terça-feira, 27 de abril de 2021

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Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc



Olá, querida leitora e querido leitor. Gostaria de pedir desculpas pela ausência de atualizações no blog e preciso informar que o autor está apresentando alguns problemas de saúde durante os últimos dias que o impediram de escrever os textos. Vou tentar manter a frequência dos posts na medida do possível até a minha recuperação.

O treinador Ariel Holan surpreendeu a todos e pediu desligamento do Santos no dia de ontem, algumas horas após a derrota para o Corinthians na Vila Belmiro, ocorrida na noite do último domingo. Torcedores teriam protestado em frente à casa do técnico após o revés em casa e soltado fogos de artifício em direção à residência.

A demissão do treinador dividiu opiniões entre os torcedores santistas. Há campanhas nas redes sociais pedindo para que o técnico permaneça na Vila Belmiro. Holan já passou por uma situação semelhante enquanto comandava o Independiente, clube onde foi campeão da Sulamericana em 2017: o técnico havia pedido o desligamento do Rey de Copas após a conquista do título devido a ameaças de torcedores, mas acabou voltando atrás três dias depois. A saída do Santos, contudo, parece definitiva.



Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc



O Santos, de fato, faz uma temporada morna. O Peixe sofre no fraco Campeonato Paulista mesmo diante de rivais com menos elenco e poderio financeiro. A equipe, após um início promissor na Libertadores, estreou com derrota em casa na fase de grupos. As dívidas, os salários atrasados, a crise política e a punição da FIFA (revertida com a venda de Soteldo) começaram a se refletir no desempenho em campo.

O torcedor santista, por outro lado, acostumou-se com grandes campanhas a despeito da situação caótica na Vila Belmiro. O vice no Brasileirão com Jorge Sampaoli em 2019 e o vice na Libertadores com Cuca em 2020 foram verdadeiros milagres dos treinadores, que tiveram como mérito isolar o elenco das crises e motivar o grupo a despeito dos salários atrasados. Mas, como expliquei no post de sábado, o Santos não pode contar com a sorte o tempo todo e uma hora o clube pode ruir, assim como aconteceu com Botafogo, Cruzeiro e Vasco.

Holan demonstrou muita boa vontade no banco de reservas. Segundo jornalistas, o treinador estava ciente da situação financeira do clube e, mesmo assim, aceitou treinar o Santos. O argentino, porém, não é Cuca e nem Sampaoli. É muito difícil para qualquer comandante liderar uma equipe curta, com salários atrasados e sem direito a reforços. E também é difícil evidenciar que as campanhas de 2019 e 2020 foram verdadeiros pontos fora da curva, e não sucessos de planejamento ou gestão.

Resta ao Santos encontrar um "bombeiro" adequado para reerguer o time e manter a equipe viva nas competições em disputa -os nomes de Dorival Júnior, Fábio Carille, Fernando Diniz e Lisca Doido foram ventilados. Quanto a Ariel Holan, o argentino ainda não teve seu nome ligado a nenhum clube por enquanto.



Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc




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