 |
| Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc |
Durou apenas uma semana o que deveria ser um feliz reencontro entre o atacante Robinho e o Santos, clube que revelou e projetou o jogador para o mundo.
Internautas iniciaram dezenas de campanhas "cancelando" Robinho. O jogador foi condenado em primeira instância por violência sexual contra uma jovem albanesa em uma boate italiana. O caso teria ocorrido em 2013 quando o atleta ainda defendia o Milan e a sentença saiu em 2017.
A repercussão do "cancelamento" foi imediata: uma empresa retirou o patrocínio enquanto as demais pressionaram o Santos para que a contratação de Robinho fosse desfeita, evitando que suas marcas fossem associadas ao atleta. Conselheiros santistas também pressionaram o presidente em exercício, Orlando Rollo, para que a assinatura com o jogador fosse revista diante de tantas negativas.
A pá de cal se deu após a divulgação de trechos de um grampo telefônico onde Robinho teria admitido o crime -a defesa alega que houve alteração no conteúdo das escutas. O teor da conversa foi utilizado pela justiça italiana como prova para incriminar o atleta. O Santos, diante de tantas pressões e da publicação, não teve outra saída senão suspender o contrato com o jogador.
O jogador, cabe lembrar, foi condenado em primeira instância. Ainda cabe recurso por parte da defesa e há a possibilidade de Robinho ser inocentado da acusação. As análises em segunda instância, porém, só terão início a partir de dezembro deste ano. Até lá, o atleta terá de carregar o rótulo de "criminoso" -isto caso a defesa tenha êxito.
 |
| Imagem extraída de www.facebook.com/santosfc |
Cartolas santistas acreditavam que seria um bom negócio, afinal Robinho assinaria de graça, o que seria ótimo para um clube que passa por sérios problemas financeiros. Ademais, a identificação do jogador com o Peixe ajudaria o time em todos os sentidos -gols, lances bonitos, motivação dos companheiros, vendas de camisas, atração de patrocinadores, ...
Toda a idolatria por Robinho, porém, não foi maior que as negativas de seu próprio torcedor. Os próprios santistas haviam negado o retorno do atacante em 2017 quando a condenação saiu. O atleta foi dispensado do Atlético Mineiro também por pressão de torcedores e foi igualmente rejeitado na Vila Belmiro. E a história se repete três anos depois.
O Santos, cabe mencionar, é um dos clubes mais ativos no Brasil com relação ao público feminino. O Peixe investe em sua equipe profissional de futebol feminino -Marta chegou a defender o time em 2011 e a equipe hoje conta com a atacante Cristiane. E a instituição participa de campanhas repudiando a violência contra a mulher.
Robinho é um ídolo no Santos e tem identificação com o clube. Contratar o jogador neste momento, contudo, seria enfrentar a opinião pública. E o Peixe, em graves problemas financeiros, não está em condições de enfrentar o seu próprio torcedor e os seus patrocinadores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário