domingo, 18 de setembro de 2022

A Batalha de Madri

Imagem extraída de twitter.com/LaLiga



Estou publicando um texto extra para compensar a ausência de sábado. E optei por fazer uma análise do clássico entre os dois times de Madri, Atlético X Real. A partida sequer havia começado e já havia provocações do lado de fora do estádio, a maioria cânticos racistas direcionados ao atacante Vini Jr. que fora alvo de insultos preconceituosos durante a última semana.

Simeone, com desfalques na zaga, optou por um 3-5-2 variando para 4-3-3 ou 4-4-2 dependendo dos posicionamentos de Llorente e Griezmann. O Atlético tomou a iniciativa e tentou prensar o Real com linhas altas e trocando passes próximo à área de Courtois.

Ancelotti, sem Karim Benzema, utilizou Rodrygo como "falso nove". Sua estratégia foi jogar no contra-ataque com os pontas (Vini Jr. pela esquerda e Valverde pela direita) ou, então, com bolas longas tentando acionar o camisa 21. O volante Tchouaméni também foi peça fundamental pelos Merengues desempenhando diversas funções em campo -ora se juntando à zaga, ora atuando como um meia-atacante.

O jogo começou bastante brigado com muitos lances ríspidos e faltas no meio-de-campo, principalmente por parte do Real visando principalmente o garoto João Félix. Mais parecia uma partida de Libertadores do que um dérbi europeu.

O Atlético, passados os atritos iniciais, ocupou o campo de ataque mas Griezmann e João Félix desperdiçaram muitas chances claras de gol. Melhor para o Real que buscava o contra-ataque principalmente pela esquerda com Vini Jr. e Mendy. Foi por aquele lado que as jogadas de ambos os gols merengues saíram.



Atlético ataca em 4-3-3 (com Llorente na lateral-direita e Griezmann
circulando próximo à área de Courtois) trocando passes mas pecando
nas finalizações. Real, também em 4-3-3, contra-ataca pelas pontas
(principalmente pela esquerda com Vini Jr.) ou com bolas longas
buscando Rodrygo (imagem obtida via this11.com).



O Atlético continuou no ataque em busca do empate. Simeone, sem outra opção, colocou mais meias e atacantes em campo para correr atrás do prejuízo. Real recua e opta por tentar controlar o jogo. Os Merengues, porém, tentam desestabilizar os Colchoneros com algumas faltas.

O zagueiro Mario Hermoso consegue diminuir o placar em lance de bola parada após Courtois afastar mal uma bola. O defensor, que seria o herói do Atlético, acabou se tornando o vilão ao perder a cabeça após lance com Carvajal e depois ser expulso.

Rojiblancos tentaram o empate mesmo com um a menos mas o Real, com um time melhor e em superioridade numérica, conseguem segurar o placar,



Real em 4-1-4-1 segura o Atlético em 4-4-2. Colchoneros
conseguem diminuir em lance de bola parada mas
a expulsão de Hermoso enterra a reação dos mandantes
(imagem obtida via this11.com).



Real vence e segue na liderança do Campeonato Espanhol com 100% de aproveitamento. Atlético perde em casa e segue fora do G-4. Os desfalques colchoneros parecem ter sido muito mais sentidos que os dos Merengues.

O Real não foi um time "limpinho" em campo -cometeu muitas faltas e apelou para a catimba durante vários momentos- mas sua vitória deixa um gosto de justiça diante dos insultos racistas proferidos por parte da torcida colchonera.

A "Batalha de Madri" não foi exatamente um jogo bonito de se assistir. Foram muitos lances feios dentro e fora de campo mas que explicitam a rivalidade entre as duas esquipes da capital espanhola. Pensei até em chamar o texto de "Copa Libertadores da Europa" inicialmente. Venceu a "guerra" justamente quem teve mais nervos no lugar durante os momentos mais críticos da partida.



Imagem extraída de www.facebook.com/LaLiga




Nenhum comentário:

Postar um comentário