Espanha chega ao tetracampeonato e agora é a maior vencedora da Eurocopa (imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024). |
A Espanha é tetracampeã da Eurocopa e agora se isola como a maior vencedora da competição, desempatando com a Alemanha que ergueu três canecos. E a campanha da Furia foi totalmente irrepreensível com 100% de aproveitamento (sete vitórias em sete partidas) futebol bonito, defesa sólida, ataque eficiente e um estilo de jogo totalmente autoral assinado pelo treinador Luis de la Fuente, se desprendendo do Tiki Taka que trouxe tantas alegrias no passado mas que se mostrava totalmente desgastado.
O treinador espanhol repetiu o 4-2-3-1 utilizado contra a Alemanha -Carvajal e Le Normand, que cumpriram suspensão contra a França foram resgatados. Gareth Southgate, por sua vez, escalou a Inglaterra em 4-1-4-1 barrando o contestado Trippier para a entrada de Luke Shaw.
A Furia começou estudando o adversário com toque de bola mas não tardou a tentar o ataque com seus dois ponteiros. A Espanha bem que tentou forçar as jogadas pela direita mas a troca de Trippier por Shaw surtiu efeito e Yamal teve menos espaço.
O English Team, em princípio, respondeu pela direita com Saka, muito bem vigiado por Williams e Cucurella. Mesmo as jogadas iniciadas pela esquerda eram feitas em direção ao atacante do Arsenal. Aos poucos, os ingleses também foram utilizando também o lado esquerdo com Bellingham aberto por lá, mas o primeiro tempo terminaria em um justo empate.
Espanha, em 4-2-3-1, troca passes e tenta a infiltração pelas pontas, mas o esquema inglês limita a ação dos espanhóis, principalmente com Shaw na esquerda. Inglaterra, em 4-1-4-1, responde com Saka e, posteriormente, com Bellingham agindo como um ponteiro pela esquerda (imagem obtida via this11.com). |
Luis de la Fuente troca Rodri por Zubimendi aparentemente por lesão do volante do City. A Furia adota o jogo mais direto com bolas longas e lances individuais, surpreendendo a Inglaterra. Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, Yamal inverte uma bola para Williams abrir o placar às costas de Walker em um raro vacilo do lateral.
Southgate dá a resposta com as entradas de Watkins e Palmer nos lugares de Kane e Mainoo, enquanto De la Fuente troca Morata por Oyarzabal para fechar os espaços. A Furia adianta as linhas em busca do segundo gol mas desperdiça muitas chances claras. O English Team dá a resposta com bolas longas às costas da defesa vermelha e Palmer, em jogada pela direita, acerta um petardo de fora da área.
A Espanha, mais cautelosa, diminui o ritmo até que Cucurella, em contra-golpe rápido pela esquerda, aciona Oyarzabal que vence Stones e Pickford. Os ingleses se lançam ao ataque em desespero mas a sorte parece ao lado dos espanhóis -Dani Olmo salva uma bola quase em cima da linha do gol. A Furia consegue controlar a partida com faltas e trocando passes à espera do apito final.
Espanha surpreende a Inglaterra com seus ponteiros velozes. Ingleses respondem recuando Rice para liberar os laterais e com as presenças de Palmer pela direita e Watkins abrindo os espaços na defesa. Furia, porém dá a tréplica com Cucurella aproveitando os espaços deixados (obtido via this11.com). |
Inglaterra faz boa partida mas é obrigada a se contentar com o vice pela segunda Eurocopa consecutiva. Southgate teve bom senso em tirar Trippier por Shaw mas acabou derrotado nos mínimos detalhes. Como sempre ocorre no futebol, o mata-mata não perdoa erros e o esporte sempre é decido nos pequenos pormenores.
Espanha consagra a renovação, tanto do elenco quanto do estilo de jogo. A campanha impecável durante a Euro 2024 simboliza o renascimento da Furia que havia se acomodado em 2014 e ficou devendo futebol nas últimas competições disputadas. O magnífico trabalho de Luis de la Fuente mostra que é possível mudar sem ter de abrir mão do estilo bonito e ofensivo.
Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024 |
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