Imagem extraída de www.facebook.com/Juventus |
O Paris Saint-Germain estreou na Champions League com vitória mas teve uma grande ajuda do treinador rival, Massimiliano Allegri (foto acima), que tomou decisões no mínimo duvidosas para a partida de ontem. É verdade que a Juventus estava desfalcada de muitos jogadores mas o treinador italiano poderia ter escalado melhor sua equipe, bem como ter feito substituições mais sensatas.
O PSG foi a campo em 3-4-3 variando para 5-4-1 ou 5-3-2, dependendo do posicionamento dos laterais e dos dois atacantes mais abertos (Messi e Neymar). Os franceses foram para o ataque com marcação alta, muitas trocas de passe e muita movimentação. Os parisienses tiveram, ainda, a "ajuda" de Danilo e Kostić, como veremos adiante.
A Juventus utilizou um esquema semelhante, em 3-5-2 variando para 5-3-2. Allegri optou por improvisar o lateral direito Danilo no lado esquerdo da zaga -escolha no mínimo duvidosa visto que o brasileiro sempre foi um jogador mais ofensivo desde os tempos de Santos. A ideia inicial seria contra-atacar com bolas longas acionando o grandão Milik.
A improvisação de Allegri foi amplamente explorada pelo PSG. Messi, Verrati e, principalmente, Hakimi criaram muitas jogadas em cima de Danilo. E tiveram a "colaboração" de Kostić que voltava pouco para marcar. Um dos gols franceses saiu justamente por aquele lado.
O PSG contava, ainda, com os talentos individuais de Neymar e, principalmente, Mbappé que bagunçaram a defesa italiana com muita movimentação. O atacante francês tinha pouco trabalho para chegar à meta de Perin e anotou dois gols no primeiro tempo. A Juventus praticamente não jogou na primeira etapa e seus jogadores ainda apelaram para as faltas.
PSG, em 3-4-3, adianta suas linhas e encurrala Juventus. Enquanto Neymar e Mbappé bagunçam a defesa adversária no lado esquerdo, Hakimi aproveita os espaços cedidos por Danilo para criar jogadas pela direita (imagem obtida via this11.com) |
Allegri consegue equilibrar o jogo no 2º tempo ao trocar o amarelado Miretti por McKennie. A Juventus passou a jogar em 4-4-2 com Cuadrado compondo a zaga e com mais liberdade para Kostić atacar. A Zebra diminuiu em cobrança de escanteio arrematada pelo norte-americano.
A Juventus passou a pressionar o PSG com Milik usando seu tamanho para abrir os espaços e com Kostić e, principalmente, McKennie se infiltrando pelas brechas. O PSG manteve a estratégia de contra-atacar com Hakimi em cima de Danilo.
Allegri, porém, errou de novo ao trocar Milik por Locatelli justamente no momento em que a Juventus estava pressionando -o polonês, que estava bem, saiu de campo visivelmente contrariado. Com isso, a Vecchia Signora renunciou ao ataque e ficou na esperança de algum contragolpe que não veio. O PSG, percebendo o recuo adversário, voltou a pressionar e só não ampliou o placar porque seus atacantes abusaram da individualidade.
O treinador italiano até tentou corrigir seus erros nos 15 minutos finais mas já era tarde para tentar alguma reação.
Juventus equilibra a partida em 4-4-2 principalmente com McKennie pela direita e com Milik abrindo espaços para os companheiros se infiltrarem. PSG se defende em 5-4-1 ou 5-3-2 com Neymar e Messi voltando para compor o meio-de-campo. Hakimi é a principal válvula de escape forçando jogadas sobre Danilo (imagem obtida via this11.com). |
PSG vence com autoridade e demonstra que, por ora, as vaidades do elenco estão controladas visto que os seus jogadores foram solidários em campo. Faltou, porém, "matar o jogo" quando os parisienses tiveram chances -quando o placar estava 2X0, os atacantes abusaram um pouco da individualidade.
Juventus deixa o Parc des Princes derrotada muito por conta de Massimiliano Allegri. É fato que o treinador sofreu com os desfalques no elenco mas o italiano errou ao improvisar o ofensivo Danilo na zaga e ao recuar sua equipe no momento em que a Vecchia Signora estava melhor no jogo.
É muito importante defender no futebol e Allegri sempre foi um treinador retranqueiro. Mas recuar com o time atrás no placar é uma decisão totalmente insensata. Faltou ousadia e, principalmente, bom senso ao técnico italiano em uma partida onde era possível, ao menos, buscar o empate.
Imagem extraída de www.facebook.com/PSG |
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