quarta-feira, 25 de março de 2015

A Espanha Voltará a Ser a de Sempre

Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeFutbol



Quando uma geração de atletas é campeã, é muito difícil abrir mão dos jogadores que fizeram parte dela, sobretudo quando o grupo conquista mais do que um título. A geração de Casillas, Xavi, Iniesta, Torres e Villa faturou a Euro 2008, a Copa do Mundo de 2010 e voltou a vencer a Euro em 2012. Foi uma geração que marcou época com seu futebol que combinava beleza e eficiência.

Os mencionados jogadores, contudo, estavam envelhecendo e o Tiki-Taka estava se tornando previsível. Os adversários, com o passar dos anos, encontraram e exploraram as fraquezas do esquema adotado por Luis Aragonés e Vicente Del Bosque. Era necessário renovar o elenco e também modernizar o esquema de jogo para cobrir suas fraquezas.

A Espanha, felizmente, não abandonou totalmente a fórmula que a consagrou entre 2008 a 2012 e continuou investindo nas categorias de base. Muitos garotos talentosos continuaram a serem revelados nas categorias de base dos maiores clubes do país, como Koke, Daniel Carvajal, Munir El Haddadi, Paco Alcácer, entre outros. Tudo que o treinador Vicente Del Bosque precisava fazer é a transição entre o velho e o novo, permitindo que veteranos e novatos trocassem alguns passes e experiências em campo.

A atual Furia ainda conta com muitos atletas daquela geração que faturou o único troféu da Espanha em Copas do Mundo. Muitos jogadores daquele grupo ainda têm lenha para queimar e, provavelmente, estarão em condições de disputar a próxima Copa. São os casos de Sergio Ramos, Piqué, Busquets, Fàbregas e Juan Mata.

Penso que Vicente Del Bosque pode fazer a transição da atual geração para a próxima das seguintes maneiras:



Espanha no 4-2-3-1/4-1-4-1 dependendo da posição de Fàbregas (à esquerda) e no 4-4-2 (direita):
em ambos os casos, a base campeã ficaria mantida, mas já introduzindo alguns jogadores mais
 jovens que se destacaram nas últimas temporadas (obtido via footballuser.com).



A Espanha terá muito menos tempo e oportunidades para introduzir e testar mudanças em suas equipes quando comparado aos times sul-americanos. As seleções europeias têm de disputar as eliminatórias para a Euro 2016 (a ser disputada na França) e depois terá de passar por uma outra bateria de jogos em busca de uma vaga para a Copa de 2018 (a ser realizada na Rússia). Os testes, portanto, terão de ser feitos nos poucos amistosos disponíveis ou nos jogos considerados "mais fáceis".

Há jogadores muito bons para suceder Xavi, Torres, Villa e os outros. A transição e posterior renovação serão tarefas árduas. Basta ver como a Alemanha vem tendo dificuldades para repor as aposentadorias de Klose, Lahm e Mertesacker. É sempre difícil desapegar de uma geração que venceu tudo e que marcou época pelo belo futebol praticado.

O próximo "teste" será na sexta-feira contra a modesta Ucrânia, em partida válida pelas Eliminatórias da Euro 2016. Quem sabe o treinador Vicente Del Bosque não tenha preparado uma boa surpresa para os fãs do futebol-arte.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/SeFutbol



RALA MADRID

Não é só no Brasil que torcedor metido a valentão tem a estúpida ideia de ameaçar jogador. Um grupo de torcedores do Real Madrid -se é que podemos chamá-los assim- resolveu intimar o winger Gareth Bale e o atacante Jesé Rodríguez. Os jogadores foram insultados e tiveram seus carros danificados pelos valentões. Tudo porque o Real perdeu para o maior rival, Barcelona, no último domingo. O zagueiro Sergio Ramos interveio em favor dos companheiros e deu uma dura nos torcedores. Mais: um dos valentões, que era sócio do clube, foi suspenso por sua atitude lamentável. Como dizia aquela antiga propaganda: "Futebol é arte e violência é crime". Torcedor não tem o direito de intimidar jogador, quanto mais agredir ou danificar o patrimônio alheio.



ACORDA, LUIZOMAR!

A vitória ontem do Molico Nestlé sobre o Pinheiros por 3x2 sets valeu a classificação do time de Osasco para mais uma semifinal na Superliga. O desempenho da equipe, contudo não foi bom, com o time estando com o set na mão várias vezes e deixando o Pinheiros encostar. Dessa forma, o Molico perdeu o terceiro set de virada e quase perdeu o tie-break também. O treinador Luizomar de Moura teve grande parcela de responsabilidade novamente, uma vez que não mexeu na equipe quando precisou (a ponteira Gabi, por exemplo, estava errando muito em quadra e, mesmo assim, o técnico insistiu com ela). Ou o treinador aprende com os seus erros, ou então procura outro clube para comandar.


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