quinta-feira, 29 de abril de 2021

A Culpa Foi dos "Professores"

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Um tempo para cada lado graças a um erro de cada time. Assim podemos resumir a partida no Estadio de La Cerámica que terminou com vitória para os donos da casa pelo apertado placar de 2x1, mas que poderia ter sido ainda maior se o Villarreal aproveitasse as vantagens que possuía em todos os sentidos.

O Arsenal foi a campo com uma formação totalmente estranha, com Saka (que atua pela esquerda) e Pépé (que joga pela direita) em lados trocados. É fato que os Gunners estavam sem muitos jogadores importantes e que Aubameyang ainda inspirava cuidados após ser diagnosticado com malária. Mas nada justificava ao treinador Mikel Arteta inventar em um jogo decisivo.

O Villarreal tratou de fazer o mando de casa valer. O Submarino Amarelo não deu espaço para o Arsenal jogar, seja no campo de ataque ou no de defesa. Não tardou para o lateral Foyth armar um contra-ataque que culminou em gol de Trigueros logo aos quatro minutos do primeiro tempo.

O gol parece ter desnorteado o Arsenal que aceitou a marcação adversária e ofereceu muitos espaços para o Villarreal jogar. O segundo gol, dos espanhóis saiu naturalmente após cobrança de escanteio. Os Gunners ainda tiveram um pênalti corretamente anulado após mão na bola de Pépé. Fora esse lance, o Submarino Amarelo praticamente não foi ameaçado pelos ingleses durante a primeira etapa.



Villarreal adianta suas linhas e sufoca o Arsenal. Confusos, os ingleses
não encontram espaços e também não ameaçam os espanhóis. E a falta 
de um homem de referência na área é sentida pelos Gunners (imagem 
obtida via this11.com)



No segundo tempo, foi a vez do treinador do Villarreal, Unai Emery, errar ao trocar o atacante Paco Alcácer pelo volante Francis Coquelin. Inicialmente, parecia que a escolha havia sido acertada, visto que Ceballos, do Arsenal, foi expulso logo no reinício do jogo.

O recuo do Villarreal, no entanto, deu espaços para que o Arsenal, mesmo com um homem a menos, espremesse os donos da casa e conseguissem diminuir em gol de pênalti. Não obstante, o volante Étienne Capoué foi expulso e a vantagem numérica do Submarino Amarelo se foi.

Arteta, que havia errado na escalação inicial, se redimiu colocando Aubameyang e o gabonês, por pouco, não empata a partida logo em seu primeiro lance. E o africano não deu tranquilidade para o goleiro Rulli no restante do confronto.

O Arsenal sai derrotado do Estadio de La Cerámica, mas o gol de Pépé mantém os ingleses com esperanças na próxima semana, sobretudo com a regra do gol fora de casa. Que Arteta aprenda a lição que jogo decisivo não é o momento para se fazer experiências.

O Villarreal sai vitorioso mas perdeu a chance de "matar" a partida. Unai Emery deveria ter mantido a pressão por mais alguns minutos antes de mandar Coquelin a campo. O Submarino Amarelo desperdiçou uma vantagem gigantesca e isto pode pesar na partida de volta.

Os erros dos "professores" definiram os rumos desta semifinal na Europa League. Que os treinadores reflitam profundamente a respeito deles e possam colocar em prática seus respectivos aprendizados durante a próxima semana.



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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Paciência É a Alma do Negócio

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Guardiola mostrou mais uma vez porque é um dos melhores e maiores treinadores de todos os tempos. O técnico parecia prever o que aconteceria na partida a longo prazo, manteve a calma e a estratégia de jogo. Tudo isso a despeito da importância do confronto e da qualidade do elenco estrelado do Paris Saint-Germain.

O catalão mandou sua equipe como se fosse o Barcelona: vários meio-campistas, nada de atacantes de ofício (os meias Kevin De Bruyne e Bernardo Silva atuaram como "falsos noves") e o time trocando passes o tempo todo. Parecia até um retrocesso à primeira vista.

O adversário, Mauricio Pochettino, repetiu a fórmula que sempre deu certo contra Guardiola: imposição física e negação de espaços, seja no ataque, seja na defesa. O Paris Saint-Germain se defendia em duas linhas de quatro quando pressionado e adiantava seus jogadores quando o City tentava sair jogando com a zaga.

Os franceses mandaram na partida durante todo o primeiro tempo. Abriram o placar com o sempre surpreendente Marquinhos em um lance de bola parada. E poderiam ter feito ainda mais. Os ingleses mantiveram a mesma toada. A derrota dos Citizen parecia iminente tamanha a superioridade e a intensidade do PSG.



PSG se defende em 4-4-2 com duas linhas de quatro (esquerda) com Di María recuando para o
meio-de-campo e ataca ou pressiona a saída de bola em 4-3-3 (direita). City tenta circular a bola
em 4-4-2 com De Bruyne se juntando ao ataque mas não encontra espaços e nem consegue se
infiltrar na zaga francesa (imagem obtida via this11.com)



O segundo tempo, porém, mostrava que as escolhas de Guardiola foram acertadas. O PSG, que tanto correu no primeiro tempo, parece ter se cansado no segundo. O time francês foi muito menos contundente e ofereceu mais espaços para o City, que estava mais "descansado" por ter apenas tocado a bola.

Guardiola trocou o lateral Cancelo pelo ofensivo Zinchenko. E o ucraniano fez toda a diferença ajudando a prender mais a pelota no campo de ataque. De Bruyne não deu folga ao goleiro Navas e à zaga do PSG, com várias jogadas que geraram cobranças de escanteio ou faltas próximas à área francesa. E, em dois desses lances de bola parada, o City conseguiu a virada.



Atuando em 3-5-2, City imprensa o PSG e cria várias chances em
lances de bola parada. Cansado, o time francês perde contundência
e acaba aceitando a pressão adversária (imagem obtida via this11.com)



A virada desestabilizou o PSG e seus jogadores passaram a cometer muitas faltas, com direito a expulsão do volante Gana. O City acabou entrando na catimba dos rivais e muitos atletas do time inglês também foram amarelados. Os franceses ainda esboçaram uma reação mas esbarraram na falta de fôlego e na inferioridade numérica.

Guardiola mostra mais uma vez porque é um dos maiores treinadores de todos os tempos. Conseguiu superar um adversário com atletas muito mais fortes, muito mais intensos e muito melhores individualmente. E o fez utilizando um dos ensinamentos utilizados pelo seu Barcelona: "quem tem de correr é a bola, e não o jogador".

São os jogadores quem fazem o espetáculo mas a visão de Guardiola foi o grande diferencial na partida de hoje. O catalão e sua equipe pareciam tranquilos mesmo com a desvantagem no placar. Tiveram paciência e pareciam saber o momento certo para dar o bote.

O Paris Saint-Germain ainda pode virar o jogo na próxima semana, mas aprenderam que um treinador pode fazer toda a diferença, mesmo com um elenco mais fraco fisicamente e menos estrelado. E truques velhos como o Tiki-Taka ainda podem ser efetivos.



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terça-feira, 27 de abril de 2021

Em Time que Ganha Também se Mexe

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Carvajal, Varane, Marcelo, Modrić, Casemiro, Kroos, Benzema, ... Aquela geração que começou a ser montada no final da década de 2000 rendeu muitas alegrias ao torcedor do Real Madrid. Foram quatro títulos na Champions League sendo três consecutivos. Aquele tempo, no entanto, parece que passou.

O Real, com a bênção de Zidane, manteve a base vencedora da década passada enquanto o Chelsea renovou seu time e mudou bastante o perfil de suas contratações: ao invés de apostar em medalhões ou grandes estrelas, os Blues agora investem em atletas mais jovens. E a juventude da equipe inglesa parece ter feito toda a diferença em campo.

Ambos os times entraram de maneiras muito parecidas em campo, com esquemas de três zagueiros e com mais cautela na execução, visto que qualquer erro poderia ser fatal. O Chelsea, porém, imprensou o Real, adiantando suas linhas e abusando da intensidade de seus jogadores.

O Real parecia sem pernas para enfrentar os jovens do Chelsea, visto que o time espanhol era lento para aproveitar os contra-ataques e dificilmente ganhava na corrida dos Blues. Apenas as subidas de Vini Jr. pela esquerda ou os chutes fora da área de Kroos representavam algum perigo aos ingleses. Os Merengues procuravam Benzema mas o atacante estava sempre muito bem vigiado pela zaga londrina. Não a toa, os Blancos deram poucos chutes a gol no primeiro tempo.

O Chelsea recuou o volante Jorginho e soltou os meio-campistas Mount e Kanté para atacarem. Com as linhas adiantadas e mais homens na área adversária, os Blues abriram o placar com justiça graças a Pulisic. A pressão azul continuava, mas o Real conseguiu empatar com Benzema em um golaço após cobrança de escanteio.



Chelsea em 3-4-3 adianta suas linhas e imprensa o Real Madrid.
Jorginho recua e permite os avanços de Mount pela esquerda e
Kanté pela direita. Merengues se defendem em 3-5-2 e têm apenas
Vini Jr. como desafogo pela esquerda, além dos demais jogadores
buscando Benzema, muito bem vigiado pela zaga azul
(imagem obtiva via this11.com)



O Real conseguiu equilibrar um pouco a partida no segundo tempo com o lado direito participando um pouco mais além de mais alguns chutes de fora da área com Kroos que geraram alguns escanteios, mas o parâmetro não mudou muito. E com as linhas espaçadas, os donos da casa cederam muitos contra-ataques ao Chelsea.

O treinador Thomas Tuchel queria o resultado e manteve a pressão mas a zaga e o goleiro Courtois conseguiram segurar o empate. O Chelsea manteve a intensidade e continuava se impondo fisicamente sobre o Real .



Com a entrada de Hazard e com Modrić mais participativo pela
direita, Real equilibrou o confronto, mas o Chelsea seguia mais
intenso e perigoso (imagem obtiva via this11.com)



Chelsea amarga um empate injusto. Os ingleses jogaram melhor, se impuseram tanto na técnica quanto na parte física, imprensaram os espanhóis e mereciam ter deixado o Alfredo Di Stéfano com a vitória.

A atual geração do Real dá mostras de que está chegando ao final de seu ciclo e o elenco pede uma renovação. Os jogadores Merengues sofreram bastante com a intensidade inglesa, demonstraram pouco repertório em campo e só levaram perigo real em lances de bola parada.

O Real Madrid, independente de conquistar algum título na temporada, precisa considerar um rejuvenescimento no elenco, que mostrou-se em dificuldades diante de jovens com mais velozes e com mais explosão muscular.

Zidane, aliás, pode ser um empecilho nesta renovação visto que ele é muito apegado aos seus jogadores e defende o elenco das críticas sempre que possível. Talvez ele também tenha de fazer parte das mudanças que o Real Madrid necessita.



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Nível

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Olá, querida leitora e querido leitor. Gostaria de pedir desculpas pela ausência de atualizações no blog e preciso informar que o autor está apresentando alguns problemas de saúde durante os últimos dias que o impediram de escrever os textos. Vou tentar manter a frequência dos posts na medida do possível até a minha recuperação.

O treinador Ariel Holan surpreendeu a todos e pediu desligamento do Santos no dia de ontem, algumas horas após a derrota para o Corinthians na Vila Belmiro, ocorrida na noite do último domingo. Torcedores teriam protestado em frente à casa do técnico após o revés em casa e soltado fogos de artifício em direção à residência.

A demissão do treinador dividiu opiniões entre os torcedores santistas. Há campanhas nas redes sociais pedindo para que o técnico permaneça na Vila Belmiro. Holan já passou por uma situação semelhante enquanto comandava o Independiente, clube onde foi campeão da Sulamericana em 2017: o técnico havia pedido o desligamento do Rey de Copas após a conquista do título devido a ameaças de torcedores, mas acabou voltando atrás três dias depois. A saída do Santos, contudo, parece definitiva.



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O Santos, de fato, faz uma temporada morna. O Peixe sofre no fraco Campeonato Paulista mesmo diante de rivais com menos elenco e poderio financeiro. A equipe, após um início promissor na Libertadores, estreou com derrota em casa na fase de grupos. As dívidas, os salários atrasados, a crise política e a punição da FIFA (revertida com a venda de Soteldo) começaram a se refletir no desempenho em campo.

O torcedor santista, por outro lado, acostumou-se com grandes campanhas a despeito da situação caótica na Vila Belmiro. O vice no Brasileirão com Jorge Sampaoli em 2019 e o vice na Libertadores com Cuca em 2020 foram verdadeiros milagres dos treinadores, que tiveram como mérito isolar o elenco das crises e motivar o grupo a despeito dos salários atrasados. Mas, como expliquei no post de sábado, o Santos não pode contar com a sorte o tempo todo e uma hora o clube pode ruir, assim como aconteceu com Botafogo, Cruzeiro e Vasco.

Holan demonstrou muita boa vontade no banco de reservas. Segundo jornalistas, o treinador estava ciente da situação financeira do clube e, mesmo assim, aceitou treinar o Santos. O argentino, porém, não é Cuca e nem Sampaoli. É muito difícil para qualquer comandante liderar uma equipe curta, com salários atrasados e sem direito a reforços. E também é difícil evidenciar que as campanhas de 2019 e 2020 foram verdadeiros pontos fora da curva, e não sucessos de planejamento ou gestão.

Resta ao Santos encontrar um "bombeiro" adequado para reerguer o time e manter a equipe viva nas competições em disputa -os nomes de Dorival Júnior, Fábio Carille, Fernando Diniz e Lisca Doido foram ventilados. Quanto a Ariel Holan, o argentino ainda não teve seu nome ligado a nenhum clube por enquanto.



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domingo, 25 de abril de 2021

O Domingo Maluco




Dezembro de 2014. Fui a mais uma confraternização entre calouros e veteranos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas como faço todos os anos. Não estava muito animado porque havia acabado de passar por alguns momentos difíceis mas fiz um esforço para ir.

Tivemos a manhã de jogos no Centro de Práticas Esportivas da USP e teríamos o churrasco de confraternização na parte da tarde, como é costume em todo Interanos. Passei a maior parte do tempo tirando fotos do time de vôlei feminino da Farmácia, além de rever meus ex-colegas de classe no jogo de futsal masculino.

Terminados os jogos, rumamos a um dos estacionamentos próximos à faculdade. O Centro de Vivência não estava liberado para eventos na época e o churrasco seria realizado onde houvesse possibilidade. O sol estava bastante forte naquele dia, mas...

Começou a chover bastante forte enquanto estávamos todos reunidos no estacionamento, e não era aquela chuvinha de verão que duram apenas cinco minutos. Era um temporal forte com ventos e raios, que poderia alagar toda a cidade de São Paulo.

Foi quando um dos colegas ofereceu a casa, ou melhor, a república onde ele morava com outros amigos, localizado perto do câmpus, no Jardim Bonfiglioli. Os alunos realizariam o churrasco por lá e também a premiação dos destaques do ano.



Dia claro e ensolarado. Parecia perfeito para um churrasco, porém...



A casa estava um pouco apertada mas todos os presentes puderam se acomodar. A chuva não parou e persistiu durante toda a tarde. Apesar dos imprevistos, estava divertido. Reencontrei conhecidos que não via há muito tempo e fiz novas amizades. O churrasco e as premiações puderam ser realizadas no espaço improvisado sem problemas.

Conheci alguns dos meus melhores amigos neste dia e mantenho contato com eles até hoje. Também foi inesquecível a cerimônia de premiação dos alunos que haviam se destacado. Nunca vi tanta zoeira! Filmei tudo e não sei como os vídeos ficaram bons, afinal eu não conseguia parar de rir! Também não faço ideia como não deixei minha câmera cair!

Este Interanos acabou sendo um dos mais marcantes de minha vida. Primeiro porque ajudou (mais uma vez) a levantar o meu astral justamente em um momento quando eu estava mal. E segundo porque foi o mais intenso que já participei, afinal aconteceram tantas coisas inesperadas nesse dia que poderia até mesmo escrever um romance sobre a confraternização! Acredite, o que está neste post não foi nem 10% do que houve na ocasião!

Não faço ideia como os organizadores conseguiram lidar com tantos imprevistos em um único dia mas eles estiveram de parabéns por conseguirem manobrar uma situação tão complicada e inesperada. E, bendito o colega (não me lembro quem foi exatamente) que cedeu a casa onde morava para que o evento pudesse prosseguir!



Sim, acomodamos tudo isso de gente em uma casa!




sábado, 24 de abril de 2021

Limites

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Seja bastante sincero e racional: você considerava o Santos favorito a algum título nos dois últimos anos? Mesmo com salários atrasados, crise política e elenco curto; o Peixe superou as expectativas durante o mencionado período e realizou façanhas heroicas. Conquistar um vice-campeonato Brasileiro e um vice na Libertadores não são nenhum demérito para um clube que, apesar de grande e tradicional, passa por problemas que poderiam até mesmo culminar em um rebaixamento.

O Santos esticou a corda o quanto pôde para se manter competitivo. Trouxe técnicos de renome (Sampaoli, Jesualdo, Cuca e Holan), fez o possível para conseguir reforços e blindou o elenco dos problemas políticos. Os treinadores também tiveram méritos, afinal conseguiram motivar os jogadores apesar dos salários atrasados e extraíram resultados de um grupo sem muitas opções.

A corda, no entanto, começa a dar sinais de que pode arrebentar em 2021. O Santos já vinha apresentado um desempenho muito irregular no fraco Campeonato Paulista. A derrota em casa na Libertadores diante do Barcelona de Guayaquil inflamou o torcedor, que deixou mensagens de protestos nos muros da Vila Belmiro.

O Santos, que está proibido de contratar jogadores em virtude de uma dívida com o Huachipato do Chile, foi obrigado a vender Soteldo ao Toronto FC para se livrar da punição e, com isto, trazer reforços para Ariel Holan.



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O Santos sempre foi um clube com grande histórico de superação diante das crises. O Peixe sempre recorreu às suas categorias de base nestes momentos e, com isso, deu a volta por cima em momentos semelhantes ao atual. Robinho, Diego, Neymar, Ganso, André, Gabigol e Geuvânio salvaram o time justamente quando as dívidas ameaçavam a afundar a Vila Belmiro.

O cenário atual, no entanto, não é animador nem mesmo entre os Meninos da Vila. Os times de base não apresentaram bons desempenhos nos recentes campeonatos de juniores. Alguns garotos até foram efetivados à equipe principal mas poucos demonstram potencial para salvar o clube. A última joia revelada pelo Santos, o zagueiro Lucas Veríssimo, já foi vendida ao Benfica ao término da temporada 2020.

O Santos, contudo, sempre se mostrou um ponto fora da curva nos últimos anos. Mesmo em situação complicada, o Peixe foi competitivo e conseguiu fazer frente a muitas equipes em melhor situação financeira, como o Flamengo e o Palmeiras. O histórico ainda é animador a despeito do cenário sombrio. O clube, no entanto, não pode contar com a sorte o tempo todo e uma atitude precisava ser tomada pelos dirigentes.

Resta torcer para que a equipe, agora livre da punição imposta pela FIFA, consiga reforços e que o treinador Ariel Holan consiga acertar o time. E que o técnico consiga lapidar mais garotos nas categorias de base para que possam ser valorizados e vendidos. Seria ideal que permanecessem no clube para ajudar o Peixe a conquistar títulos, mas o Santos precisa recuperar a sua saúde financeira o quanto antes e evitar o mesmo destino trágico de Botafogo, Cruzeiro ou Vasco.



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sexta-feira, 23 de abril de 2021

Teste de Resistência

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Foi realizado agora há pouco o sorteio que definiu os confrontos válidos pela terceira fase da Copa do Brasil -ou fase de 1/16-avos de final. Desta vez, haverá partidas de ida e volta, ao contrário das etapas anteriores que eram realizadas em jogo único.

Uma novidade para a edição 2021 é que os times que estão ou estavam participando da Libertadores também foram incluídos no chaveamento nesta terceira fase -até o ano passado, estas equipes só entravam a partir da quinta fase do campeonato.

Isto significa ainda mais jogos para os times que já estão desgastados pela ausência de férias na temporada anterior. Novamente a ganância dos organizadores e das emissoras fala mais alto do que o bom senso. E os clubes são cúmplices por aceitarem passivamente tais absurdos.

Os jogos ainda não têm data para serem realizados. A maioria dos clubes envolvidos na Libertadores, felizmente, não terão muitos adversários tradicionais nesta etapa e deverão avançar sem muitos problemas.

Faremos, como sempre, uma breve análise dos confrontos e daremos os palpites para cada jogo. Os times à direita de cada tabela irão mandar os jogos de volta.



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GRÊMIO X BRASILIENSE: a atual geração do Grêmio parece ter chegado ao fim de seu ciclo. Mesmo assim, o Imortal é favorito contra o Brasiliense.

VITÓRIA X INTERNACIONAL: o Inter deve sofrer um pouco devido ao elenco curto, mas ainda possui mais time e recursos que os baianos do Vitória.

VILA NOVA X BAHIA: o Bahia já viveu dias melhores durante os últimos anos, mas o Tricolor ainda tem mais elenco do que os goianos do Vila Nova.

CORINTHIANS X ATLÉTICO GOIANIENSE: páreo duro. O jogo tem boas chances de ser decidido nos pênaltis. O Corinthians, mesmo sem muitas opções no elenco, tem mais recursos que o Atlético e deve triunfar sobre do Dragão.

CRB X PALMEIRAS: o Palmeiras, com um elenco mais robusto, deve passar pelos alagoanos do CRB sem muitos problemas.

AVAÍ X ATHLETICO: os times catarinenses costumam dar trabalho, mas o Athletico é favorito para avançar neste confronto.

CORITIBA X FLAMENGO: o Coxa sempre foi um adversário de respeito mas deve dar menos trabalho sem a sua torcida. O Flamengo, com mais elenco e opções no banco, deve levar vantagem sobre os paranaenses.

FLUMINENSE X RED BULL BRAGANTINO: o Flu pegou o pior adversário possível no sorteio. A Massa Bruta vem embalada por boas campanhas nas temporadas anteriores e vai dar trabalho aos cariocas. Outro confronto que deve ser decidido em pênaltis. O Fluminense possui ligeira vantagem pelo elenco melhor e pela tradição na competição, mas precisa ter cuidado com o emergente Red Bull Bragantino.



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REMO X ATLÉTICO MINEIRO: o momento do Galo não é dos melhores mas o Atlético ainda conta com mais time e recursos do que o Remo.

CRUZEIRO X JUAZEIRENSE: o Cruzeiro, mesmo sofrendo com a crise, deve triunfar sobre os baianos da Juazeirense.

AMÉRICA MINEIRO X CRICIÚMA: o Criciúma até deve dar trabalho, mas o América é favorito para avançar.

4 DE JULHO X SÃO PAULO: o elenco do São Paulo não é muito numeroso mas o Tricolor é favorito diante do 4 de Julho.

FORTALEZA X CEARÁ: clássico cearense na Copa do Brasil. O Vozão, com mais elenco e com campanhas mais estáveis, tem ligeiro favoritismo sobre o arquirrival, mas não pode subestimar o Leão em hipótese alguma, afinal a rivalidade sempre leva a resultados imprevisíveis.

CIANORTE X SANTOS: o Peixe, mesmo passando por muitos problemas financeiros, ainda é favorito diante do Cianorte.

CHAPECOENSE X ABC: os catarinenses são favoritos diante dos potiguares.

BOAVISTA X VASCO: mais um embate regional na Copa do Brasil. Os times já se enfrentaram no Carioca -o confronto terminou empatado em 2x2- e terão a sua revanche. O Vasco é favorito mas o Boavista já deu mostras de que não virá a passeio...

 

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quinta-feira, 22 de abril de 2021

Indivíduo X Coletivo

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Tudo estava bem para o Palmeiras em sua estreia pela Libertadores. O verdão visitou o esforçado, porém limitado, Universitario. O Alviverde se impôs em campo a despeito de atuar na casa do adversário, fez dois gols, perdeu muitos outros e aparentava que daria a volta por cima após uma semana tão turbulenta.

O jogo que encaminhava para uma vitória tranquila palmeirense ganhou ares de drama quando o zagueiro Alan Empereur foi expulso no início do segundo tempo. O Universitario, na sequência, diminuiu para 2x1 e o Verdão entrou em pane geral. O Alviverde tornou-se tenso em campo, cometeu vários erros seguidos, permitiu a reação dos peruanos e sofreram o empate pouco depois. O jovem zagueiro Renan, porém, salvou o Porco no último lance da partida ao anotar 3x2 para os visitantes.

Foi impossível para mim não lembrar do livro Os Números do Jogo, onde pelo menos dois capítulos explicam como falhas individuais podem comprometer todo um trabalho coletivo. O Palmeiras vinha muito bem em Lima até que a expulsão de Alan não apenas deixou o Verdão com um jogador a menos como também afetou todo psicológico da equipe que passou a cometer um erro atrás do outro.

É absolutamente injusto que um único erro individual possa comprometer todo o desempenho de um grupo, mas todo trabalho em equipe está sujeito tal risco, incluindo o esporte. Dezenas de histórias contam como um erro, por menor que seja, pode prejudicar todo um resultado final. O próprio livro utiliza o trágico relato a respeito dos o-rings para explicar tal teoria.



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Não é fácil gerenciar um grupo. O treinador precisa se atentar aos mínimos detalhes antes de mandar os onze jogadores que irão a campo. Da mesma forma, o técnico precisa estar preparado para lidar com imprevistos, afinal nunca se sabe quando um atleta pode se lesionar ou ser expulso. Como explicado, um único erro pode comprometer todo o desempenho da equipe.

"Atentar-se aos detalhes" não se resume apenas às condições físicas do jogador. É necessário também avaliar a parte psicológica, por exemplo. Em jogos de Libertadores não é raro os adversários provocarem (alguns, inclusive, se utilizam de termos racistas) e a arbitragem adota critérios diferentes do Brasil. Nossos atletas acabam se tornando presas fáceis da catimba rival caso não estejam preparados.

Não é exagero comparar a administração dos times com a de empresas, visto que os níveis de exigência e de competitividade são os mesmos. Os grupos devem ser os mais impecáveis possíveis para que uma única fraqueza ou erro individual comprometam todo o desempenho da equipe e, com isso, coloque a classificação ou os títulos em risco.

A expulsão de Empereur não apenas deixou o Palmeiras com um jogador a menos em campo como também desestabilizou todo o grupo. Para a sorte do zagueiro, o jovem Renan salvou o Verdão e garantiu os três pontos em Lima. Alan não deve ser crucificado pelo erro, afinal errar é humano, mas ele precisa ter ciência de que sua falha poderia trazer consequências desastrosas ao Palestra e que da próxima vez o destino pode ser outro.



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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Erro de Cálculo

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Pensei, em princípio, escrever um texto a respeito da Superliga Europeia, o polêmico campeonato que alguns clubes do Velho Continente estavam organizando. Mas optei por esperar o desfecho dos acontecimentos e resolvi abordar algum outro assunto no post de hoje.

O treinador Renato Gaúcho foi demitido durante a semana passada após a queda do Grêmio diante do Independiente del Valle. A derrota eliminou o Imortal da Libertadores, que terá de se contentar com a Copa Sulamericana em 2021. O detalhe é que o técnico não participava do jogo -o ex-atacante estava isolado após ter sido diagnosticado com o coronavírus.

Renato estava no Grêmio desde 2016. O treinador recebeu um time em crise e recolocou a equipe na disputa pelos títulos. Venceu a Copa do Brasil em 2016 e a Libertadores no ano seguinte. O técnico vinha sendo o mais longevo no cargo até então, mas durante o ano de 2020 a fórmula do comandante estava apresentando sinais de esgotamento e ele já estava sendo contestado, tanto pelo torcedor quanto pela mídia.

O treinador, cujo contrato estava para se encerrar, recebeu sondagem do Atlético Mineiro, além de ter seu nome ventilado no Flamengo. Os dirigentes do Grêmio, porém, optaram por renovar com Renato e prometeram reforços para que o Tricolor pudesse brigar de igual para igual com os milionários Palmeiras, Fla e Galo. O Imortal trouxe o lateral-direito Rafinha, que era pretendido pelo Mengo. Veículos de comunicação especulavam, ainda, as vindas de Douglas Costa, Rafael Carioca, Cavani e Higuaín.



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A queda diante do Independiente del Valle, porém, jogou um balde de água fria nos planos do Grêmio. O clube certamente estava contando com a participação na fase de grupos na Libertadores para obter o dinheiro e a visibilidade necessários para as contratações prometidas ao treinador. Como não houve êxito e diante do desgaste sofrido por Renato, optou-se por dispensar o técnico.

Fica o questionamento: por que o Grêmio renovou com o treinador para depois dispensá-lo ao primeiro sinal de crise? Talvez fosse melhor deixá-lo acertar com o Atlético Mineiro, afinal haviam muitos indícios de que o modelo do técnico já estava desgastado no Imortal. Ou, então, permanecer com Renato ao menos até o final da temporada visto que seu contrato iria até o fim de 2021.

Cabe mencionar que Renato sequer esteve no banco durante os dois jogos contra o Independiente del Valle em virtude da COVID-19 -o auxiliar Renato Paiva comandou o Grêmio durante os dois revezes diante dos equatorianos.

O Grêmio, porém, fez uma boa escolha para substituir Renato Gaúcho: Tiago Nunes, que treinou Athletico e Corinthians. O também treinador gaúcho se destaca pelo perfil rígido e deve promover uma reformulação no time, tanto no elenco quanto na filosofia. Os nomes de Guillermo Schelotto e Marcelo Gallardo haviam sido ventilados, mas estes nomes seriam adequados caso o Imortal avançasse para a fase de grupos. Com a eliminação da Libertadores, Nunes é uma opção mais adequada para tirar os jogadores da zona de conforto.

Renato Gaúcho, por sua vez, não deve ficar muito tempo desempregado. O ex-atacante recebeu uma calorosa despedida do torcedor gremista, indicando que as portas do Imortal ainda lhe estão abertas. E há a possibilidade de outros clubes contratarem o treinador, visto que sua conquista na Libertadores em 2017 ainda pesa muito em seu currículo -Flamengo e Atlético Mineiro, cujos treinadores vêm sendo contestados, podem ser dois deles segundo jornalistas..



Tiago Nunes acertou com o Grêmio e deve ser anunciado em
breve (imagem extraída de www.facebook.com/corinthians)




terça-feira, 20 de abril de 2021

(Quase) Todos pela Sula

Imagem extraída de www.facebook.com/copasudamericana



Ufa! Terminamos, com este post, a maratona de palpites para as principais competições continentais da Europa e da América do Sul! Acho que nunca aconteceu do chaveamento de quatro campeonatos ser definido quase ao mesmo tempo.

A edição 2021 da Copa Sulamericana terá fase de grupos, o que aumentará o número de jogos disputados e também deve valorizar a competição. No entanto, cada chave terá apenas UM CLASSIFICADO, o que significa que um agrupamento com dois times fortes já pode ser considerado um "grupo da morte".

Os melhores de cada chave se juntarão aos times que ficarem em terceiro na fase de grupos da Libertadores e, desta forma, haverá o chaveamento para as oitavas-de-final da Sulamericana, a serem disputadas a partir de julho.

Os clubes brasileiros nunca deram muita importância para a Sulamericana, tanto que poucos times daqui conquistaram o título, preferindo priorizar o Brasileirão ou a Copa do Brasil. Não será surpresa, portanto, que nossas equipes disputem o torneio com reservas e sejam eliminados já nesta fase com o objetivo de se preservar e enfrentar o calendário insano de 2021.

Faremos uma breve análise dos grupos e daremos palpites para a fase de grupos da Sulamericana. Vale lembrar que os jogos não terão torcida, alguns mandos podem sofrer alteração em virtude da COVID-19 e os times brasileiros talvez não entrem com força total na competição.



Imagem extraída de www.facebook.com/copasudamericana



O elenco mais forte desta chave é do o San Lorenzo, que estava envolvido nos playoffs da Libertadores. O Ciclón, portanto, é o favorito para avançar às oitavas. Rosario Central e Huachipato correm por fora e o 12 de Octubre é o azarão do grupo.



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O Independiente conta com o elenco mais forte do grupo, além de ser o time mais tradicional desta chave. O Bahia corre por fora na disputa, enquanto Guabirá e City Torque devem vir a passeio. Curiosidade: o Guabirá não tem o fator altitude a seu favor ao contrário dos rivais bolivianos visto que a cidade de Montero, onde o clube está sediado, fica apenas 300m acima do nível do mar!



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Este grupo é bastante equilibrado, com muitos elencos fortes e deve gerar muitos confrontos interessantes. O Arsenal de Sarandí já venceu a competição uma vez enquanto os bolivianos Jorge Wilstermann e Bolívar têm a altitude andina a seu favor. O Ceará larga atrás dos rivais e terá de fazer um esforço hercúleo para ficar com a vaga. O Bolívar possui ligeira vantagem por ter uma agremiação um pouco mais forte em virtude da disputa dos playoffs da Libertadores.



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O Athletico, apesar de enfraquecido em relação às temporadas anteriores, é o favorito a avançar. Melgar e Aucas, apesar de não contarem com elencos fortes, têm a altitude a seu favor. E o Metropolitanos vem a passeio.



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O Corinthians caiu em um grupo acessível, mas terá pela frente o Peñarol (que conta com jogadores experientes e possui uma camisa pesada) e o Huancayo (que tem a altitude a seu favor). O River Plate deve vir a passeio.



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O Newell's Old Boys é o time mais forte do grupo, seguido de perto pelo Libertad. O Atlético Goianiense, junto com o Palestino, terão dificuldades de se impor nesta chave dadas as discrepâncias entre as agremiações.



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Nenhum elenco é muito forte neste grupo e o Red Bull Bragantino pode sonhar com a vaga. Mas terá de enfrentar a raça do Talleres e a altitude de Emelec e Tolima.



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Não fosse a instabilidade do elenco, o Grêmio seria o franco favorito desta chave, mas o Lanús me parece mais pronto para avançar. O La Equidad pode tirar alguns pontos dos rivais favorecido pela altitude e o Aragua vem a passeio.




segunda-feira, 19 de abril de 2021

32

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Começa amanhã a epopeia dos 32 times classificados para a fase de grupos da Libertadores 2021. Os candidatos buscarão a taça mais cobiçada da América do Sul, cujo vencedor será conhecido no dia 21 de novembro -isto é, caso a pandemia não cause um adiamento na competição.

Sete clubes representarão o Brasil na competição: Palmeiras, Internacional, Santos, Fluminense, São Paulo, Flamengo e Atlético Mineiro. Não houve cruzamento entre times brasileiros na fase de grupos desta edição o que deve aumentar um pouco mais as chances de alguma de nossas equipes erguer o troféu novamente.

Nossos clubes tiveram grandes problemas em virtude da crise financeira causada pela pandemia, além da baixa do Real diante do Euro, o que dificultou ou impediu que alguns de nossos times se reforçassem para a temporada. A esperança, portanto, é ir o mais o mais longe possível na competição e arrecadar o quanto puder, seja com os prêmios por avançar de fase, seja com a exibição das partidas.

Será que os nossos clubes conseguem avançar ao mata-mata da competição? Farei, como é tradição no blog, uma breve análise dos grupos e darei os palpites. Lembrando que o terceiro colocado de cada chave disputará a Sulamericana, os jogos ainda não terão público e alguns mandos podem sofrer alteração em virtude da pandemia.



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Grupo difícil para o Palmeiras, que terá pela frente o forte Independiente del Valle, que conta com a altitude em Sangolquí e eliminou o Grêmio nos playoffs, e também o Defensa Y Justicia, o time que derrotou o Verdão na Recopa Sulamericana. O Universitario é o azarão do quarteto. A tendência é de que haja muito equilíbrio nesta chave e os classificados acabem passando por diferenças mínimas.

Palpites:

1º- Palmeiras
2º- Defensa Y Justicia
3º- Independiente del Valle
4º- Universitario



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O Internacional caiu em um grupo acessível e tem boas chances de avançar. O Olimpia é o adversário mais forte da chave, conta com um bom elenco, já foi campeão três vezes e deve disputar a liderança com o Colorado. O Always Ready tem a altitude de La Paz a seu favor e o Deportivo Táchira é o azarão do quarteto.

Palpites:

1º- Internacional
2º- Olimpia
3º- Always Ready
4º- Deportivo Táchira



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Grupo complicado para o Santos, que terá o tradicional Boca Juniors pela frente e dois adversários, Barcelona de Guayaquil e The Strongest, que se valem da altitude andina. Será importante para o Peixe evitar o desperdício de pontos na Vila Belmiro e tentar arrancar ao menos um empate na casa dos rivais para que a vaga não seja ameaçada.

Palpites:

1º- Boca Juniors
2º- Santos
3º- The Strongest
4º- Barcelona



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Parada duríssima para o Fluminense, que terá pela frente o poderoso River Plate e os colombianos Independiente Santa Fe e Junior de Barranquilla, ambos times que jogam muito bem e ainda têm o fator altitude a seu favor. O Tricolor deverá ter muito trabalho para conseguir uma vaga e terá direito a uma margem mínima de erro para se classificar.

Palpites:

1º- River Plate
2º- Junior
3º- Fluminense
4º- Independiente Santa Fe



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O São Paulo teve menos azar em relação a temporadas anteriores e caiu em uma chave mais acessível nesta edição. O tradicional Racing de Avellaneda é o principal concorrente à liderança, contando com o bom treinador Pizzi e um elenco bastante experiente. O Sporting Cristal ainda tenta reviver os seus dias de glória e o Rentistas deve vir a passeio.

Palpites:

1º- Racing
2º- São Paulo
3º- Sporting Cristal
4º- Rentistas



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A única chave sem brasileiros pode ser considerada um "grupo da vida", afinal são quatro equipes mais ou menos no mesmo nível técnico e todas com chances reais de avançar à próxima fase. A Universidad Católica conta com um elenco ligeiramente superior em relação aos rivais e o Nacional deve se garantir na raça somado ao peso da camisa. O Argentinos Juniors possui jogadores um pouco melhores sob o ponto de vista individual se comparado ao enfraquecido Atlético Nacional, que ainda tem a altitude de Medellín a seu favor.

Palpites:

1º- Universidad Católica
2º- Nacional
3º- Argentinos Juniors
4º- Atlético Nacional



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O instável Flamengo terá pela frente dois adversários que já foram campeões na Libertadores, o Vélez Sarsfield e a LDU, que ainda tem a altitude de Quito a seu favor. Os argentinos têm um elenco forte, além de Federico Mancuello que já defendeu o Rubro-Negro e conhece bem os brasileiros. Os equatorianos têm a tradição mas não tem a mesma força do passado. E o Unión La Calera deve vir apenas a passeio.

Palpites:

1º- Vélez Sarsfield
2º- Flamengo
3º- LDU
4º- La Calera



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O Atlético Mineiro terá uma chave acessível pela frente. O Cerro Porteño, com um bom elenco e muita raça, é o principal concorrente pela liderança. O América de Cali tem a altitude a seu favor e o Deportivo La Guaira deve vir a passeio.

Palpites:

1º- Atlético Mineiro
2º- Cerro Porteño
3º- América de Cali
4º- Deportivo La Guaira




domingo, 18 de abril de 2021

Pedido de Demissão




Hoje eu pensei em não contar uma história minha, como se tornou rotina aqui no blog aos domingos. Tive uma semana bastante pesada e não me sentia no clima para contar algo divertido, mas estamos passando por um momento bastante turbulento e resolvi trazer um pouco de entretenimento a despeito de tudo o que aconteceu.

Já contei em outros posts que eu e meus colegas do Instituto de Ciências Biomédicas costumávamos jogar bola de vez em quando. Eu era muito ruim mas ia mesmo assim para me enturmar com os companheiros.

Meu chefe também ia de vez em quando. Ele sempre foi muito ocupado e raramente descia conosco para a quadra. Quando aparecia, geralmente já era quase noite e já estávamos quase todos cansados. Em muitas das ocasiões eu nem me encontrava com ele nas partidas visto que costumava ir em bora por volta das dezoito horas.

Os jogos inicialmente eram restritos ao pessoal do meu laboratório, o 105. O técnico costumava convidar outros funcionários do instituto para jogar e completar o número de jogadores em quadra. Com o tempo, porém, passamos a convidar os vizinhos. E eles eram muito bons, quase todos formados em educação física, com bom preparo físico e muito conhecimento nos fundamentos.

Um desses vizinhos jogava demais. Ouvi dizer que ele chegou a jogar na base de alguns clubes profissionais antes de optar pela pós-graduação. Ele tinha um fôlego digno de um maratonista, ganhava todas as divididas e driblava muito. Era admirável vê-lo em quadra.






Uma vez estavam o meu chefe e esse vizinho em quadra em equipes adversárias. O professor e o pós-graduando dividiram uma bola e o docente foi para o chão. Os dois se desculparam após o incidente e o jogo prosseguiu sem problemas, mas o momento do lance foi acompanhado de muita gritaria e risos contidos.

Quando cheguei no trabalho no dia seguinte ao ocorrido, meus colegas estavam todos rindo e afirmando que o vizinho seria dispensado a qualquer momento. O meu orientador era também chefe de departamento na época e meus amigos diziam em tom de brincadeira que o pós-graduando em questão corria o sério risco de ser demitido por ter derrubado o docente em quadra!

Lembro que encontrávamos o vizinho no corredor e os colegas gritavam: "Aí, vai ser demitido"! A zoeira durou cerca de uma semana com aquela expectativa de que o aluno iria embora a qualquer momento por causa de um jogo de futsal!

Perdi o contato com o vizinho. Eu sequer fiquei sabendo de quando ele defendeu a sua tese. Tínhamos uma proximidade relativa, afinal eu frequentava bastante seu laboratório, tínhamos muitos amigos em comum e sempre conversávamos bastante, seja sobre experimentos, seja sobre futilidades. Acho que a última vez que tive notícias dele foi em 2011 e ele estava dando aulas em uma universidade particular em paralelo com a pós-graduação.

Encontrei com o meu chefe pela última vez em 2016. Soube recentemente que ele deixou o instituto e foi se dedicar a outros tipos de pesquisa. Não falei mais com ele desde então e ainda estou lhe devendo uma visita, que irá demorar ainda mais para ocorrer em razão da pandemia...