sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Pressa Inimiga do Futebol

David Silva testou positivo para o coronavírus (Imagem
extraída de www.facebook.com/RealSociedadFutbol/)



Quando a Real Sociedad anunciou a contratação do meia-atacante David Silva, houve muita festa em Bilbao, afinal o clube basco estava contratando um grande craque e multicampeão pela seleção de seu país. O que deveria ser alegria, contudo, logo se tornou tristeza quando o jogador foi diagnosticado com o coronavírus. O atleta, mesmo que se recupere a curto prazo, perderá parte da pré-temporada e provavelmente desfalcará seu time nos primeiros jogos da temporada.

O Paris Saint-Germain, no mesmo dia que David Silva estava sendo anunciado pela Real Sociedad, emitiu comunicado alegando que Ángel Di María e Leandro Paredes estavam infectados com a COVID-19. Dois dias depois, Neymar (que passava as férias com os colegas argentinos) também testou positivo para a doença. Não obstante, o clube anunciou que mais três atletas estavam infectados: Mauri Icardi, Marquinhos e Keylor Navas. E, por fim, Kylian Mbappé também contraiu a doença enquanto estava a serviço da Seleção Francesa. Com a Ligue 1 já em curso (as partidas envolvendo o PSG haviam sido adiadas em decorrência da participação do clube na final da Champions League), o grupo desfalca o time nos primeiros jogos da temporada. 
 
 
 

Di María e Neymar também foram diagnosticados com o
coronavírus (reprodução www.instagram.com/angeldimariajm/)


Os casos mencionados foram apenas alguns exemplos do quanto o retorno do futebol foi precipitado mesmo na Europa, onde muitos países declaravam que a doença estava "sob controle". Mesmo com toda a precaução adotada por clubes e federações, foram inevitáveis os casos de contaminação.

É fato que a quarentena desencadeou uma forte crise que afetou todos os setores da economia, incluindo o esporte. Havia muita pressão para que o futebol retornasse, inclusive dos próprios clubes, o quanto antes para que os prejuízos fossem amenizados. E assim foi feito com boa parte dos campeonatos europeus sendo retomados a partir de maio -alguns como o francês e o holandês foram encerrados.

Os rigorosos protocolos de segurança adotados por clubes e federações, contudo, não foram suficientes para evitar que alguns jogadores se contaminassem.

O Paris Saint-Germain, que estreou ontem pela Ligue 1, não foi páreo para o Lens em virtude das ausências. Vários outros clubes iniciarão a temporada desfalcados devido a atletas que perderam a pré-temporada e agora estão sem ritmo de jogo.

Se o retorno ao futebol evitou prejuízo financeiro, não houve como evitar o prejuízo técnico em virtude dos desfalques.

A escolha foi dos clubes.



Diego Costa também foi diagnosticado com a COVID-19
(imagem extraída de www.facebook.com/AtleticodeMadrid/)
 
 
 
 

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