terça-feira, 8 de setembro de 2015

Para que Servem os Amistosos?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



Olá, queridos leitores e leitoras!

O blog passou um tempo sem atualização em decorrência do feriado! Tirei alguns dias para viajar e outros para resolver alguns problemas!


O jornalista Vitor Sergio Rodrigues, do canal Esporte Interativo, publicou na semana passada a seguinte frase em seu perfil do Facebook:

"Amistoso é para testar! Aqui na CBF, amistoso é para segurar emprego".

O comentarista utilizou, ainda, a Alemanha como exemplo, demonstrando que a Mannschaft apresenta um desempenho apenas modesto nesse tipo de partida, mas quando o jogo é pra valer, o aproveitamento da Nationalelf é muito melhor.

É fato que o Brasil se apega demais com relação ao desempenho de sua Seleção em partidas amistosas. Muitos até acreditavam que estávamos voltando ao "caminho certo" quando Dunga atingiu a marca de dez vitórias em dez jogos amistosos disputados desde o seu retorno ao Escrete Canarinho.

A verdade, contudo, veio à tona durante a Copa América, com o Brasil visivelmente ansioso e sentindo o peso da responsabilidade de se jogar uma partida em que um título estava em jogo. Não fizemos nenhuma boa partida a despeito de estarmos enfrentando rivais tecnicamente mais fracos e ainda jogamos um futebol tão burocrático quanto o do antecessor Felipão. Será que realmente estávamos no "caminho certo"?

O Brasil, não obstante, apresentou poucas mudanças no elenco com relação ao antecessor, além de convocar muitos jogadores que dificilmente terão condições físicas para atuar em 2018 (ano da próxima Copa do Mundo) em decorrência da idade, como Kaká, Jefferson e Fernandinho. Por que não dar quilometragem a mais atletas jovens, uma vez que não há títulos ou vagas em jogo por enquanto? É claro que a garotada vai cometer alguns erros e, talvez, até percamos algumas partidas no processo. Mas é dessa forma que o menino vai ganhando confiança e amadurecendo até se tornar um grande jogador.

Alguém aí sabe quem é Jonas Hector? Eu também não o conhecia, mas o treinador Joachim Löw o levou para enfrentar a Escócia durante as Eliminatórias de Euro 2016. O lateral do Köln (ou "Colônia") cometeu alguns erros em campo, mas o comandante o manteve até o final da partida. O técnico sabe que o defensor tem potencial e também que é necessário renovar sua equipe, afinal Philipp Lahm já se aposentou pela Alemanha e o time não pode se tornar refém de uma geração de jogadores.

O treinador brasileiro até poderia se dar ao luxo de ousar e  experimentar, mas Dunga precisa dos resultados a curto prazo. A cobrança já era grande após o vexame na última Copa do Mundo e se tornou ainda maior com o desempenho pífio na Copa América.

O nosso futebol paga o preço por nossa cultura imediatista e vamos nos iludindo com essas vitórias conquistadas graças aos elencos envelhecidos escalados em esquemas conservadores.

Quando o jogo é pra valer, o time sente a falta de preparo e acaba pagando o preço. Disputamos as Copas de 2006, de 2010 e de 2014 com muitos jogadores trintões e muitos deles visivelmente não tinham pernas para disputar uma bola com jovens no auge de suas formas físicas.

As sábias palavras de Vitor Sergio Rodrigues fazem todo o sentido, mas são ignoradas em nome do imediatismo do brasileiro.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/CBF/



UM CLÁSSICO COMO HÁ MUITO NÃO SE VIA

Fazia algum tempo que não assistia a um clássico tão empolgante como esse Palmeiras X Corinthians, que terminou em um empate por 3x3. Os últimos bons clássicos que eu vi foram Santos X Palmeiras no Paulistão de 2010 (que terminou em 4x3 para o Verdão) e Palmeiras X São Paulo no Paulistão de 2012 (que terminou em 3x3). O medo dos treinadores de perderem seus empregos faz com que os times entrem em campo sem um pingo de ousadia e os jogos são quase todos monótonos ou com placares magros. Felizmente, as duas equipes entraram em campo em busca da vitória e, em consequência disto, tivemos muitos gols na partida. Que venham mais jogos como este.



ARBITRAGEM

Como escreveu o jornalista Luiz Antônio Prósperi em 2012 no extinto Jornal da Tarde, os constantemente referidos erros de arbitragem não tiram o brilho de equipe alguma, mas deixam algumas manchas.


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