quarta-feira, 7 de julho de 2021

Classificação Manchada

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020



A Inglaterra está na final da Eurocopa em 2021 após bater na trave nas edições de 1968 e de 1996 quando parou nas semifinais. A classificação, porém, veio graças a um lance polêmico, um pênalti que foi classificado como "duvido" e "inexistente" pelos jornalistas. E eu também acho que não houve falta após assistir aos replays e ao vídeo do VAR.

O English Team manteve o 4-2-3-1 das partidas anteriores. A Inglaterra até ensaiou uma pressão inicial e tratou de congestionar as laterais onde os dinamarqueses vinham criando suas principais jogadas. A Dinamarca, em 3-4-3, foi tomando as rédeas do jogo, seja no toque de bola, seja na imposição física.

Os Rød-Hvide dominaram amplamente o primeiro tempo e abriram o placar com um gol de falta -o primeiro desta Eurocopa- com Damsgaard. A Inglaterra respondeu com jogadas individuais com Sterling pela esquerda e Saka pela direita. O jogador do Arsenal cruzou uma bola para o do City empatar e o zagueiro Kjær acabou fazendo gol contra no lance. 1x1.



Dinamarca, em 3-4-3, adianta as suas linhas e encurrala os ingleses.
Inglaterra, em 4-2-3-1, responde com as jogadas individuais de
Sterling e Saka pelas pontas (imagem obtida via this11.com).



A Dinamarca foi se cansando ao longo do segundo tempo, o que foi a senha para a Inglaterra tomar as rédeas do jogo. Gareth Southgate trocou Saka por Grealish novamente, algo que discordei visto que o camisa 25 estava bem no jogo desta vez. Sterling foi para a ponta esquerda e passou a jogar às costas de Mæhle.

O desgaste dos Rød-Hvide era evidente e vários jogadores dinamarqueses passaram a desabar em campo. O treinador Kasper Hjulmand foi obrigado a queimar várias alterações durante a segunda etapa e a Dinamarca visivelmente passou a jogar pela prorrogação ao invés de buscar o desempate.

Sterling, já na prorrogação, caiu na área de Schmeichel após dividida com Mæhle e Vestergaard. Os replays da televisão e o vídeo do VAR não aparentavam nada ilegal mas o árbitro manteve o pênalti para a Inglaterra. O goleiro até conseguiu defender a cobrança de Kane mas o atacante conseguiu pegar o rebote para classificar os Three Lions.

A Dinamarca foi para o desespero tirando o zagueiro Vertergaard e colocando o atacante Wind. A Inglaterra respondeu tirando Grealish, colocando o lateral Trippier e restituindo o 3-4-3 que usara diante da Alemanha para segurar a partida.



Inglaterra passa a apertar com Sterling pela esquerda e Kane
circulando e abrindo espaços próximo à área de Schmeichel.
Dinamarca se encolhe em 5-4-1 e tenta contra-atacar com
Yurary, mas o atacante não consegue passar pela marcação
inglesa (imagem obtida via this11.com).



Inglaterra está na final com méritos mas o pênalti inexistente mancha a classificação. Dinamarca faz grande campanha mas a parte física cobrou seu preço nesta reta final, além de ter sido prejudicada pela arbitragem.

Dei uma olhada nas redes sociais antes de escrever o texto e há uma revolta generalizada com o pênalti duvidoso em Sterling. O VAR surgiu justamente para acabar com os erros da arbitragem mas ficou evidente que o método ainda apresenta limitações e a sua aplicação ainda é falha em alguns pontos.

A Inglaterra merece estar na final. Nem tanto pelo inconstante futebol apresentado até o momento mas pela ótima geração que tem à disposição. A arbitragem, contudo, conseguiu manchar uma ocasião histórica para o esporte europeu e os ingleses disputarão a decisão sob enorme desconfiança.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020




Nenhum comentário:

Postar um comentário