segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Calma com a Garotada, Torcedor!

Imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC



Vários clubes grandes já foram eliminados da Copa São Paulo de Futebol Júnior (ou "Copinha") até o fechamento desta resenha. Fluminense, Atlético Mineiro, Santos, Botafogo, Atlético Paranaense, Ponte Preta e Coritiba já deram adeus à competição.

Eliminações, obviamente, sempre deixam um gosto amargo a todas as partes envolvidas. Torcedores, dirigentes, treinadores e os próprios jogadores sofrem com a decepção de ver um título escapar.

A dor é sempre maior quando falamos de grandes clubes. As instituições sempre querem zelar pelos seus respectivos nomes e manter a reputação que possuem. Não importa se é um torneio adulto ou de juniores, se é um jogo válido ou amistoso. Vencer é sempre "obrigação".

Esquecemo-nos, contudo, que estamos falando de garotos, meninos que ainda estão passando por aprendizado e que sonham integrar o time principal algum dia.

Imaginemos os garotos como os estagiários atuando por uma empresa. Muitos deles ainda não têm vínculo empregatício com as entidades. Precisam passar por treinamento, necessitam de experiência e cometerão muitos erros ao longo do processo. Muitos deles sequer conseguirão ser efetivados devido à grande concorrência e às poucas vagas disponíveis.

É injusto, portanto, cobrar em demasia a garotada, assim como o torcedor protesta quando o time cai na Libertadores. Não podemos exigir títulos ou crucificar os futuros atletas pelas falhas. É necessário paciência e compreensão com os meninos, afinal erros acontecem com mais frequência quando o grupo é inexperiente.

A eliminação precoce, ademais, serve como uma valorosa experiência aos futuros jogadores. Faz parte do processo de amadurecimento lidar com as falhas e com a frustração. A maioria dos melhores profissionais da área farmacêutica que eu conheço tiveram pelo menos uma reprovação na faculdade. Os erros que eles cometeram enquanto eram alunos serviram para que aprendessem a lidar melhor com as negativas.

Não podemos, portanto, nos apegar em demasia à tradição do clube para julgarmos os garotos. Estão todos em campo para aprenderem e se desenvolverem.

Aquele garoto que errou um passe decisivo, um pênalti ou foi expulso de bobeira pode muito bem ser o craque de amanhã depois que amadurecer. Basta que ele aprenda com os erros cometidos e conte com a compreensão de todos.



Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc



BOLA DE OURO OU HOLOFOTE DE OURO?

Messi é o grande favorito para ganhar a Bola de Ouro, o que seria a sua quinta conquista. O pequeno argentino que cresceu na cantera do Barcelona vive hoje o auge de sua carreira e faz toda a diferença em campo. Lamento, porém, que a eleição promovida pela FIFA aparenta escolher os candidatos ao prêmio muito mais pelo apelo midiático do que pelo talento propriamente dito. Não que Messi ou os outros dois candidatos -Cristiano Ronaldo e Neymar- não mereçam, mas muito mais atletas mereciam, ao menos, ter ficado entre os três finalistas. A maioria deles, contudo, peca por ser discreta demais fora das quatro linhas, o que faz com que sejam pouco lembrados pelos eleitores.



PROFESSOR ZIDANE

Ainda é prematuro afirmarmos que Zidane será um bom treinador, afinal nem todos os craques nas quatro linhas mostraram-se craques na prancheta. Zizou, contudo, foi uma aposta mais do que acertada da confusa diretoria do Real Madrid. O francês possui senso de liderança, entende todos os fundamentos com a bola e é profundamente identificado com o clube merengue. A boa estreia do técnico por 5x0 sobre o La Coruña foi bastante animadora.


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