segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Eles Fizeram a Parte Deles. Será que Estamos Fazendo a Nossa?

Imagem extraída de https://www.facebook.com/toronto2015/



Encerraram-se no último sábado os jogos Parapanamericanos (ou "Parapan"), disputados por atletas que apresentam algum tipo de deficiência física.

O Brasil realizou uma campanha magnifica, terminando em primeiro lugar no quadro de medalhas. Foram 109 ouros, 74 pratas e 74 bronzes, totalizando 257 conquistas para o nosso país. Para se ter uma ideia da grandiosidade do desempenho de nossos paratletas, o Canadá, segundo colocado no quadro de medalhas, conquistou 50 outros, menos da metade dos brasileiros.

O que vou escrever a seguir talvez não passe de mero romantismo do autor, que enxergou muitos significados no desempenho de nossos paratletas lá em Toronto. Perdoe-me, portanto, o querido leitor ou leitora se eu extrapolar em alguns pontos.

Vejo os jogos destinados a paratletas como uma maneira destas pessoas superarem suas próprias limitações. Demonstrar que um atleta cego, paralítico ou amputado pode quebrar as algemas de suas próprias condições físicas e competir como verdadeiros atletas, representando nosso país.

Mais do que isso, vejo a participação dos paratletas nos jogos como uma luta por inclusão na sociedade. O deficiente físico sofre muito desprezo e preconceito. Muitas pessoas não têm paciência nem compreensão com uma pessoa que está presa em uma cadeira de rodas ou que precisa de um guia para percorrer as ruas.

Isso fica muito evidente quando percorremos as ruas daqui mesmo no Brasil. As calçadas, lugares e transporte públicos nem sempre possuem infra-estrutura adequada nem acessibilidade para o deficiente físico, como rampas para cadeiras de rodas, elevadores ou lugares destinados a cães-guia. Não obstante, muitos desrespeitam as vagas destinadas a portadores de deficiência sem nenhum tipo de cerimônia.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/USPioresMotoristas/



O Parapan oferece um precioso espaço na mídia para que o deficiente físico tenha projeção. Muito mais do que lutar por patrocínios ou por apoio do governo, o paratleta tem a grande oportunidade de nos ensinar lições de vida, demonstrando que uma condição física tida como "limitada" não é desculpa para desistir de viver ou de buscar um objetivo.

Os jogos, acima de tudo, permitem ao portador de deficiência revindicar mais espaço na sociedade. E nem são necessárias palavras para isto. O desempenho do Brasil no Parapan foi muito superior ao dos atletas brasileiros nos Jogos Panamericanos de 2015, quando ficamos em terceiro lugar no quadro geral de medalhas com 41 ouros, 40 pratas e 60 bronzes. Mesmo assim, o paratleta continua recebendo pouquíssima atenção e reconhecimento a despeito de terem conquistado mais medalhas.

O paratleta fez tudo o que o torcedor brasileiro "exige" durante o Parapan 2015: terminou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas, conquistou muitos ouros e representou com honras o nosso país nos jogos.

O melhor reconhecimento que o brasileiro pode dar ao paratleta, contudo, não precisa vir na forma de menções honrosas. O cidadão brasileiro pode retribuir agindo como um verdadeiro cidadão, repeitando os direitos do deficiente físico e tratando-o como um semelhante, afinal aquela pessoa que anda pelas ruas em uma cadeira de rodas também é um ser humano, exatamente como cada um de nós.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/toronto2015/



SULAMERICANA OCULTA

Praticamente todos os grandes times do Brasil vão disputar a Copa do Brasil, o que impede tais equipes de participarem da Copa Sulamericana. Em decorrência disto, não estranhe se a cobertura da competição continental for menor do que em outros anos, afinal as equipes que garantem mais audiência estarão concentradas em outro torneio.



PARABÉNS, FARMA!

Imagem extraída de https://www.facebook.com/handfemfarmausp

Gostaria de parabenizar o time de handebol feminino da faculdade onde me graduei, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP! A equipe foi campeã da Série Laranja da Copa USP ao derrotar o time da Escola de Educação Física e Esporte pelo placar de 16x11 no último sábado (dia 15). Com o título, a Farmácia foi promovida à Série Azul da Copa USP! Parabéns às meninas e à comissão técnica pela conquista!


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