Yamal fez um gol e participou de outro (imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024). |
A França tinha o mapa da mina em mãos: com as suspensões de Carvajal e Le Normand, a Espanha teria de escalar os envelhecidos Nacho e Navas no lado direito da defesa. Mbappé e Theo Hernández tinham tudo para brilharem em cima dos dois "velhinhos" mas não contavam que a Furia daria a resposta às costas da dupla francesa.
Luis de la Fuente escalou a Espanha em 4-2-3-1 variando para 4-4-2 com Olmo se juntando ao ataque e com as escolhas de Navas e Nacho nos lugares de Carvajal e Le Normand, respectivamente. Didier Deschamps, por sua vez, enviou a França em 4-3-3 variando para 3-4-3 (com Tchouaméni voltando para fazer a "saída de três") e com três volantes (Kanté, Rabiot e o próprio Tchouaméni).
A Furia, como sempre, tomou a iniciativa com linhas altas e usando seus dois ponteiros para se infiltrarem em diagonal ou cruzarem bolas para Morata, mas os volantes dos Bleus conseguiram negar os espaços. A França, como esperado, respondeu pela esquerda com Mbappé forçando jogadas em cima do "velhinho" Navas que vacilou no gol de Kolo Muani e ainda levou um amarelo com apenas 14 minutos de jogo.
A partida, que parecia ser uma tragédia para Navas, mudou de cenário quando o lateral do Sevilla passou a contra-atacar pelos espaços deixados por Mbappé e Theo na esquerda francesa. Yamal passou a atuar por dentro e acertou um belo chute de fora da área para empatar. Minutos depois, houve uma trama pela direita e Dani Olmo arriscou em diagonal. A bola desviou em Koundé e entrou no gol de Maignan.
Espanha, em 4-2-3-1, tenta se infiltrar com seus dois ponteiros. França, em 4-3-3, responde pela esquerda com Mbappé forçando as jogadas sobre Jesús Navas. Furia dá a tréplica com o lateral do Sevilla explorando os espaços deixados por Theo e usando a movimentação de Olmo (imagem obtida via this11.com). |
Deschamps coloca Barcola, Camavinga e Griezmann nos lugares de Kolo Muani, Rabiot e Kanté alterando o esquema para um 4-2-3-1. A Furia controla a partida no toque de bola e quase sempre buscando Williams pela esquerda aproveitando o nervosismo de Koundé, visivelmente incomodado com a falha durante a primeira etapa. Os Bleus respondem com lançamentos ou forçando cobranças de escanteio mas a ansiedade dos franceses os fazem desperdiçar muitas chances claríssimas. Os ibéricos, que já haviam vencido os adversários no psicológico, apenas gastam o tempo até o apito final.
Furia vai à final graças à sua força mental visto que a Espanha não se desmanchou com o gol sofrido e soube manter os nervos no lugar até o momento para dar a resposta. Embora a partida tenha sido de Lamine Yamal (que participou dos dois gols), fica aqui uma menção honrosa a Jesús Navas que se redimiu dos erros cometidos durante os minutos iniciais.
Bleus vão embora de cabeça erguida. Fizeram uma partida correta contra a Espanha mas pecaram no aspecto psicológico visto que o time relaxou após abrir o placar e não teve nervos para construir suas jogadas durante o segundo tempo. E ainda cometeram um erro fatal ao não vigiarem o lado esquerdo de sua defesa por onde Yamal e Navas jogaram à vontade.
Imagem extraída de www.facebook.com/EURO2024 |
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