Imagem extraída de https://www.facebook.com/Cosme-Rímoli-197591826986488/ |
Custei a acreditar. O bom elenco do Palmeiras comandado pelo excelente Marcelo Oliveira foi massacrado ontem em Chapecó pelo incontestável placar de 5x1. E o estrago poderia ter sido ainda maior se o arqueiro Fernando Prass não tivesse feito grandes defesas.
Muitos comentaristas não perdoaram e disseram que o Palmeiras "não era tudo isso". Balela. O Verdão é um bom time, tem um bom elenco, um treinador competente e briga, sim, por títulos em 2015. Uma derrota, independente do placar, não pode invalidar tudo o que a equipe conquistou até aqui.
O placar de 5x1, contudo, não pode ser considerado como um erro isolado. Nenhum time perde por um placar tão elástico por conta de um mero acidente de trabalho.
A derrota do Palmeiras diante da Chape pode ser comparada ao 7x1 que nossa Seleção sofreu diante da Alemanha em 2014. Em ambos os casos observou-se erros que, em princípio, eram pequenos mas que foram negligenciados devido aos bons resultados que as equipes iam obtendo. Até que a bomba explodiu.
O massacre na Arena Condá se deveu aos seguintes fatores -alguns individuais, outros coletivos.
1- DISTÂNCIA DA ZAGA EM RELAÇÃO AO ATAQUE:
Palmeiras no 4-4-2: o meio-de-campo ficou totalmente vazio deixando a zaga exposta. Melhor para a Chape que pôde aproveitar os espaços deixados (obtido via this11.com). |
Marcelo Oliveira vivia insistindo que sua equipe deveria atuar compactada, com a zaga encostando nos meias quando o time tem a bola, e com os homens de frente cobrindo os defensores quando o rival ataca.
Nenhuma das duas coisas foi observada e a Chapecoense teve espaço para jogar à vontade. Não obstante, os quatro homens de frente foram presas fáceis para a marcação rival.
2- O LADO ESQUERDO DA DEFESA:
Certo (esquerda): o lateral Egídio sobe e recebe a cobertura dos wingers Dudu ou Gabriel Jesus, evitando que haja um buraco na defesa. Errado (direita): Egídio vai ao ataque, mas Dudu e Jesus não voltam para cobrir o lateral, deixando o lado esquerdo da defesa totalmente exposto (obtido via this11.com) |
Não foi a primeira vez que o lado esquerdo da defesa palmeirense falhou. O São Paulo e o Inter também haviam explorado aquele espaço nos últimos jogos contra o Verdão. Zé Roberto foi o titular da posição nas duas ocasiões, e também sofreu com a falta de cobertura dos wingers.
Trocar o veterano camisa 11 (que já não tem pernas para correr atrás dos atacantes) pelo ofensivo Egídio não melhorou a situação. E os dois wingers, que deveriam cobrir o lateral quando o time está sem a bola, não voltavam para ajudar.
O resultado foi que Apodi deitou e rolou por aquele lado, criando as melhores chances de gol para a Chape.
3- O MOMENTO DA "EXPULSÃO CANCELADA":
O Palmeiras havia acabado de sofrer o primeiro gol quando Egídio foi expulso incorretamente. Mas, minutos depois, o juiz voltou atrás em sua decisão e anulou a expulsão do lateral.
Os jogadores da Chapecoense ficaram revoltados com a decisão da arbitragem e o Verdão deveria ter aproveitado o nervosismo do rival para empatar o jogo.
O Palmeiras, como se sabe, não tirou proveito e foi castigado na sequência. O segundo gol da Chape saiu minutos depois que a partida foi reiniciada após tal polêmica.
4- APATIA
Como bem observaram Milton Leite e Maurício Noriega, o Palmeiras atuou em ritmo de treino enquanto a Chape jogou como se sua vida dependesse daquela partida.
O Verdão sofreu com os desfalques, é verdade, mas tinha muito mais elenco e qualidade técnica que o rival.
A sequência de jogos também não serve como desculpa, uma vez que a Chape também jogou no meio da semana pela Sulamericana e teve um dia a menos de folga que os paulistas -o Palmeiras jogou na quarta-feira, enquanto a Chapecoense entrou em campo na quinta.
O Palmeiras, agora, terá uma semana e meia para descansar e colocar os nervos no lugar. A CBF, em um raro momento de bom senso, paralisou o Brasileirão para que os times não sofressem com os desfalques para a Seleção.
Não há motivo para pânico e o Verdão ainda está na briga pelo G-4 no Brasileirão apesar da derrota. Mas que o treinador Marcelo Oliveira precisa fazer algumas mudanças, precisa.
Imagem extraída do Facebook oficial do Palmeiras- https://www.facebook.com/sePalmeiras/ |
CORINTHIANS
O Timão quase pagou o preço por relaxar diante da Ponte Preta. Após abrir o placar com Jadson no primeiro tempo, o Corinthians recuou totalmente e viu a Macaca virar o jogo no segundo. O técnico Tite substituiu mal, tirando Elias e Jadson, que estavam bem na partida. A sorte do Coringão é que os mandantes tiveram um jogador expulso e a equipe da capital arrancou o empate com um gol salvador de Rodriguinho. Foi um bom resultado diante das circunstâncias apresentadas, mas o Timão poderia ter voltado de Campinas com os três pontos.
REAL MADRID
A crítica que fiz ao Corinthians também serve para o preguiçoso Real Madrid de Rafa Benítez. Após sufocar o Atlético de Madrid em pleno Vicente Calderón, os Merengues também recuaram e sofreram o empate da aguerrida equipe comandada por Simeone. E o resultado só não foi pior para o Real porque Keylor Navas salvou um pênalti batido por Griezmann. Que sirva de lição para Benitez e seus comandados: o jogo só termina quando acaba.
SÃO PAULO
O São Paulo fez a lição de casa e derrotou o retranqueiro Atlético Paranaense naquele que deve ter sido o jogo de despedida de Juan Carlos Osorio. O treinador colombiano despista, mas deve mesmo assumir a Seleção do México. Ainda que tenha sido um injusto 1x0 (a arbitragem anulou gol legítimo de Rogério), foi um belo presente de despedida para o torcedor tricolor.
REAL MADRID
A crítica que fiz ao Corinthians também serve para o preguiçoso Real Madrid de Rafa Benítez. Após sufocar o Atlético de Madrid em pleno Vicente Calderón, os Merengues também recuaram e sofreram o empate da aguerrida equipe comandada por Simeone. E o resultado só não foi pior para o Real porque Keylor Navas salvou um pênalti batido por Griezmann. Que sirva de lição para Benitez e seus comandados: o jogo só termina quando acaba.
SÃO PAULO
O São Paulo fez a lição de casa e derrotou o retranqueiro Atlético Paranaense naquele que deve ter sido o jogo de despedida de Juan Carlos Osorio. O treinador colombiano despista, mas deve mesmo assumir a Seleção do México. Ainda que tenha sido um injusto 1x0 (a arbitragem anulou gol legítimo de Rogério), foi um belo presente de despedida para o torcedor tricolor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário