Doce Ilusão

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc

Acompanhei ontem pela internet mais um triunfo do meu São Paulo no Campeonato Paulista. Os reservas do Tricolor não tiveram nenhuma dificuldade para golear o fraco Marília por 3x0. Pelo nível do adversário, o placar até poderia ter sido mais elástico. O feito deixou o São Paulo muito próximo da classificação para as quartas-de-final do Paulistão e o time do Morumbi engatou uma sequência de três vitórias seguidas na competição. Os são-paulinos, então, deveriam comemorar a boa fase e sair gritando que "o campeão voltou", certo?

Não. Absolutamente não.

Os campeonatos estaduais alimentam a ilusão de que os grandes times estão todos bem, mas basta encontrar um rival de nível que toda a verdade aparece. Não apenas o Campeonato Paulista, mas também todas as competições de outros Estados. Há equipes capazes de surpreender como a Ponte Preta e o América-MG, mas mesmo os times mencionados raramente são páreo para os grandes de seus respectivos Estados e as competições quase sempre terminam polarizadas.

As goleadas que os times grandes aplicam nos pequenos empolgam, mas devem ser comemoradas com prudência e não com euforia. A discrepância entre as equipes grandes e pequenas é imensa. Basta ver os estádios dos clubes considerados coadjuvantes nos estaduais: arquibancadas pequenas, gramados ruins e acesso difícil. Há, inclusive, clubes que sequer possuem estádio. Nem dá para comparar com os luxuosos Morumbi ou Allianz Parque, pertencentes a entidades com imenso poder aquisitivo. Se os clubes pequenos mal possuem recursos para manterem um estádio, o mesmo vale para os elencos.

Como já não bastasse o nível técnico ruim dos estaduais, os times grandes acabam contaminados pela burocracia dos adversários. O mesmo São Paulo, por exemplo, havia vencido Ponte Preta e São Bento há algumas semanas atrás precisando suar a camisa e jogando um futebol totalmente burocrático. Timão, Verdão e Peixe também vêm jogando sem convencer diante dos pequenos e vencendo por placares magros. Será que os times grandes estão deliberadamente se poupando, ou será que se permitiram nivelar por baixo diante de rivais tão fracos?

Sempre defendo que um time grande precisa fazer valer sua tradição. Quando o rival é fraco, o negócio é meter gols sem piedade e não deixar o adversário sequer tocar na bola. É desta forma que as equipes conquistam tradição, respeito e, claro, resultados.

Como o nível técnico dos estaduais não vai melhorar a curto prazo, gostaria de ver, ao menos, as grandes equipes dando show, com goleadas, dribles, posse de bola e muito futebol bonito. Mas, pelo que estou vendo, isto não vai acontecer da noite para o dia e muitos clubes grandes vão continuar enganando nas competições. Pelo menos, até encontrarem adversários de verdade pelo caminho.

Em tempo: o que escrevi aqui não significa que um clube que vence vários adversários fracos e perde de um forte esteja em crise. Crise é quando a entidade acumula uma sequência de resultados ruins.

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc

IMAGINA SE FOSSE NA COPA

Choveu muito ontem no Rio de Janeiro, o que acabou sobrecarregando o sistema de drenagem no Maracanã, causando a inundação do gramado. Com isso, o campo ficou sem condições de jogo e a partida entre Flamengo e Vasco teve de ser suspensa por alguns instantes. Menos mal que o ocorrido foi durante o Campeonato Carioca e não em meio à Copa do Mundo, ou teríamos passado um vexame muito maior que o 7x1 diante da Alemanha.



ABRAM ALAS

Imagem extraída do Facebook oficial do Barcelona-
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Com gols de Suárez (foto acima) e de Mathieu, o Barcelona derrotou o grande rival Real Madrid no Camp Nou, abriu quatro pontos na liderança e deu um grande passo em direção a mais um título no Campeonato Espanhol. Sem James Rodríguez, o treinador Carlo Ancelotti foi obrigado a mudar seu 4-4-2 para 4-3-3/4-2-3-1 com Ronaldo e Bale abertos pelas pontas e a equipe merengue não conseguiu segurar o rival blaugrana. O resultado dá confiança e tranquilidade ao Barça, enquanto o Real vê aquele princípio de crise voltar a assombrar o clube merengue.



POTRO OU ZEBRA?

O Bayern München tinha o cenário perfeito para assegurar em definitivo a Salva de Prata na temporada: iria receber o terceiro colocado, Borussia Mönchengladbach, e poderia abrir treze pontos em relação ao vice-líder, Wolfsburg. O time de vermelho, contudo, foi surpreendido pela boa atuação do meia-atacante Raffael, autor dos dois gols da partida, e acabou derrotado em plena Allianz Arena pelo Mönchengladbach. A derrota não prejudica a boa campanha do Bayern, que está dez pontos à frente do Wolfsburg, mas joga um balde de água fria na boa fase do time bávaro.