domingo, 19 de março de 2023

Aulas de Dança




Posso falar por experiência própria que a vida nas pesquisas é bastante estressante. Não eram raros os desentendimentos entre colegas do instituto ou as pessoas ansiosas por um "ouvido amigo" que pudesse ouvir seus desabafos e lamentos.

2011. Um amigo se ofereceu para lecionar aulas de dança de salão aos alunos e funcionários de meu laboratório. O objetivo era promover uma melhor integração entre os colegas e também desestressar daquela rotina intensa na bancada. Nos reuníamos uma vez por semana -não me recordo se às terças ou quartas-feiras durante a hora do almoço- para as atividades.

Confesso que nunca tive vontade de aprender a dançar mas nem titubeei quando recebi o convite para assistir às aulas. Aceitei mais como curiosidade para saber como seriam as atividades. E não é que foi realmente divertido participar da "brincadeira"?

Dançamos vários tipos de ritmo nas aulas mas só me recordo do samba e do forró. No início eu era muito desengonçado com meus movimentos e até hoje não faço ideia como fiz as aulas sem pisar nos pés das parceiras ou trombar nos colegas ao lado. O meu amigo era realmente um professor muito paciente para ensinar...






A melhor parte das aulas foi conhecer os colegas fora do ambiente de trabalho. Por mais que surjam amizades, a bancada exige muito profissionalismo e as interações são mais frias e distantes. Eu não sentia muito isso inicialmente porque eu era um dos "bagunceiros" do laboratório, mas fui percebendo com o tempo que não era o comportamento ideal.

Também pude "aplicar" o que aprendi nas aulas durante uma viagem para Águas de São Pedro, que eu já relatei em outro post do blog. Passamos boa parte da noite dançando até o momento que alguns colegas se cansaram e tivemos de parar a música para não acordar os "dorminhocos".

Não me recordo o motivo para o fim das aulas de dança ainda em 2011 mas acredito que a agenda atribulada dos colegas foi a principal razão -alguns precisavam defender suas teses/dissertações enquanto outros estavam de malas prontas para estudar no exterior.

Hoje reconheço que eu poderia ter valorizado um pouco mais as aulas de dança. Era muito legal conhecer os colegas fora do ambiente de trabalho e também sair durante alguns minutos daquela estressante rotina. Como dizia aquela frase: a gente só dá valor para as coisas depois que as perdemos.







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