sábado, 25 de abril de 2015

Quando o Troféu É Apenas um Mero Detalhe

Imagem extraída de https://www.facebook.com/uefaeuro



Quais as reclamações dos torcedores com relação aos seus times? Equipes que não vencem, atacantes que não fazem gols, meias que não correm, zagueiros sem raça, goleiros que falham, treinadores que não conseguem fazer os times reagirem, e por aí vai.

As exigências no futebol do Brasil são muito grandes. O brasileiro acostuma-se com os troféus e não quer deixar a peteca cair. Quer os resultados para que o time esteja sempre no topo. Qualquer coisa abaixo disto não interessa. Um vice-campeonato nunca é valorizado no Brasil, muito pelo contrário: é motivo de escárnio e de deboche.

Times de outros países também são sempre muito exigidos, mas seus torcedores sempre reconhecem o esforço dos atletas. O Porto, por exemplo, sofreu uma goleada de 6x1 do Bayern na semana passada e, mesmo assim, seus atletas foram recebidos como heróis. Os fãs reconheceram o esforço dos jogadores que há anos não conseguiam classificar os Dragões para as quartas-de-final.

Imaginem, então, uma seleção de pouquíssima tradição no futebol. Um time que, reconhecidamente, participa de um campeonato com pouquíssimas expectativas de vencer. E o pior: seriam os anfitriões do torneio e o risco de passar uma "vergonha" em casa era iminente, sobretudo em uma chave com três rivais com muita tradição no esporte.

A Seleção Ucraniana disputou a Euro 2012 como país-sede, junto com a Polônia. Suas expectativas de título eram praticamente nulas. Mesmo uma vitória era muito difícil diante da França, Inglaterra ou Suécia. A Ucrânia estava com uma equipe bastante envelhecida. Muitos jogadores já tinham 30 anos ou mais, incluindo seus principais astros, Anatoliy Tymoshchuk e Andriy Shevchenko.

Sheva, por sinal, já não era mais aquele jogador que ganhou tudo no Milan na década passada -incluindo uma Champions League em 2003 e a Bola de Ouro em 2004. Aos 35 anos (na época), já não poderia mais fazer a diferença como no auge de sua carreira. Ele já havia protagonizado dois atos heroicos no passado ao ajudar a Ucrânia a se classificar para a Copa do Mundo de 2006 e ainda fazer o milagre de levar sua equipe às quartas-de-final daquele mundial (foram eliminados pela campeã Itália). Títulos nunca faltaram a Shevchenko, mas conseguir um troféu pelo selecionado de seu país era praticamente impossível. A Euro 2012 seria apenas uma despedida da seleção para astro.

A Ucrânia venceu apenas um dos três jogos disputados e acabou eliminada ainda na fase de grupos. A única vitória ucraniana, porém, foi mais do que suficiente para consagrar o veteraníssimo Shevchenko e levar seu torcedor ao delírio. Sheva fez os dois gols (os únicos do time da casa na competição) que decretaram a virada sobre a Suécia e a vitória da Ucrânia. Foi uma grande loucura. Os fãs chegavam a parar o atacante na rua para cumprimentá-lo pelo feito. Pareciam estar comemorando um título, mas foi "apenas" uma vitória e uma grande despedida do maior jogador ucraniano de sua seleção.

Troféus nunca faltaram na carreira de Sheva, mas ele não precisou de nenhuma taça ou título para ser aclamado como herói em seu país. Tudo o que ele precisou foi fazer dois gols e conquistar uma única vitória na Euro 2012.

Nenhum torcedor se importou com o fato dos anfitriões terem sido eliminados em casa ainda na fase de grupos -o que, convenhamos, era esperado. O que eles queriam é ver seu grande ídolo vestindo a camisa da seleção de seu país uma última vez. Vencer ou fazer gols eram meros detalhes.

Sheva, porém, fez muito mais do que isso. Ele fez a diferença uma última vez nos gramados. O que seria considerado pouco em nossa cultura, significou muito para o povo ucraniano. Ele foi o grande herói de seu país mais uma vez.

Enquanto nós estávamos aqui reclamando dos vice-campeonatos de nossos times e nos deixando levar pelas provocações dos rivais, Shevchenko estava lá na Ucrânia sendo ovacionado como herói. E ele nem precisou de um troféu para isto. Até porque, ele já havia conquistado vários em sua carreira.



Imagem extraída do Facebook oficial de Andriy Shevchenko-
https://www.facebook.com/shevaofficial/



O QUE FAZER COM JÓBSON?

Quando a carreira do atacante Jóbson parecia estar entrando nos eixos, o atleta sofreu mais um duro golpe. O jogador foi suspenso por 4 anos pela FIFA após ter se recusado a fazer um exame anti-doping quando atuava pelo Al Ittihad, da Arábia Saudita. A punição dividiu opiniões dos comentaristas, lembrando que Jóbson já foi flagrado em 2009 pelo uso de crack e que quatro anos a menos na (curta) carreira de um jogador é muito tempo perdido. Admito que a punição foi exagerada (acredito que um ano estava de bom tamanho), mas eu questiono o porquê de Jóbson ter se recusado a fazer o exame na época.



SERÁ O FIM DESTA VEZ?

A levantadora Fofão, do Rexona Ades, garante que vai se despedir das quadras ao final desta temporada. Ela já havia cogitado se aposentar após a temporada anterior, mas acabou renovando seu contrato por mais uma temporada. Honestamente, tenho minhas dúvidas. É muito difícil para um esportista mudar de rotina após anos convivendo com treinos, competições, as vitórias, os colegas de time e o carinho da torcida. Que o digam os veteranos Rogério Ceni, Valentino Rossi, Gianluigi Buffon, Andrea Pirlo, ...



ROUPA NOVA


Imagem extraída de http://www.mantosdofutebol.com.br/


Já estão circulando nas lojas brasileiras alguns uniformes que as seleções usarão na Copa América 2015. O preço das camisas aumentou bastante devido à alta do dólar e à inflação -antes custavam por volta de R$ 189,90 e hoje são vendidas por aproximadamente R$ 239,90. Vi os uniformes da Argentina, Colômbia, México e Paraguai, todos assinados pela Adidas. Não fiquei muito impressionado com nenhuma das camisas à primeira vista, exceto a do Paraguai (foto acima) que está belíssima com detalhes nas listras. Quando todos os uniformes forem lançados, farei um post a respeito do assunto, pois sou fã de camisas de times.


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