terça-feira, 27 de abril de 2021

Em Time que Ganha Também se Mexe

Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague



Carvajal, Varane, Marcelo, Modrić, Casemiro, Kroos, Benzema, ... Aquela geração que começou a ser montada no final da década de 2000 rendeu muitas alegrias ao torcedor do Real Madrid. Foram quatro títulos na Champions League sendo três consecutivos. Aquele tempo, no entanto, parece que passou.

O Real, com a bênção de Zidane, manteve a base vencedora da década passada enquanto o Chelsea renovou seu time e mudou bastante o perfil de suas contratações: ao invés de apostar em medalhões ou grandes estrelas, os Blues agora investem em atletas mais jovens. E a juventude da equipe inglesa parece ter feito toda a diferença em campo.

Ambos os times entraram de maneiras muito parecidas em campo, com esquemas de três zagueiros e com mais cautela na execução, visto que qualquer erro poderia ser fatal. O Chelsea, porém, imprensou o Real, adiantando suas linhas e abusando da intensidade de seus jogadores.

O Real parecia sem pernas para enfrentar os jovens do Chelsea, visto que o time espanhol era lento para aproveitar os contra-ataques e dificilmente ganhava na corrida dos Blues. Apenas as subidas de Vini Jr. pela esquerda ou os chutes fora da área de Kroos representavam algum perigo aos ingleses. Os Merengues procuravam Benzema mas o atacante estava sempre muito bem vigiado pela zaga londrina. Não a toa, os Blancos deram poucos chutes a gol no primeiro tempo.

O Chelsea recuou o volante Jorginho e soltou os meio-campistas Mount e Kanté para atacarem. Com as linhas adiantadas e mais homens na área adversária, os Blues abriram o placar com justiça graças a Pulisic. A pressão azul continuava, mas o Real conseguiu empatar com Benzema em um golaço após cobrança de escanteio.



Chelsea em 3-4-3 adianta suas linhas e imprensa o Real Madrid.
Jorginho recua e permite os avanços de Mount pela esquerda e
Kanté pela direita. Merengues se defendem em 3-5-2 e têm apenas
Vini Jr. como desafogo pela esquerda, além dos demais jogadores
buscando Benzema, muito bem vigiado pela zaga azul
(imagem obtiva via this11.com)



O Real conseguiu equilibrar um pouco a partida no segundo tempo com o lado direito participando um pouco mais além de mais alguns chutes de fora da área com Kroos que geraram alguns escanteios, mas o parâmetro não mudou muito. E com as linhas espaçadas, os donos da casa cederam muitos contra-ataques ao Chelsea.

O treinador Thomas Tuchel queria o resultado e manteve a pressão mas a zaga e o goleiro Courtois conseguiram segurar o empate. O Chelsea manteve a intensidade e continuava se impondo fisicamente sobre o Real .



Com a entrada de Hazard e com Modrić mais participativo pela
direita, Real equilibrou o confronto, mas o Chelsea seguia mais
intenso e perigoso (imagem obtiva via this11.com)



Chelsea amarga um empate injusto. Os ingleses jogaram melhor, se impuseram tanto na técnica quanto na parte física, imprensaram os espanhóis e mereciam ter deixado o Alfredo Di Stéfano com a vitória.

A atual geração do Real dá mostras de que está chegando ao final de seu ciclo e o elenco pede uma renovação. Os jogadores Merengues sofreram bastante com a intensidade inglesa, demonstraram pouco repertório em campo e só levaram perigo real em lances de bola parada.

O Real Madrid, independente de conquistar algum título na temporada, precisa considerar um rejuvenescimento no elenco, que mostrou-se em dificuldades diante de jovens com mais velozes e com mais explosão muscular.

Zidane, aliás, pode ser um empecilho nesta renovação visto que ele é muito apegado aos seus jogadores e defende o elenco das críticas sempre que possível. Talvez ele também tenha de fazer parte das mudanças que o Real Madrid necessita.



Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague




Nenhum comentário:

Postar um comentário