sábado, 3 de julho de 2021

Dinamáquina

Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020



A Dinamarca está nas semifinais da Euro 2020 -que eu chamo de "Euro 2021". Os Rød-Hvide impuseram seu ritmo e superaram a esforçada República Checa, que lutou até o último minuto mas a superioridade do elenco dinamarquês prevaleceu.

O treinador Kasper Hjulmand manteve o 3-4-3, a marcação alta e as triangulações pelas laterais. A República Checa, por sua vez, entrou em 4-2-3-1 e procurou jogar nos erros dinamarqueses, embora também subissem suas linhas em vários momentos da partida.

Os Rød-Hvide começaram a partida a todo vapor e queriam decidir o jogo o quanto antes. Logo no início, Delaney, em lance de bola parada, abriu o placar para a Dinamarca. A equipe nórdica não aliviou mesmo após o gol e continuou a pressão em busca do segundo, que sairia com Dolberg após cruzamento de Mæhle. Os checos praticamente não conseguiram jogar durante o primeiro tempo.



Dinamarca, em 3-4-3, adianta as linhas para pressionar a saída de
bola checa e cria as melhores chances triangulando pelos lados, 
principalmente pela esquerda com Mæhle. República Checa
passa todo o primeiro tempo imobilizada em 4-2-3-1 devido à
marcação alta dos rivais (imagem obtida via this11.com).



O treinador Jaroslav Šilhavý troca Holeš e Masopust por Jankto e Krmenčík durante o intervalo. Com isso, a República Checa consegue prender a bola no campo de ataque e ainda conta com a imposição física do camisa 11, que abre o espaço que Schick precisava para diminuir o placar e ainda alcançar Ronaldo na artilharia com 5 gols cada um.

A Dinamarca, aparentemente cansada da intensidade do primeiro tempo, diminuiu o ritmo mas contou com a velocidade de Yurary nos contra-ataques e também na recomposição. Foi o camisa 20 quem criou as melhores chances para os Rød-Hvide durante o segundo tempo.

Vários jogadores importantes dos dois lados, porém, sentiram o ritmo do jogo, isso sem mencionar alguns que bateram a cabeça, como o meia Souček da República Checa.

Os checos tentavam adiantar as linhas ou cavavam lances de bola parada próximos ao gol de Schmeichel, mas não conseguiam vencer o arqueiro dinamarquês. Yurary tentava contra-atacar pela Dinamarca, mas os Rød-Hvide chegavam com poucos homens e não havia muitas opções para tabelar.



República Checa, em 4-4-2, consegue chegar na imposição física com
Krmenčík ou nas bolas paradas, mas o goleiro Schmeichel consegue
salvar os dinamarqueses. Dinamarca se segura em 3-5-2 e contra-
ataca com Yurary (imagem obtida via this11.com).



Dinamarca se classifica por ter um elenco superior, melhor jogo coletivo e por conseguir se impor fisicamente. República Checa se despede por chegar ao seu limite. Os checos, em um misto de sorte com esforço, fizeram uma campanha muito além das expectativas (eu acreditava que cairiam já na fase de grupos) e só não foram mais longe devido às próprias limitações. Merecem ser ovacionados por uma exibição tão surpreendente.

Os Rød-Hvide fazem uma campanha de recuperação surpreendente. Perderam um de seus principais jogadores já na primeira rodada (Eriksen, que sofreu um ataque cardíaco) e se classificaram na bacia das almas -estavam zerados diante da Rússia na última rodada da fase de grupos e ainda dependiam de outros resultados para chegar ao mata-mata.

A Dinamarca, unindo talento, força física, jogo coletivo e motivação; revive seus tempos de "Dinamáquina" quando encantaram o mundo com um futebol bonito e eficiente. Será difícil repetir a campanha de 1992 quando ficaram com o troféu mas, para quem superou tantas adversidades até aqui, não parece impossível...



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020

 


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