quinta-feira, 14 de maio de 2015

O Velho Ancelotti

Imagem extraída do Facebook oficial do Real Madrid- https://www.facebook.com/RealMadrid



O Real precisava vencer a Juventus por apenas 1x0. Pressionou por todos os lados com Bale, Benzema, Ronaldo e James. Contava com o mando da partida e com o apoio de sua torcida.

A Juventus, esperava eu, entraria com o esquema de três zagueiros para encaixar o quarteto ofensivo merengue. Optou por manter apenas Bonucci e Chiellini marcando o rival com duas linhas de quatro, usando os volantes Vidal e Pogba como wingers.

De tanto insistir, o Real conseguiu um pênalti (considerado duvidoso) de Chiellini em James Rodríguez. Ronaldo converteu, colocou temporariamente o time da casa na final e jogou a pressão para o outro lado.



As duas linhas de quatro não eram a maneira apropriada de
segurar o quarteto ofensivo do Real. Ronaldo, Benzema, Bale e
James Rodríguez eram, individualmente, muito superiores aos
seus marcadores e o gol merengue era apenas questão de
tempo (obtido via this11.com).



Esperava que, com a vantagem, o Real ampliasse e massacrasse a Juve aproveitando o desespero dos rivais. Para a minha surpresa, o time da casa preferiu administrar a vantagem ao invés de buscar jogo. Bem ao estilo de Ancelotti em seus tempos de Milan e PSG.

O Real passou a marcar com as duas linhas de quatro e articulava contra-golpes pelos lados, exatamente como seu oponente fazia. A Juventus passou a ter mais posse de bola e se lançou ao ataque. Mal sabia o time madrilenho que havia cometido um grave erro ao recuar a equipe, faltando longos 70 minutos de jogo.



Real se defende com as duas linhas de quatro e contra-ataca
pelos lados. Juventus avança pela direita com Pogba e Evra,
enquanto Vidal e Lichtsteiner estavam preocupados em
marcar Ronaldo pela esquerda (obtido via this11.com).



A insistência da Juventus foi recompensada com um gol chorado de Morata, ex-jogador do próprio Real. O empate classificava a Juve e agora eram os donos da casa quem precisavam buscar o resultado.

Ancelotti tirou Benzema para colocar o "talismã" Chicharito Hernández, ao passo que Massimiliano Allegri recuou sua equipe para segurar o placar.

O Real não mais tinha estratégia ou técnica e lançou mão da raça para buscar o segundo gol. A zaga italiana aliviava e o goleiro Buffon trabalhava como nunca. Casillas, pouco acionado, arriscou algumas saídas da área, mas sem sucesso.



Real vai para o "tudo ou nada" contra o 3-5-2/5-3-2 da Juventus.
Não havia estratégia e o objetivo era alçar o máximo de bolas
possíveis na área de Buffon, mas o experiente arqueiro italiano
salvou tudo (obtido via this11.com).



O Real, a meu ver, tinha muito mais time e recursos para avançar à final. A Juventus não jogou um futebol bonito mas mereceu a classificação pela covardia dos donos da casa. A equipe madrilenha foi punida por não "matar" o jogo quando teve oportunidade. Permitiu que o rival desesperado respirasse e se recuperasse em campo.

Que hora para Ancelotti voltar a ser o "velho Ancelotti"...



Imagem extraída do Facebook oficial da Juventus- https://www.facebook.com/Juventus/



POR POUCO

Cruzeiro e São Paulo fizeram um jogo bastante equilibrado no Mineirão. O time da casa atacou mais aproveitando o recuo do Tricolor, mas o duelo estava tão parelho quanto a partida no Morumbi na semana passada. Marquinhos fez o único gol da partida, levando a decisão aos pênaltis. Brilhou a estrela de Fábio, que pegou duas cobranças e garantiu a classificação dos mineiros.



AUTO-DERROTA

O Corinthians, desta vez, não teve como culpar a arbitragem ou a superioridade do rival para justificar a eliminação em casa na Libertadores. O Timão esteve mais próximo da vitória do que o medroso Guaraní, que apenas se defendia. Uma imprudência de Fábio Santos, expulso, abalou o psicológico da equipe que não mais conseguia jogar. Jadson cometeu uma falta quase idêntica à do lateral e também foi para o chuveiro mais cedo. Um gol dos paraguaios nos últimos minutos foi a pá de cal para sepultar a campanha do Coringão na Libertadores 2015. O Corinthians não perdeu para ninguém ontem, senão para si mesmo.


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