quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Realidade Nua e Crua

Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



Quem acompanhou as primeiras rodadas do Brasileirão 2015 e se deixou empolgar pelo bom desempenho inicial de algumas equipes provavelmente está desapontado com o cenário atual da competição nacional.

Equipes consideradas "coadjuvantes" e que começaram bem o campeonato agora não conseguem mais engatar uma sequência de vitórias. Começaram a perder posições e algumas já estão se aproximando perigosamente da zona de rebaixamento. São os casos de Ponte Preta, Avaí, Goiás e Chapecoense.

Times que, por outro lado, são considerados "grandes" já começam a apresentar sinais de reação a despeito de crises que enfrentaram ou estão enfrentando. São os casos de São Paulo, Flamengo e Santos.

Esse tipo de situação não é novidade na competição inicial não é novidade e, provavelmente, nunca será.

Por que?

Porque na reta final da competição o poder aquisitivo de um clube pesa imensamente no desempenho de um time.

Os clubes mais endinheirados contratam mais e melhor, conseguem pagar melhores salários para seus atletas, dispõem de melhor infra-estrutura na preparação de seus jogadores e contam com mais opções para cobrir eventuais perdas.

Clubes de menor poder aquisitivo, por outro lado, não conseguem segurar seus jogadores e acabam perdendo seus destaques para os rivais mais endinheirados ou para o exterior. Um exemplo foi a Ponte Preta, que perdeu o importante meia Renato Cajá para os Emirados Árabes. Com isso, o time campineiro perdeu um de seus alicerces e a equipe passou a acumular resultados ruins. O treinador Guto Ferreira acabou pagando o pato nessa brincadeira.

Fica, obviamente, aquela sensação de que os times menores mereciam mais chances e mais sorte, afinal o futebol deveria ser ganho dentro de campo, onde são onze contra onze.

O dinheiro, contudo, também pode comprar o talento e as individualidades podem fazer toda a diferença no futebol apesar de ser um esporte coletivo. Clubes de maior poder aquisitivo, portanto, podem montar elencos melhores. É algo muito óbvio, mas que muitas vezes nos esquecemos quando questionamos a queda dos times "pequenos" na tabela.

O jogo do São Paulo contra o Figueirense ilustrou claramente esse cenário descrito no texto. Os donos da casa foram totalmente dominados pelos visitantes, mesmo contando com a força de sua torcida e pelo fato de contarem com um jogador a mais -o zagueiro são-paulino Luiz Eduardo foi expulso no segundo tempo.

O Tricolor ainda não debelou a crise e nem foi exatamente brilhante em campo. Mas o pouco do São Paulo foi muito diante do Figueirense e ficou muito claro que a discrepância financeira entre os dois clubes foi um dos diferenciais para a vitória dos visitantes.



Imagem extraída do Facebook oficial do São Paulo- https://www.facebook.com/saopaulofc/



DE VERDE PARA AMARELO

O alerta amarelo está aceso no Palmeiras, que perdeu sua terceira partida seguida. Um agravante foi o fato do Coritba estar ocupando a lanterna da competição até ontem. Uma das explicações para a sequência ruim do Palmeiras é de que o Verdão atua muito mais em contra-ataques do que ataques. Isso explica o sucesso diante de rivais como o São Paulo e o Corinthians, que tendem a sair mais para o jogo. Porém, o Coxa usou a mesma arma diante do rival paulista e acabou levando a melhor. E o treinador Marcelo Oliveira já vinha alertando a própria equipe de que os jogadores precisavam ter mais iniciativa em campo, mas, pelo jeito, ele não foi ouvido.



A CULPA É DA CBF

Eu acho que o árbitro Luiz Flávio de Oliveira acertou ao marcar o pênalti no final da partida Corinthians X Sport. A partida estava empatada em 3x3 e o lance foi crucial para definir o resultado do jogo. Porém, a CBF gerou desconfiança com a escalação de um árbitro paulista para apitar o jogo do Timão, afinal isto gerou uma imensa suspeita de que o juiz teria favorecido o time de seu Estado. O Sport, inclusive, deverá acionar o árbitro e a CBF pelo incidente. A CBF poderia muito bem ter poupado os clubes de todo esse estresse.
  

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