sexta-feira, 2 de julho de 2021

La Vittoria È Bianca

Imagem extraída de www.facebook.com/NazionaleCalcio



Deu Azzurra (ou seria Bianca pelo fato de terem jogado com o uniforme nº2?) no duelo entre os talentos individuais da Bélgica e a força coletiva da Itália. Os italianos, com um time mais equilibrado, souberam explorar as fraquezas belgas e estão nas semifinais.

A Bélgica foi obrigada a atuar sem Eden Hazard, cortado por lesão -o atacante Jérémy Doku entrou em seu lugar. Os Diables Rouges foram a campo em 3-4-3/3-5-2 com De Bruyne ora atuando como atacante esquerdo, ora recuando para o meio-de-campo para servir os atacantes.

A Itália manteve o 4-3-3 com mais uma chance para Verratti no lugar de Locatelli e com Chiesa atuando no lado direito do ataque no lugar de Berardi.

A Azzurra tratou de explorar a principal fraqueza dos belgas que era justamente a insegura zaga. Os italianos adiantaram linhas, dificultando a saída de bola e obrigando os Diables Rouges a tentar os chutões.

A Bélgica foi obrigada a jogar nos contra-ataques. Os laterais Meunier e Thorgan Hazard tiveram menos espaço, mas Doku pela direita e De Bruyne (revezando com Lukaku pela esquerda) conseguiam criar algumas chances para os Diables Rouges.

A Itália conseguiu colocar uma bola na rede com Chiellini em cobrança de falta, mas o zagueiro foi flagrado em impedimento. Aos 30 minutos, a marcação alta da Azzurra força um erro de Vertonghen e Barella abre o placar para os italianos. Dez minutos depois, Insigne, em um chutaço de fora da área, aumenta. Ainda houve tempo para Lukaku descontar de pênalti no final do primeiro tempo.



Itália, em 4-3-3, asfixia a frágil defesa belga com linhas altas.
Bélgica, em 3-4-3/3-5-2 (com De Bruyne alternando as funções
de atacante e meia) tenta contra-atacar pelas pontas mas a
recomposição italiana tira os espaços (imagem obtida via this11.com).



A Bélgica até consegue equilibrar um pouco a partida durante o segundo tempo, em especial pela direita com as jogadas individuais de Doku mas os Diables Rouges não conseguem furar a defesa italiana. A Itália diminui um pouco o ritmo e recua, mas ainda consegue dificultar a saída de bola belga.

Ambos os times passam a sofrer com muitas lesões ao longo do segundo tempo. Vários jogadores caem no gramado pedindo atendimento ou substituição. A temperatura da partida também sobe com mais faltas e alguns princípios de confusão, mas a arbitragem consegue controlar.



Bélgica, em 3-4-3, vai para o "tudo ou nada" e tenta forçar jogadas
pela direita com Doku. Itália "fecha a casinha" mas ainda mantém
a estratégia de tirar os espaços dos belgas (imagem obtida via this11.com).



Itália está nas semifinais com méritos. A geração atual une a eficiência com um futebol empolgante. E ainda mantém a invencibilidade que dura desde 2019. Bélgica se despede da Eurocopa prejudicada pelas lesões e também por ter menos opções no banco de reservas. O treinador Roberto Martínez terá de buscar alternativas atuar sem suas estrelas -hoje apenas Eden Hazard não entrou mas ele poderia ter feito a diferença. E terá de fazer isto o quanto antes, afinal Courtois, De Bruyne e o próprio Hazard já estão na faixa dos 30 anos e devem começar a sentir o peso da idade a partir do próximo ciclo. A conferir.

A Azzurra (ou seria Bianca?) se candidata ao título ao derrotar um adversário tão forte. O treinador Roberto Mancini, porém, terá de controlar a euforia de seus comandados, afinal o elenco ainda é predominantemente jovem e há o risco de se perder o foco após uma vitória tão grandiosa. A poderosa Espanha está no caminho e adversários fortíssimos estarão em uma eventual final.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020




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