Consequências

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Olá, leitoras e leitores! Estou de volta após uma semana sem postar nada aqui no blog! Peço desculpas pela ausência e em breve explicarei detalhadamente na Farmácia dos Games o que motivou a interrupção das atividades, mas adianto que estava lutando contra o vício em jogos eletrônicos para celular e tive várias crises de ansiedade durante o período.

Tentei, durante o dia de ontem, assistir às semifinais da Champions League para escrever alguma análise mas não consegui acompanhar as partidas. Optei, então, por comentar a respeito do retorno do Paulistão 2021, que foi retomado durante o último final de semana após muita discussão entre a Federação Paulista de Futebol (FPF) e o Governo do Estado de São Paulo.

Os clubes, para evitar novos atrasos no calendário, aceitaram a determinação da FPF de jogar em intervalos de 48 horas entre as partidas, o que resultaria em até cinco jogos disputados em apenas uma semana, algo inimaginável levando-se em conta o desgaste gerado pelos embates.

Os próprios clubes desejavam o retorno do futebol temendo os prejuízos gerados pela paralização da temporada a despeito do aumento do número de casos da COVID-19 que levaram à lotação dos hospitais e a milhares de óbitos.

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Os dirigentes, no entanto, não parecem ter medido as consequências a longo prazo, algo típico de nós brasileiros. Os jogadores não tiveram férias após a temporada 2020 e, três dias após o término do Brasileirão 2020, já estavam em campo disputando o Paulistão 2021.

Nossos atletas estarão ainda mais susceptíveis às lesões devido à ausência das férias e com os intervalos menores entre os jogos. Os treinadores admitem a possibilidade de realizar um rodízio em seus elencos mas os técnicos precisam dos resultados para manter seus empregos e nem todos os nossos times possuem opções no banco para manter o desempenho das equipes.

A atitude dos clubes torna-se ainda mais condenável levando-se em conta que é apenas o insignificante Campeonato Paulista que está em disputa, torneio que há anos deixou de ser relevante. Os jogadores, com isso, chegarão desgastados às competições realmente importantes -Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e Sulamericana. Há o risco dos nossos times realizarem campanhas espetaculares no estadual e lutar contra o rebaixamento no nacional. A pressa pelo resultado a curto prazo sempre fala mais alto na tomada de decisões.

Os clubes deveriam disputar o Paulistão com as equipes sub-20, que não disputaram a Copa São Paulo de Juniores neste ano e poderiam tranquilamente jogar o estadual enquanto os titulares teriam férias mas, novamente, a pressa pelo resultado a curto prazo.

Resta torcer para que os treinadores tenham bom senso, ofereçam descansos periódicos aos titulares e utilizem a base para a sequência da temporada. Os clubes poderiam trazer reforços, mas a situação econômica da maioria de nossas instituições não permite loucuras neste momento.

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