domingo, 10 de outubro de 2021

Airsoft




Eu entendo muito pouco a respeito de airsoft. Trata-se de um esporte semelhante ao paintball em que o praticante utiliza armas quase idênticas às reais que disparam bolinhas de plástico por pressão ao invés de munição ou tinta. Os esportistas são divididos em times e o objetivo é derrotar a equipe adversária, seja alvejando os rivais ou surpreendendo-os pelas costas, o que os entusiastas chamam de "render". Nunca tive interesse na modalidade por medo de me machucar mas a categoria gerou algumas histórias divertidas.

Era agosto de 2016. Um amigo da faculdade me convidou para visitar seu novo apartamento. Estava com uma muita má vontade porque havia acabado de perder um parente mas aceitei. Chegando lá, ele e outros colegas começaram a falar a respeito de airsoft.

O tal airsoft não era uma simples brincadeira: era um verdadeiro hobby que demandava investimento e dedicação. Meus amigos adquiriam muitos equipamentos e acessórios para a prática incluindo roupas de proteção, armas, munição (as tais "bolinhas de plástico") e até câmeras para filmar suas performances. Eles utilizavam as filmagens não apenas para se exibir mas também para analisar seus próprios desempenhos e se aperfeiçoar na modalidade.

Eu e outros colegas leigos no assunto entendíamos muito pouco do que era falado. Apenas tentávamos empunhar o equipamento e imaginávamos como seria seu uso nas arenas onde o esporte é praticado. Devo dizer que as armas são verdadeiras réplicas (exceto pela peça alaranjada na extremidade do cano) e são bastante pesadas. Fiquei pensando o esforço que o praticante precisa fazer visto que cada um deles porta pelo menos uma pistola e um rifle.






Meus amigos, em dado momento, pegaram as armas para "brincar". Um deles saiu correndo atrás de outro colega até encurralá-lo na cozinha e tentou atirar. Não presenciei a cena, só ouvi as gargalhadas vindo de lá. O meu amigo, ao tentar disparar, ejetou todas as bolinhas da escopeta e derrubou tudo no chão!

Eu estava filmando a cena mas não consegui registrar o que havia acontecido dentro da cozinha. Só consegui pegar o momento em que meu amigo saiu correndo atrás do outro. Peripécias típicas que apenas o álcool é capaz de proporcionar...

O colegas seguiram praticando o airsoft mas a frequência foi diminuindo a medida em que os amigos foram tomando seus próprios rumos. Alguns se casaram, outros precisaram se dedicar mais ao trabalho e houve aqueles que mudaram de cidade ou de país. A pandemia também serviu para dificultar ainda mais os encontros.

Não tive o interesse em experimentar a modalidade apesar do que presenciei mas cheguei a perguntar se eu não poderia ir junto para assistir a uma sessão. Não lembro os motivos mas nunca consegui marcar um dia. Me disseram na ocasião que eles passavam o dia inteiro na arena, incluindo a hora do almoço, e era necessário levar uma marmita para ficar por lá.

Não perguntei mais aos amigos a respeito do airsoft desde então. A distância e a pandemia provavelmente deve ter impossibilitado a prática. Nunca cheguei a experimentar a modalidade mas, mesmo assim, ela me deixou alguma histórias divertidas como esta que trouxe hoje para o blog!







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