segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Que Tal Klopp na Seleção Brasleira?

Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB



A entrevista de Daniel Alves ao canal pago ESPN causou furor quando o lateral do Barcelona revelou que o treinador Josep Guardiola estaria interessado em treinar a Seleção Brasileira. O treinador catalão, hoje no Bayern München, estaria disposto a abrir mão de seu "ano sabático" em 2012 e teria até mesmo um esquema tático pronto.

Guardiola revolucionou o futebol graças ao seu Tiki-Taka (que nada mais é do que um upgrade do Totaal Voetbal de Rinus Michels e de Johan Cruyff) e fez o Barcelona ganhar praticamente tudo o que disputou. Suas ideias também foram aproveitadas pela Seleção Espanhola, o que levou a Furia a conquistar a Eurocopa em 2008 e 2012, e também a Copa do Mundo de 2010.

O treinador catalão talvez até aceitasse trocar o Bayern pelo desafio de comandar a Seleção Brasileira, algo que nenhum treinador estrangeiro teve a honra (ou a loucura) de fazer até o momento.

Eu, no entanto, penso em uma opção mais barata e igualmente inteligente: o alemão Jürgen Klopp, que está desempregado no momento e, portanto, não haveria necessidade de se pagar uma multa rescisória para contratá-lo.

Klopp, assim como Guardiola, é um treinador que aprecia futebol bem jogando, com a bola no chão e com troca de passes. Ele dirigiu o Borussia Dortmund entre 2008 e 2014 apostando em um jogo leve e coletivo, lembrando o próprio estilo do Barcelona.

Mais do que isso, Klopp também conhece o futebol alemão como ninguém, justamente aquele que nos causou a mais dolorosa derrota de nossa história futebolística. O Borussia de Klopp possuía a leveza típica da Espanha combinada à velocidade e à eficiência alemã. Seus defensores, apesar de não serem muito fortes, sabiam como negar espaços aos rivais grandões. E os meio-campistas, na base da correria ou do toque de bola, faziam a redonda chegar facilmente ao atacante Lewandowski, o único grandão da equipe -isso quando o grandalhão polonês não vinha buscar a bola sozinho no campo de defesa



Borussia Dortmund 4-2-3-1 football formation
O Borussia Dortmund na temporada 2012-13 escalada em
4-2-3-1: a equipe combina troca de passes com a eficiência
alemã fazendo bom uso do tamanho e da agilidade de
seus atletas (imagem obtida via footballuser.com).



O 4-2-3-1 de Klopp seria facilmente adaptável à Seleção Brasileira, com algumas mudanças: jogadores mais físicos dariam espaço a atletas mais técnicos e com melhor qualidade no passe. Os volantes teriam de sair mais para o jogo ao invés de apenas marcar. Os wingers teriam de voltar mais vezes para cobrir os laterais quando a equipe joga sem a bola: os laterais do Brasil nunca primaram pela qualidade na marcação, algo que também ocorre no Borussia, mas Reus e Błaszczykowski voltavam para ajudar Schmelzer e Piszczek na marcação.



Brazil 4-2-3-1 football formation
Um esboço de como seria uma possível Seleção sob a
batuta de Klopp: time em 4-2-3-1, com dois volantes com
qualidades ofensivas (Elias e Hernanes são os atletas que
melhor representam o modelo adotado por Klopp), dois
wingers e um centroavante (optei por Pato por falta de
opções -obtida via footballuser.com).



O principal problema com Klopp seria o idioma, afinal o técnico só fala alemão e trabalhou com pouquíssimos jogadores brasileiros. A presença de atletas que já atuaram no país -Rafinha, Dante, Luiz Gustavo e Firmino- poderia ajudar o treinador. Talvez, também fosse interessante a escolha de algum atleta ou ex-atleta brasileiro que tenha atuado por anos na Alemanha (Lúcio, Juan Silveira, Zé Roberto, Élber, ...) para trabalhar como auxiliar de Klopp e ajudar a "traduzir" as ordens do técnico.

Ele também jamais dirigiu uma seleção, mas Dunga foi escolhido em 2006 sem jamais ter comandado uma equipe sequer e obteve algum êxito em sua primeira passagem com dois títulos. Valeria a aposta.

Por enquanto, é uma utopia ver um treinador estrangeiro à frente da Seleção Brasileira, mas como nosso futebol anda decadente e há cada vez mais pressão por mudanças, o nome de Jürgen Klopp pode muito bem ser ventilado no Escrete Canarinho em algum momento.

Façam suas apostas.



Imagem extraída do Facebook oficial do Borussia Dortmund- https://www.facebook.com/BVB




LUCAS PRATTO

Oportunista, raçudo e talentoso. Assim vejo o centroavante argentino Lucas Pratto, que está cada vez mais à vontade no Atlético Mineiro e fazendo muitos gols. O treinador Levir Culpi até brincou e cantou o nome do hermano na Seleção Brasileira. Claro que é só brincadeira, mas como há muitas opções de qualidade na Seleção Argentina (Messi, Agüero, Tévez, ...) e estamos em uma verdadeira seca de bons centroavantes, acho que vale considerar tal opção. Como dizem por aí, "toda brincadeira tem um pouco de verdade".



CALMA!

Alguns colunistas estão fazendo verdadeiros alardes em cima da derrota que o Palmeiras sofreu em casa diante do Atlético Paranaense. Claro que o Verdão poderia ter feito muito mais, dada a quantidade de opções que possui e a qualidade de seus jogadores. Eu, no entanto, penso que ainda não há motivo para pânico e basta uma boa conversa no vestiário para se resolver o problema. E, claro, não podemos deixar de apontar os méritos do Furacão, que conquistou três pontos importantes na busca por uma vaga na Libertadores- título, por enquanto, é utopia.



DORIVAL JÚNIOR

Após tantos equívocos cometidos nos últimos anos, os dirigentes santistas deram uma dentro e trouxeram de volta o treinador Dorival Júnior. Dorival (ainda) não é o melhor treinador do Brasil, mas ele é tudo o que o Peixe precisa, devido à sua mentalidade ofensiva e sua facilidade de lidar com garotos da base. Ele soube ousar diante do Flamengo, tranquilizar seus atletas em um momento complicado e fazer o time praiano voltar do Rio de Janeiro com um ponto importante. Detalhe: o Santos terminou o primeiro tempo perdendo por 2x0.


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