Imagem extraída do site oficial de Leandro Almeira- http://www.leandroalmeida4.com/ |
Caros Leandro Almeida, Lucão e a qualquer outro que tenha cometido algum erro que tenha sido determinante para o resultado de alguma partida.
Gostaria de dizer através deste post que eu lamento profundamente o que lhes ocorreu e a situação que vocês estão enfrentando no momento.
O ser humano, por melhor que seja, está sempre propenso ao erro ou às falhas, independente de seu nível de habilidade ou de experiência.
Mesmo os melhores jogadores do mundo e os maiores ídolos de um clube sentiram na pele a responsabilidade por um placar adverso ou por uma eliminação.
Erros se dão pelos mais variados motivos: prepotência, limitação técnica, falta de preparo, condições ambientais, estado psicológico ou meramente por azar.
Todos erram, inclusive este blogueiro que vos escreve.
Lembro-me que estava no quarto ano de farmácia, cursando a disciplina de farmacotécnica.
Estava no meio de uma prova prática.
Eu havia me preparado da melhor forma possível: frequentei todas as aulas, anotava tudo o que os professores diziam, buscava livros na biblioteca e até escrevia resumos.
Na prova, que consistia em manipular cápsulas de medicamentos, cometi dois erros fatais. Um seguido do outro. E foram erros ridículos.
Eu errei o cálculo de uma regra de três -algo que se aprende no ensino fundamental. Com isso, fiz um número bem menor de cápsulas do que o esperado.
Eu, não obstante, derrubei todo o material no chão e não havia tempo hábil para preparar tudo novamente.
Minha média na disciplina foi 4,5 e, inevitavelmente, fui para a recuperação. Tudo por dois erros bobos.
Tomei uma decisão radical: me isolei em meu quarto para estudar e decidi que eu não realizaria nenhum tipo de entretenimento até que eu realizasse a prova de recuperação.
Deixei de sair e de jogar meu videogame que eu havia acabado de ganhar de presente. Usava a internet apenas para ver as datas das provas ou para trocar informações sobre estudos com os colegas.
O que eu aconselho através deste post é que façam o mesmo: quando cometemos um erro, o melhor é sumir um pouco de cena até a poeira baixar.
Não se trata de desistir ou de fugir, mas em um momento de falha o melhor é de isolar para refletir, treinar e se aperfeiçoar.
A exposição em um momento como este tende a piorar a situação. A mídia e a torcida tendem a aumentar a cobrança e a responsabilidade sobre aqueles que falham.
Foi por este motivo que sugeri que Lucão, que já havia falhado em partidas na temporada anterior, fosse emprestado a um clube de alguma divisão inferior e com chances de título. Desta forma, ele estaria menos exposto à mídia, sofreria menos pressão para atuar e poderia recuperar sua auto-estima. Um eventual título serviria justamente para curar estas feridas. Ele ainda é jovem e seu futuro pode ser arruinado se continuar na situação atual.
Divido aqui minha experiência pessoal justamente para tentar ajudar aqueles que falham a dar a volta por cima.
Eu, assim como Lucão e Leandro Almeida, cometi um erro crasso em um momento decisivo e tal falha me levou à recuperação.
Há muitas diferenças entre o meio acadêmico e o esportivo, mas a necessidade de se lidar com falhas e de se superar nos momentos difíceis é a mesma.
A quem interessar, fui aprovado na disciplina após o exame de recuperação com média 7,6.
Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians |
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