segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sem Certeza e Sem Apoio

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



As Eliminatórias da Copa 2018 terão início no próximo mês, mais precisamente no dia 8 de outubro. O Brasil, ao contrário de 2014 quando foi o país-sede, não terá a sua vaga assegurada no Mundial desta vez e terá de buscar a sua classificação.

O cenário para este ciclo, contudo, é bastante desanimador. Há muita desconfiança com relação ao desempenho do Brasil nas Eliminatórias. Muitos cogitam que nossa Seleção tenha de buscar a sua vaga na repescagem ou, até mesmo, que o Escrete Canarinho não consiga carimbar seu passaporte para a Rússia.

Toda essa falta de credibilidade com relação à nossa Seleção se deve aos seguintes fatores:


1- Os 7x1 para a Alemanha: ao contrário do que muitos imaginavam, a goleada sofrida em casa para a Mannschaft no último mundial não foi esquecida e, tampouco, superada. Aquela derrota manchou o nome da Seleção Brasileira ao ponto do técnico Dunga admitir que o time ainda sente os efeitos do "Mineirazo".


2- Qualidade do Futebol: o futebol que praticamos está muito ruim. Estamos revelando poucos craques, optando pela raça em detrimento à técnica, buscando apenas resultados a curto prazo e não estamos mais empolgando em campo.


3- Falta de Identificação do Jogador com o Torcedor: a maioria dos jogadores convocados atua na Europa. O futebol, no entanto, é um esporte popular e nem todos os espectadores têm condição de assinar internet rápida, tevê à cabo ou via satélite para acompanhar os campeonatos europeus. O resultado disso é que a maioria dos atletas é desconhecida por boa parte do público daqui. Isso sem falar que os jogos da Seleção não têm sido realizados em território nacional, o que afasta ainda mais o jogador do torcedor.


4- CBF: acusações de corrupção, problemas na arbitragem, calendário ruim, ... Todos estes fatores têm interferido em nosso futebol como um todo, incluindo a Seleção. E isto também faz com que a opinião pública se volte contra o nosso selecionado.


5- Neymar: o último amistoso contra os Estados Unidos deixou bastante evidente que a Seleção com Neymar é uma coisa, e sem o craque, é outra. A dependência do atacante é absurda ao ponto do Brasil não jogar praticamente nada sem ele. E vale lembrar que o camisa 10 não joga as duas primeiras partidas das Eliminatórias.


6- Nível Técnico dos Rivais: Argentina, Chile, Uruguai e Colômbia possuem bons elencos à disposição, jogam bem e são francos favoritos a irem à Rússia. Não obstante, Paraguai (que nos eliminou nas duas últimas edições da Copa América) e Peru (vem dando trabalho aos rivais apesar de suas limitações) têm potencial para surpreenderem. Como os rivais aprimoraram seu futebol nos últimos anos, o torcedor fica ainda mais preocupado com relação ao desempenho do Brasil nas Eliminatórias.


7- Amistoso X Campeonato: muitos espectadores não se deixam mais empolgar com o desempenho do Brasil nos amistosos. Quando a partida tem algo em disputa, nossa Seleção visivelmente sente o peso da responsabilidade e não se sente à vontade em campo.


8- Imprensa: os comentaristas sempre divergem com relação aos motivos, mas todos concordam que o Brasil não terá vida fácil nas Eliminatórias. E isto também influencia a opinião do espectador.


O Brasil, obviamente, ainda tem muito tempo para melhorar neste ciclo. São mais três anos até o próximo Mundial e ainda teremos os Jogos Olímpicos em 2016 onde algumas promessas poderão ser testadas. Mas é consenso de que nossa Seleção não vai navegar em águas tranquilas até a Rússia. E o apoio do torcedor, que sempre foi um dos diferencial em nosso futebol, desta vez não será incondicional.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



BRASILEIRÃO

Corinthians e Palmeiras fizeram a lição de casa, conseguindo três pontinhos cada diante de rivais teoricamente mais fracos (Joinville e Figueirense, respectivamente). O Timão se sustenta na liderança e o Verdão volta a sonhar com uma vaga na Libertadores -título vai ser difícil. O São Paulo, depois de ser goleado pelo Santos, demonstrou já ter superado a derrota de quarta e venceu o Grêmio -rival direto por vaga na Libertadores- em plena Arena do Grêmio por 2x1. A frágil defesa Tricolor conseguiu abafar a pressão gremista e os paulistas souberam ser eficientes no contra-ataque. Tudo isso sem abrir mão da posse de bola. Só faltou ao Soberano errar menos passes. O Peixe, por fim, deu vexame em Campinas ao perder por 3x1 para a apenas esforçada Ponte Preta. Não vi a partida, mas acredito que o time sentiu a sequencia de jogos.



DIABO MECÂNICO

Assisti ao eletrizante clássico entre Manchester United e Liverpool, realizado no sábado em Old Trafford. A dinâmica equipe comandada por Louis Van Gaal se movimentou, trocou passes, pressionou e goleou o grande rival pelo incontestável placar de 3x1. Já o covarde time comandado por Brendan Rodgers só ficou se defendendo e jogou um futebol indigno do investimento feito no elenco. Nesse ritmo, os Red Devils poderão almejar por algo maior do que a vaga na Champions League enquanto os Reds vão amargar mais uma temporada com, no máximo, uma vaguinha na Europa League.



SOBE E DESCE

A Internazionale venceu o arquirrival Milan com um gol de Fredy Guarín, mantendo a liderança e os 100% de aproveitamento na Serie A. Os Nerazzurri, aliás, fazem um grande começo de temporada e demonstram que superaram bem as perdas dos meio-campistas Hernanes e Kovačić. Quem sabe a Inter não retome seus dias de glória e volte a brigar por títulos, algo que não acontece desde a temporada 2009-10. Já a Juventus não passou de um empate em casa contra o Chievo e está na modesta 16ª posição com apenas um ponto conquistado em três jogos disputados. É apenas começo de temporada, mas é bom a Vecchia Signora se levantar logo, pois haverá rodada da Champions League nesta semana.


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