Os Estranhos Placares da Copa do Brasil

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/

Assisti a três jogos pelas oitavas-de-final da Copa do Brasil 2015 pela televisão: Santos X Corinthians, Fluminense X Paysandu e São Paulo X Ceará. Nenhuma das equipes mencionadas me empolgou sob o ponto de vista técnico, exceto o Peixe.

Os demais jogos não parecem ter sido diferentes, com o Flamengo perdendo em casa para um Vasco na zona de rebaixamento, o Galo conseguindo um empate suado com o Figueirense no Independência e o Palmeiras vencendo com dificuldades um Cruzeiro ensaiando uma crise. Inter e Flu receberam rivais que nem estão na Série A e poderiam ter feito melhor em suas respectivas vitórias.

Os placares "estranhos" à primeira vista poderiam ser explicados por uma série de fatores. Os times em pior situação no Brasileirão têm menos a perder ao se arriscarem, o que pode justificar os placares. Também pesa a imprevisibilidade dos jogos em mata-mata onde nem sempre o melhor time (ou o mais regular) consegue vencer. Há ainda a possibilidade das equipes em melhor situação terem subestimado seus adversários.

O São Paulo, a meu ver, foi um caso a parte. O time até jogou um pouco de bola, mas pareceu desinteressando em campo. Não aparenta ser um problema técnico, mas sim de bastidores, algo que vem se tornando frequente no Morumbi. Salários atrasados, brigas políticas, problemas no vestiário. Tudo isto vem interferindo no desempenho do Tricolor nos últimos anos. É realmente estranho ver um time perder em casa duas vezes seguidas para rivais fugindo do rebaixamento.

Imagem extraída no Facebook oficial do Atlético Mineiro- https://www.facebook.com/atletico/

Não podemos tirar os méritos das equipes que estavam em pior situação, mas não podemos negar que faltou futebol à maioria dos times que eram considerados favoritos na competição. Se o time é considerado "grande", então que justifique em campo a grandeza que possui. O nome ou a camisa de um clube não ganha o jogo por si só. Os atletas e o treinador precisam demonstrar nas quatro linhas a fama da entidade.

A sorte dos times considerado favoritos é que nem tudo está perdido. Há os jogos de volta na próxima semana e as equipes que tropeçaram terão a chance de se redimirem de seus erros.

Os times precisam romper com essa cultura de subestimar o valor dos jogos de ida e supervalorizar as partidas de volta.

É claro que vale o placar final, aquele resultante da soma dos resultados dos dois jogos. Mas abrir uma boa vantagem na primeira partida joga a pressão para o adversário, além da possibilidade de se abalar psicologicamente o rival. Abrir uns quatro gols de vantagem facilitaria muito o trabalho no jogo de volta e ainda deixaria o adversário mentalmente abatido.

Nunca é demais repetir que quando o adversário é fraco, o negócio é não ter piedade e encher a rede dele de gols. É desta forma que o time grande se impõe e ainda deixa o rival seguinte preocupado, afinal como não temer uma equipe que venceu por um placar elástico?

Basta nos lembrarmos da última Copa do Mundo, quando a Holanda trucidou a então campeã Espanha pelo placar de 5x1. Todos os adversários que a Oranje enfrentou depois daquilo passaram a atuar com muito mais respeito e totalmente recuados.

Que os times reflitam profundamente a respeito dos placares desta semana. Todos eles poderiam ter feito muito mais em campo.

Imagem extraída do Facebook oficial do Internacional- https://www.facebook.com/SCInternacional.Oficial/

COMEÇA O CAMPEONATO ESPANHOL

A ESPN vem perdendo a exclusividade na transmissão das competições europeias nos últimos anos, mas conseguiu segurar o Campeonato Espanhol. Hoje terá início La Liga 2015-16 e você pode conferir um guia feito pela ESPN neste link. Será que os gigantes Barcelona e Real Madrid serão incomodados nesta temporada? Valencia, Atlético de Madrid, Sevilla e Athletic Bilbao deram amostras de que podem surpreender.

JENS LEHMANN

Genial a entrevista do ex-goleiro alemão Jens Lehmann, concedida ao jornal Lance. O ex-arqueiro falou sobre as deficiências do futebol brasileiro com relação à Alemanha, incluindo o fatídico episódio do 7x1. Tive o prazer de ler as palavras de Lehmann na manhã de hoje, e acho que todas as pessoas envolvidas no futebol -dirigentes, treinadores e jogadores- deveriam fazer o mesmo.