domingo, 22 de novembro de 2020

Eu e o Cartola FC

Imagem extraída de www.facebook.com/cartolafc



Conheci o Cartola FC em 2009 através de um amigo do laboratório onde eu estagiava. O Cartola é um fantasy game promovido pela Globo onde você compra jogadores, torce para que sejam valorizados (os atletas ganham ou perdem pontos de acordo com o desempenho ou scout da rodada), vende os futebolistas com lucro e depois repete o ciclo -na verdade as regras são um pouco mais complexas, mas era assim que eu jogava.

Meu amigo me explicou (e muito bem) as regras do jogo em pouco mais de quinze minutos. Ele até me ajudou a montar meu primeiro time. Cabe, aliás, mencionar que esse colega tinha um talento ímpar para ensinar, afinal com pouco tempo de explicação eu já havia entendido 75% de como funcionava a disputa. Hoje ele é professor de biologia no ensino médio.

Fui, com o tempo, aprendendo a jogar com o regulamento do jogo. Compreendi que tudo funcionava como a bolsa de valores onde você adquire ações que estejam em baixa e depois revende com lucro após a valorização. Dessa forma, eu comprava atletas com pontuação negativa e que fossem atuar em partidas fáceis para lucrar com deles.

Outro de meus trunfos era adquirir jogadores que sempre anotavam gols, independente da posição. Eu quase sempre pontuava com bons batedores de falta como Rogério Ceni, Chicão, Fábio Santos e Marcos Assunção. Zagueiros altos e bons no cabeceio também sempre me ajudavam como Alex Silva, Antônio Carlos e Rodrigo Caio. Como os scouts de ataque rendiam muito mais pontos que os de defesa, os tentos que eles anotavam compensavam eventuais falhas lá atrás.






A diversão ficou maior no ano seguinte, em 2010. Meus colegas de faculdade decidiram abrir uma liga no Cartola e fui competir com eles. Nós até fizemos uma aposta: quem terminasse o mês com mais pontos, ganharia um jantar na churrascaria Franboi, localizada atrás da USP. E eu ganhei!

Um desses colegas de faculdade, certa vez, precisou viajar e pediu para que eu operasse o perfil dele, uma vez que ele competia em outra liga na empresa que trabalhava -naquela época a internet móvel e os smartphones só eram acessíveis aos mais abastados. Montei um time diferente do meu para o amigo, mas sem tirar proveito da situação. Na segunda-feira após o término da rodada, o meu camarada disse que ele havia feito o maior número de pontos em sua turma graças ao time que elaborei.

Os meus amigos, com o tempo, foram abandonando o Cartola. A febre havia passado e o pessoal foi enjoando. Eu continuei jogando mas fui encontrando cada vez mais dificuldades para buscar parceiros ou abrir novas ligas.

O próprio Cartola também foi mudando seu perfil. O fantasy game recebeu uma versão paga que rendia prêmios aos seus vencedores. Até pensei em participar, mas eu nunca gostei de jogos onde há dinheiro envolvido. O sistema de pontuação do jogo também havia mudado e meu desempenho estava piorando, o que era mais um indício de que era arriscado demais para eu tentar a versão premium.

Abandonei o Cartola em definitivo ao término de 2017. Eu mesmo fiquei saturado do jogo. Confesso que fiquei um pouco chateado em parar mas o fantasy game já não tinha mais o que me oferecer. Ficaram as boas lembranças, as horas elaborando equipes e a diversão com os amigos. E, claro, o jantar que eu ganhei no Franboi após meu triunfo!



Fachada da churrascaria Franboi, onde eu comemorei meu desempenho
no Cartola (imagem extraída de www.facebook.com/churrascariafranboi)!




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