domingo, 12 de março de 2023

Atlética Sem Teto

O prédio da Vivência da Farmácia, que estava em reforma durante a minha graduação



Eu já escrevi em vários textos que eu nunca quis muito envolvimento com a faculdade durante a minha vida universitária. Apesar de ter algum interesse em me divertir, meu objetivo era apenas pegar o meu diploma o quanto antes. Eu sequer dava muita atenção para entidades como Atlética ou Centro Acadêmico. Eu, aliás, não estava nem aí para o fato de que as duas associações estavam sediadas em um espaço improvisado devido a uma reforma no prédio onde deveria funcionar a vivência.

A primeira vez que eu precisei ir à Atlética foi para comprar alguns souvenirs da faculdade como adesivos e camisetas que, aliás, eu guardo até hoje com carinho. Falaram para eu ir até o "Queijinho", um edifício redondo e azulado localizado entre a Farmácia e a Química onde a entidade funcionava de maneira improvisada, algo que eu sequer me dei conta durante a ocasião. Lembro que fui atendido pela veterana Juliana com quem tenho contato até hoje.

Só me dei conta de que a Atlética estava "sem teto" durante meus últimos anos na faculdade quando recebi um e-mail no grupo da turma protestando pelo fato de que passamos toda a graduação sem ter um espaço dedicado às associações. O tal Queijinho era um espaço destinado a aulas mas que fora cedido aos alunos da Farmácia em decorrência da reforma no prédio da Vivência.






O prédio da Vivência voltaria a funcionar de maneira parcial durante a metade da minha graduação. O restaurante universitário (ou "bandejão"), que funcionava no edifício, reabriu na metade dos anos 2000 mas a Atlética e o Centro Acadêmico ainda ficariam mais algum tempo sediadas no Queijinho. Não me lembro o motivo para a demora mas acho que houve divergências entre as faculdades na divisão dos espaços.

Os alunos só teriam seu espaço de volta depois que eu me graduei. Não faço a menor ideia de quando isto ocorreu e nem quis saber visto que eu me encontrava afastado da Farmácia e já estava envolvido com novos projetos no Instituto de Ciências Biomédicas.

Eu, porém, tive o gostinho de usufruir do espaço depois de formado. Voltei a frequentar a Farmácia durante os Interanos e pude participar dos churrascos de integração realizados na Vivência. Ademais, fui a algumas festas realizadas no local enquanto elas eram permitidas. Apenas durante esses momentos me dei conta do que eu perdi durante a minha graduação. Eu sempre agradeço muito aos alunos que eu monitorei por me ajudarem a enxergar tudo isso.

Eu realmente espero que os alunos de hoje estejam desfrutando de seu merecido espaço. Eu praticamente não usufrui do prédio da Vivência pelo fato do edifício estar em reforma na época e também porque eu era um chato mesmo. Embora seja um direito dos graduandos, eu considero aquele local uma grande conquista para as entidades acadêmicas dada as dificuldades que estas tiveram para ter um teto para chamar de "seu".



Fico feliz em saber que hoje os alunos da Farmácia têm seu
merecido espaço. Durante a minha graduação, a Atlética e o
Centro Acadêmico funcionavam em um local improvisado.




Nenhum comentário:

Postar um comentário