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Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2020 |
A Suíça é bastante conhecida pelos seus relógios, bancos e chocolates. Nesta Eurocopa, também estava se notabilizando pelo seu futebol de pouca técnica ou talento mas de muito coração e garra. Já haviam surpreendido a poderosa França nas oitavas-de-final, lutaram até o final contra a Espanha mas a campanha histórica terminou diante da Furia nos pênaltis.
A Suíça, sem o capitão Xhaka disponível para dar proteção à zaga, mudou o esquema de 3-4-3 para 4-2-3-1 com Shaqiri, Embolo e Zuber trocando de posições na linha mais ofensiva do meio-de-campo. A Espanha repetiu o 4-3-3 adotado em partidas anteriores.
A Espanha abriu o placar bem cedo, com um chute de Jordi Alba que desviou no volante Zakaria. A Furia, com vantagem no placar, voltou a seu modus operandi de trocar passes para manter a posse da bola e, eventualmente, aproveitar algum espaço deixado pelos desesperados suíços.
A Suíça precisou sair mais para o jogo mas não teve tranquilidade nem organização para buscar o ataque. Deu azar em perder Breel Embolo ainda no primeiro tempo -substituído por Vargas. A Svizzera terminou a primeira etapa quase sem incomodar Simón.
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Espanha, em 4-3-3, adianta linhas, troca passes e tenta se infiltrar pelos lados. Suíça, em 4-2-3-1, tenta responder com os três meias trocando de posição, mas não conseguem se infiltrar na zaga espanhola (imagem obtida via this11.com). |
A Espanha é obrigada a trocar Morata e Sarabia por Gerard e Olmo no início do segundo tempo. A Suíça adianta suas linhas e consegue o empate após uma trapalhada entre Pau Torres e Laporte pela esquerda, permitindo que Freuler acione Shaqiri.
A Svizzera, porém, sofre um duro golpe com a expulsão de Freuler e a Suíça é obrigada a jogar com um homem a menos. A Espanha adianta suas linhas e pressiona, mas o goleiro Yann Sommer consegue dar sobrevida aos suíços. O treinador Luis Enrique poderia ser mais ousado para aproveitar a vantagem numérica e colocar mais um meia ou mais um atacante no lugar de um dos zagueiros ou do volante Busquets, mas foi conservador nas substituições.
O jogo acaba indo para prorrogação e pênaltis. A Suíça, que havia sido brilhante nas penalidades contra a França, desperdiça três cobranças. A Espanha, por sua vez, perde duas batidas e converte as outras três. E a Furia está nas semifinais.
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Espanha, em 4-2-3-1 e com vantagem numérica, até consegue se infiltrar na defesa suíça, mas o goleiro Sommer opera verdadeiros milagres (imagem obtida via this11.com). |
Espanha avança mas faltou ousadia por parte do treinador Luis Enrique. A Furia deveria aproveitar a vantagem numérica, realizar substituições mais arrojadas e "matar" o jogo o quanto antes -algo que ele deveria ter aprendido após o jogo contra a Croácia. A Suíça se despede da Eurocopa realizando campanha histórica. Deram azar com a expulsão de Freuler e com os pênaltis perdidos mas a Svizzera deixa a competição sob aplausos.
Valeu a fibra e a determinação dos suíços mas prevaleceu o favoritismo da Espanha. A campanha da Svizzera não terminou com o título mas esta geração já tem um lugar no coração do torcedor. Agora a Suíça será reverenciada também pelo seu futebol, além dos tradicionais relógios, bancos e chocolates.
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