quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O Bayern Tem que Ser Bayern, E Não Barcelona!

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern/



Sempre fui fã do treinador Josep "Pep" Guardiola. Aprecio a maneira como ele revolucionou o futebol no Barcelona aproveitando os conhecimentos adquiridos com o grande Johan Cruyff, seu treinador no próprio Barça durante os anos oitenta.

O que Guardiola vem fazendo no Bayern, contudo, é algo discutível. Desde a vinda do treinador catalão, vários jogadores importantes do clube foram embora, atletas atuam fora de suas posições habituais e o estilo de jogo mudou. Continua agradável de de ver, mas muitos dos atletas visivelmente não se sentem à vontade com o Tiki-Taka.

Assisti ao primeiro tempo do jogo entre Bayern e Wolfsburg, válido pela sexta rodada do Campeonato Alemão, e vi um mandante burocrático, que tinha a bola o tempo todo mas incapaz de transformar esta posse em chances de gol. Faltou uma referência na área para arrematar as jogadas criadas.

A marcação bem executada do Wolfsburg tirou os espaços do Bayern e ainda permitiu que seus três meias (Caligiuri, Kruse e Draxler) encontrassem espaço na fraca zaga dos bávaros.

Guardiola havia inventado o lateral Alaba na zaga, quando sua característica é justamente a ofensividade. Bernat e Thiago Alcântara se revezavam na lateral esquerda, mas nenhum deles encontrava o veloz Caligiuri, que abriu o placar para os Lobos na Allianz Arena.

O Bayern se via pressionado pelos visitantes e foi para o vestiário sem esboçar reação. O que Guardiola deveria fazer para virar este jogo?



Bayern no 4-1-4-1 contra Wolfsburg no 4-4-2/4-2-3-1: o time da
casa não consegue concluir as jogadas criadas e ainda sofre com
a pressão visitante, principalmente com Caligiuri pelo lado
esquerdo na defesa onde Thiago e Bernat não se encontravam
(imagem obtida via this11.com).



Guardiola trocou Thiago Alcântara por Javi Martínez e Bernat por Lewandowski. O Bayern passou a jogar como na temporada 2012-13, com mais jogadas individuais, velocidade e bolas altas. Os dois pontas -Douglas Costa e Götze- subiam com velocidade e cruzavam bolas para o polonês arrematar. Quase como o trio Ribéry, Robben e Mandžukić.



Os dois times no 4-2-3-1: as jogadas em velocidade e as bolas
altas para Lewandowski culminaram na virada para os donos
da casa, levando o placar para 5x1. Pobre Benaglio
(imagem obtida via this11.com)...



Guardiola, por experiência própria, agora conhece a eficiência do futebol que caracterizou o Bayern no passado. É obvio que os times precisam sofrer mudanças ou acabam parando no tempo e se tornando ultrapassados. Mas os treinadores também precisam ter humildade e aprender com os times que comandam.

O treinador catalão, por sinal, ficou muito impressionado com o desempenho de sua equipe após as mudanças no segundo tempo. Será que o jogo vertical do Bayern voltará a ser adotado?



Imagem extraída de https://www.facebook.com/uefachampionsleague


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