domingo, 14 de julho de 2024

Incontestável

Espanha chega ao tetracampeonato e agora é a maior vencedora
da Eurocopa (imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024).



A Espanha é tetracampeã da Eurocopa e agora se isola como a maior vencedora da competição, desempatando com a Alemanha que ergueu três canecos. E a campanha da Furia foi totalmente irrepreensível com 100% de aproveitamento (sete vitórias em sete partidas) futebol bonito, defesa sólida, ataque eficiente e um estilo de jogo totalmente autoral assinado pelo treinador Luis de la Fuente, se desprendendo do Tiki Taka que trouxe tantas alegrias no passado mas que se mostrava totalmente desgastado.

O treinador espanhol repetiu o 4-2-3-1 utilizado contra a Alemanha -Carvajal e Le Normand, que cumpriram suspensão contra a França foram resgatados. Gareth Southgate, por sua vez, escalou a Inglaterra em 4-1-4-1 barrando o contestado Trippier para a entrada de Luke Shaw.

A Furia começou estudando o adversário com toque de bola mas não tardou a tentar o ataque com seus dois ponteiros. A Espanha bem que tentou forçar as jogadas pela direita mas a troca de Trippier por Shaw surtiu efeito e Yamal teve menos espaço.

O English Team, em princípio, respondeu pela direita com Saka, muito bem vigiado por Williams e Cucurella. Mesmo as jogadas iniciadas pela esquerda eram feitas em direção ao atacante do Arsenal. Aos poucos, os ingleses também foram utilizando também o lado esquerdo com Bellingham aberto por lá, mas o primeiro tempo terminaria em um justo empate.



Espanha, em 4-2-3-1, troca passes e tenta a infiltração pelas pontas,
mas o esquema inglês limita a ação dos espanhóis, principalmente
com Shaw na esquerda. Inglaterra, em 4-1-4-1, responde com Saka
e, posteriormente, com Bellingham agindo como um ponteiro pela
esquerda (imagem obtida via this11.com).



Luis de la Fuente troca Rodri por Zubimendi aparentemente por lesão do volante do City. A Furia adota o jogo mais direto com bolas longas e lances individuais, surpreendendo a Inglaterra. Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, Yamal inverte uma bola para Williams abrir o placar às costas de Walker em um raro vacilo do lateral.

Southgate dá a resposta com as entradas de Watkins e Palmer nos lugares de Kane e Mainoo, enquanto De la Fuente troca Morata por Oyarzabal para fechar os espaços. A Furia adianta as linhas em busca do segundo gol mas desperdiça muitas chances claras. O English Team dá a resposta com bolas longas às costas da defesa vermelha e Palmer, em jogada pela direita, acerta um petardo de fora da área.

A Espanha, mais cautelosa, diminui o ritmo até que Cucurella, em contra-golpe rápido pela esquerda, aciona Oyarzabal que vence Stones e Pickford. Os ingleses se lançam ao ataque em desespero mas a sorte parece ao lado dos espanhóis -Dani Olmo salva uma bola quase em cima da linha do gol. A Furia consegue controlar a partida com faltas e trocando passes à espera do apito final.



Espanha surpreende a Inglaterra com seus ponteiros velozes.
Ingleses respondem recuando Rice para liberar os laterais e
com as presenças de Palmer pela direita e Watkins abrindo os
espaços na defesa. Furia, porém dá a tréplica com Cucurella
aproveitando os espaços deixados (obtido via this11.com).



Inglaterra faz boa partida mas é obrigada a se contentar com o vice pela segunda Eurocopa consecutiva. Southgate teve bom senso em tirar Trippier por Shaw mas acabou derrotado nos mínimos detalhes. Como sempre ocorre no futebol, o mata-mata não perdoa erros e o esporte sempre é decido nos pequenos pormenores.

Espanha consagra a renovação, tanto do elenco quanto do estilo de jogo. A campanha impecável durante a Euro 2024 simboliza o renascimento da Furia que havia se acomodado em 2014 e ficou devendo futebol nas últimas competições disputadas. O magnífico trabalho de Luis de la Fuente mostra que é possível mudar sem ter de abrir mão do estilo bonito e ofensivo.



Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024




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