segunda-feira, 6 de março de 2023

Clubes, Invistam em Pesquisas Científicas

Calleri é mais uma baixa para o São Paulo na temporada
 (imagem extraída de www.facebook.com/saopaulofc).



Diego Costa, Caio, Igor Vinícius, Arboleda, Rafinha, André Anderson, David, Erison, Ferraresi, Moreira, Talles Costa e Calleri. Doze jogadores lesionados no São Paulo até o fechamento deste post. Apenas um mês e meio desde o início da temporada e o Tricolor já está com mais de um time inteiro entregue ao departamento médico.

Problemas com lesões não são nenhuma novidade no São Paulo. Em 2021, o então treinador Hernán Crespo chegou a criticar abertamente (com o respaldo da diretoria) o departamento médico do clube devido aos muitos jogadores machucados. Cabe, porém, a ressalva de que os atletas não tiveram férias naquele ano visto que o Tricolor emendou uma temporada na outra visando ganhar o Paulistão e acabar com o jejum de títulos.

O clube, ainda em 2021, alegou que novos aparelhos foram adquiridos para ajudar na prevenção e também no tratamento de lesões. O problema, porém, ainda persiste e, desta vez, o calendário apertado em decorrência da pandemia não serve como justificativa. Há, ainda, o agravante de que estamos no início da temporada e os jogadores retornaram de férias há pouco tempo.

Eu já escrevi isto em outras postagens mas cabe repetir o apelo: os clubes precisam se manter modernizados (tanto em profissionais quanto em instalações) e também investir em pesquisas científicas para prevenir as lesões, bem como recuperar eventuais jogadores machucados. Eu mesmo pude constatar a importância de tais estudos: um amigo fisioterapeuta me contou que antes era necessário um ano para um atleta se recuperar de uma ruptura no ligamento cruzado anterior, mas hoje bastam seis meses graças a muitos experimentos realizados na área.



Imagem extraída de www.facebook.com/saopaulofc



Um outro amigo me mostrou artigos científicos publicados por médicos que trabalham no Liverpool da Inglaterra e no Lille da França. Segundo o colega, é comum que cientistas ou profissionais de saúde conduzam pesquisas em parceria com times de futebol visando melhorar o desempenho das equipes. De fato, os Reds demonstram um preparo físico invejável com os futebolistas tolerando mais de 90 minutos de intensidade.

Clubes possuem "departamentos científicos" a sua disposição mas o investimento na área é muito tímido aqui no Brasil. Pesquisas demandam tempo e dinheiro, enquanto os nossos times desejam resultados imediatos e a maioria de nossas instituições está muito endividada para mais gastos. Ademais, existe a possibilidade de que todo o esforço  dos cientistas seja em vão -eu mesmo já participei de diversos experimentos que não deram em nada.

Os clubes europeus, apesar dos riscos mencionados, sabem que os resultados obtidos através de pesquisas podem ser de grande valia. Metodologias de treino, prevenção e tratamento de lesões podem ser desenvolvidas através de trabalhos científicos.

Os nossos clubes, diante dos argumentos apresentados neste post, podem optar: tentam investir em pesquisas e na atualização de seus departamentos científicos/médicos visando prevenir ou tratar as lesões com mais eficiência, ou continuam amargando ver seus atletas parar nos DMs.



Imagem extraída de www.facebook.com/saopaulofc




Nenhum comentário:

Postar um comentário