quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Palmeiras: Missão 2016

Imagem extraída de https://www.facebook.com/sePalmeiras/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Dando continuidade à série especial de quatro posts sobre os quatro grandes times paulistas, hoje vamos analisar o Palmeiras, atual campeão da Copa do Brasil.

O Verdão, ao contrário dos outros três grandes do Estado, não passa por dificuldades financeiras graças às verbas injetadas no clube pelo presidente Paulo Nobre e também pela patrocinadora Crefisa. Isto possibilitou que a entidade contratasse muitos jogadores e ainda desfrutasse de sua arena recém-inaugurada, o Allianz Parque.

O que, no entanto, deveria ter sido um ano tranquilo para o Alviverde, acabou sendo uma verdadeira montanha-russa. O time sofreu com os desfalques e com as trocas de treinador.

Não se observava jogo coletivo no Palmeiras. Os jogadores pouco se ajudavam em campo e abusavam da individualidade. Não à toa, a defesa ficava exposta e o ataque pouco produzia.

A decisão da Copa do Brasil foi a salvação do que parecia mais uma temporada desastrosa do Verdão. O time, motivado pelas provocações atribuídas ao Santos, jogou com vontade e conseguiu superar suas fraquezas.

O Palmeiras, se quiser alçar vôos mais altos em 2016, terá de repetir a atitude que teve diante do Peixe naquele jogo, além de trabalhar mais em equipe.



ASPECTOS GERAIS:

SE Palmeiras 4-4-2 football formation
Palmeiras escalado em 4-4-2
(imagem obtida via www.footballuser.com).

O Palmeiras perdeu muitos jogadores importantes ao longo da temporada. Robinho, Cleiton Xavier, Arouca e Gabriel entre eles.

Sem os atletas mencionados, o Verdão perdeu criatividade no meio-de-campo, o que dificultava a transição entre defesa e ataque.

Tal fato evidenciou ainda mais a falta de jogo coletivo da equipe, com os homens de frente voltando pouco para marcar. Os laterais esquerdos Egídio e Zé Roberto que o digam. Os dois sofreram com a falta de cobertura dos pontas.

Nesse cenário, o Palmeiras dependia muito das jogadas velozes de Dudu e Gabriel Jesus, que compensavam um pouco a falta de meias armadores.



DO QUE O TIME PRECISA?

O Palmeiras precisa, antes de mais nada, solucionar o problema das lesões que tanto prejudicaram a equipe em 2015. Se a situação se mantiver, de nada adianta contratar novos técnicos e jogadores: a equipe continuará perdendo atletas para o departamento médico e passará mais uma temporada no sufoco.

Em termo de reforços, o time precisa melhorar os aspectos defensivos. Zagueiros, volantes e laterais seriam bem-vindos.

Acima de tudo, o time precisa atuar de forma mais "compactada". O Verdão sofreria muito menos se houvesse coesão entre defesa, meio-de-campo e ataque.



QUEM SAI?

Lucas (lateral direito), Jackson, Victor Ramos (zagueiros), Amaral e Andrei Girotto (volantes) não devem ficar. O quinteto teve chances de sobra para demonstrar serviço mas deu muito espaço para os rivais atacarem. O goleiro reserva Aranha também deu adeus ao Verdão.



QUEM CHEGA?

Paulo Nobre já providenciou um novo pacotão de reforços para 2016. Chegaram Vágner (goleiro), Roger Carvalho, Edu Dracena (zagueiros), Rodrigo, Régis, Moisés (meio-campistas) e Erik (atacante).



QUEM O TIME DEVERIA SEGURAR?

Um jogador que o Verdão deve se esforçar para manter, a meu ver, é Robinho. O meio-campista não é craque, mas desempenha bem quase todos os fundamentos em campo, é esforçado e pode jogar como armador ou volante. Ele me lembra muito o meia Danilo do Corinthians, outro que não é excepcional mas se destaca pela regularidade em campo.

Seria muito bom manter os wingers argentinos Mouche e Allione. A dupla protege muito mais as laterais do que Rafael Marques e Gabriel Jesus, além de serem muito aplicados em campo e terem experiência em Libertadores. Mouche, porém, não deve ficar já que deseja atuar mais vezes como titular.

Gabriel Jesus deveria ser mantido por mais uma ou duas temporadas. Ele tem chances de disputar os Jogos Olímpicos e ainda vai amadurecer muito em campo. Ou seja, boas chances do garoto se valorizar.

Dudu também deveria ser mantido. É um jogador com grande poder de decisão, veloz e driblador. É o tipo de atleta que o time precisa quando o jogo está "amarrado".



QUEM PODERIA SAIR?

É verdade que dinheiro não é problema para o Palmeiras no momento, mas seria interessante enxugar o elenco. Uma quantidade muito grande de jogadores gera insatisfação e o Verdão precisa ter o vestiário em harmonia se quiser mais troféus.

Quinze jogadores, incluindo titulares, reservas e emprestados já deixaram o clube.

Uma outra ideia seria o treinador Marcelo Oliveira tirar proveito do elenco numeroso e repetir no Palmeiras o que fez no Cruzeiro em 2013 e 2014: o técnico montava "dois times", eventuais desfalques eram pouco sentidos e a equipe apresentou bom desempenho em quase todas as competições que disputou.



VEREDITO:

A chave para o sucesso do Palmeiras em 2016 é tirar proveito do que o time tem a oferecer.

O elenco é numeroso e há muitas boas opções para se montar um time competitivo.

O treinador precisa fazer com que a equipe deixe um pouco as individualidades de lado e faça os atletas trabalharem como um verdadeiro grupo. Isto resolveria os problemas defensivos e atenuaria qualquer falha ou problema individual.

O time, porém, vai demorar um pouco para dar liga. A equipe que jogará esta temporada será muito modificada com relação a 2015 e leva algum tempo para o grupo se entrosar. Muitas batalhas serão perdidas no processo e acredito que o time só vai se acertar lá pela metade do ano.

Graças às muitas opções no elenco, há boas chances do Verdão ganhar o Paulistão mesmo com a Libertadores em paralelo. Mas acredito que as melhores chances de título para o Palmeiras estão no segundo semestre.


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