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A temporada 2015-16 já começou em alguns países da Europa, o que não era o caso da Espanha. O Barcelona (campeão da Champions League 2014-15) e o Sevilla (campeão da Europa League 2014-15), contudo, voltaram mais cedo das férias para a disputa da Supercopa da UEFA (ou UEFA Super Cup) realizada em Tblisi, capital da Geórgia. O ex-integrante da União Soviética preparou uma grande festa para receber os espanhóis e seu elegante futebol a despeito da partida ter sido realizada às 22:45h do horário local.
Ambos os times entraram bastante modificados em relação à temporada anterior. Os catalães tiveram os desfalques de Jordi Alba (Mathieu atuou improvisado na lateral esquerda) e Neymar (Rafinha Alcântara substituiu o conterrâneo). Os andaluzes não puderam contar com Aleix Vidal, Mbia, Bacca (que deixaram o clube durante a última janela de transferências), Rico, Carriço e Kolodziejczak (doentes). Coke, Krohn-Dehli, Gameiro, Beto, Rami e Krychowiak (recuado para a zaga) foram os substitutos.
O Barça, como sempre, tomou a iniciativa e a posse da bola. O Sevilla armou duas linhas de quatro para tirar os espaços dos rivais e tentar criar chances em contra-ataques. Os andaluzes, como sempre fazem os rivais do Barcelona, buscaram as laterais em busca do gol.
O surpreendente gol de Banega, anotado logo aos três minutos em cobrança de falta, foi uma clara demonstração que o Sevilla não viria apenas para se defender.
O Barcelona não tardou a dar a resposta. A equipe catalã, mesmo estando atrás no placar, manteve a calma e impôs o seu ritmo em campo. E conseguiu duas cobranças de falta próximas à área de Beto, devidamente convertidas por Messi.
O Sevilla sentiu o placar e se deixou encurralar. E levou mais gol no final do primeiro tempo, após jogada de Suárez pela direita e que terminou em gol de Rafinha pela esquerda.
O primeiro tempo terminava em 3x1 para o Barcelona. Um placar um tanto óbvio dadas as discrepâncias técnicas e financeiras entre as duas equipes.
Barcelona no 4-1-4-1 contra Sevilla no 4-2-3-1: o time catalão utiliza Messi e Rafinha abertos pelas pontas e adianta a zaga para manter a bola no campo de ataque. Andaluzes recuam com duas linhas de quatro, articulam contra-ataques com Vitolo e Reyes, e ainda usa Iborra e Gameiro para pressionar a saída de bola rival (obtido via this11.com). |
Suárez não tardou a ampliar a vantagem blaugrana no começo do segundo tempo para 4x1. A diferença de três gols parecia ser suficiente par assegurar mais um troféu ao clube catalão. Reyes até descontou minutos depois, mas isto não parecia ser um risco.
O treinador Luis Enrique provavelmente também pensou o mesmo e trocou seus jogadores de ataque por atletas defensivos. O winger Rafinha deu lugar ao lateral Marc Bartra e o meia Iniesta saiu para a entrada do zagueiro Sergi Roberto.
O treinador Unai Emery, do Sevilla, deu uma arejada no fôlego da equipe com a entrada de Konoplyanka no lugar de Reyes. Os andaluzes aproveitaram o recuo catalão para adiantar a marcação e passaram a pressionar a saída de bola rival.
O Barcelona não conseguia mais criar chances de gol e viu os Nervionenses chegarem com mais perigo ao gol de Ter Stegen.
Mathieu puxou a camisa de Vitolo dentro da área e o juiz marcou pênalti. O compatriota Gameiro converteu. 4x3. O alerta amarelo estava aceso no Barça.
Immobile (no lugar de Gameiro) e Mariano (no lugar de Iborra) foram a campo. Com fôlego de sobra, a dupla aproveitou que Mathieu estava amarelado e passou a criar chances de gol por lá. E conseguiram com o estrante Konoplyanka. O ucraniano empatou para os Rojiblancos e levou a disputa para a prorrogação.
Luis Enrique havia pagado o preço por recuar sua equipe tão cedo.
Sevilla pressiona a saída de bola no 4-4-2 mantendo Immobile e Konoplyanka próximos ao gol de Ter Stegen, além de criar chances com Mariano e Vitolo pelos flancos. Barcelona se encolhe em uma espécie de 4-4-2 "losango" e fica sem espaço para jogar (imagem obtida via this11.com). |
Se Luis Enrique errou ao colocar dois defensores no segundo tempo, ele se redimiu ao entrar com Pedro no lugar de Mascherano durante a prorrogação. O winger espanhol, que havia perdido espaço com Suárez e Neymar, colocou fogo no jogo com sua boa movimentação e velocidade.
Os atletas do Sevilla, que haviam crescido no segundo tempo, sentiram o desgaste físico durante a prorrogação.
O Barcelona acompanhou a entrada de Pedro e passou a jogar mais em velocidade. Os catalães não conseguiam mais trocar passes. Os andaluzes estavam completamente recuados e tiraram todo o espaço para o Barça jogar, além de cometerem muitas faltas. Restava ao time blaugrana tentar jogadas individuais ou bolas paradas.
Uma falta cometida próxima à área de Beto era tudo o que o Barcelona precisava. Messi cobrou, o arqueiro português rebateu. O argentino chutou de novo e o luso deu outro rebote. Pedro, que estava livre na direita, aproveitou que o goleiro estava batido e deu números finais à partida. 5x4.
O Barcelona, em 4-3-3, voltou a pressionar no tempo extra com jogadas em velocidade. O Sevilla, exausto, limitou-se a marcar e cometer faltas. Immobile e Konoplyanka, os únicos que ainda tinham pernas, pressionavam a saída de bola e tentavam criar alguma coisa (imagem obtida via this11.com). |
O Barcelona inicia seu ano futebolístico com o pé direito ao conquistar o troféu da Supercopa da UEFA. Os jogadores do Sevilla, mesmo derrotados, tiveram seus esforços reconhecidos e saíram de campo aplaudidos. E Iniesta ergue seu primeiro troféu como capitão do Barça.
Um excelente início de temporada para o clube catalão.
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SHAQIRI NO STOKE
Fui informado no último domingo pelo leitor Rafael Ferraro que Shaqiri havia acertado com o Stoke City, mas apenas ontem a contratação foi oficializada e divulgada nas redes sociais do clube. Boa sorte ao suíço-kosovar em terras inglesas e que o atleta consiga se firmar no time.
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