quarta-feira, 22 de abril de 2015

O Santos É Muito Mais do que Neymar

Imagem extraída do Facebook oficial de Neymar- https://www.facebook.com/neymarjr



Vocês repararam como os jogos do Santos vêm tendo cada vez menos espaço na mídia? "Coincidentemente", isto vem acontecendo desde que o craque Neymar trocou o Peixe pelo Barcelona em 2013.

Toda a atenção que o Santos recebeu da mídia entre 2010 e 2013 se deveu ao sucesso do menino de cabelo moicano. O garoto apresentou um futebol artístico como há muito não se via em nossos gramados. A mídia, obviamente, ajudou dando muito espaço ao atleta na televisão. E junto vieram os milhares de contratos publicitários que tornaram o rosto do menino da Vila ainda mais famoso. Muitos assistiam aos jogos do Peixe muito mais por causa de Neymar, e não pelo amor à equipe praiana.

Quando Neymar foi embora, ficou evidente a falta de planejamento dos dirigentes santistas. Não foi criado nenhum projeto para suprir a saída do talentoso atacante, o que já vinha sendo anunciado desde 2010. O Santos tornou-se tão dependente de sua estrela que esqueceu-se de que um dia ele iria embora para a Europa, destino de nossos maiores craques. O Peixe tentou tapar o buraco deixado pela sua joia com outros garotos formados nas bases santistas, como Neílton, Gabigol e Geuvânio, mas nenhum deles ainda demonstrou potencial para preencher o vazio deixado pelo atacante.

Sem Neymar, o interesse da mídia e dos torcedores modinhas pelo Santos diminuiu. Não havia mais graça acompanhar aquele time que tanto se tornou dependente do menino de cabelo moicano. Jogos do Peixe na televisão só se for final de algum campeonato, e olhe lá. O clube praiano, mais uma vez, havia sido jogado para escanteio pela mídia, assim como havia acontecido quando Pelé e Robinho anunciaram suas respectivas saídas da Vila Belmiro

Obviamente, o dinheiro sempre fala mais alto para se decidir qual jogo receberá mais atenção da mídia, e os lucros das emissoras são proporcionais à audiência das partidas. Os modismos ou o ódio em relação à equipe têm muita influência no número de expectadores de um confronto. Basta ver quantas pessoas assistiram ansiosas ao rebaixamento do Corinthians em 2007, ou quantos cidadãos paravam o que estavam fazendo apenas para ver Neymar desfilando nos gramados. Logo, se o craque do momento não joga mais no Santos, não há mais motivo para ceder espaço caro a um "time comum".

Um agravante para o Santos em 2015 foi a crise econômica que atingiu todo o futebol brasileiro. O Peixe sofreu ainda mais porque não teve como honrar os salários de muitos jogadores importantes e viu muitos deles abandonarem o clube com ajuda da justiça. O time da Vila, com isso, não era considerado favorito ao título paulista mas, provavelmente, seria grande demais para cair à Série A-2 do Paulistão. Seria, portanto, mais um time a ficar pelo meio da tabela e, portanto, não seria digno de atenção da mídia.

O Peixe, contudo, tratou de dar a resposta na bola a todo esse descaso da mídia apesar de todas as limitações financeiras. O futebol ainda não é o mesmo dos tempos de Ganso e Neymar, mas há talentos individuais suficientes para entreter o espectador, como o meia Lucas Lima. Ricardo Oliveira e Robinho já não atuam no mesmo nível da década passada e se lesionam com muito mais frequência, mas compensam isto com experiência e talento em campo. Talento, aliás, é algo que nunca envelhece.

O Santos não perdeu, ainda, nenhum confronto com os grandes rivais, Corinthians, Palmeiras ou São Paulo. O Peixe fez tudo isso a despeito de estar em uma situação financeira muito mais delicada que a dos adversários. Conseguiu motivar seus atletas com algo mais do que dinheiro para que se superassem em campo e enfrentassem os oponentes de igual para igual.

Há quem ainda acredite que o Santos não é mais o mesmo sem Neymar e, portanto, é justo que o Peixe fique para escanteio na mídia em decorrência disto.

A reposta está aí.



Imagem extraída do Facebook oficial de Neymar- https://www.facebook.com/neymarjr



E POR FALAR EM NEYMAR...

Foi uma tarde dos sonhos para o ex-menino da Vila. Neymar fez os dois gols da vitória sobre o PSG e classificou o Barça para as semifinais. Iniesta e Daniel Alves, ambos voltando de lesão, serviram o atacante brasileiro no primeiro e no segundo gol, respectivamente. Mesmo dispondo de atletas maiores e mais fortes que o Barcelona, os franceses pouco incomodaram o goleiro Ter Stegen e ainda passaram boa parte do tempo correndo atrás da bola. Algo muito rotineiro quando se enfrenta o time catalão.



SÓ FALTOU UM

O Porto, um time tipicamente ofensivo, entrou em campo para segurar a vantagem de 3x1 sobre o Bayern, conquistada na partida de ida, mas não conseguiu fazer nem uma coisa nem outra. O toque de bola dos bávaros desmontou a frágil marcação portista e os alemães já estavam fazendo 5x0 ainda na primeira etapa. Deu pena também do goleiro Fabiano (ex-São Paulo) que falhou em pelo menos dois gols. O Bayern, que é base da Seleção Alemã, ficou a apenas um gol para igualar o feito da Mannschaft aqui no Brasil, quando nos derrotaram por 7x1 (o jogo terminou em 6x1). Ah! E os bávaros não contaram com Robben, Schweinsteiger e Ribéry, todos lecionados.


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