domingo, 20 de julho de 2025

O Adeus à Cidade Fantasma




O blog não foi atualizado durante a última semana porque o autor estava sem inspiração para escrever! Sim, o blogueiro que sempre se notabilizou pela criatividade, teve um "branco" durante o último domingo e optou por não redigir nenhum texto! Para evitar situações como esta, passei a anotar as ideias para não perdê-las novamente, além de deixar alguns rascunhos engatilhados!

Fui informado durante a última semana que a família de minha amiga iria vender sua casa em Águas de São Pedro onde o autor passou um final de semana em 2011 com os colegas do laboratório. Confesso que senti uma pequena tristeza, afinal vivi momentos felizes no local, ainda que tenha sido durante um breve período -viajamos durante um sábado pela manhã e voltamos no dia seguinte à tarde.

A memória mais marcante que tenho do local é a "cidade fantasma"! Sim, afinal visitamos Águas de São Pedro durante um período de baixa temporada (não me recordo se era outubro ou novembro) e não se observava uma alma viva na rua! Lembro de ter encontrado apenas três habitantes locais: um pescador, o motorista do trenzinho e um conhecido do pai de minha amiga! Praticamente tínhamos o município inteiro apenas para nós!

Impossível esquecer os momentos felizes com os colegas de laboratório no local. Realizamos tantas atividades durante aqueles dois dias que eu poderia tranquilamente escrever uns cinco textos apenas para relatar todos os ocorridos durante aquele final de semana. Cabe mencionar que eu quase recusei a viagem porque eu estava com alguns trabalhos atrasados, mas fui convencido pela insistência dos amigos.



A cidade estava deserta durante aquele final de semana devido à baixa temporada.



O intenso final de semana começou com truco, churrasco e uma partida de biribol na piscina da casa. Ao entardecer, fomos conhecer a represa da cidade (onde o autor atolou na lama e proferiu dezenas de palavrões!) e, depois, disputamos futsal no ginásio do município. Já durante à noite, dançamos forró, jogamos baralho e ainda demos muita risada dos amigos bêbados! Ufa! Fizemos tudo isso já no sábado quando chegamos em Águas!

Impossível também esquecer as refeições maravilhosas que fizemos por lá. Lembro que minha amiga fez muita propaganda a respeito dos pratos deliciosos que sua mãe preparava para me convencer a viajar! E não é que ela tinha razão? Enquanto almoçávamos, minha colega revelou que sua família trabalhara em uma cozinha no passado, o que justificava todo aquele talento.

Estive em Águas de São Pedro durante um breve período mas foi o suficiente para deixar recordações marcantes na memória do autor. Confesso que até senti uma dorzinha no coração ao ser comunicado a respeito da venda do imóvel.

Gostaria muito de agradecer à minha amiga e à sua família por toda a hospitalidade e também por compartilharem tantos momentos felizes com o autor. Jamais esquecerei aquele final de semana intenso e agradável na "cidade fantasma". O tempo passa mas as recordações ficam para sempre!







domingo, 6 de julho de 2025

O Ídolo do IQ




Eu estava conversando com minha turma da faculdade via Whatsapp durante a semana passada quando recordei do nosso professor de química inorgânica, um sujeito enorme (acho que ele possuía 1,90m de altura) e palestrino, como a maioria dos descendentes de italianos daqui de São Paulo. Imediatamente, um dos meus amigos revelou sua admiração por aquele docente, apesar de "não utilizar nada que aprendeu na disciplina"!

Meu amigo não era o único admirador daquele professor em nossa turma. Imediatamente, me lembrei de um outro episódio quando eu precisava fazer hora após terminar uma prova substitutiva -que eu cheguei uma hora atrasado e, apesar disto, tirei a maior nota do teste! Durante aquele dia, um outro colega também expressou sua admiração por aquele docente enquanto conversávamos.  

Conheci o mencionado docente durante meu segundo semestre na faculdade. Não tivemos tanto contato com ele, afinal eram apenas quatro horas semanais (ou "créditos") de disciplina e havia revezamento com aulas práticas, onde ficávamos sob responsabilidade de outros professores. Mas, como diz aquela frase pronta da internet, "o valor das coisas não está no tempo que elas duram e sim na intensidade com que acontecem".

Lembro de nossa primeira aula quando o sujeito parecia ser bastante sério e rigoroso à primeira vista. Aos poucos, porém, ele foi se soltando ao ponto de lamentar a situação de seu Palmeiras, que vivia uma forte crise político-financeira durante aquela época. No mesmo dia, o professor chamou meu amigo a lousa e o colega passou uma grande vergonha com a zoeira por parte do restante da sala! Naquela mesma manhã, alguns veteranos vieram nos convidar para a "Festa Brega" e o docente tirou um sarro daqueles alunos!






A aula do professor era realmente muito boa e até hoje me lembro de seus ensinamentos. Ainda me recordo do "oxigênio triplete" e da "cis-platina", ambos utilizados como quimioterápicos durante a época. Também fui tirar dúvidas com o docente no intervalo e ainda não me esqueci do que ele me explicou na ocasião: a estrutura do cristal de alumen e o porquê do azul do sulfato de cobre penta-hidratado.

Não faço ideia se aquele professor fora homenageado durante nossa formatura (eu não estive presente), mas é bastante provável que ele tenha, ao menos, sido convidado visto que muitos de meus colegas o admiram até hoje, algo que pude atestar durante nossas conversas.

Não tive mais notícias do professor mas acredito que ele ainda esteja em atividade, visto que seu nome ainda consta no quadro de docentes do Instituto de Química (IQ). É bastante provável que hoje o seu humor esteja ainda melhor, visto que seu Palmeiras atravessa uma grande fase graças ao dinheiro da Crefisa e à boa administração da presidenta Leila Pereira! 

Nossos dias no IQ foram bastante difíceis devido à dificuldade das matérias -eu mesmo tive de fazer duas provas substitutivas e uma recuperação por lá! Nós, porém, também tivemos muitos momentos felizes naquele instituto. E alguns professores contribuíram muito com estas lembranças agradáveis, graças às suas ótimas aulas e também por se mostrarem seres humanos fantásticos!

(E eu preciso ir ao IQ com urgência para visitar os professores que eu gostava e também para tirar fotos mais adequadas para este blog)!







domingo, 29 de junho de 2025

A Terrível Lixa do CEPEUSP

Esta era a "Lixa" do CEPEUSP antes da reforma (foto de 2018).



Havia, antes da pandemia, uma quadra localizada no Centro de Práticas Esportivas da USP (CEPEUSP) bem ao lado dos módulos. O espaço se destacava devido ao piso composto por paralelepípedos ásperos enquanto as demais áreas destinadas a jogos possuíam chão de polipropileno. Devido aos ladrilhos, aquele local era conhecido como "Lixa", nome que escutei pela primeira vez em 2009 através da minha amiga Jujuba do ICB. 

A "Lixa" era constantemente evitada pelos frequentadores do CEPEUSP por motivos óbvios, afinal os tombos por lá eram bem mais doloridos devido ao piso duro e a aspereza dos ladrilhos poderia causar grandes ferimentos. Muitas vezes, porém, tínhamos de recorrer àquela quadra por falta de opções, afinal era o único espaço disponível durante a maioria das vezes.

Eu cheguei a disputar alguns jogos de futsal na "Lixa" enquanto trabalhava no ICB mas, felizmente, jamais levei um tombo por lá. Aliás, jamais presenciei algum acidente naquela quadra durante todos os anos que estive na USP. Acredito que os alunos adotavam uma postura mais cautelosa enquanto jogavam naquele espaço devido aos riscos envolvidos.

Posso afirmar por experiência própria que jogar na "Lixa" tinha lá suas vantagens! Eu já tive de disputar um jogo de futsal sob uma forte chuva e a partida transcorreu sem tombos, afinal o piso áspero oferecia aderência para corremos mesmo quando molhado! Ademais, os ladrilhos proporcionavam uma drenagem excelente, enquanto um chão de polipropileno impermeável seria mais propenso a escorregões!



Após a reforma, a "Lixa" ficou assim (foto de 2023).



Passei alguns anos sem visitar a USP devido à pandemia e, quando fui ao CEPEUSP novamente, percebi que todo o clube havia sido reformado durante o tempo que estive afastado. Os jardins estavam muito mais bonitos e a "Lixa" havia dado lugar a uma quadra bem mais segura, sem os ladrilhos ásperos e com um piso de polipropileno bem mais confortável.

A quadra se tornou muito mais apropriada para os jogos, principalmente para o vôlei onde os atletas, muitas vezes, precisam se jogar no chão para receber alguma bola. Assisti a algumas partidas da modalidade durante os Interanos e percebi como os jogadores se mostravam muito mais à vontade, sem o receio de voltarem para casa com ferimentos.

Tenho boas lembranças da "Lixa" devido aos jogos sob a chuva, mas um piso de polipropileno é muito mais seguro que os ladrilhos ásperos. As vantagens oferecidas pelos paralelepípedos não compensam os demais riscos envolvidos e, em decorrência disto, gostaria de parabenizar a administração do CEPEUSP pela reforma na quadra.







domingo, 22 de junho de 2025

Perdidos em Itaquá




Eu não conheço quase nada da zona leste de São Paulo. Eu já visitei o Tatuapé, o Parque Novo Mundo (que alguns consideram com zona norte) e a USP Leste; além de algumas cidades que fazem divisa como Guarulhos (aeroporto), Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba. Eu, aliás, vivia tirando sarro da região afirmando que "lá só havia bandidos"... Até que a região resolveu se "vingar" de mim!

2016. Um grande amigo meu iria se casar em uma chácara localizada na Serra do Mar, próximo à cidade de Mogi das Cruzes. Combinei de pegar carona com outro colega no Shopping Metrô Santa Cruz e juntos iríamos até o sítio. Eu não estava muito bem durante aquela época e até me esqueci de fazer a reserva para o alojamento onde iríamos pernoitar, mas o noivo resolveu a questão para mim.

Confesso que desconhecia totalmente o caminho que deveríamos pegar, eu apenas sabia que precisávamos seguir pela Rodovia Ayrton Senna para chegarmos até Mogi. Meu colega utilizou o Waze para se orientar mas o aplicativo nos conduziu até o meio de uma comunidade na cidade de Itaquaquecetuba -"Itaquá" para os íntimos!

Meu amigo não conseguia encontrar uma rota para sairmos e eu estava ficando em pânico, mas mantive a cabeça no lugar e disfarcei bem minha preocupação. Foi quando um herói improvável surgiu: o meu celular que pertencia à geração anterior e que utilizava uma internet capenga incapaz de funcionar em 4G! Calculei a rota com o meu aparelho e conseguimos chegar à chácara sem muitas dificuldades. Mesmo quando adentramos na Serra do Mar, onde o sinal é péssimo, meu telefone ainda funcionou razoavelmente.






Chegamos em cima da hora da cerimônia e chovia muito -felizmente, a lama não prejudicou o nosso deslocamento. Eu não estava muito animado durante aquele dia mas me esforcei para tentar me divertir. Acho que tirar as fotos ajudou a me sentir melhor. Também gostaria de agradecer muito à Fernanda (que ameaçou me jogar na piscina se eu dormisse!) por melhorar o meu astral.

Outros colegas prepararam uma surpresa para os noivos durante o dia seguintes: eles fizeram uma apresentação com músicas de bandas de rock dos anos 90 e 2000 como Nirvana, Offspring e Green Day. Fiz alguns registros e, a pedido do meu amigo, repassei as filmagens já durante aquela tarde.

Fui embora por volta das 17h. Confesso que não me lembrava de muita coisa daquele dia -eu sequer prestei atenção no caminho até São Paulo- mas as fotos e vídeos que fiz daquele casamento trouxeram as lembranças à tona.

Hoje eu guardo boas lembranças dos ocorridos, principalmente da hora quando nos perdemos em Itaquá. Juro que parei com as piadas com a zona leste (agora, apenas digo que "Tatuapé" é um tatu bípede!) e que respeito a região -até voltei mais vezes a Mogi das Cruzes e, recentemente, tive um passeio muito agradável ao Shopping Anália Franco. Mas eu jamais poderia imaginar que o local poderia "se vingar" de mim pelas gracinhas que faço desde 2003!







domingo, 15 de junho de 2025

Meu Primeiro Simpósio




Eu só me interessei em procurar estágio durante meu último ano de faculdade. Antes disso, nunca havia me envolvido com nenhum tipo de atividade acadêmica extraclasse. Não por acaso, jamais havia participado de encontros científicos como congressos ou simpósios até então. Tudo, porém, mudou em 2008 quando tive de ir a um evento organizado pelo meu chefe. E a experiência foi muito melhor do que eu esperava!

Cheguei muito cedo na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) onde o evento seria realizado. Como jamais havia participado de um simpósio, eu estava mais perdido que uma onça na cidade e demorou muito para eu compreender a importância de um encontro de tal magnitude. Aos poucos, porém, fui me adaptando à situação.

O grande destaque seria um professor de Cambridge -aliás, foi a primeira vez que eu conversei com um estrangeiro. A palestra que mais me chamou a atenção, contudo, foi a de um pesquisador cujo nome eu me esqueci (até peguei o livro de resumos do simpósio, mas não consegui confirmar) que apresentava os benefícios das gorduras trans! Pois é, tais lipídeos que eram bastante demonizados pela mídia durante os anos 2000 poderiam contribuir positivamente com a saúde humana, segundo aquele cientista!

Conheci, no mesmo dia, um docente da UNICAMP chamado Lício Velloso. Confesso que não me lembro do assunto de sua palestra, mas o pesquisador orava com uma convicção e eloquência tão grandes que fiquei paralisado enquanto assistia! No final, olhei para minha colega e disse "esse cara é bom mesmo"!






Tivemos, ainda, um maravilhoso almoço no restaurante Sweden (conhecido como "Taj Mahal" pela comunidade), localizado do outro lado da rua da FAU e que possuía fama de ser o mais caro da USP. A refeição foi bancada pela organização do evento e pudemos comer à vontade. Lembro que uma garota repetiu três vezes para nosso espanto!

Passei o resto da tarde lutando contra o sono quando eu tive uma brilhante ideia para me manter acordado: me sentei bem ao lado do meu orientador e fiquei conversando com ele durante as pausas entre as palestras. Aproveitei para elogiar aquele sujeito que explanou os benefícios das gorduras trans.

Fui embora por volta das 18h quando o evento se encerrou. Lamentei não ter tirado fotos naquele dia -eu não tinha máquina e meu celular não possuía câmera na época. Uma moça até fez alguns registros mas perdi o contato com ela.

Aquela palestra das gorduras trans mudou bastante minha maneira de pensar: aprendi a importância de se ouvir ideias que fogem do senso comum ou de nossas convicções. Eu mesmo passei a compreender melhor os treinadores retranqueiros após anos defendendo o futebol-arte aqui no blog. Desde então, passei a admirar cientistas que pensam "fora da caixinha" -e eu conheceria mais dois em futuras edições do mesmo simpósio.






BÔNUS: no dia seguinte ao simpósio, meu orientador me colocou pra conversar frente a frente com aquele docente de Cambridge! Eu ACHAVA que não sabia falar inglês naquela época mas o diálogo fluiu bastante -ficamos quase meia hora papeando! Saí de lá maravilhado com meu próprio desempenho! Eu sequer imaginava que tivesse tanto vocabulário e conhecimento para falar com um estrangeiro em seu próprio idioma!




domingo, 8 de junho de 2025

A Fúria do Leão




Estudantes nascidos fora de São Paulo não eram muito comuns na graduação da USP, diferente da pós-graduação onde conheci pessoas oriundas de todas as partes do Brasil, em especial do Nordeste do país. Mais do que isso, tive contato com torcedores de times que não possuem muitos fãs aqui no Estado como Sport, Grêmio e Internacional. Um desses amigos, natural de Pernambuco, me proporcionou uma das histórias mais engraçadas que eu ouvi no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB).

2008. Eu havia acabado de ingressar no Instituto como estagiário. Era uma quinta-feira após a final da Copa do Brasil que, na época, era um torneio bem mais curto -as equipes classificas à Libertadores não participavam e a final ocorria durante maio ou junho. O favorito Corinthians, que havia aberto uma confortável vantagem de 3x1, foi surpreendido pelo Sport no jogo de volta por 2x0 (havia a regra do "gol qualificado" durante a ocasião) e a taça ficou com o Leão.

Eu sequer imaginava que havia torcedores do Sport no Instituto mas conheci um deles justamente naquela quinta-feira. Soube que o fã havia feito uma aposta com o técnico do meu laboratório (que era corinthiano) e o perdedor teria de vestir a camisa do time vencedor. O funcionário não apenas vestiu o uniforme do Leão como também foi tudo devidamente registrado e as fotos foram amplamente divulgadas pelo edifício via e-mail!






Havia, ainda, um café de integração justamente às quintas-feiras no Instituto onde alunos, funcionários e docentes se reuniam semanalmente para descontrair. Foi justamente nesse encontro onde soubemos a respeito da aposta entre o aluno pernambucano e o técnico do meu laboratório. Eu, que não estava acostumado com toda aquela zoeira, ri até ficar sem ar! Não faço ideia de como não derrubei o café no chão enquanto eu me desfazia em gargalhadas!

Meu amigo torcedor defendeu seu doutorado no início de 2013 -eu estive presente em sua defesa e fui comemorar com ele depois. Hoje ele leciona em uma universidade no Maranhão e, esporadicamente, ainda nos falamos pelas redes sociais. Quanto ao técnico do laboratório, eu ne encontrei com ele pela última vez em meados de 2018 quando fiz uma breve visita ao Instituto mas não tive notícias suas desde então.

Esta foi uma das experiências mais interessantes que eu tive no ICB. Tive um maior contato com pessoas oriundas de outros Estados e pude conhecer melhor a cultura desses lugares, incluindo os times de futebol. Para mim foi como "furar a bolha" de São Paulo e abrir novos horizontes -uma pena que ainda não pude visitar meus amigos em suas respectivas cidades de origem. E, claro, pude levar muitas histórias divertidas como esta de recordação!







domingo, 1 de junho de 2025

Saudades da Marquise da Farmácia

Antigamente, o corredor da Farmácia possuía esta marquise.



Hoje eu estava me lembrando da marquise da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, uma gigantesca cobertura que se estendia por quase todo o corredor da instituição. Admito que a estrutura não era muito bonita sob o ponto de vista estético e que prejudicava a vista dos prédios. Por outro lado, a construção era providencial nos dias de chuva ou de sol forte.

A marquise tornou-se ainda mais útil com a reabertura do Bandejão das Químicas, afinal os alunos podiam formar as filas sob a estrutura devidamente protegidos do sol fortíssimo durante o meio-dia. Não obstante, o autor se recorda de algumas partidinhas de truco realizadas sob agradável sombrinha proporcionada pela cobertura.

Instituições como a Atlética e a Farmácia Acadêmica Social também tiravam bom proveito da marquise, afinal as entidades podiam instalar suas mesas sob a proteção da estrutura e vender seus artigos sem risco de alguma chuva molhar ou danificar seus produtos.



O tapume ao fundo encobre as obras de retirada da marquise.



Quando regressei à Farmácia após dois anos afastado devido à quarentena, a marquise havia sido totalmente retirada. O motivo da remoção provavelmente foi estético, visto que o próprio autor reconhece que a estrutura não era agradável sob o ponto de vista estético ou arquitetônico.

Reconheço que o corredor ficou muito mais bonito sem a marquise mas os pontos negativos de sua remoção puderam ser imediatamente notados: era dezembro de 2022 e o verão despejava um sol fortíssimo sob as cabeças dos egressos. Não obstante, estávamos quase todos de roupa social visto que estávamos em uma visita formal e sofremos ainda mais com o calor.

Compreendo totalmente os motivos da remoção da marquise mas o autor sentiu muito a falta da estrutura e da proteção proporcionada por ela. Era muito mais fácil transitar pelo corredor durante os dias de sol forte ou sob a chuva intensa. Isso sem mencionar as partidinhas de truco que tirei sob a sua agradável sombrinha.



O corredor da Farmácia atualmente: muito mais bonito sem a marquise,
mas os alunos também ficam mais desprotegidos das oscilações do clima.



ATUALIZAÇÃO 14:25h: acabei de ser informado que a marquise fora demolida devido a problemas estruturais e que a Faculdade irá construir uma nova em breve. Agradecimentos ao leitor Rafael Ferraro pelas informações!




domingo, 25 de maio de 2025

Magic na Pró-Aluno




2008. Eu havia chegado muito cedo para uma aula noturna na Farmácia e resolvi matar o tempo na Sala Pró-Aluno, um local com diversos computadores onde os estudantes podiam utilizar os equipamentos para seus estudos. Era permitido acessar redes sociais e Youtube mas a prioridade era a execução de trabalhos acadêmicos. Lá encontrei um "bixo" que estava monitorando o local e, por acaso, começamos a conversar a respeito de Magic the Gathering.

Magic é um jogo de cartas colecionáveis que eu conhecera durante minha adolescência. As estampas são comercializadas em pacotes sortidos como figurinhas, sendo que as mais poderosas são muito difíceis de serem obtidas e chegam a valer algumas dezenas de Reais. Era um passatempo muito caro, o que foi agravado com a alta do Dólar no recorrer dos anos e o autor deixou de jogar assim que terminou o ensino médio. Meu amigo, porém, "desenterrou" o assunto e combinamos de jogar no dia seguinte.

Levei dois baralhos na tarde seguinte e jogamos durante alguns minutos até o início da minha aula. Meu amigo era realmente muito bom e acabei derrotado pelo meu próprio set de cartas! Mesmo com a derrota, não nego que foi divertido reviver meus tempos de adolescência durante um breve período.

Combinamos de jogar durante a semana seguinte e o "bixo" trouxe seus próprios baralhos desta vez. Meu amigo me contou que ele era fissurado no passatempo e chegava comprar dezenas de pacotes. Se a surra anterior já havia sido grande, a humilhação foi ainda maior durante esta oportunidade e tomei uma grande lavada!






Não tivemos mais tempo para novas jogatinas e acabamos não nos encontrando mais. Aliás, fiquei bastante surpreso que havia mais entusiastas de Magic na Farmácia. Se eu soubesse disto antes, talvez organizasse grupos de jogos e até me esforçasse para comprar mais cartas para me divertir com os amigos -posteriormente, conheci duas garotas da faculdade que também gostavam do passatempo.

A última vez que eu joguei Magic foi em 2014 no laboratório onde eu trabalhava e, por acaso, começamos a conversar a respeito do assunto. Levei meus baralhos -as cartas do meu colega estavam em sua antiga casa em São Bernardo do Campo- e duelamos após o almoço na copinha. Não me lembro do resultado mas acho que levei mais uma surra das minhas próprias cartas!

Acabei perdendo contato com os dois parceiros: o colega do laboratório hoje reside em outro país e não possui perfil em redes sociais, enquanto o "bixo" da Pró-Aluno não tive mais nenhuma notícia a respeito de seu paradeiro. Foi realmente uma pena, mas foram duas ótimas e breve oportunidades para reviver os (poucos) dias felizes de minha adolescência.







domingo, 18 de maio de 2025

Libertação 2014




O meu Facebook me recordou ontem a respeito da Festa de Libertação dos Bixos 2014. Foi a segunda (e última!) vez que estive presente no evento, devidamente munido com minha câmera fotográfica. O tema escolhido foi o espacial com referências a extraterrestres e à franquia Star Wars, como podemos observar nas fotos. 

"Libertação" era uma festa promovida pelos alunos ingressantes em maio. Os veteranos recebiam os calouros com a "Recepção", geralmente realizada em março -tudo era devidamente organizado e custeado pelos sêniors. Os bixos, então, retribuíam com a "Libertação" que era realizada nos mesmos moldes durante o quinto mês do ano. Egressos da faculdade poderiam adentrar gratuitamente nas festividades bastando apresentar a carteirinha da universidade.

A Libertação 2014 seria um evento especial para mim, afinal seria uma oportunidade para rever os alunos que eu monitorara durante o ano anterior, além de encontrar os amigos da faculdade. Eu estava trabalhando no ICB naquela época e fui direto do instituto para a festa, que era realizada no prédio da Vivência. Jantei um salgado com refrigerante no Bloco 18 (algum dia preciso escrever um post sobre o estabelecimento) e aproveitei para conversar um pouco com os organizadores que eu não conhecia até então. Também tive a oportunidade de tirar algumas fotos do local com o edifício vazio, bem antes do início.

Eu, como sempre, optei por circular na festa em busca de conhecidos e também tirar algumas fotos com eles -meu celular não tinha câmera na época e eu tive que pedir para outras pessoas registrarem os momentos. Evitei beber muito e me limitei a fazer alguns poucos brindes com os amigos. Foi divertido demais reencontrar os alunos que eu monitorei fora do ambiente da sala de aula, ao mesmo tempo que pude recordar um pouco daqueles momentos tão marcantes para mim.






A festa se encerrou com uma apresentação da Farmatuque, a bateria da faculdade, e o tradicional brinde "Farmácia Mi". Permaneci no local até cerca de 5h da manhã e lembro que tive muita dificuldade para ir embora visto que não conseguia chamar um táxi de dentro do campus -não havia aplicativos como Uber ou 99 na época. Felizmente, consegui chegar em casa são e salvo após algum esforço -não voltei de carona nesse dia.

Não faço ideia se ainda são realizadas as festas de Recepção e de Libertação atualmente. Eu deixei de frequentar os eventos da faculdade -às exceções do Interanos e do Festival Paleolíticos- e muita coisa mudou durante os onze anos desde que fui ao mencionado evento. A sociedade mudou bastante desde aquela época e houve ainda a pandemia que arrefeceu as celebrações.

Sempre gosto de exaltar aqui no blog a importância das festas na faculdade com a experiência de um aluno que não as frequentava. Há os óbvios benefícios profissionais com a possibilidade dos calouros fazerem contato com veteranos já inseridos no mercado de trabalho. O mais importante, contudo, é aproveitar a universidade de outras maneiras, visto que o ensino superior é uma fase muito passageira (cinco anos passam mais rápido do que se imagina) e as instituições têm muito mais a oferecer além de ensino e pesquisa de qualidade, algo que só percebi depois de formado. 

Pude contribuir um pouco com o aprendizado dos alunos que monitorei mas, ao mesmo tempo, sou eternamente grato a eles por terem me ensinado o que a universidade tem a oferecer fora da sala de aula. Sempre escrevo que eles me ajudaram a perceber a importância dos eventos como festas e Interusp, além de preencherem os vazios em meu coração. Talvez tenha sido por isso que a monitoria foi tão importante para mim.







domingo, 11 de maio de 2025

Atleta de Araque




Pensei, inicialmente, em contar esta história em um Story no Instagram mas achei que poderia transformá-la em uma crônica visto que o fato envolve esporte e também que o ocorrido poderia ser algo divertido para o leitor ou leitora!

Fui realizar um check-up durante as últimas semanas. Como não consegui agendar todos os exames de uma vez, tive de ir aos hospitais e laboratórios durante diversos dias diferentes. Devo admitir que não foi tão ruim visto que tive a oportunidade de visitar alguns bairros que adoro e que não frequentava há muito tempo.

Meu último exame da série foi o "teste ergométrico". Trata-se se uma aferição dos parâmetros cardíacos durante o esforço físico: o paciente realiza algum exercício -geralmente em esteira, mas já vi hospitais utilizarem bicicleta ergométrica- enquanto eletrodos ligados a seu corpo captam os parâmetros desejados. A dificuldade do aparelho aumenta progressivamente até o usuário se cansar.

Eu pratico exercícios físicos frequentemente e acreditava que "faria bonito" no teste ergométrico. Até informei à médica que realizo atividades, porém eu jamais havia utilizado esteira -até então, só havia feito bicicleta, escada e caminhada. Nem preciso escrever que as coisas não saíram conforme eu esperava...






O teste, inicialmente, ocorreu sem grandes problemas. A medida em que a velocidade foi aumentando, porém, fui sentindo a desagradável sensação de que eu poderia cair da esteira a qualquer momento. Não demorou para que eu sentisse fortes dores nas pernas e eu acabei desistindo na terceira dificuldade do aparelho. Eu não estava cansado, tanto que nem transpirei durante o exercício, mas a própria médica aconselhou que eu parasse quando eu comecei a me queixar.

O resultado do exame foi satisfatório sem nenhuma alteração importante detectada, mas eu fiquei frustrado por ter desistido logo. Acredito que não completei nem dez minutos no aparelho! Até a médica responsável começou a tirar sarro da minha cara! Não consegui "pagar o cárdio do dia", como dizem os marombeiros!

Fui embora do laboratório feliz pelo resultado mas chateado pelo "fracasso" na esteira! Tive uma grande lição de humildade visto que os diversos aparelhos de uma academia devem ser encarados de maneiras diferentes, ainda que sua finalidade seja a mesma.







domingo, 4 de maio de 2025

O Trailer do Seu Idario




Nem sempre pudemos contar com o restaurante do ICB I, afinal nenhuma empresa conseguia explorar o espaço durante muito tempo (parecia alguma zica no local!) e havia poucas opções para nos alimentarmos nas proximidades enquanto o estabelecimento estava desativado. Felizmente, um trailer foi autorizado a funcionar no estacionamento do instituto em meados de 2008 e passamos a ter uma alternativa para almoçarmos -não havia aplicativos como iFood ou Uber Eats na época.

O trailer do Seu Idario (nem sei se o nome do proprietário era esse, mas estava escrito no avental do atendente!) servia salgados, bebidas industrializadas e um delicioso croissant recheado de chocolate que eu adorava. Eu costumava ir ao local antes dos jogos de quinta-feira para tomar um suco e "aumentar a glicemia" para as partidas.

Meu chefe sempre pedia para eu ou para o técnico do laboratório buscar um salgado no trailer (ele sempre usava nomes engraçados para se referir ao alimento) na hora do almoço. Lembro que sempre pegávamos opções vegetarianas que são consideradas mais "saudáveis"!






Os professores também frequentavam o trailer do Seu Idario. Um docente do 2º andar sempre parava no local e comprava dezenas de salgados para fazer um lanche com seus orientandos. Certa vez, um pesquisador do Departamento de Farmacologia, que eu nem conhecia, sentou-se comigo e passamos um bom tempo conversando.

O trailer do Seu Idario saiu do estacionamento -não me recordo se em 2011 ou 2012- quando o restaurante foi reativado. Pensei que ele tivesse ido embora mas eu o reencontrei trabalhando na frente do ICB III, um edifício bem mais afastado das outras unidades. Acho que a última vez que falei com o comerciante foi em 2013, ano quando eu e o meu amigo defendemos nossas teses.

Nunca mais tive de ir ao ICB III e tive poucas notícias a respeito do Seu Idario ou de seu trailer desde então. Pretendo, porém, fazer um "rolê" na USP algum dia para tirar novas fotos para este blog e, se o estabelecimento ainda estiver funcionando, vou passar lá para comer um croissant de chocolate!







domingo, 27 de abril de 2025

Palitinho na Química




Um dia eu achei aqui em casa uns palitinhos que havia ganhado de um candidato a vereador quando eu era criança. Aproveitando o clima de Jogos de Boteco (que eu nunca participei), resolvi levar o kit para a faculdade para ver se a moda pegava, assim como ocorreu com o truco!

Cheguei durante o começo da tarde no Instituto de Química -excepcionalmente, não tivemos aula pela manhã- e encontrei dois amigos. Prontamente eu os convidei para jogar. Uma garota que também havia chegado cedo resolveu participar para matar o tempo até a hora da aula. Sorte que eu possuía dois kits de palitinhos, o que possibilitou uma partida para mais de três jogadores.

As partidas foram bastante animadas e conversamos a respeito de diversos assuntos aleatórios enquanto jogávamos, inclusive sobre política. Os tempos eram outros e a intolerância ainda não havia corrompido as mentes do brasileiro. Meu amigo aproveitou para perguntar se resolvi jogar palitinho para agradá-lo -dias antes, ele havia postado em seu Orkut (rede social que precedeu o Facebook) que era fã da modalidade!






O jogo estava indo muito bem mas eu me esqueci da regra mais importante: vencia quem ficasse sem nenhum palitinho na mão e não me lembrei de avisar os ganhadores de cada rodada para deixarem uma peça na mesa! Só percebi a falha quando outro colega chegou e me informou a respeito da gafe! A despeito disto, continuamos jogando mais um pouco. Uma pena que mais ninguém se animou em participar.

Jogamos até às 14h quando a aula de bioquímica começou. Aliás, confesso que gostava muito daquela disciplina visto que o método de ensino era bastante descontraído e a professora era muito legal (saudades, Professora Iolanda)! Até perdi meu trauma com o Ciclo de Krebs depois que o curso se encerrou!

O palitinho, infelizmente, não vingou como eu esperava. Ainda levei os kits durante mais alguns dias mas os colegas preferiram continuar com o bom e velho truco mesmo. Talvez a modalidade fosse "muito de tiozão" para alunos tão jovens se entreterem!

Ainda tenho os kits de palitinhos aqui comigo! Se algum aluno da atual geração tiver interesse, posso introduzí-los na modalidade! E, desta vez, sem me esquecer de depositar as peças na mesa a cada vitória parcial!

(E eu preciso urgentemente tirar algumas fotos do Instituto de Química para ilustrar melhor os posts, afinal aquele local foi importante demais para a minha graduação)!







domingo, 20 de abril de 2025

A Cerveja que Desceu Quadrado




Nem todos os encontros que eu tive terminaram bem. Certa vez fui ver um amigo e fomos tomar uma cerveja artesanal. Os "efeitos colaterais" daquela noite, porém, foram muito além da ressaca e o autor passou mal durante cerca de dois dias. Estou omitindo o nome do estabelecimento para não prejudicar o nome da empresa que é "inocente até que se prove o contrário".

Março de 2024. Um amigo da faculdade, que hoje mora no interior de São Paulo, estava de passagem pela capital paulista e nos chamou para beber após o expediente. Optamos por um bar especializado em cerveja artesanal localizado na Zona Oeste. Como havia chegado muito cedo, fiz um pouco de hora em um shopping próximo e depois em um supermercado onde acabei encontrando meu colega.

Não havia refeições no local -o estabelecimento servia apenas porções de amendoim- mas a garçonete disse que poderíamos encomendar comida para entrega via aplicativo se quiséssemos. Também fomos informados que havia uma mesa de sinuca/bilhar no local e poderíamos jogar sem custos. Pedi a primeira cerveja -a mais fraca do cardápio, como sempre- e os demais colegas chegaram ainda com o dia claro.






Eu mal havia começado a segunda cerveja quando comecei a espirrar bastante -acho que era um prenúncio de que o pior estava por vir! Como estávamos próximos a um reduto de palmeirenses, evitei falar muito a respeito de futebol. A bebida oferecida pelo bar era bastante forte e fiquei embriagado rapidamente! Nem tive coragem de experimentar as de teor alcoólico mais elevado -os meus amigos se arriscaram! Se não me engano, voltei pra casa dizendo um monte de frases aleatórias a respeito de carros!

A manhã seguinte foi inesquecível no mau sentido! Além da ressaca, a bebida causou uma dor de barriga muito forte! Fiquei fora de combate durante uns dois dias! Considerei não beber mais cerveja artesanal depois do lamentável episódio, mas resolvi arriscar em um novo encontro com os mesmos amigos. E, desta vez, nenhum problema!

Alguns de meus colegas, para a minha surpresa, também haviam passado mal após aquela noite. Indícios de que a cerveja possuía "efeitos colaterais" no sistema digestivo ou de que as condições de higiene no estabelecimento não estavam adequadas durante aquele dia. É possível adquirir a bebida do mesmo rótulo em supermercados, mas ainda não havia realizado a "contraprova" até a publicação deste texto!

O incidente em nada afetou meu gosto por saídas e, tampouco, me desmotivou a encontrar meus amigos em outras cervejarias artesanais. Hoje até dou risada do ocorrido, tanto que trouxe a história aqui para o blog. Admito, porém, que o episódio, por muito pouco, não abalou a minha confiança em bebidas do gênero.







domingo, 13 de abril de 2025

Os Donuts do ICB I




Nem tive tempo de sentir saudades do cheesecake do ICB I! Algum tempo depois que a licitação do restaurante acabou, outra empresa ganhou o direito de explorar o lugar e passou a servir refeições no estabelecimento -muito mais saborosas que as da antecessora, devo admitir. E havia uma sobremesa maravilhosa que preencheu o vazio no coração do autor, o donut!

Os donuts haviam chegado ao Brasil em meados dos anos 80 através da franquia Dunkin' Donuts. Por algum motivo que desconheço, a empresa reduziu sua atividade no país durante a década seguinte (soube recentemente que ainda há lojas em Brasília) e nunca mais tive acesso à guloseima. Havia apenas imitações malfeitas oferecidas por padarias. A saudade durou até o dia quando fui conhecer a então nova lanchonete do ICB e achei o doce bastante parecido com o original. Até esqueci o cheesecake depois disso!

O autor, desta forma, voltou a frequentar o restaurante com frequência para saborear os donuts! Até hoje lembro os sabores: chocolate, doce de leite e creme bavarian! O último era o meu favorito apesar do nome visto que o blogueiro torcia para o Borussia Dortmund na época, o grande rival do Bayern München sediado na Baviera!






Descobri posteriormente que era possível adquirir aqueles mesmos donuts congelados em supermercados e, após muita pesquisa, encontrei uma loja perto da minha casa que comercializava as guloseimas. E o melhor: havia outros sabores, incluindo o de frutas vermelhas que era o favorito do autor durante sua infância! Com um sorriso de orelha a orelha, eu trouxe diversas caixas para comer em casa!

Não sei o que ocorreu com o restaurante depois que parei de trabalhar no ICB -eu deixei a instituição em setembro de 2015. Se não me falha a memória, o estabelecimento havia fechado as portas novamente e alguns food trucks (que eram moda naquela época) passaram a funcionar no instituto, mas não posso afirmar isto com certeza.

A oferta de donuts, felizmente, melhorou durante os últimos anos e agora temos muito mais opções para degustarmos. Mesmo as padarias que eu frequentava (e também criticava!) passaram a oferecer produtos mais fieis aos originais. Nada, porém, substitui as lembranças de reunir os amigos do laboratório naquele restaurante durante os intervalos dos experimentos e saborearmos juntos aquelas guloseimas!







domingo, 6 de abril de 2025

Blues Beer & Hitode Sushi




Confesso que não pretendia escrever um texto a respeito destes estabelecimentos, afinal eu apenas havia ido a um encontro com os amigos da faculdade aproveitando que um deles estava de viagem por São Paulo. Meus colegas, porém, resolveram assistir ao jogo do Brasil contra a Colômbia no bar (algo que o autor havia esquecido!) e a ocasião se mostrou perfeita para um post!

Blues Beer é uma rede de cervejarias com três unidades espalhadas pela Zona Sul de São Paulo -o autor visitou a do Brooklin Novo por indicação de um dos amigos. Ao lado, há o restaurante japonês Hitode Sushi, voltado para o delivery/take away mas que também serve refeições para o bar vizinho. Como um dos colegas já conhecia os proprietários dos estabelecimentos, fomos muito bem atendidos.

Cheguei bastante cedo ao bar (acho que eram umas 17:30h) devido ao trânsito que estava tranquilo apesar de ser horário de rush de uma quinta-feira. Como estava de barriga vazia, pedi um refrigerante antes de começar os "trabalhos". Assim que os amigos chegaram, comecei a degustar das cervejas -solicitei uma Lager, uma Stout e uma IPA que desceram bem "macias" apesar do autor não ser exatamente um fã da cevada. As batatas fritas do bar também são muito boas.






Conheci, posteriormente, o proprietário do Hitode que veio nos oferecer alguns pratos. Pedimos algumas porções e meus amigos aproveitaram para solicitar refeições. Eu já estava bastante satisfeito àquela altura do campeonato e preferi terminar a minha IPA mesmo.

Eu havia chegado tão cedo que consegui assistir ao confronto entre Holanda e Espanha, válido pela Nations League. Foi um jogaço bastante emocionante e disputado, com dois times bastante ofensivos e que buscavam o ataque o tempo todo. Havia dois corinthianos entre os meus colegas e fiquei perguntando o tempo todo se eles estavam preocupados com o risco do atacante Memphis se lesionar na partida -a decisão do Campeonato Paulista ainda não havia acontecido!

Assistimos, mais tarde, ao jogo do Brasil contra a Colômbia e vi o agora ex-treinador Dorival Júnior cometer os mesmos erros que o precursor Fernando Diniz, ao escalar o time no mesmo 4-2-4 com o meio-de-campo exposto e não adotar uma marcação especial sobre o craque Luis Díaz que havia sido o nosso carrasco em 2023. Os canarinhos tomaram um novo sufoco dos Cafeteros e, por pouco, não levaram mais virada do atacante do Liverpool. Menos mal que a individualidade de Vini Jr. salvou os mandantes desta vez.






Meus amigos, em paralelo, foram ver o jogo entre João Fonseca e Learner Tien (que eu confundi com "Dominic Thiem") no celular. Pudera, com a Seleção Brasileira desapontando nos gramados, o desempenho do jovem tenista nas quadras parecia ser mais empolgante. Para a alegria dos meus colegas, o garoto também venceu seu confronto, que foi bastante disputado e demorado. Cabe mencionar que os demais fregueses do bar também estavam visivelmente decepcionados com a Canarinho e comemoraram o resultado sem muita euforia!

Fomos embora por volta da meia noite -esperamos um pouco até que o Uber do meu amigo chegasse. Eu não bebi muito e me preocupei em consumir bastante açúcar/carboidratos (obrigado pelos ensinamentos, Prof. Ângelo!) para evitar algum vexame, mas a ressaca no dia seguinte foi inevitável para o autor!

A experiência no dueto Blues Beer/Hitode Sushi foi muito boa: a cerveja desceu bem, os pratos são saborosos, os preços são justos e o atendimento foi excepcional -lembrando que um dos meus amigos tinha amizade com os proprietários. O único ponto negativo é que o bar possui poucos lugares à disposição e recomendo chegar cedo ou fazer reserva para garantir uma mesa para o seu happy hour.

A melhor parte, contudo, é sempre a possibilidade de estar junto com os amigos de longa data, independente do programa. É fato que a Seleção Brasileira não ajudou muito a despeito da vitória sobre a Colômbia, mas o resultado do jogo se torna secundário quando estamos com quem gostamos.



Ainda bem que o Brasil venceu o jogo!




sexta-feira, 4 de abril de 2025

A Final dos Opostos

Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians



Este texto deveria ter ido ao ar na terça-feira, dia 1º de abril, mas só consegui publicá-lo hoje.

Parabéns, antes de mais nada, ao Corinthians pela conquista do Campeonato Paulista. O feito findou o jejum de títulos que durava desde 2019 e também ampliou o recorde de troféus do clube na competição -foi a 31ª taça do Coringão. É inegável que o resultado sobre o arquirrival Palmeiras foi bastante justo, sobretudo se considerarmos como os dois participantes se comportaram ao longo desde primeiro semestre.

O Corinthians vive situação político-econômica bastante conturbada: as dívidas do clube superaram os R$ 2 bilhões e o presidente Augusto Melo corre risco de ser afastado do cargo devido ao escândalo com a ex-patrocinadora Vai de Bet. O mandatário, portanto, necessitava de um título para desviar o foco e também para ganhar alguma sobrevida para evitar o impeachment. Assim, o Timão se dedicou ao Campeonato Paulista de corpo e alma -os playoffs da Libertadores até acabaram "sacrificados" durante o processo. O treinador Ramón Díaz também teve méritos ao isolar o elenco dos problemas administrativos da instituição.

O Palmeiras, por outro lado, jogou o estadual visivelmente acomodado e necessitou da ajuda dos rivais para chegar às quartas-de-final -e o Verdão ainda passou pelo São Paulo nas semifinais graças a um pênalti duvidoso. Não obstante, o planejamento foi ruim com os dirigentes prometendo grandes contratações e, no fim das contas, os reforços vieram muito mais por quantidade do que qualidade. Por fim, ficou evidente que o treinador Abel Ferreira e boa parte do elenco se mostra desgastada, necessitando de grandes mudanças na equipe.

Tudo isso se refletiu na decisão e observamos um Corinthians muito mais competente e determinado, enquanto o Palmeiras se mostrava um deserto de ideias em campo. Nem mesmo a expulsão de Félix Torres e o pênalti (também duvidoso) em Vitor Roque serviram para animar o Verdão diante do arquirrival.



Imagem extraída de www.facebook.com/futebolpaulista



O Campeonato Paulista já perdeu sua relevância há muito tempo: serve apenas para iludir os vencedores, gerar crises inúteis aos perdedores e enriquecer a sua federação. O título, contudo, serviu para trazer algum alento para o instável Corinthians e também algum respiro político ao presidente Augusto Melo. É como um analgésico: não trata a doença mas serve para aliviar as dores.

O Palmeiras, por outro lado, deixou evidente que os problemas detectados em 2023 e 2024 ainda persistem. Jogadores e o próprio treinador Abel Ferreira parecem estar em fim de ciclo no Verdão. Será doloroso abrir mão de uma geração que conquistou tantos troféus mas é necessário compreender que o tempo acaba para todos, assim como foi com os vitoriosos Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari.

A competição deu uma pequena mostra da situação dos rivais: o Corinthians vê alguma luz no fim do túnel para sair da crise (ou, ao menos, atenuá-la) enquanto o Palmeiras necessita de uma ampla renovação visto que a "Geração 2020" parece ter atingido seu teto. O mais irônico disto é que muitos comunicadores afirmam que o sucesso vem de dentro para fora dos clubes mas o Timão parece viver um melhor momento em campo desde o segundo semestre de 2024 a despeito da turbulência política enquanto o Verdão, durante o mesmo período, vem decaindo nos gramados apesar dos bastidores mais tranquilos.

O Campeonato Paulista, portanto, não deve ser usado para santificar ou crucificar os times, mas deixou evidente qual rumo seus dirigentes devem tomar para que possam navegar por águas mais tranquilas no segundo semestre de 2025. E o mais importante: o futebol não é uma ciência exata. Os mandatários podem fazer tudo "certo" nos bastidores e, mesmo assim, tudo pode dar errado. E vice-versa.



Imagem extraída de www.facebook.com/futebolpaulista




segunda-feira, 31 de março de 2025

Farmasters X Farmácia 2025




Este texto deveria ter ido ao ar no dia 23 de março, mas o autor teve uma pequena insolação seguida de uma gripe muito forte e não reuniu condições para escrever durante a última semana. Então, com muito atraso, o blogueiro relata como foi o Farmasters X Farmácia 2025, o encontro anual entre integrantes e ex-integrantes do time de futsal da faculdade realizado no início de cada ano. Esta, aliás, foi a segunda vez que eu estive presente -a primeira foi em 2020, como eu relatei em outro post.

O encontro foi realizado novamente no Clube Bayer, localizado na Zona Sul de São Paulo próximo à Represa de Guarapiranga. Chegamos por volta das 11h da manhã e já havia diversos jogadores concentrados no local. O sol estava fortíssimo e meu equipamento chegou a sobreaquecer durante a sessão de fotos. O autor também teve a péssima ideia de usar calça jeans para se proteger dos mosquitos e se arrependeu amargamente de sua escolha!

Houve uma grande presença de participantes, suficientes para formar mais de quatro equipes. A quantidade de jogadores, porém, acabou sendo providencial visto que o sol estava muito forte e muitos acabaram se cansando rápido devido ao calor intenso. Isso sem mencionar os que sentiram algum desconforto ao longo da partida.

Os jogadores do Farmasters, surpreendentemente, acabaram levando a melhor na disputa de 2025. A experiência e o melhor posicionamento em campo dos veteranos superaram a juventude e o entrosamento dos "bixos". Isso sem mencionar que havia muito mais opções no banco de reservas na equipe dos egressos. Foram tantos gols que acabei perdendo a conta do placar -lembro que os ex-alunos da faculdade anotaram mais de sete tentos!






Houve o tradicional churrasco de confraternização após o jogo. Desta vez, o clube providenciou cozinheiros e os alunos não precisaram se revezar na churrasqueira. A partida foi tão disputada que os refrigerantes e carboidratos (arroz e pão) foram consumidos rapidamente! Aliás, o jogo havia começado tão tarde que os jogadores pediram para um colega trazer um pacote de bisnaguinhas e dar uma disfarçada na fome antes da partida!

Alguns colegas aproveitaram que havia quadras de tênis à disposição e foram dar umas raquetadas após o almoço. Cabe mencionar que um dos lados do court estava contra a luz do sol e o atleta que estava naquela posição perdeu diversos sets devido ao calor e à ofuscação!

Houve algumas rifas promovidas pelo time de futsal e também o tradicional brinde "Farmácia Mi". Ficamos no clube até umas 19h quando um dos seguranças veio nos avisar que o tempo de locação das quadras estava expirando. Alguns ainda permaneceram no local mas não faço ideia do que houve após o término do churrasco.

O Farmasters X Farmácia 2025 foi um evento no mínimo surpreendente. Vivemos um momento quando os aspectos físicos são mais importantes no futebol do que a técnica ou o talento. Mesmo assim, os veteranos mostraram que a experiência ainda faz toda a diferença nos gramados. Deve ser por isso que o Real Madrid ainda mantém Luka Modrić no time apesar do meia estar beirando os 40 anos.