sábado, 18 de fevereiro de 2023

Grandes Poderes, Grandes Responsabilidades

Imagem extraída de www.facebook.com/PSG



Quando Neymar deixou o Barcelona para assinar com o Paris Saint-Germain em 2017, ele certamente considerou todas as vantagens que a mudança de ares lhe traria. O salário seria muito maior que na Catalunha, o brasileiro sairia da sombra de Messi para ter um time todo "seu" na França e ele poderia fazer história ao levar o clube a uma inédita conquista na Champions League.

Não há, contudo, bônus sem ônus e Neymar não pensou que ser o jogador mais caro da história (na época ele custou 222 milhões de Euros aos cofres do PSG) também lhe traria tantas responsabilidades para arcar. O atleta passou a ser muito mais cobrado em campo para que justificasse todo o investimento realizado.

O brasileiro passou a ser muito mais vigiado e exigido em relação às suas passagens em clubes anteriores. A tolerância com seus erros foi diminuindo com o passar das temporadas e os aplausos foram substituídos por vaias. O sonhado protagonismo na Europa havia cobrado o seu preço a Neymar.

As críticas passaram a beirar a perseguição sendo que muitas foram injustas visto que o brasileiro não havia sido responsável por todas as derrotas ou eliminações sofridas pelo PSG. Pesavam contra Neymar, porém, as festas em seus dias de folga e as simulações de falta (que são toleráveis no Brasil mas condenáveis na Europa), entre outras atitudes do atacante.



Imagem extraída de www.facebook.com/PSG



Neymar, portanto, sentiu o quão pesado é ser o protagonista de uma equipe europeia. Não bastava apenas jogar bem, ele precisava justificar o status e o salário em todos os sentidos. Ainda que tivesse direito a se divertir nas horas de folga como bem entendesse, isto era visto com maus olhos pela imprensa ou torcedores e também como um péssimo exemplo para o restante do time.

O jogador, recentemente, recebeu uma sondagem do Chelsea para jogar na Inglaterra. O novo proprietário dos Blues,  Todd Boehly, vem buscando desesperadamente por estrelas para seu clube reagir "na marra" -o norte-americano já trouxe João Félix e Enzo Fernández nesta janela de inverno, além de atravessar o rival Arsenal e assinar com o ucraniano Mykhailo Mudryk.

Uma mudança de ares poderia fazer bem a Neymar: ele reencontraria o "parça" Thiago Silva no Stamford Bridge, poderia ser o líder de um time predominantemente jovem e teria uma folha em branco para recomeçar sua carreira longe da perseguição sofrida na França. O brasileiro, porém, ativou a cláusula de renovação com o PSG até 2027 e dificilmente abriria mão de seus altíssimos vencimentos.

Neymar então pode escolher: tentar salvar sua imagem na França e manter seus polpudos salários, ou recomeçar sua carreira na Inglaterra onde ele teria um pouco de paz, longe da pesada responsabilidade que ele possui atualmente no PSG.



Imagem extraída de www.facebook.com/PSG




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