quinta-feira, 20 de agosto de 2015

O Clássico É Apenas um Jogo

Imagem extraída do Facebook oficial do Vasco da Gama- https://www.facebook.com/vascodagama/



A demissão do treinador Cristóvão Borges, que estava à frente do Flamengo, comprova como os clássicos são valorizados em demasia no Brasil. O Mengão não estava exatamente mal no Campeonato Brasileiro (13º colocado, com sete vitórias, dois empates e dez derrotas), mas a derrota em casa para um rival como o Vasco da Gama pesou e muito contra o técnico.

Clássico, obviamente, tem muita rivalidade em jogo. Os clubes, contudo, vêm extrapolando na adversidade e levando as disputas para fora das quatro linhas. Os torcedores de times rivais "se odeiam", como disse o volante Elias. Jogadores transformam os campos de futebol em verdadeiros ringues, com faltas duras e provocações. Dirigentes muitas vezes sequer mantêm alguma cordialidade com os cartolas de outros clubes. Não é exagero afirmar que rivais regionais tratam seus pares como verdadeiros inimigos.

Perder um clássico significa muito mais do que perder um jogo. Significa ser humilhado, ser alvo de chacota dos rivais. O impacto de tal derrota muitas vezes é tão grande que o time chega a perder o rumo na temporada. O treinador sempre é a maior vítima desse tipo de derrota, independente de seu histórico ou do momento que vivia até então.

Clássicos são, sim, jogos importantes pelo sua importância histórica e pela rivalidade. De fato, a rivalidade leva as partidas a níveis imprevisíveis, ao ponto de equipes em crise derrubarem arquirrivais em melhor momento. Mas os clássicos valem os mesmos três pontos que qualquer outro jogo em pontos corridos ou uma vaga para a fase seguinte no caso de campeonatos de mata-mata.

Não se deve dar tanta importância às derrotas em clássicos ao ponto de fazer um time sair dos trilhos. Não se deve, da mesma forma, trocar de treinador a cada clássico perdido, algo muito comum em equipes enfrentado crises. Tais atitudes são infundadas e sempre prejudicam a campanha dos times.

O clássico deve ser encarado como uma partida normal, como se valesse os três pontos ou a vaga para a próxima fase. Ganhou? Ótimo. Perdeu? Levanta a cabeça e segue a vida.

Perder em clássico não justifica uma crise e, tampouco, justifica mudar de treinador arbitrariamente. 



Imagem extraída do Facebook oficial do Santos- https://www.facebook.com/santosfc/



SOBROU DE UM LADO, FALTOU DO OUTRO

O Corinthians, no papel, tinha mais time que o Santos. Porém, o Timão não teve ousadia diante de um Peixe atrevido e empurrado por sua torcida na Vila Belmiro. O treinador Dorival Júnior está de parabéns por não abrir mão da característica ofensiva de seu time mesmo diante de um adversário tão difícil. Tite, por sua vez, parece ter abrido mão do que aprendeu em seus "estágios" na Europa para regredir ao estilo pragmático de 2011 e 2012.



ÓDIO EM CAMPO

Impressionante a atitude de alguns torcedores do Palmeiras que aplaudiram um acidente sofrido pelo treinador Vanderlei Luxemburgo após um "atropelo" de Dudu. O técnico cruzeirense fraturou um dos dedos após o ocorrido. É fato que Luxemburgo teve alguns desentendimentos com o Palmeiras no passado, mas será que justifica tamanho ódio contra o treinador?



CANDIDATO A SURPRESA?

O Valencia largou muito bem em seu retorno à Champions League. Os Murciélagos derrotaram o Monaco em uma partida equilibrada pelo convincente placar de 3x1 e abriram boa vantagem para o jogo de volta. O elenco e o estilo de futebol dos espanhóis agradam. Vejo até um razoável potencial para esta equipe, ao menos, chegar ao mata-mata.


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