sábado, 31 de janeiro de 2015

Começa o Inchadão 2015

Imagem extraída de https://www.facebook.com/ItuanoFC



Tem início hoje a temporada 2015 para os times paulistas. E o primeiro compromisso será o Campeonato Paulista, torneio que se inicia neste final de janeiro e deve terminar apenas no final de abril -as datas das finais ainda não foram definidas.

A fórmula será a mesma adotada no ano passado: as vinte equipes serão divididas em quatro grupos de cinco times. As equipes enfrentarão todas as outras, exceto as que fazem parte de seu próprio grupo. Irão para as quartas-de-final os dois primeiros colocados de cada grupo e os últimos de cada chave serão rebaixados. Confuso? Eu também achei.

A competição está mais curta em relação a anos anteriores, com os times tendo que jogar pelo menos 15 partidas, ao contrário de outras edições quando os times enfrentavam uns aos outros em 19 rodadas. Mesmo assim, o campeonato continua inchado com uma quantidade muito grande de clubes e de partidas, sendo que muitos possuem um nível técnico tão baixo que não valem sequer a audiência.

Tamanha pobreza técnica acaba contaminando também os grandes clubes, que contratam treinadores cautelosos, sendo que muitos destes jamais chutaram uma bola na vida. Como resultado, os grandes acabam se nivelando por baixo, com faltas demais e criatividade de menos. Mesmo os clássicos acabam sendo uma chatice, salvo pouquíssimas exceções.

Vejo Corinthians, Palmeiras e São Paulo como favoritos ao troféu deste ano por terem elenco e muitas opções no banco para eventuais desfalques -algo que faz muita diferença a longo prazo. O Santos é uma incógnita, sabendo-se que muitos jogadores importantes deixaram o Peixe devido aos atrasos de salários e os Meninos da Vila devem compor o time principal. A Ponte Preta, que joga com a bola no chão, também pode surpreender. Ituano e Penapolense, que foram as grandes surpresas de 2014, dificilmente repetirão o feito, dadas as perdas que os dois clubes sofreram em seus elencos.

Vou acompanhar o Campeonato Paulista porque gosto de futebol e também pelo meu blog. Mas não crio muitas expectativas com relação ao nível técnico do campeonato. A competição tem partidas e times demais, e futebol de menos. O charme do torneio já se foi há muito tempo, mas os dirigentes ainda não parecem ter percebido isto.



Leia mais:

Globo Esporte- Guia do Paulistão: grandes apostam em reforços, e interior tem veteranos: http://globoesporte.globo.com/sp/noticia/2015/01/guia-do-paulistao-grandes-apostam-em-reforcos-e-interior-tem-veteranos.html

Globo Esporte- Paulistão: histórias de cidades e times do interior são ligadas pela ferrovia: http://globoesporte.globo.com/sp/sorocaba/futebol/campeonato-paulista/noticia/2015/01/paulistao-historias-de-cidades-e-times-do-interior-sao-ligadas-pela-ferrovia.html



ANTÍTESE ALEMÃ

Imagem extraída do Facebook oficial do Bayern München- https://www.facebook.com/FCBayern/

Com a conquista do tetra pela Mannschaft, o futebol alemão passou a ser considerado o melhor do mundo na atualidade, mas a Bundesliga não deixa de ter seus problemas. Na Alemanha, parece haver apenas o Bayern e mais nenhum outro time. A equipe bávara já está a oito pontos de vantagem em relação ao vice-líder, o Wolfsburg, e é questão de tempo para que cenas como a da foto acima se repitam. Para piorar, há uma quantidade absurda de grandes clubes alemães em crise e correndo risco de rebaixamento, como o Hamburger (Hamburgo), o Stuttgart, o Borussia Dortmund e o Werder Bremen. Se fosse apenas um clube, diria que é apenas um caso isolado de má gestão, mas há clubes demais em crise. Não pode ser uma coincidência.



PÉS NO CHÃO, PALMEIRENSES!

Passada a empolgação inicial pelas muitas contratações feitas pelo Palmeiras, acho que o torcedor deve ficar com o pé atrás com relação aos fatos recentes. Dinheiro não vem de graça e todo investidor quer algum retorno do clube pelos recursos injetados. O Verdão viveu outros dois "milagres econômicos" em sua história, o dos anos 90 (quando a Parmalat fechou uma parceria com o clube) e o de 2008-09 (quando a Traffic passou a investir no alviverde). Quando estas parcerias terminaram, o Palmeiras agonizou até ser rebaixado em 2002 e, novamente, em 2012. Que os dirigentes usem bem os recursos adquiridos e não cometam os mesmos erros de anos anteriores.



PUBLICIDADE DE GRAÇA, NÃO!

Gostei muito do texto escrito pelo jornalista Mauro Betting ("Secos e Molhados"), publicado na última quinta-feira no jornal Lance. O articulista escreveu que muitas emissoras referem-se ao Red Bull Brasil, clube que vai disputar o Paulistão deste ano, apenas como "RB Brasil". Tudo para evitar menções à empresa austríaca de bebidas. Eu prontamente me lembrei dos nossos clubes de vôlei, cujos times carregam no nome dos patrocinadores. Uma das dificuldades do patrocínio no voleibol brasileiro se deve justamente ao fato das emissoras não utilizarem os nomes corretos dos times apenas para evitar uma publicidade gratuita às empresas. Eu sempre faço questão de escrever o nome dos times por extenso -Sada/Cruzeiro, Molico Nestlé, Unilever/Rio de Janeiro, ...- justamente para que as empresas tenham visibilidade e, com isso, continuem ajudando seus clubes. Pena que muitos dos nossos meios de comunicação não percebem isso.


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