o atleta declarava nas entrevistas não era tão grande assim.

O mesmo torcedor, contudo, deve compreender que Robinho não infligiu a lei e, portanto, não cometeu crime em momento algum. Nenhum profissional deixaria de balançar ao receber uma proposta igual à que foi oferecida ao atleta pelo Galo.

A diferença é que Robinho, assim como a maioria dos futebolistas, é uma pessoa pública e, portanto, suas atitudes fica muito expostas na mídia e a repercussão é sempre maior.

E, claro, tais fatos sempre acirram a velha discussão do que é mais importante: o lado moral ou o lado profissional.



Imagem extraída do Facebook oficial de
Robinho- 
www.facebook.com/robinho



SELEÇÃO BRASILEIRA

Algo que passou desapercebido por muitos dos comentaristas foi a possibilidade de Robinho disputar a Libertadores novamente e, com isso, recuperar seu espaço na mídia e na Seleção Brasileira. O jogador sabe o quanto Dunga confia nele e que mercados como Ásia e América do Norte não seriam capazes de fazer o Rei das Pedaladas vestir a Amarelinha novamente. O Galo, em melhor fase e com chances de faturar o bicampeonato na competição sul-americana, seriam o melhor caminho para isto. Se Robinho acertou em sua escolha? Só o tempo responderá.



LUCÃO

Não dá para negar que o grandalhão Lucão é esforçado, mas ele continua falhando com frequência e seus erros foram cruciais no clássico de ontem contra o Corinthians. Volto a repetir o que sugeri no começo do ano: emprestá-lo para algum clube que esteja disputando alguma divisão inferior e que tenha chances de título, como Portuguesa, Bragantino e Guarani. Isto preservaria o atleta da mídia e também ajudaria a recuperar a moral do jogador com a conquista de um título.



PALMEIRAS

Outra zaga que não vem transmitindo confiança é do Palmeiras e a defesa alviverde voltou a comprometer na derrota diante do Linense, no sábado. Os problemas ainda são os mesmos do ano passado, com a falta de jogo coletivo e de compactação. Minhas sugestões para a equipe continuam as mesmas: usar os pontas Mouche e Allione para dar proteção aos laterais e colocar o time em 4-2-3-1 ou 4-4-2 para que o meio-de-campo ofereça cobertura à zaga. 



PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO

Embora o torcedor são-paulino tenha sentido o gosto amargo da derrota para o arquirrival Corinthians, houve motivo para comemorar ainda ontem. Os garotos da equipe Sub-20 do São Paulo confirmaram a boa fase e conquistaram o inédito título da Libertadores Sub-20, disputado no Paraguai. A equipe comandada pelo treinador André Jardine venceu o Liverpool do Uruguai por 1x0 (gol do meia Lucas Fernandes) e foi o primeira equipe brasileira a erguer o troféu. Parabéns, meninos e boa sorte a todos na categoria principal.


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

The Zoeira Never Wendell

Imagem extraída de www.facebook.com/FifaBallonDor



"Queria primeiramente agradecer a Deus por este momento único na minha vida e poder estar aqui conhecendo grandes jogadores que são meus ídolos e eu conhecia só de videogame e hoje estou aqui podendo conhecer pessoalmente".

"Quero agradecer muito à minha família, à nação brasileira que votou em mim, minha esposa e minha filha são tudo pra mim. Minha filha Marcela que está em casa nessa hora".

"E queria deixar uma passagem bíblica que eu acho que creio eu que quando Davi e Golias que quando Golias apareceu e todo mundo olhava pra ele e falava: 'Ele é muito forte e muito grande. Não tem como ganhar dele'. E Davi quando olhou para Golias disse: 'Ele é muito grande. Não tem como errar'. E assim que temos de lidar com nossos problemas diários de nossa vida. E assim que eu agradeço a todos. Muito obrigado".

Foi com essas palavras entoadas do fundo de sua alma que Wendell Lira discursou ao receber o Prêmio Puskás, destinado ao autor do gol mais bonito do ano. Era evidente o quanto se sentia um estranho no ninho em meio a tantos astros. Era o "Davi em meio a tantos Golias".

Wendell, segundo informações extraídas do jornal Agora, chegou a atuar nas seleções de base quando tinha 17 anos. Um de seus colegas era ninguém menos que Alexandre Pato. Wendell, inclusive, chegou a receber uma oferta de R$ 6 milhões do Milan enquanto estava nas categorias de base do Goiás. O clube esmeraldino, porém, recusou. Desde então, o atacante goiano sofreu com muitas lesões e não conseguiu se firmar em clube algum. Ele, inclusive, cogitou abandonar o futebol.

Foi jogando pelo humilde Goianésia, durante o Campeonato Goiano de 2015, que Wendell viu sua persistência no esporte dar frutos. Seu belo gol de voleio, anotado contra o Atlético Goianiense, foi "descoberto" pela FIFA meses depois e indicado para concorrer ao Prêmio Puskás.

Wendell, que estava sem clube após deixar o Goianésia, tornou-se célebre como o fato. Muito antes de ganhar o prêmio ele já estava conhecido pelo Brasil inteiro. A fama ajudou o atacante a conseguir um novo clube, o Vila Nova.

Não parou por aí. Milhares de brasileiros, em um misto de "zoeira" e sensibilidade, foram ao site da FIFA para ajudar o conterrâneo. Wendell recebeu cerca de 1,6 milhões de votos, segundo o site Globoesporte. Alguns famosos como o ex-atacante Neto também ajudaram, oferecendo um terno para que goiano pudesse ir à festa na Suíça.

Podemos criticar o brasileiro por muitas razões, mas temos de admitir que houve uma "zoeira do bem" para a eleição de Wendell Lira ao prêmio. Os jornais deixaram muito claro que parte dos internautas que votaram no atacante incentivados por sites de humor.

O que deveria ser uma brincadeira acabou se transformando em um dos momentos mais emocionantes da história do futebol, fazendo com que um Davi sem clube e sem emprego superasse um Golias chamado Lionel Messi, que fatura bilhões de dólares com o futebol.

O futebol, que deveria ter sido a perdição na vida do outrora desconhecido Wendell Lira, acabou sendo a sua salvação. Com o prêmio, o atacante receberá dezenas de propostas de interessados em lucrar em cima da fama do atacante.

Nossa tradicional fanfarronice permitiu que um atleta que estava praticamente desempregado encontrasse um rumo em sua vida. E, de quebra, fez com que um humilde Davi goiano superasse um poderoso Golias argentino.



Imagem extraída de www.facebook.com/FifaBallonDor



Leia mais:

Batom e Futebol- "Do anonimato à glória em um voleio: Wendell Lira, o vencedor do prêmio Puskás": https://batomefutebol.wordpress.com/2016/01/11/do-anonimato-a-gloria-em-um-voleio-wendell-lira-o-vencedor-do-premio-puskas/

Cosme Rímoli- "Messi conquistou pela quinta vez a Bola de Ouro. Mas o grande vencedor foi Wendell Lira. Ele não só ganhou o Prêmio Puskas. Conseguiu que 204 milhões de brasileiros vibrassem hoje pelo Goianésia…": http://esportes.r7.com/blogs/cosme-rimoli/messi-conquistou-pela-quinta-vez-a-bola-de-ouro-mas-o-grande-vencedor-foi-wendell-lira-ele-nao-so-ganhou-o-premio-puskas-conseguiu-que-204-milhoes-de-brasileiros-vibrassem-hoje-pelo-goianesia-11012016/



PREMIER LEAGUE

Magnífico o embate entre Liverpool e Arsenal, que terminou em um empate em 3x3. As duas equipes fizeram um grande jogo com muitos lances bonitos e pouquíssimas faltas. Méritos dos jogadores e também dos dois trenadores, Jürgen Klopp (Liverpool) e Arsène Wenger (Arsenal), que fazem seus times jogar com a bola no chão e buscando sempre o ataque.



JORGE SAMPAOLI

São fortes os rumores de que o treinador Jorge Sampaoli deixará a Seleção Chilena. O treinador estaria insatisfeito com os dirigentes locais, supostamente envolvidos com os escândalos da FIFA. Isto seria uma grande perda para o futebol chileno, afinal Sampaoli teve grande responsabilidade na conquista da Copa América pela Roja. Seu trabalho foi tão bom que o técnico foi indicado pela FIFA ao prêmio de melhor treinador de 2015. Que o comandante e os cartolas se acertem, ou o Chile sofrerá uma grande perda em seu magnífico futebol.


terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A Ausência na Copa das Confederações Fará Bem ao Brasil

Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



A Seleção Brasileira teve um ano para ser esquecido em 2015. Mais uma vez fomos bem nos amistosos, mas quando havia algo em disputa, o Brasil sempre se acovardava em campo. Não obstante, fomos eliminados na Copa América e perdemos o direito de disputarmos a Copa das Confederações, competição da qual somos recordistas em títulos.

A extensão dos prejuízos é muito maior do que aparenta. O Brasil não apenas deixa de disputar um título. Sem a vaga na Copa das Confederações (a ser realizada em 2017 na Rússia), o time perde visibilidade e, consequentemente, patrocinadores e jogadores, que poderiam aparecer para emissoras de todo o mundo, lucrando milhões com isto. E a Seleção, obviamente, perde uma oportunidade de se preparar para a Copa do Mundo, a ser realizada no ano seguinte.

Há, por outro lado, algo bom para ser tirado da ausência do Brasil na Copa das Confederações, por mais absurdo que pareça.

O Brasil venceu as três últimas edições da competição, 2005 (Alemanha), 2009 (África do Sul) e 2013 (Brasil). O que deveria ser bom, acabou prejudicando a equipe, pois nas três ocasiões a nossa Seleção disputou a Copa do Mundo nos anos seguintes com excesso de confiança, sempre se apoiando no título do ano anterior. O resultado nem precisamos recordar.

A ausência, portanto, deverá aumentar as cobranças com relação à equipe e incentivá-los a se superarem em campo. Sem um título no ano anterior, os atletas serão obrigados a saírem de sua zona de conforto e se empenharem mais dentro das quatro linhas.

Podemos até utilizar o ciclo de 2002 como exemplo. Na ocasião, o Brasil estava em um verdadeiro caos, chegando a trocar de treinador três vezes. Não obstante, demos vexame na Copa das Confederações de 2001, ficando com um mero quarto lugar.

A Seleção Brasileira, porém, parece ter se motivado com a seca de títulos e deu a resposta em campo no ano seguinte. Não obstante, criou-se uma expectativa menor sobre a possibilidade de ganharmos o Mundial e os atletas tiveram um pouco mais de tranquilidade para jogarem, apesar de toda a badalação que sempre ocorre em torno de nossos jogadores.

Não há garantia de que a Seleção Brasileira fará um bom Mundial em 2018, mas o ambiente criado pela ausência na Copa das Confederações é, sem dúvida, muito mais propício do que se o Brasil tivesse participado e ganhado o título. Os três últimos ciclos estão aí como prova cabal disto.



Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



LUGANO

O São Paulo, enfim, anunciou o retorno do zagueiro Diego Lugano. O Cerro Porteño não queria liberar o defensor sem uma compensação financeira, mas os dois clubes chegaram a um acordo. A vinda do Díos seria uma maneira de preencher o vazio deixado pela aposentadoria de Rogério Ceni, afinal o elenco ficaria órfão de um líder e de alguém que tivesse tamanha identificação com o clube para motivar os colegas de dentro de campo. O torcedor tem o direito de comemorar, mas não pode criar uma expectativa muito grande com relação ao zagueiro, afinal ele está com 35 anos e já não tem o mesmo vigor físico de dez anos atrás. Mas que ele tem muito a contribuir com a equipe, com certeza tem.



DIEGO

O Santos sonha com o retorno de Robinho para a Vila Belmiro. Há até uma grande estratégia de marketing planejada para pagar parte dos vencimentos do atacante e lucrar em cima da imagem do jogador. Eu, porém, acho que outro velho conhecido teria muito mais a contribuir com o Peixe neste momento: o meia Diego, atualmente oscilando no Fenerbahçe. Diego tem muita identificação com o clube e poderia suprir uma eventual saída de Lucas Lima. Além disso, ele ainda tem 30 anos e um eventual retorno ao Santos poderia reerguer sua carreira.



WENDELL LIRA

Emocionante a escolha do outrora desconhecido atacante Wendell Lira para o Prêmio Puskás, dedicado ao autor do gol mais bonito do ano. Em uma demonstração de simplicidade e humildade, o jogador desabafou nos microfones e expressou toda a emoção de ter superado ninguém menos que o grande Lionel Messi. Parabéns, Wendell! Dedicaremos um texto a você em breve! Enquanto isso, desfrute de toda a sua fama recém-adquirida que você merece!


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Calma com a Garotada, Torcedor!

Imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC



Vários clubes grandes já foram eliminados da Copa São Paulo de Futebol Júnior (ou "Copinha") até o fechamento desta resenha. Fluminense, Atlético Mineiro, Santos, Botafogo, Atlético Paranaense, Ponte Preta e Coritiba já deram adeus à competição.

Eliminações, obviamente, sempre deixam um gosto amargo a todas as partes envolvidas. Torcedores, dirigentes, treinadores e os próprios jogadores sofrem com a decepção de ver um título escapar.

A dor é sempre maior quando falamos de grandes clubes. As instituições sempre querem zelar pelos seus respectivos nomes e manter a reputação que possuem. Não importa se é um torneio adulto ou de juniores, se é um jogo válido ou amistoso. Vencer é sempre "obrigação".

Esquecemo-nos, contudo, que estamos falando de garotos, meninos que ainda estão passando por aprendizado e que sonham integrar o time principal algum dia.

Imaginemos os garotos como os estagiários atuando por uma empresa. Muitos deles ainda não têm vínculo empregatício com as entidades. Precisam passar por treinamento, necessitam de experiência e cometerão muitos erros ao longo do processo. Muitos deles sequer conseguirão ser efetivados devido à grande concorrência e às poucas vagas disponíveis.

É injusto, portanto, cobrar em demasia a garotada, assim como o torcedor protesta quando o time cai na Libertadores. Não podemos exigir títulos ou crucificar os futuros atletas pelas falhas. É necessário paciência e compreensão com os meninos, afinal erros acontecem com mais frequência quando o grupo é inexperiente.

A eliminação precoce, ademais, serve como uma valorosa experiência aos futuros jogadores. Faz parte do processo de amadurecimento lidar com as falhas e com a frustração. A maioria dos melhores profissionais da área farmacêutica que eu conheço tiveram pelo menos uma reprovação na faculdade. Os erros que eles cometeram enquanto eram alunos serviram para que aprendessem a lidar melhor com as negativas.

Não podemos, portanto, nos apegar em demasia à tradição do clube para julgarmos os garotos. Estão todos em campo para aprenderem e se desenvolverem.

Aquele garoto que errou um passe decisivo, um pênalti ou foi expulso de bobeira pode muito bem ser o craque de amanhã depois que amadurecer. Basta que ele aprenda com os erros cometidos e conte com a compreensão de todos.



Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc



BOLA DE OURO OU HOLOFOTE DE OURO?

Messi é o grande favorito para ganhar a Bola de Ouro, o que seria a sua quinta conquista. O pequeno argentino que cresceu na cantera do Barcelona vive hoje o auge de sua carreira e faz toda a diferença em campo. Lamento, porém, que a eleição promovida pela FIFA aparenta escolher os candidatos ao prêmio muito mais pelo apelo midiático do que pelo talento propriamente dito. Não que Messi ou os outros dois candidatos -Cristiano Ronaldo e Neymar- não mereçam, mas muito mais atletas mereciam, ao menos, ter ficado entre os três finalistas. A maioria deles, contudo, peca por ser discreta demais fora das quatro linhas, o que faz com que sejam pouco lembrados pelos eleitores.



PROFESSOR ZIDANE

Ainda é prematuro afirmarmos que Zidane será um bom treinador, afinal nem todos os craques nas quatro linhas mostraram-se craques na prancheta. Zizou, contudo, foi uma aposta mais do que acertada da confusa diretoria do Real Madrid. O francês possui senso de liderança, entende todos os fundamentos com a bola e é profundamente identificado com o clube merengue. A boa estreia do técnico por 5x0 sobre o La Coruña foi bastante animadora.