terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O Futebol Fica Mais Pobre Sem Riquelme

Imagem extraída de https://www.facebook.com/juanromanriquelme10/



Lamentei muito a aposentadoria do meia Juan Román Riquelme, anunciada no último domingo. O jogador de 36 anos estava atuando pelo Argentinos Juniors (clube por onde ele já havia tido uma passagem nas categorias de base) e decidiu se aposentar logo após ter ajudado o time a retornar à Primeira Divisão.

Riquelme teve passagens por muitos clubes, incluindo o Boca Juniors, o Barcelona, o Villarreal e o Argentinos Juniors. Pela Seleção Argentina, jogou de 1997 a 2008, mas disputou uma única Copa do Mundo, a de 2006 na Alemanha. Os títulos mais importantes de sua carreira foram três Libertadores (2000, 2001 e 2007 pelo Boca), um Mundial Interclubes (2000 pelo Boca), cinco títulos argentinos (1998, 1999, 2000, 2008 e 2011 pelo Boca) e uma medalha de outro olímpica (em 2008 pela Seleção Argentina).

O craque ficou conhecido pela qualidade ímpar de seus passes e pela sua exímia visão de jogo. Infelizmente, Riquelme também era conhecido pela personalidade forte e, frequentemente, se desentendia com os treinadores. Foi assim com Louis Van Gaal no Barcelona e com Diego Maradona na Seleção Argentina.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/juanromanriquelme10/



Riquelme é um tipo de jogador cada vez mais raro no futebol, como disse o compatriota Juampi Sorín. Faltam atletas da qualidade de Román, aqueles meias que organizam o jogo como poucos e podem ser chamados de maestros. O futebol está cada vez mais valorizando o aspecto físico em detrimento ao talento. Os meias capazes de pensar o jogo estão dando lugar aos brucutus que só correm ou dão trombada. E criação de oportunidades só em bola parada.

Nesse cenário, o futebol sempre lamenta toda vez que um artista do quilate de Riquelme, Alex Cabeção ou Zidane pendura as chuteiras. Isso significa menos um craque para alegrar o cada vez mais árido futebol moderno.

Eu ainda gostaria de ver Riquelme em campo por mais alguns meses, pelo menos até julho deste ano. Tinha esperanças de ver Román disputando a Libertadores mais uma vez -independente de qual clube ele estivesse defendendo- e, quem sabe, vê-lo em uma última Copa América, transmitindo um pouco de experiência aos garotos da Albiceleste e trocando alguns passes com o grande Messi. E olha que a Seleção Argentina ainda sente a ausência de um jogador como Riquelme.

Riquelme, meus profundos agradecimentos por tudo o que fez pelo futebol. O esporte sentirá muito a sua ausência. Faltam jogadores como você, que se destacam pela inteligência e talento ao invés dos músculos ou da estatura.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/juanromanriquelme10/



Leia mais:

ESPN- Riquelme anuncia aposentadoria: 'Decidi não jogar mais futebol': http://espn.uol.com.br/noticia/478733_riquelme-anuncia-aposentadoria-decidi-nao-jogar-mais-futebol




EU TENHO ORGULHO DO NOSSO HANDEBOL!


Imagem extraída de https://www.facebook.com/CbHbConfederacaoBrasileiraDeHandebol


Infelizmente, a Seleção Masculina de Handebol parou nas oitavas diante da fortíssima Croácia. A Seleção Masculina teve muita dificuldade para se classificar ao mata-mata (foram três derrotas e duas vitórias na fase de grupos) e acabou cruzando com a Hrvatska, que possui um título na competição e dois ouros olímpicos. O Brasil, no entanto, caiu de pé e deixa a competição de cabeça erguida. Nossa Seleção não vendeu barato suas partidas e, por muito pouco, não consegue passar pelos enxadrezados -perdeu por 26 x 25, apenas um gol de diferença. Parabéns ao treinador Jordi Ribera e aos jogadores pelo esforço e também por terem representado muito bem a nossa nação em Doha! Se o técnico e o elenco utilizarem bem a experiência adquirida no Catar, poderemos até sonhar com medalhas nos próximos anos.



A RAIZ DO PROBLEMA

Na edição de ontem do diário Lance, os dois articulistas -Eduardo Tironi e Flávio Garcia- demonstraram a mesma preocupação com a Copinha, bem como o aproveitamento das categorias de base pelos clubes. Coincidentemente, foi o mesmo assunto que abordei ontem aqui no blog. Fico feliz em saber que há mais pessoas que compartilham da mesma opinião e, principalmente, demonstram preocupação com o futuro de nossos meninos. E ainda acrescento: estamos perdendo talentos simplesmente porque não os aproveitamos e, ainda por cima, deixamos pessoas mal-intencionadas fazerem a cabeça de nossos garotos. Não a toa, várias promessas de nosso futebol nunca passam de promessas...


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