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| Imagem extraída do Facebook oficial do Corinthians- https://www.facebook.com/corinthians/ |
Dá para acreditar? Li rumores de que a cabeça do treinador Tite pode rolar caso o Timão seja eliminado do Paulistão ante o Palmeiras hoje à tarde e/ou caso o Coringão não vença (e elimine) o São Paulo na quarta.
Tem mais: Oswaldo de Oliveira também estaria com o cargo ameaçado devido ao futebol pouco convincentes do Verdão e também devido à irregularidade da equipe.
Obviamente, isso tudo não passa de fumaça para vender jornal, mas sabemos como o torcedor brasileiro é passional e ele consegue transformar deuses em demônios em questão de segundos. Tudo depende de como o time foi no último clássico ou na última "decisão".
No São Paulo, por exemplo, todos os torcedores quiseram Muricy Ramalho em 2013 quando o clube vivia uma de suas maiores crises. Em 2015, contudo, o treinador não venceu nenhum clássico e os mesmos torcedores que pediram o retorno do técnico o chamaram de "burro" após as derrotas para Corinthians e Palmeiras.
Tite foi muito injustiçado em 2013, quando deixou o Timão pela porta dos fundos. Seu modelo de "futebol eficiente" havia se esgotado, mas ele ainda tinha muito a oferecer ao Timão. Agora, ele retorna provando isto com resultados e, principalmente, com futebol de qualidade. Será que vale a pena desistir de tudo isto por conta de um eventual acidente de percurso? Lembrando que no mata-mata, nem sempre o time melhor avança. Quem não se lembra quando o Chelsea, jogando um futebol digno de uma Série B, passou pelo Barcelona e pelo Bayern?
O Palmeiras apresentou um grande projeto para recolocar o time entre os grandes do Brasil. A equipe ainda não decolou mas pode ir longe se os dirigentes bancarem o elenco e o treinador nos momentos de tempestade. Esse negócio de pressionar treinador por resultado a curto prazo nunca deu certo, mas o brasileiro não abre mão dessa maldita cultura de ficar cobrando tudo para ontem. De novo: vale mesmo a pena abrir mão de todo o projeto por causa de um "acidente de percurso"?
O próprio Tite pode ser usado como exemplo de como precisamos romper com essa maldita cultura de resultados a curto prazo. Em 2011, o Corinthians caiu diante do Tolima na Libertadores e do Santos no Paulistão. Os dirigentes bancaram o treinador e o técnico correspondeu à confiança conquistando todos os títulos possíveis.
Ademais, os treinadores já estão pressionados o bastante. Eles sabem como é importante vencer os próximos jogos, seja pelos títulos, seja pela grandeza dos rivais. Não precisam de mais cobranças. Ninguém gosta de perder.
Se os dirigentes e torcedores, ainda assim, quiserem as cabeças de seus respectivos treinadores em caso de revés, que estejam à vontade, mas fiquem avisados: isto jamais ajudou os clubes em nenhuma situação, seja na luta por títulos, seja para fugir de rebaixamentos.
SORTE PARA UNS...
O Arsenal, com um gol salvador de Alexis Sánchez na prorrogação, derrotou o valente Reading nas semifinais da FA Cup. Com isso, o elegante time de Arsène Wenger vai à final em maio e segue vivo na luta pelos troféus, algo que andou fazendo muita falta aos Gunners nos últimos anos. Os treinadores brasileiros, aliás, devem ter muita inveja da estabilidade e confiança da qual o técnico francês goza no Arsenal.
... AZAR PARA OUTROS
O Liverpool abriu o placar com Coutinho na outra semifinal da FA Cup, mas sofreu a virada e foi eliminado da competição, perdendo a chance de conquistar, ao menos, um troféu na temporada. Penso os motivos que levaram os Reds a realizaram uma temporada abaixo das expectativas a despeito de todo o investimento que foi feito na equipe. Será que a saída de Luis Suárez para o Barcelona foi tão sentida assim?
A CULPA É DE QUEM?
Jornais andaram afirmando que as desavenças de Guardiola com a equipe médica do Bayern München fizeram o clima na equipe esquentar. O treinador teria culpado os médicos pelo excesso de desfalques na equipe, motivo que teria levado à surpreendente derrota dos bávaros diante do Porto na última quarta-feira. Um médico que estava há mais de 10 anos na equipe foi demitido após o revés, o que deu sustentação à história. Eu penso outra coisa: Guardiola é um dos treinadores mais competentes e vitoriosos do mundo, mas tomou algumas decisões contestáveis desde que chegou ao Bayern. Uma delas foi ter deixado Kroos e Shaqiri (que poderiam cobrir as ausências de Robben e Ribéry) irem embora. A dupla havia feito uma grande Copa do Mundo e provou que ainda poderia contribuir muito com o time bávaro.
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