segunda-feira, 27 de julho de 2015

Deu Tudo Errado

Imagem extraída de http://worldgrandprix.2015.fivb.com/



Olá, queridos leitores e leitoras!

Gostaria, em primeiro lugar, de pedir desculpas pelo tempo em que seu blog ficou sem receber atualizações. O autor, neste exato momento, está resolvendo algumas questões pessoais -não se tratam de problemas, que fique claro- e, portanto, não tem tido muito tempo para acompanhar os jogos.


Neste final de semana, o vôlei brasileiro encarou três decisões: tivemos as duas finais dos Jogos Panamericanos de Toronto (vou falar do evento com mais detalhes em outro post) e também a fase final do Grand Prix Feminino.

A equipe masculina deu prioridade à Liga Mundial e optou por levar uma equipe reserva aos jogos no Canadá. Mas o time feminino enviou a maioria de suas titulares aos jogos em Toronto, à exceção da levantadora Dani Lins, e as reservas foram aos Estados Unidos para a disputa da fase final do Grand Prix. Para este post, vamos nos ater apenas ao desempenho das meninas.

Não podemos deixar de aplaudir a boa campanha das meninas na etapa classificatória, mas também não podemos deixar de criticar as exibições fracas da Seleção nesta fase final. Nas partidas contra a Rússia e contra os Estados Unidos, o Brasil atuou com uma apatia inexplicável apesar da qualidade comprovada de suas atletas. A ponta Natália foi muito mal nas partidas errando quase todos os fundamentos. As jogadas da levantadora Dani Lins foram muito previsíveis. A outra ponteira, Gabi, foi muito marcada e pouco pôde fazer para ajudar o time. E a central Carol, que foi pouquíssimo acionada? Ela poderia ser muito bem utilizada como alternativa para o ataque. Salvou-se a central Juciely, que está em excelente fase e foi a melhor jogadora do Brasil no campeonato.

O grande responsável, porém, foi o auxiliar Paulo Coco, que substituiu o treinador Zé Roberto (que estava no Pan). Paulo foi muito mal em todos os jogos desta fase: insistiu com jogadoras que estavam mal na partida, não parou o jogo nos momentos oportunos e só tomou alguma atitude quando a vaca já havia ido para o brejo. Se quer fazer testes ou dar moral para alguma jogadora, que o fizesse na fase classificatória. Uma decisão não é o momento ideal para inventar e, muito menos, passar a mão na cabeça de atletas. O bronze acabou sendo lucro para o time.

Discordei, aliás, da opção de priorizar o Pan. O Grand Prix é um torneio de maior relevância em relação aos Jogos Panamericanos e conta pontos no ranking da FIVB, ao contrário do torneio que foi realizado em Toronto. A meu ver, o Pan é que deveria ser utilizado para a realização de testes ou para dar quilometragem às jogadoras mais jovens.

Por falar no Pan, a Seleção foi bem, mas os problemas da equipe titular ficaram evidentes na derrota por 3x0 sets diante dos Estados Unidos. O Brasil é muito forte no bloqueio, mas o ataque foi mal na disputa pelo ouro. Sem Thaísa (lesionada) e Fabiana (poupada), nossa Seleção perdeu os alicerces de seu melhor fundamento. Jaque, lesionada, teve de atuar no sacrifício para ajudar Fernanda Garay no ataque, mas a dupla de ponteiras não conseguiu melhorar os números do Brasil neste fundamento. Não acho que tenha sido "imaturidade" o problema do Brasil na final, como disse Jaque.



Imagem extraída de http://worldgrandprix.2015.fivb.com/



O Brasil, ainda assim, conseguiu emplacar duas atletas na Seleção do Grand Prix 2015. As jogadoras eleitas para o o time foram:

Levantadora: Kreklow (Estados Unidos) 

Ponteiras: Natália (Brasil) e Robinsion (Estados Unidos)

Centrais: Juciely (Brasil) e Dietzen (Estados Unidos)

Oposta: Goncharova (Rússia)

Líbero: Malova (Rússia)

MVP:  Lowe (Estados Unidos)


Nossa Seleção também teve jogadoras eleitas para a seleção do Pan:

Levantadora: Carli Lloyd (Estados Unidos)

Ponteiras: Krista Vansant (Estados Unidos) e Melissa Vargas (Cuba)

Centrais: Adenízia da Silva (Brasil) e Rachael Adams (Estados Unidos)

Oposta: Nicole Fawcett (Estados Unidos)

Líbero: Camila Brait (Brasil)

Maior Pontuadora: Karina Ocasio (Porto Rico)

Melhor Saque: Gina Mambru (República Dominicana)

Melhor Defesa: Camila Brait (Brasil)

Melhor Recepção: Camila Brait (Brasil)

MVP: Carli Lloyd (Estados Unidos)


O Brasil fica de parabéns pelas medalhas conquistadas, mas acho que o planejamento deveria ter sido repensado em função da relevância dos campeonatos e as falhas dos times precisam ser corrigidas. No próximo ano teremos as olimpíadas em casa e a pressão pelo ouro será imensa.

Não é obrigação das equipes vencer, mas as falhas cometidas, principalmente as da fase final do Grand Prix, foram comparáveis às do futebol diante da Alemanha na Copa de 2014.



Imagem extraída de http://worldgrandprix.2015.fivb.com/



Leia mais:


Lance- E deu EUA também no Pan: http://blogs.lancenet.com.br/volei/2015/07/25/e-deu-eua-tambem-no-pan/



ADEUS, BIANCHI

Foram quase nove meses de luta, mas o piloto francês Julio Bianchi não resistiu e morreu no dia 17 de julho, em sua casa em Nice. Ele havia sofrido um acidente no dia 5 de outubro do ano passado e passou todos esses meses em coma até a data de seu falecimento. A morte de Bianchi é a primeira na Fórmula 1 desde a tragédia que custou a vida de nosso Ayrton Senna em 1994 e reabre novamente a discussão sobre a segurança na modalidade.



VERMELHO DE VERGONHA

A eliminação do Inter diante do Tigres teve muita culpa do time gaúcho. A equipe colorada havia feito dois gols no primeiro tempo e estava com o jogo na mão, mas relaxou e quase cedeu o empate. No jogo de volta, a equipe vermelha quis jogar com o resultado, preocupou-se só em se defender e levou um castigo. 3x1 ficou até barato para os gaúchos.


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